terça-feira, 31 de maio de 2011

Dar ou não dar seguimento a sua STARTUP anos depois? Eis a questão?

Todo empreendedor sonha com o sucesso da sua empresa. Quem não quer ver sua empresa avaliada em centenas de milhões de dólares, ou até mais?

A fórmula do sucesso parece simples: tenha uma boa idéia, trabalhe duro, encontre o investidor certo, cresça, e bingo! o primeiro lugar é seu. É claro que com um pouco de noção da realidade, todo mundo sabe que não é tão fácil assim – mas o prêmio é grande, e para quem tem boas idéias e disposição, vale a pena tentar. O pior que pode acontecer é dar errado – e então, você tenta de novo.

O que pouca gente lembra é que o sucesso nem sempre vem rápido, e pode demorar anos, depois de um bom tempo de trabalho contínuo. O sucesso repentino do Angry Birds levou oito anos para acontecer. Então, a primeira pergunta é: você tem persistência – e paixão pela idéia – para esperar esse tempo todo? E se o sucesso não vier? Por incrível que pareça, essa talvez não deva ser a sua única preocupação.

Decidindo Sair


Vender um negócio por um valor milionário ou fechar um negócio que vai indo mal são apenas duas das possibilidades que uma startup enfrenta. No entanto, muitas empresas ficam no meio do caminho: geram resultados suficientes para operar de forma auto-sustentada, mas não o suficiente para mudar o mundo ou garantir uma aposentadoria tranquila. É aí que a mentalidade do empreendedor fica diante de um dilema.

Boa parte dos empreendedores sonha alto. Para alguns é o desejo de mudar o mundo, para outros a independência financeira (ou ambos). Mas é possível ter uma empresa sólida sem necessariamente atingir estas metas mais ambiciosas. A opção então é entre ser conservador e manter uma posição sólida, ou admitir que o projeto já chegou ao seu limite e partir para o próximo desafio.

O Papel do Empreendedor


O empreendedor não é apenas quem tem uma grande idéia. É a pessoa que consegue transformar esta idéia em realidade, e que para isso precisa conseguir engajar no processo investidores e usuários, sem os quais o negócio não existe. Acima de tudo, o investidor precisa ter paixão pelo seu negócio, paixão que é traduzida em horas de trabalho e muita paciência para aprender com os erros e se reinventar continuamente.

Os investidores colocam dinheiro no negócio, na confiança de que o empreendedor irá dedicar o seu melhor esforço para fazer a idéia florescer. Errar faz parte do risco do negócio, mas falta de compromisso é um pecado capital. E o mesmo ocorre com os usuários, mesmo que eles não tenham nenhum compromisso formal com o empreendedor. Uma saída precipitada ou mal conduzida pode criar junto ao mercado a sensação de falta de compromisso com o empreendimento, o que pode prejudicar projetos futuros.

É por isso que o empreendedor precisa avaliar continuamente o seu grau de envolvimento com o negócio. Se ao primeiro sinal de estabilização ou estagnação o empreendedor perder o entusiasmo, então é melhor se preparar para tomar uma decisão logo – antes que o próprio futuro do negócio esteja em risco.

O empreendedor pode ficar satisfeito em ter uma empresa bem sucedida, que pague as suas contas e permita dar emprego a algumas pessoas, de forma sustentável – e não há nada de errado nisso. Por outro lado, há empreendedores que pensam grande, para os quais o negócio só vale a pena se for relevante em escala global. Para estes profissionais, a idéia de continuar tocando o mesmo negócio anos a fio pode parecer um suplício. E da mesma forma, não há nada de errado nisso.

A partir do momento em que se perde a paixão pelo negócio da empresa, não faz sentido continuar no negócio. Empreendedor pensa grande e sonha alto, e vai tentar de novo, com outro projeto. Mas para cada empreendedor, existem outros que encontram seu caminho tocando um negócio de menor porte. Saber em qual grupo você está ajuda a tomar decisões melhores, respeitando parceiros e clientes, que são a única coisa (além do seu sonho) que realmente importa neste processo.

E você, pensa em continuar na sua startup por mais alguns anos?

domingo, 29 de maio de 2011

10 investidores em potencial para seu negócio. Se preparem e vão a luta.

Conheça os grupos investidores que estão buscando negócios inovadores no Brasil para compor seus portfólios

1 - Draper Fisher Jurvetson

Tim Draper, investidor de negócios de sucesso como Skype, Hotmail e Baidu, está de olho nas startups brasileiras. Recentemente, o investidor participou de uma sessão de perguntas e respostas com empreendedores locais via videoconferência. O investidor comanda o fundo Draper Fisher Jurvetson (DFJ), que tem mais de US$ 5 bilhões comprometidos e já realizou mais de 600 investimentos em todo o globo. No Brasil, a DFJ opera em conjunto com a FIR Capital

2 - Benchmark

Um dos fundos de capital de risco mais ativos no Vale do Silício, o Benchmark fez seu primeiro investimento no Brasil no ano passado, colocando dinheiro no popular site de compras coletivas Peixe Urbano. Ementrevista à EXAME, Matt Cohler – um dos sócios do fundo que tem no portfólio investimentos em mais de 150 empresas de tecnologia, como Twitter e eBay – afirmou que o Brasil é, junto com a China, o maior alvo para novos investimentos, especialmente nas áreas de internet e serviços de software e infraestrutura.

3 - Atômico

O grupo europeu Atômico, criado por Niklas Zennström, um dos fundadores do Skype, está com toda a atenção voltada à America do Sul. O comprometimento é tamanho que Geoffrey Prentice, membro do time que inaugurou as operações do Skype e um dos sócios do fundo, está de malas prontas para se mudar para o Brasil. O grupo já tem quatro investimentos na região – os nomes das empresas investidas ainda não foram abertos – e continua prospectando ativamente potenciais negócios no país. O alvo são empresas inovadoras de tecnologia com serviços voltados a usuários finais.

4 - FIR Capital


A FIR Capital tem R$ 80 milhões distribuídos em três fundos para investir em startups. A empresa planeja fazer até seis investimentos neste ano e o valor aportado deve variar entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões por negócio. O alvo são empresas com atuação em cadeias produtivas de negócios globais, como agronegócios, commodities, fármacos e internet. Já as áreas prioritárias para empresas com foco no mercado nacional são turismo, logística e serviços voltados ao publico de classe C. Um dos casos de sucesso do grupo é a empresa mineira de buscas Akwan, vendida ao Google.

5 - InvestTech

O fundo Invest Tech já fez seis investimentos, mas ainda tem R$ 3 milhões dos R$ 31,4 milhões captados para fazer mais um investimento neste ano. As áreas prioritárias para investimento são tecnologia da informação, educação e saúde. Para se candidatar, a empresa deve ter faturamento anual de até 15 milhões de reais. Entre as empresas investidas está a rede especializada em medicina reprodutiva Huntington.

6 - Astella

Com dois investimentos no portfólio – o Portal Educação e o Navegg –, a Astella pretende fazer aportes em pelo menos mais quatro startups brasileiras neste ano. As áreas preferenciais incluem educação, saúde, serviços financeiros e comércio. Os investimentos podem variar de R$ 100 mil até R$ 1,5 milhão. Entre as características valorizadas pelos investidores estão alto potencial de mercado para o produto ou serviço oferecido, vantagem competitiva do negócio e um bom time de empreendedores.

7 - Performa

Com recursos totais de R$ 26 milhões, a Performa deve investir em até 10 empresas para compor seu portfólio. O alvo são pequenas empresas de base tecnológica com alto grau de inovação focadas nos segmentos de biotecnologia, nanotecnologia, aplicações médicas, tecnologia da informação e tecnologias limpas. O valor médio dos investimentos feitos pelo fundo deve variar entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões.

8 - Criatec

O Criatec é um fundo com dez anos de duração criado com recursos do Banco Nacional de Deesenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em parceria com o Banco do Nordeste (BNB). Com um volume de recursos de R$ 100 milhões, o fundo já fez 23 aportes. O limite de investimento é de R$ 1,5 milhão em empresas com receita anual de até R$ 6 milhões. Entre as investidas está a empresa pernambucana de biotecnologia BioLogicus.

9 - Confrapar

A Confrapar é uma empresa de venture capital com diferentes fundos que investem em negócios inovadores no Brasil. Lançado este ano, o NascenTI tem R$ 35 milhões para investir em até 10 empresas de base tecnológica do Rio de Janeiro. Podem se candidatar aos recursos empresas com faturamento anual de até R$ 2,4 milhões e o valor médio investido por negócio varia de R$ 1 milhão a R$ 5 milhões. Nos mesmos moldes, o HorizonTI, que tem recursos totais de R$ 20 milhões, busca até seis empresas mineiras para completar o seu portfólio. Além dos dois fundos regionais já em operação, a Confrapar pretende lançar um fundo nacional até o meio deste ano. O fundo terá R$ 85 milhões, dos quais aproximadamente R$ 15 milhões já foram captados. Deste total, 20% vão para startups. Entre os investimentos já realizados pelo grupo está a rede profissional Via 6, fundada por Diego Monteiro e Renato Shirakashi.

10 - Monashees Capital

Tendo como alvo empresas que disputam mercados disruptivos – com potencial para movimentar mais de R$ 1 bilhão –, a Monashees Capital já tem sete investimentos no portfólio e continua de olho em oportunidades. Os investimentos variam de R$ 250 mil a R$ 5 milhões. O foco são os segmentos de internet e educação. Entre os investimentos da companhia está a boo-box, fundada por Marco Gomes, que provê soluções de publicidade para mídias sociais.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Google Offers e Facebook Deals chegam ao mercado de compras coletivas.

Calma! Por enquanto, o Google Offers e o Facebook Deals estão disponíveis para teste apenas em algumas cidades norte-americanas. Chegam para dar dor de cabeça e duelar com o GROUPON.

A semana começou animada no segmento de compras coletivas. Na segunda-feira (25) o Google anunciou o lançamento do Google Offers, serviço próprio de compras coletivas do maior site de buscas do mundo. No dia seguinte (26), foi a vez do Facebook anunciar a sua versão, o Facebook Deals. Todos parecem estar tentando abocanhar a mina de ouro explorada pelo Groupon, que em 2010 faturou 760 milhões de dólares.

Não é de agora que o Google mostra-se interessado neste nicho. Sua investida inicial foi uma proposta de compra do próprio Groupon, mas não deu certo. Diante da recusa do mais popular site de compras coletivas da atualidade, o Google então partiu para um projeto próprio, o Offers.

Em busca da mesma mina de ouro, o Facebook anunciou estar desenvolvendo também uma plataforma própria, que foi lançada esta semana. A diferença do Facebook Deals está na própria rede construída pelo Facebook. O Deals já chega com mais de 600 milhões de possíveis usuários, nada mal para um iniciante. Ao invés de um novo site, o Deals será uma aba na página inicial dos usuários do Facebook, proporcionando integração direta com a rede social.

Apesar da desconfiança de muitos sobre o mercado de compras coletivas (até quando esta festa deve durar afinal?), os números mostram que o negócio é bastante promissor – ao menos, até o momento. No Brasil, o primeiro serviço do gênero começou a ser oferecido pelo Peixe Urbano em março de 2010. Pouco mais de um ano, já são mais de mil sites nacionais de compra coletiva e prevê-se que o faturamento deste mercado em 2011 chegue a 200 milhões no país.

Novas Tendências

Mesmo sendo dominado por empresas que já se consolidaram no mercado (como o Groupon e Peixe Urbano), uma nova tendência do segmento no Brasil são as versões regionais ou voltadas a mercados e produtos específicos. Já a gama de exemplos de sites voltados a segmentos de mercado específicos é ainda maior. Tem de tudo um pouco.

Mas enquanto pequenos e médios empresários buscam um lugar ao sol nas compras coletivas, tentando tirar proveito do bom momento deste modelo de negócio, a briga entre os “cachorros grandes” parece estar apenas começando. A estréia do Google e Facebook neste mercado, além de causar grandes dores de cabeça ao Groupon, promete também ditar novas tendências, especialmente o Deals, que já chega conectado diretamente a uma rede social.

O Futuro das Compras Coletivas


O modelo de compras coletivas ainda tem muito espaço para inovação. Uma de suas forças é trazer um pouco mais do mundo real para os negócios Web. As empresas de compra coletiva tem uma estrutura bem diferente de uma startup 100% virtual, pois dependem de força de venda local para levantar oportunidades em cada cidade atendida. Se por um lado isso complica a operação, por outro abre novas possibilidades de negócio.

Há também espaço para inovações técnicas, especialmente para melhorar a precisão de seu sistema de abordagem de clientes. A abordagem de email em massa pode ter sido apenas um passo necessário no começo do negócio, para ganhar volume, mas com massa suficiente de usuários, é possível começar a pensar em processos mais otimizados e inteligentes, e que também sejam menos cansativos para o usuário. A integração com outras ferramentas como Twitter e Facebook também já está sendo melhor explorada, mas ainda tem muito mais espaço para inovação.

Finalmente, o próprio perfil das ofertas ainda pode melhorar muito. Há um limite em quantos finais de semana em pousada uma pessoa possa contratar (e usar). Novos produtos e formas de promoção podem revitalizar o formato e ajudar a manutenção de sua expansão. Isso seria bom para todo mundo – afinal, quem não gosta de ganhar desconto?

Só nos resta agora esperar para ver como a entrada destes dois gigantes afetará o mercado de compras coletivas e a hegemonia do Groupon e também empresas Brasileiras.

Espero que as empresas brasileiras comecem a investir em inovação que lhes dê diferencial competitivo e com isso garanta uma fatia do mercado, aumente sua escala de compradores e vendas e se preparem para receber ofertas das grandes Google, face book, groupon que imagino vão fazer o que os bancos fizeram no mundo, saíram comprando os pequenos para reinar entre poucos. Outra alternativa é alguma empresa brasileira, utilizar da inovação e sobressair ou ter coragem de enfrentar esta concorrência e continuar no mercado crescendo ou pelo menos.


Fonte: Adaptado de http://www.web2engagebrasil.com e
http://readwriteweb.com.br


terça-feira, 24 de maio de 2011

Compras Coletivas parece ter chegado para ficar! Inovação no modelo de negócio pode ser diferencial.

Em The Innovator's Solution: Creating and Sustaining Successful Growth Clayton Christensen* mostra que a grande explosão de vendas das inovações ocorre quando elas começam a alcançar aqueles consumidores que não faziam parte do mercado original - seja porque o produto era caro demais, ou complicado demais.

O vertiginoso crescimento das compras coletivas é motivado exatamente por este segmento: os não-consumidores. É gente que não pula de paraquedas com frequência, não faz peeling de diamante ou drenagem linfática todo mês, nem curso de mergulho todo feriado.

A maioria nunca fez isso na vida - e jamais voltará a fazê-lo. Mas quando o custo da experimentação cai drasticamente, estes consumidores pensam melhor.

Saltando de Paraquedas
- Vamos lá que tá barato demais!
Algumas vezes, no entanto, o lojista não tem estrutura para atender à explosão de consumo com a qualidade prometida, prejudicando tanto os clientes novos (os ex-não-consumidores) quanto os antigos. Alguns investem em novas instalações, matéria prima e pessoal para receber um volume de clientes que jamais se repetirá.

Apesar de o impulso inicial das ofertas ter resultado imediato, o novo patamar de demanda raramente se mantém. Seja porque o comerciante não aguenta ficar comprando clientes por tanto tempo, ou mesmo porque este cliente não se interessou, de fato, por aquilo que queria apenas experimentar.

Jay Goltz é um pequeno comerciante de Chicago que corrobora esta visão em seu blog no The New York Times. Depois de usar os serviços do Groupon poucos clientes se tornaram cativos - o que, segundo ele, é incomum no seu negócio. "Fico preocupado com o potencial dano que uma oferta pode causar à marca. Ofertas são um risco ao que chamo de integridade do preço", afirma.

Esta é a diferença fundamental entre o não-consumidor de Christensen e o dos cupons de oferta, pois assim que todos os não-consumidores tiverem experimentado sua dose de novidade, as ofertas servirão apenas para achatar margens de lucro. E deixar um enorme rombo para trás.

Caixa registradora
Goupon rejeitou recentemente oferta de US$ 6 bilhões
Mas nem todo mundo sairá perdendo. A altíssima comissão do site (entre 25% e 50%) significa que o lojista tem um sócio - que só compartilha o lucro, jamais o prejuízo ou outro contratempo resultante da venda. No Brasil, os seis maiores "sócios" dos lojistas responderam por 80% dos 1,3 milhão de vouchers vendidos em janeiro deste ano.

Um deles recentemente abriu 200 vagas em seu departamento comercial, oferecendo ganhos entre R$ 8 mil e R$ 15 mil, sendo que a pessoa poderia trabalhar de casa. Se eu não entendesse nada de varejo, nem de compras na Internet, isso já me bastaria para desconfiar que há algo muito errado aí.


FAZENDO AS CONTAS

Os comerciantes que estão tendo problemas com este tipo de iniciativa têm ao menos um ponto em comum: eles não fazem as contas. A matemática por trás das contas coletivas partem de uma premissa básica: é um gasto (ou investimento, como queira) em publicidade. Só que em vez de pagar à agência e ao anunciante, o lojista abre mão de parte da sua receita. Uma boa parte, diga-se.

O ótimo Is Groupon Good for a Small Business analisa algumas das variáveis envolvidas no cálculo de payback de uma promoção deste tipo. Há pelo menos uma dúzia de variáveis envolvidas, muitas das quais nem passam pela cabeça do empresário antes de ele se decidir pela promoção.

Além dos custos, é importante verificar outras implicações mais abstratas, como o impacto à marca (já citado por Goltz) e o efeito nos funcionários de um grande fluxo de clientes.


O FUTURO

Compras coletivas fazem sentido para serviços perecíveis, com um custo fixo proporcionalmente alto ou itens facilmente escaláveis.

Bilhetes aéreos são perecíveis, pois o avião decola sempre com o mesmo número de poltronas, independentemente de elas terem sido vendidas ou não. O mesmo vale para a diária do hotel, pois o dia passa estando o quarto ocupado ou vazio. Em ambos os casos os custos fixos são altos com relação à despesa extra de se ter mais um cliente. Ou mais cem.

Gutenberg-press
Altamente escalável
Livros são facilmente escaláveis, pois quando se escreve um, pode-se reproduzi-lo indefinidamente. O pulo do gato aqui está em vender (e receber!) antes de produzir e na quantidade exata que será consumida. Não há variações tão imprevistas que não possam ser acomodadas e não há desperdício.

Os setores que mais movimentam o sites de compras coletivas hoje, no entanto, têm um perfil muito diferente do descrito acima. Restaurantes e salões de beleza, por exemplo, têm limitações de espaço, pessoal e matéria prima e não conseguem se adaptar tão rapidamente à elasticidade da demanda que as ofertas impõem. Ao menos não com a qualidade esperada.

Outros segmentos nos quais se utiliza o serviço uma vez na vida também não fazem sentido, como clareamento nos dentes. É puro achatamento de margem. Como escreveu Goltz em seu artigo, "quando você cobra o preço cheio de alguns clientes e metade de outros, uns ficarão satisfeitos e outros não. Só que você está satisfazendo os clientes errados!"

"A febre das Compras Coletivas parece ter chegado para ficar. Mas febre é uma doença e deve ser cuidada com precaução - senão o paciente morre... O que teremos como inovação neste setor que cresceu de forma relampango? A inovação pode ser o que fara o diferencial entre os que já existem e sobrevivem?"

Texto Adaptado a partir de publicação de Rodolfo Araújo - http://www.administradores.com.br

“Temos que acelerar o passo para avançar em inovação”

No Brasil, as universidades praticam algo do tipo de reserva de mercado que só atrapalha o avanço científico. É preciso colocar no passado o espírito conservador para estar entre as nações mais avançadas. É premente que se rompa na academia brasileira com o velho espírito conservador, segundo o qual a igualdade deve prevalecer sobre a meritocracia. Na china, não há problema que vizinhos de mesa ganhem salários diferentes.

Precisamos criar mecanismos para rastrear os talentos precoces para as ciências, dando-lhes oportunidades e incentivos. Só com um bom contingente de cérebros na área é possível melhorar o ensino e produzir a inovação e produção ciêntifica. Dinheiro para inovação até que tem, pode melhorar? Pode, principalmente quando comparado com os investimentos realizados na China que destina 40% a mais que o Brasil para este fim. Entretanto, nosso desafio não se limita apenas em expandir o orçamento, mas deve contemplar a racionalização dos gastos já disponíveis.

Já existem grupos de investidores interessados na produção inovadora das empresas brasileiras. Um exemplo disso é um time de bem sucedidos jovens do Vale do Silício da indústria digital que tem rodado o mundo atrás de bons negócios para investir - e pela primeira vez, o Brasil entrou no roteiro. Eles estão a caça de bons negócios gerados por inovação para investir. Tal grupo acaba de encerrar sua primeira visita ao Brasil, afim de desbravar o ambiente em que desejam negócios na internet – e garimpar os mais promissores de uma amostra de 300 com que travaram contato. A maioria é de empresas recém criadas, para os quais o dinheiro do grupo intitulado de Geeks pode ser decisivo.

Com alguns ajustes necessários, o Brasil estará caminhando certo, mas precisa acelerar o passo. Vamos trabalhar e lutar por isto.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

MCT: país deve dar prioridade máxima à gestão tecnológica da inovação .

A competividade do Brasil no mercado global depende de inovação na gestão tecnológica como diferencial e não somente investir em novos produtos de inovação, explicou o secretário de Tecnologia e Inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Ronaldo Mota em recente palestra sobre inovação promovida pelo Sebrae.

Este é o caminho para reduzir o hiato do páis nos rankings econômicos e de competitivdade, respectivamente sétimo e 28º no ranking de competitividade, Mota disse acreditar que o Brasil deverá galgar posições no ranking nos próximos anos. Por isso ele acredita que gerenciar a inovação é de suprema importância já que, como os Estados Unidos, o Brasil possui fortes potenciais criativos.

“A questão é fazer com que essa criatividade latente tenha um propósito, uma disciplina, para atendimento de demanda Aqui há uma dificuldade de acoplar esse desenvolvimento ao setor produtivo”.

Um exemplo claro onde esta competência se transformou em competitividade foi no setor de agribusiness.

“O Brasil vai ser responsável, nesta década, por 20% da produção mundial de alimentos e, ao longo da década de 2030, seremos responsáveis por 25% da produção mundial, porque conseguimos encontrar uma maneira hábil de transformar conhecimento em produção”, lembrou.

No entanto, lembrou Mota, é preciso também nova visão da educação, considerada o principal gargalo ao desenvolvimento sustentável do país.

“Hoje, no Brasil a criança vai pra escola, anota tudo o que a professora diz e volta pra casa com a mente em branco”, criticou. “Essa mentalidade de educação está presente da infância ao doutorado. Então, não formamos pessoas para inovar, que estimulem sua capacidade autoconstrutiva”.

Mota entende que o primeiro degrau para a “Revolução da Educação” é a acessibilidade.

“Antes da ministração dos cursos, os alunos devem ter amplo acesso ao conteúdo de todas as disciplinas, à bibliografia correspondente, mas também tomarem conhecimento de marcos mais avançados, mesmo que ministrados posteriormente”, propôs.

E aí, segundo o secretário, o país tem que lançar mão de todas a tecnologias possíveis, inclusive no ensino à distância, fazendo-o complementar ao estudo presencial.

Na avaliação do secretário do MCT, o Brasil terá que se inspirar na Escola de Humboldt, cujo método de aprendizado se baseia em estimular a capacidade de reflexão dos alunos.

“Entendo que o Sebrae poderá ajudar a implantar o conceito de uma escola humboldtiana em nosso país”, sugeriu.

"por Marcello Sigwalt — última modificação Apr 29, 2011 01:39 PM"

terça-feira, 17 de maio de 2011

Novo documento sugere mudanças no Marco Legal

A diretoria da FINEP apresentou a íntegra do documento em que sugere mudanças na estrutura do Marco Legal Regulatório do Sistema Nacional de C,T&I. O texto de 13 páginas traz mais de 10 propostas de alteração legislativa. A ideia é garantir maior integração e eficácia dos seus instrumentos de apoio financeiro a projetos inovadores.

O texto está fundamentado em três pilares básicos: revisão dos instrumentos do FNDCT voltados a empresas, definição mais clara e ampla para mecanismos de financiamento que ainda possuem insegurança jurídica (como o de Subvenção Econômica) e uma orientação definitiva sobre a divisão orçamentária e a cooperação entre ICTs e empresas.

A Financiadora disponibilizou, ainda, o endereço eletrônico marcoregulatorio@finep.gov.br para envio de sugestões relativas ao conteúdo do texto.

terça-feira, 10 de maio de 2011

5 dicas para encontrar um investidor para o seu negócio.

A falta de capital para tirar uma ideia do papel é um mal que acomete muitos empreendedores. Antes de correr para os bancos em busca de um empréstimo – muitas vezes a juros que o negócio não vai suportar – é bom avaliar se algum investidor teria interesse em injetar capital no seu projeto.

De acordo com o Centro de Estudos de Capital de Risco da FGV (GVCepe), no ano passado foram investidos US$ 3,1 bilhões em empresas brasileiras. Quase metade foi para empresas em estágio inicial de desenvolvimento. O volume total de recursos usados pela indústria de capital de risco no país passou de US$ 8 bilhões para US$ 36,1 bilhões em cinco anos.

Além de injetar dinheiro, os investidores costumam ajudar na gestão empreendimento. Por isso, flexibilidade faz parte do contrato. Os empreendedores precisam estar dispostos a dividir informações, planos e até tarefas com quem investe na empresa. Confira a seguir algumas dicas para fisgar um investidor para o seu negócio.

Conheça os tipos de investidores
Os investidores são classificados por estágios de capital de risco. Os investidores-anjo costumam buscar empresas bem iniciantes e investem entre R$ 50 mil e R$ 500 mil. Já o investidor de seed capital costuma injetar de R$ 500 mil até R$ 2 milhões em empresas mais consolidadas, com clientes e produtos definidos. Em seguida estão os fundos de venture capital, com investimentos de até R$ 10 milhões em empresas que já faturam alguns milhões.

Escolha o melhor investidor
Uma vez escolhido o tipo de investimento ideal para sua empresa, comece a pesquisar sobre quem seriam os possíveis investidores interessados no negócio. Uma opção para empresas inovadores e muito pequenas é buscar uma subvenção econômica, por exemplo. O programa PRIME da FINEP empresta a esses empreendedores e muitas vezes não é preciso devolver o dinheiro. Além disso, existem grupos investidores que estão buscando negócios inovadores no Brasil para compor seus portfólios.

Tenha um discurso na ponta da língua
Você é capaz de definir seu modelo de negócio em 60 segundos? Consegue garantir a atenção de um investidor em um evento cheio de outras startups? Pois esteja preparado para este tipo de situação. O pitch (uma palavra em inglês para discurso do vendedor) precisa ser curto, claro, contar sua história, mostrar como sua ideia traz a solução para um problema e – é claro – mostrar que ela é financeiramente atrativa para o investidor. O objetivo é conseguir mais tempo para conversar depois desse primeiro minuto de apresentação.

Saiba destacar sua ideia
Com um pitch bem treinado e conciso, o empreendedor já aumenta suas chances de chamar a atenção do investidor. Mas para consolidar o relacionamento é preciso ter algumas características que costumam fazer os olhos dos investidores brilharem. A primeira delas é perfil empreendedor, demonstrado na capacidade de transformar ideias em negócios. Equipes bem formadas, produtos promissores, potencial de crescimento, afinidade e resultados também ajudam a destacar a sua startup no meio de outras.

Esteja no lugar e na hora certos
Não comece a buscar investimentos em qualquer momento do seu negócio. Vale a pena procurar dinheiro quando já não é viável continuar por conta própria, quando precisa acelerar o projeto ou quando busca recursos para expandir. Se fizer parte de um desses grupos, saiba que vai ser possível encontrar investidores em meetups (encontros de empreendedores e startups), competições de planos de negócios e até conversando com amigos e conhecidos.

Anpei e Finep criam grupo de trabalho pela inovação.

O Grupo de Trabalho Permanente, criado em fevereiro em conjunto pela Anpei e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), realizou sua primeira reunião na sexta-feira (29/04), em São Paulo.

O objetivo desse primeiro encontro foi discutir maneiras de aperfeiçoar os mecanismos de financiamento à inovação hoje existentes e como aproximar mais a prática atual de liberação de recursos das necessidades de colocação de produtos inovadores no mercado pelas indústrias.

Pela Anpei participaram da reunião os diretores Luis Cláudio Silva Frade, que representou o presidente da associação, Carlos Calmanovici; e Paulo Roberto Santos Ivo, além do secretário executivo, Naldo Medeiros Dantas, e dos membros da diretoria Mario Barra e Olívio Ávila. A Finep esteve representada por seu diretor de Inovação, João De Negri, pelo chefe de gabinete da presidência, Celso Fonseca, e pelo chefe do escritório de São Paulo da financiadora, Marcos Francisco de Almeida. Também participaram do encontro representantes de empresas associadas da Anpei como Embraer, Natura, Braskem, Eletrobrás, Vale Soluções Energéticas e Instituto Eldorado.

Segundo Frade, nesse primeiro encontro foram discutidos quatro grandes temas: investimento em programas de inovação das empresas; estímulos ao desenvolvimento tecnológico; apoio sistêmico às cadeias produtivas e aperfeiçoamento da governança interna da Finep.

Em relação ao primeiro tema, foi debatida a necessidade de mudanças na forma de concessão dos recursos não reembolsáveis para inovação. As empresas defendem que o tratamento dado a elas não pode ser igual ao dispensados às universidades e instituições de pesquisa e que os instrumentos de inovação da Finep sejam colocados à disposição delas não só por meio de editais. “Esse tipo de instrumento é muito bom para as universidades, porque se a pesquisa for feita hoje ou amanhã não tem problema”, explica Frade. “A empresa, diferentemente, se não começar a pesquisa no tempo certo, perde o mercado, perde o negócio. Então, não se pode tratar da mesma forma esses dois atores que a Finep apóia. O tratamento deve ser adequado a cada um deles.”

As discussões em relação ao segundo tema – estimular o desenvolvimento tecnológico – foram semelhantes as que ocorreram no primeiro. A questão dos editais voltou a ser abordada. “A empresa quer colocar inovações no mercado; então não pode ficar dependendo de um edital por ano”, diz Frade. “Devem existir chamadas abertas e a Finep fazer avaliações contínuas de todas os projetos que chegam até ela, baseada nos recursos que tem. Com isso se assegura realmente o financiamento para a inovação que vai chegar ao mercado.”

Com o terceiro tema, a ideia é estimular qualquer tipo de empresa, pequena, média ou grande, de uma cadeia produtiva, por meio de apoios à inovação com diferentes instrumentos dentro de um fluxo contínuo. “Não se pode estimular somente um elo, uma empresa só”, justifica Frade. “Ao se financiar uma cadeia toda, consegue-se fazer com que o País fique auto-suficiente em determinado tipo de tecnologia ou de processo”.

A reunião de sexta-feira passada também serviu para discutir o quarto tema, que trata do aperfeiçoamento da governança da Finep. Ficou acertado o apoio da Anpei para isso, assim como na avaliação de possíveis melhorias no marco legal da inovação. “A Finep está olhando para dentro de si mesma, para ver quais são as melhorias necessárias para acelerar o processo de inovação no País”, explica Naldo Medeiros Dantas, secretário executivo da Anpei. O objetivo é verificar se os mecanismos para liberação de recursos reembolsáveis hoje estão adequados ou não. “Vamos trabalhar junto com a Finep para melhorar os instrumentos, metas e indicadores, que possam transformá-la num banco de inovação ágil para liberar recursos”, diz Frade.

No encontro ficou estabelecido ainda que haverá uma agenda permanente de trabalho entre as duas instituições. Além disso, foi acertado que o Grupo de Trabalho funcionará como um fórum de aprendizado, no qual as indústrias que de fato inovam poderão conversar com a Finep e analisar qual a rota que podem traçar em conjunto, para que toda a gama de recursos para o financiamento da inovação possa ser melhor aplicada.

sábado, 7 de maio de 2011

Empresas inovadoras são as que mais fazem P&D continuamente.

Segundo a Pintec 2008, do total de 3.342 indústrias eminentemente inovadoras brasileiras, 2.363 ou 70,7% declararam na pesquisa que investiram no período de 2006 a 2008 em atividades internas de P&D de forma contínua. Juntas elas também são responsáveis por 96,8% do total do dispêndio do setor nessa finalidade.

“Ainda é muito baixo o número de empresas que desenvolvem atividades internas de P&D e que fazem isso de forma contínua” diz Ávila. “Além do custo Brasil, talvez esses dois fatores são os que mais limitam a competitividade da maioria das empresas brasileiras no mercado brasileiro e internacional”, aponta.

Em relação aos recursos humanos envolvidos com as atividades internas de P&D as indústrias afirmaram que possuíam em suas unidades 48.100 pessoas ocupadas nesta área. Desse total, pouco mais de 60% desses profissionais tinham nível superior, sendo 47,8% graduados e 14% com pós-graduação.

A pesquisa também revelou que a internet, com 68,8% das citações, é a principal fonte de informação utilizada pelas empresas para realizar o processo de inovação, seguida pelos clientes (68,2%), fornecedores (65,7%), áreas internas (61,5%) e feiras e exposições (55,6%). Já as universidades e institutos de pesquisa ou centros tecnológicos ocupam as últimas colocações nesse quesito.

Do total de 41.300 empresas inovadoras, 10,4% também disseram que estabeleceram algum tipo de prática cooperativa com outras organizações para inovar em produto e/ou processo entre 2006 e 2008, o que indica crescimento em relação à Pintec 2005, quando o percentual foi de 8,5%.

Quanto maior a empresa, também é maior o percentual de atividades de cooperação. Nas indústrias, 10,1% das inovadoras estabeleceram atividades de cooperação, mas, considerando aquelas com 500 ou mais pessoas ocupadas, esse percentual é superior, atingindo 35,3%.