sexta-feira, 29 de julho de 2011

Indústria Brasileira de Tecnologia de Medicamentos causa retração em índices de inovação no BRASIL.

Ministro de Ciência e Tecnologia considera a área de fármacos e saúde pública estratégica no plano de inovação do País.

O ranking 2011 do Índice Global de Inovação da Insead despertou no Brasil discussão nas mais diversas esferas. O mesmo índice que apontou em 2010 uma queda do Brasil em 18 posições do ranking sinalizou neste ano um ganho de 21 posições. Entre os sub-indicadores, o Brasil se destacou nos "produtos", despontando na 32ª posição — a melhor colocação entre os países classificados como de renda média, segundo critérios do Banco Mundial. Em contrapartida, no sub-indicador "insumos" (matéria prima) o Brasil ocupa apenas a 68ª posição – a indústria fármacos é um dos mercados responsáveis por esta classificação.

O fato é que, mesmo o Brasil estando à frente de países competitivos como a Índia, a inovação por aqui ainda deixa a desejar. Apesar da produção de conhecimento científico ter dado um salto, crescendo a um ritmo acelerado, a aplicação destes conhecimentos na geração de produtos, processos e serviços inovadores ainda é falha, ou seja, “todo o saber produzido em território nacional ainda não é transformado em riqueza na mesma quantidade ou proporção” – aponta o Esp. Gustavo de Lima, coordenador de Pós Graduação no ICTQ.

A indústria de medicamentos, citada acima como uma das responsáveis pelo baixo ranking no sub-indicador “insumos”, têm poucas possibilidades de mudança. De qualquer modo o Ministério de Ciência e Tecnologia já se preocupa com a extrema dependência do fornecimento estrangeiro de matéria-prima para produção de medicamentos no Brasil. Em recente entrevista o ministro Mercadante disse que o país precisa de parcerias de integração no âmbito Mercosul para “trocar experiências de tecnologia, criar patentes, regular a área de fármacos e para desenvolver os genéricos" e assim consequentemente fortalecer o setor que ele classificou como “estratégico”.

Já na 63ª Reunião Anual da SBPC, que aconteceu em Goiânia, o ministro Mercadante, reforçou que os empresários precisam entender que sem investimentos em pesquisa e inovação, o Brasil não vai deslanchar. “O empresário que acha que inovar é comprar máquina está retrocedendo. Os investimentos em PDI no Brasil são de 2/3 do governo; e 1/3 das empresas. No resto do mundo é o inverso. Tem que criar a cultura da inovação”, ressaltou.

Ainda durante sua palestra, segundo a assessoria de impressa do MCT, Mercadante falou da necessidade de o País focar no mercado interno. “Temos que entender que o nosso patrimônio é o mercado interno. Por isso, precisamos exigir mais processos produtivos básicos para incentivar a produção de bens com conteúdo brasileiro. Já fizemos isso com os tablets. No início acreditava-se que as empresas não se interessariam. Hoje, temos 14 empresas interessadas. Dessas, nove já estão com seus processos aprovados. Além disso, vincular investimentos ao setor de ciência e tecnologia”, enfatizou. “Em setembro, teremos tablets com um percentual de 20% de matéria-prima do próprio país. A meta é atingir em três anos 80%”, complementou.

Perfil da ICTQ: Fundado em 2009, o ICTQ é uma instituição de Pós Graduação 100% focada no segmento industrial farmacêutico. Líder de mercado nos estados de São Paulo, Goiás e Rio de Janeiro, a instituição atua ainda a nível internacional através de seus cursos de especialização e seminários promovidos em todo o país.

Perfil da SBPC: A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência é uma entidade sem fins-lucrativos nem copartidária que luta pelo desenvolvimento científico e tecnológico no Brasil, e também por uma educação de melhor qualidade. A entidade representa 96 sociedades científicas afiliadas e possui cerca de 3 mil sócios ativos.

domingo, 24 de julho de 2011

FINEP divulga NÚMEROS da segunda avaliação da Subvenção Econômica

Para as empresas que ainda não atingiram o grande porte, a ausência de pessoal qualificado é o obstáculo de maior relevância para o sucesso de projetos de inovação subvencionados. Essa é uma das conclusões do  2º Seminário de Avaliação do Programa de Subvenção Econômica, promovido pela FINEP. O objetivo da iniciativa é analisar a contribuição do programa para a inovação nas empresas brasileiras e o desenvolvimento nacional.
Foram convidadas as 40 empresas cujos projetos haviam recebido integralmente os recursos até 30 de abril de 2010. Como quatro delas tinham dois projetos cada , o total avaliado foi de 44 projetos, sendo 27 do edital de 2006 e 17 do edital de 2007.
As empresas de pequeno porte são maioria. Há, no conjunto avaliado, uma micro empresa, 18 empresas de pequeno porte, sete pequenas empresas, oito médias, quatro médias grandes e apenas duas grandes empresas.
Quando se fala em apoio a projetos de pesquisa e desenvolvimento, uma das questões é  a efetiva introdução no mercado dos produtos, processos e serviços. No conjunto dos projetos avaliados, havia 107 produtos, processos ou serviços a desenvolver. Destes, 48 já estão no mercado, 18 estão prontos para serem postos à venda e 37 estão em fase de protótipo. Avaliando este indicador com foco nas empresas, temos que, das 40 analisadas, 23 colocaram pelo menos um produto, processo ou serviço no mercado.
Quanto ao alcance das inovações subvencionadas, dos 44 projetos, 23 são inovações para o mercado nacional e 13 para o internacional, além das outras com foco regional.
A área de software lidera, com 17 projetos, seguida pela de defesa, com dez. Há ainda quatro de bens de capital, quatro de nanotecnologia, três de desenvolvimentos relativos a TV digital e dois de energia. As áreas de segurança pública, biotecnologia, fármacos e medicamentos e química também  estão presentes, com um projeto cada.
Oito estados foram beneficiados no grupo avaliado. A Região Sudeste lidera, com a presença de 25 empresas,  vindo a seguir o Sul, com 11, o Nordeste, com três, e o Norte, com uma empresa.
Leia o relatório na íntegra. O primeiro seminário foi realizado em novembro de 2009, com a participação de 23 empresas que haviam conduzido 27 projetos. O relatório também está disponível no site da FINEP.

Fonte: wwww.finep.gov.br

terça-feira, 19 de julho de 2011

ANPEI - Recomendações e propostas da carta de Fortaleza.

A Anpei realizou sua XI Conferência Anual de Inovação Tecnológica entre os dias 20 e 22 de junho de 2.011, em Fortaleza – Ceará. Com mais de 1.700 inscritos considerando também o seminário INOVA-INDI-CE. O tema geral da conferência “Redes de Inovação e Cadeias Produtivas” foi discutido por todos os atores da inovação: empresas (mais de 50% dos participantes ANPEI), academia e governo.

O Brasil está diante de um cenário promissor mas desafiador: bem posicionado com relação à países pouco desenvolvidos economicamente e com perspectivas interessantes pela frente, o País não consegue ganhar velocidade com relação a alguns países emergentes. Isso nos obriga a considerar o sentido de urgência das nossas discussões da XI Conferência da Anpei. Soluções tradicionais não atendem a necessidade de avanço do Brasil em inovação. Devemos buscar novos caminhos com criatividade e ousadia. Registramos a seguir, as principais propostas e recomendações da Carta de Fortaleza.

1. Agregação de valor e aumento de densidade tecnológica devem ser estimulados


Nas cadeias produtivas discutidas durante a conferência (petróleo, plásticos e fruticultura, por exemplo), a agregação de valor pode chegar a 10 vezes ou mais. Essa dinâmica gera benefícios à sociedade, às comunidades locais e ao País, promove a especialização da mão de obra e melhora a remuneração dos trabalhadores. Embora o valor das commodities tenda a ser crescente na atual conjuntura mundial indicando a importância crescente do agronegócio e da mineração, é necessário estimular a inovação ao longo das respectivas cadeias produtivas. É necessário que os instrumentos de estímulo à inovação dêem prioridade clara a desenvolvimentos integrados nas cadeias produtivas, incluindo:

1.1. Incentivos que induzam a sustentabilidade e

1.2. Incentivos para a cooperação Empresa-Empresa que estimulem a inovação nas cadeias produtivas de maior densidade tecnológica.

2. Escala limitada para inovar

Além de restrições de caráter macroeconômico como câmbio, taxa de juros e custos (fiscal e trabalhista), o Brasil tem uma escala limitada para inovar. Por maiores que sejam os investimentos (% PIB), ainda teremos escala limitada nos próximos anos. As empresas brasileiras, com poucas exceções, são relativamente pequenas comparadas aos grandes conglomerados internacionais que demonstram, assim, melhores condições para estruturar programas de PD&I mais amplos e robustos.

2.1. Programas de governo devem estimular a constituição de consórcios de empresas quer com pesquisa pré-competitiva no caso de empresas concorrentes, quer com pesquisas cooperativas no caso de empresas potencialmente parceiras, estimulando as redes de inovação e priorizando claramente as áreas estratégicas para o País;

2.2. Programas de apoio à internacionalização de empresas brasileiras, fortalecendo a competência de gestão empresarial, em particular, a gestão da inovação, e estimulando presença internacional relevante.

3. Atualização dos instrumentos de apoio à inovação


Os mecanismos atuais condicionam apoio à inovação à existência de lucro na organização. Considerando as características de risco e de tempo que separam o investimento em P&D do resultado da inovação, esses instrumentos deveriam ser reformulados porque representam uma ameaça à regularidade e à previsibilidade dos orçamentos de inovação. É necessário ampliar o marco legal e dar maior segurança jurídica às empresas permitindo total exercício do automatismo no uso dos instrumentos de estímulo à inovação por um número cada vez maior de empresas.

3.1. Incluir, como beneficiárias, as empresas que recolhem imposto de renda no regime de lucro presumido;

3.2. Permitir o deferimento dos dispêndios em PD&I – Pesquisa Desenvolvimento e Inovação em anos subseqüentes ao exercício dos gastos.

3.3. Ampliar o benefício fiscal para o dobro das despesas com inovação, sem condicionantes adicionais, como forma a simplificar e ampliar o estímulo ao uso do benefício.

4. Formação e capacitação profissional

É necessário ampliar a formação de recursos humanos em carreiras “duras” como ciências e engenharias, buscando novos modelos educacionais com foco em inovação, empreendedorismo e sustentabilidade.

4.1. Fomentar a formação de pesquisadores que sejam também inovadores e empreendedores;

4.2. Fomentar disciplinas optativas (MEC/MCT) em áreas específicas de interesse das empresas inovadoras;

4.3. Instituir dinâmica de bolsas nas empresas para doutores e pós-doutores do Brasil e do exterior, em regime de fluxo contínuo;

4.4. Retomar o programa de Editais FINEP de subvenção à contratação de mestres e doutores pelas empresas;

4.5. Ampliar os instrumentos de contratação e capacitação de recursos humanos voltados à inovação;

4.6. Criar um programa de atração de talentos do exterior, em áreas críticas.

5. Gestão da Propriedade Intelectual (PI)

Fica claro o destaque da propriedade intelectual na competitividade do País e a necessidade de aprofundar as discussões conjuntas entre governo, empresas e instituições de pesquisa na busca de um ambiente de PI mais favorável.

5.1. Contratar e capacitar novos examinadores no INPI para reduzir o “backlog” do exame de patentes para prazo inferior a 4 anos;

5.2. Participar ativamente na discussão internacional sobre propriedade intelectual visando a adesão aos tratados internacionais principais como forma de dar mais conforto jurídico e agilidade às empresas e entidades;

5.3. Simplificar a tramitação dos contratos de transferência de tecnologia;

5.4. Rever marco legal para acesso e uso do patrimônio genético da biodiversidade (MP 2.186/01);

5.5. Biodiversidade: medida emergencial para garantia das patentes e contratos em vigor uma vez que o marco legal atual, além de vícios por divergências internas, desestimula a inovação e os investimentos nessa área.

6. Interação Universidade – Empresa

Foram apresentados e debatidos os principais gargalos existentes com as seguintes propostas:

6.1. Desburocratizar e agilizar o processo decisório dos projetos nas universidades públicas, imprimindo mais velocidade ao processo;

6.2. Criar novos modelos para definir a repartição da propriedade intelectual;

6.3. Propor iniciativas estruturantes e de fomento que apóiem a fase de transição da escala de bancada para a escala industrial.

Essas reflexões, decorrentes da Carta de Fortaleza, têm o objetivo de fortalecer a inovação no Brasil criando condições favoráveis ao protagonismo das empresas e, assim, ao avanço da competitividade do Brasil no cenário internacional. Inovação é essencial e determinante para a competitividade das empresas e do País.


Fonte: XI Conferência da Anpei, Fortaleza, junho de 2011.

domingo, 17 de julho de 2011

Sebrae destinará R$ 780 mi para inovação em três anos .

Alinhar a agenda positiva que vive o Brasil à inovação nas micro e pequenas empresas (MPE). Esse é o objetivo do esforço que o Sebrae tem feito por meio dos Agentes Locais de Inovação (ALI). Estes profissionais têm levado outros programas desenvolvidos pela instituição, como o Sebraetec e o Sebrae Mais, ao universo dos pequenos empreendimentos. O trabalho terá reforço de R$ 780 milhões nos próximos três anos, segundo destacou o presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barretto, na abertura do 2º Encontro Nacional do Agentes Locais de Inovação (ALI), que aconteceu desta quarta-feira (13) até sexta-feira (15) em Porto de Galinhas (PE).

Com os recursos investidos, o número de agentes de inovação – que reúne cerca de 450 pessoas em 22 estados – vai crescer para mais de mil profissionais até o final de 2012. Os ALI são jovens recém-formados, de nível superior, capacitados para atuarem como agentes de inovação junto aos empresários.

“O tema da inovação é uma agenda fundamental, não só para as micro e pequenas se tornarem mais competitivas no atual mercado globalizado, mas para todo o Brasil. O tema é mais amplo que a abordagem tecnológica. Envolve também gestão e pequenos aspectos que se transformam em ganhos de produtividade”, disse Barretto. Na sua avaliação, os ALI são importantes para distribuir os produtos do Sebrae entre as pequenas empresas em estágio de gestão mais avançado.

O presidente do Sebrae alertou para o fato de que todas as atenções estão voltadas aos mais de 100 milhões de consumidores que formam o mercado interno brasileiro. “Os ALI têm papel fundamental para fazer a ponte entre Sebrae e micro e pequenas empresas e de apoiar o segmento a ter seu espaço nesse mercado competitivo”, disse. Luiz Barretto chamou a atenção para a oportunidade profissional que o ALI representa aos jovens que saem das universidades.

Inovação e simplicidade

Para o diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, as novas e simples tecnologias não só aproximam as pessoas, a exemplo da rede social Facebook, como facilitam o processo produtivo das empresas, mudança que ele defende como a mais importante do século 21. “Hoje temos tecnologias simples que mudam a forma de trabalhar, de viver e até se de se relacionar. Para os próximos dez anos, a previsão é de que o Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB) dobre. Dispomos de ferramentas para aproveitar esse crescimento”, disse.

O diretor defendeu que é preciso traduzir os temas da inovação. “Existe resistência. Inovar, por muito tempo, ficou relacionado a grandes investimentos. Mas inovação está ligada ao cotidiano. Temos o desafio e a missão de sermos simples e de levarmos competitividade e sustentabilidade às pequenas empresas”, assinalou Carlos Alberto.

Bolsistas

O diretor do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Guilherme Azevedo Melo, reafirmou a parceria com o Sebrae para qualificar os agentes locais. Os ALI são bolsistas do CNPq e contam com apoio de tutores para acompanhar o atendimento às empresas de pequeno porte. “Faz parte do CNPq apoiar iniciativas na área de inovação e tecnologia. Vamos sempre fazer parcerias para que consigamos, dentro de um prazo razoável e sustentável, atender aos anseios da população”, assinalou. Ele lamentou que as empresas inovem pouco.

O superintendente do Sebrae em Pernambuco, Roberto Castelo Branco, destacou que os Agentes Locais de Inovação têm de trabalhar o tema inovação em sentido mais amplo. “É preciso mostrar que inovação anda junto com a gestão do negócio e que inovar está presente nas coisas mais simples”, afirmou.

Fonte: Sebrae

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Por que o brasileiro não cria algo como o Facebook?

O diretor geral da Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica conta por que o Brasil ainda não é um player internacional em inovação.

Por Amanda Camasmie

Em meio à esfera intelectual de Harvard, uma das mais conceituadas universidades do mundo, um jovem decide criar uma nova forma de se comunicar com os outros estudantes. A novidade começa a fazer sucesso entre os alunos e rapidamente se expande para fora do campus, se tornando uma das novas febres virtuais. De olho no potencial da nova rede, um grande empresário decide investir no projeto. Em pouco tempo nascia o Facebook, a maior rede social do mundo, com mais de 750 milhões de usuários. E por que grandes ideias como o Facebook dificilmente nascem em solo brasileiro? O sucesso do Facebook se deve a uma boa ideia que recebeu investimento. Alguém quis assumir o risco. No Brasil não há esse ambiente de estímulo ao empreendedorismo, afirma Roberto Nicolsky, diretor-geral da Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica (Protec).

Doutor em Física pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e mestre em Física pela Universidade de São Paulo (USP), Nicolsky conta aqui por que o Brasil ainda não está preparado para se tornar um player internacional em inovação.

Por que o brasileiro não tem grandes ideias como o Google, o Facebook e a Microsoft?
O Bill Gates (ex-CEO e fundador da Microsoft) quando fez a sua empresa foi a um banco e recebeu dinheiro. Quem pode fazer isso aqui no Brasil? O Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) só empresta se você tiver patrimônio. Aqui, um estudante como Bill Gates não teria chance. O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, depois que desenvolveu um pouco melhor sua ideia também recebeu ajuda. Com o Google foi a mesma coisa. Não há no Brasil esse estímulo ao empreendedorismo, por isso o país nunca lidera essas iniciativas. Mesmo assim, ainda tivemos algumas boas ideias, como o site de buscas Cadê, depois vendido ao Yahoo. Os empresários que conseguiram sucesso aqui só deram certo porque já tinham dinheiro para desenvolver a tecnologia.

E quais são as outras dificuldades do Brasil para inovar em tecnologia?

Uma das principais dificuldades é a falta de incentivo governamental. Quando uma empresa inova, ela está aumentando o seu faturamento e a maior beneficiada é a carga tributária, que é de 37%. A empresa, por sua vez, se tiver um lucro de 8% já pode ficar feliz. Precisamos de políticas públicas ousadas, de um governo que compartilhe com a indústria o risco da inovação, para que ela tenha confiança em se lançar mais em um processo contínuo de agregação de inovações. Não é uma inovação aqui ou outra ali adiante. Precisa ser um fluxo contínuo. Não podemos deixar que os concorrentes se tornem mais competitivos do que a própria indústria. O artigo 8º da Organização Mundial do Comércio (OMC) permite que o governo compartilhe até 75% em inovação. Países como a Índia e o Japão tiveram sucesso nesse “compartilhamento”, e o Brasil continua sem grandes investimentos nessa área. Temos um déficit tecnológico.

E qual é o tamanho do nosso déficit tecnológico?

Em 2010, a conta bateu o recorde de US$ 85 bilhões negativos, ou seja, são 33% a mais do que em 2008. E o que significa isso? Que a nossa competitividade tecnológica está baixa no comércio exterior. Neste ano, o nosso déficit deve ultrapassar a casa dos US$ 100 bilhões. Você pode ver o quanto o Brasil está jogando dinheiro fora em tempo real, no site Deficitometro Tecnológico, a soma já está em mais de 83 bilhões de reais.

Então quais são as alternativas para as empresas?
Enquanto o governo não fizer um investimento ousado e der um apoio à inovação tecnológica das empresas continuará difícil. As empresas só inovam de acordo com as suas possibilidades, evitando um mal maior. Isso não está sendo suficiente. Antes você só tinha automóveis nacionais. A competição entre os produtos nacionais e importados está ficando destruidora para a indústria nacional. O Brasil não fabrica mais celular porque não encontra mais componentes. Isso também se aplica a televisores e tocadores de CD e DVD. As nossas fábricas só montam os produtos. Os componentes são todos importados.

Somos então apenas “apertadores de parafuso”?

Exatamente. Nós não fabricamos nada, tudo vem de fora. Nós apenas fazemos a montagem. Outra questão é que quando você compra uma máquina chinesa, você não comprou apenas uma máquina, você fez uma opção tecnológica. É mais barato sempre comprar uma chinesa. O brasileiro resiste quanto pode, mas há um limite para essa resistência. O país está em um processo de desindustrialização pela perda de conteúdo tecnológico em sua produção. Enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) cresce em média 3,5% ao ano, o setor tecnológico cresce cerca de 2% ao ano. Portanto, o setor está perdendo conteúdo, importância econômica dentro do PIB. No século passado, o Brasil teve seu crescimento todo puxado pela indústria, hoje ele exporta cada vez mais commodities e está perdendo consistência na sua indústria. Do ponto de vista estrutural, nós retrocedemos. E o resultado disso é que estamos nos voltando a um perfil de economia dependente do preço externo. Temos dezenas de competidores que fazem a mesma coisa que o Brasil. Não sou contra as commodities, sou contra só se preocupar com elas e abandonar o apetite industrial. É exatamente o contrário do que fizeram a Índia e a China.

E a medida provisória que isenta os tablets como o iPad de impostos? Isso é suficiente para o desenvolvimento do aparelho no país, para avançarmos na inovação?
Vai ser a mesma coisa. Eles vão trazer os componentes da China e montar aqui. Até a etiqueta “Made in Brazil” vem de fora. Precisamos voltar a fabricar. Há 15 anos o Brasil deixou de fazer isso.

O que mudou para pararmos de fabricar?

O mundo mudou. Agora estamos na era da globalização. A situação da indústria foi completamente revertida. Hoje se reduz as alíquotas, se flexibiliza o câmbio e se eleva a taxa de juros para atrair o dólar. Nesse novo cenário, o governo deveria ter baixado as alíquotas, mas precisaria ter tornado as indústrias brasileiras mais competitivas, compartilhando o risco da inovação.

Mas como fugir da dependência do governo? Precisamos depender dele para inovar?
Ninguém é e nem deve ser depende do governo. Ele só participa do risco tecnológico e deve apenas adiantar o recurso para fazer a inovação. Uma empresa que inova continuamente investe 5% do seu faturamento em inovação. Se o governo transferir à empresa 100% do que ela vai gastar em inovação, ele se beneficiaria com 37% do resultado. O governo só precisa compreender isso, assim como os governos de outros países como Japão, Coreia, China e Índia. Depois que a empresa vence essa resistência e começa a inovar, ela nem precisa mais do governo. A própria Petrobras não precisa. Ela gera lucro e aplica parte desse lucro. O governo ajuda a romper essa dificuldade de passar de um estado de inovação defensiva para a ofensiva, em que a empresa passa a ser um player proativo, atuante. O que o estado vai fazer é continuar fomentando isso através do compartilhamento do risco em coisas mais ousadas. Pegue como exemplo os EUA, a maior economia do mundo. Lá, o estado financia o desenvolvimento tecnológico da indústria, mas não 100%. É um investimento de 30% em tecnologia e dessa porcentagem, um terço vai para as universidades. O restante dos recursos é aplicado no compartilhamento com a indústria em projetos mais arrojados, como desenvolver um novo avião.

O Brasil já produziu alta tecnologia? O que precisamos fazer para desenvolver essa produção?
Em alguns setores desenvolvemos alta tecnologia, como é o caso de perfuração. A Petrobras, que é uma empresa de alta competência tecnológica, faz isso bem. Como ela é do Estado, o governo investiu nela, compartilhando o risco. A Petrobras cresceu e aprendeu. Outro exemplo é a Embraer. Ela tem pleno domínio tecnológico de seus produtos. Mas as políticas públicas também precisam ser feitas para atender a empresas médias. E é por isso que muitas delas quebraram - por fazer tentativas ousadas. A Metal Leve é um exemplo. Ela tentou se tornar um grande player internacional em tecnologia de autopeças e falhou. O controle acionário teve de ser passado à alemã Mahle. Você pode contar algumas histórias de sucesso, mas para cada uma delas, há dezenas de insucessos.

E não podemos fazer inovações a um baixo custo?

O custo pode não ser alto, mas para fazer isso continuamente é preciso infraestrutura, maquinário etc. Tudo isso exige investimento. E há outra questão: se esse empresário, ao longo do tempo, não introduzir as inovações do seu concorrente, ele perderá mercado. É uma postura defensiva e o que precisamos agora ser é ofensivos.

O que é, afinal, inovação tecnológica?
É tudo aquilo que você agrega ao produto no seu processo de fabricação. Ou seja, é o que se desenvolve para melhorá-lo. Não é uma invenção genial. Pense no celular. Os antigos aparelhos tinham o teclado exposto. Alguém percebeu que as teclas poderiam ser ativadas acidentalmente e criou-se o flip. Outro percebeu que os comandos poderiam ser feitos na própria tela, então foi desenvolvido o touchscreen (tela sensível ao toque). Um celular de geração 3G tem milhares de inovações agregadas. São pequenas coisas que vão se somando e quando você percebe, ele se tornou um produto inovador. Voltando à questão do custo, ele não é tão alto, mas para fazer isso continuamente é preciso infraestrutura.

O senhor citou a necessidade de infraestrutura. Uma alternativa não seria fazer parcerias com centros de pesquisa?

A empresa precisa ser a protagonista. A inovação se faz atendendo à demanda dos clientes, do mercado. Se eu fabrico um celular e vejo que meus concorrentes lançaram algo inovador, preciso providenciar isso para o meu celular. Ou seja, a companhia precisa inovar, pois é ela que está acompanhando o mercado. Se os especialistas da empresa não tiverem a capacitação tecnológica em determinada etapa do processo, é nesse momento que os pesquisadores e universidades devem ser procurados. O Brasil faz o inverso, ele quer que a universidade desenvolva as ideias e isso está errado. Só pela sorte ela vai acertar o que o consumidor quer. Eu fiz muito isso quando trabalhei em uma fabrica de máquinas e ferramentas. Quando eu precisava, recorria ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), que fica na Universidade de São Paulo (USP), e utilizava materiais que eu não tinha. Seria um grande prejuízo parar minha produção de ferramentas para testar uma maneira diferente de desenvolver algo, quando eles já tinham isso facilmente à mão.

Quanto as empresas precisam investir em tecnologia?
Se ela quiser fazer uma inovação ofensiva, ou seja, se diferenciar no mercado, deve aplicar a partir de 5% do seu faturamento. Mas depende do segmento, essa regra seria interessante para farmácia ou eletrônica, por exemplo. Se a companhia tem 8% de lucro e aplica 4% em inovação, ela aumenta em muito seu risco. Se ela for mal sucedida, pode quebrar. É preciso estar disposto a assumir o risco e contar com um pouco de sorte também.

Sem considerar todas as dificuldades para inovar, pode-se dizer que as empresas estão fazendo algo errado?

Elas poderiam ousar um pouco mais. Mas é difícil se aventurar muito. As empresas querem preservar a manutenção, o patrimônio e o ativo. Querem a segurança máxima e o lucro possível dentro disso. Então, sem a ajuda do governo, o percentual em inovação é relativamente pequeno. Mas podem tentar mobilizar parceiros institucionais, como o IPP ou o SENAI, por exemplo.

Qual é o caminho para o Brasil, então? O correto é que sejamos autosuficientes?
Uma maneira de ganhar tempo é aprendermos com alguém e depois desenvolvermos nossa própria tecnologia. Na década de 90, um chinês me disse certa vez que aprenderia com os alemães a fazer trens e depois os faria sozinho. Hoje, a China tem mais trilhos e trem-bala do que todo os outros países somados, são mais de 6 mil km de trilhos. A Índia produzia a metade do Brasil em patentes. Criou então a lei de Desenvolvimento Tecnológico 1995, e três anos depois já ultrapassava o Brasil. Hoje, esse país cresce 20% anualmente em patentes, produzindo até dez vezes mais que o Brasil.

Quanto o governo precisaria investir para mudarmos o cenário brasileiro?

O governo teria de liberar os R$ 3 bilhões que não investe em tecnologia. Se fizesse o mesmo que está oferecendo ao Pão de Açúcar seria uma revolução no Brasil. Se o governo colocar algo como 0,2% do PIB já seria suficiente para a revolução tecnológica. Hoje o país sofre um déficit tecnológico porque tira mais do setor produtivo do que oferece em troca. O governo retira de imposto cerca de 3 bilhões de reais e devolve, em média, 14% desse valor. Mas ele retira do imposto das próprias empresas e não do montante que deveria ser destinado ao segmento.

E se o governo seguir por esse caminho, em quanto tempo poderíamos ver uma diferença?
Se o governo fizer esse investimento, daqui três anos já veremos diferenças substanciais. Nós temos uma estrutura melhor do que a da China, então podemos crescer. Só precisamos de um Estado que queira compartilhar o risco tecnológico e de indústrias que queiram inovar.

Fonte: http://epocanegocios.globo.com/

domingo, 10 de julho de 2011

Economia com Iovação!

Uma das bandeiras levantadas pela presidente do Brasil, Dilma Rousseff, é a que o País se torne um potente exportador de tecnologia, a inovação tecnológica é um elemento fundamental para o crescimento da economia nacional. Nesse contexto, os produtos, processos e serviços inovadores têm chamado muito a atenção no campo empresarial brasileiro. A inovação se colocou como um ativo de extrema importância para o crescimento das organizações, e o governo realmente tem apresentado incentivos para aumentar a competitividade e a tecnologia das empresas brasileiras nos mercados doméstico e mundial. Isto impulsiona o crescimento do país e o consolida como uma importante economia global. Entretanto, para que isso aconteça, também existe a necessidade de que os detentores do conhecimento não estejam concentrados no meio acadêmico, mas que sejam motivados a trabalharem nas empresas, que estejam atuantes no mercado.

A inovação pode ser descrita como a aplicação de ideias que geram benefícios, como o aumento de faturamento, o acesso a novos mercados e o aumento das margens de lucro. E, para que uma inovação seja classificada como tal, deve causar impactos significativos na empresa, seja nos resultados financeiros, seja na maneira como se porta no mercado. O caminho está aberto para as empresas e o País tem leis que incentivam a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação, como é o caso da Lei 11.196, mais conhecida como Lei do Bem. Criada em 2005, ela é destinada às empresas que investem em Pesquisa e Desenvolvimento de Inovação Tecnológica, criando incentivos fiscais de apoio a essas atividades. Parte dos incentivos é destinada ao abatimento do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (Cofins). É importante frisar que as beneficiárias são as empresas optantes pelo regime tributário do Lucro Real e que possuam situação fiscal completamente regular.

Apesar de a Lei do Bem existir há seis anos, ela ainda é pouco conhecida pelas empresas. Dados divulgados apontam que hoje, no Brasil, existem apenas cerca de 600 organizações que usufruem dos benefícios. Acredito que esse cenário se deva à falta de conhecimento da legislação existente e também da maneira como se faz a prestação de contas. Assim, as empresas que desejam obter os benefícios fiscais advindos de seus investimentos em inovação tecnológica encontram reais dificuldades. Esses problemas podem estar ligados à comprovação de que os valores gastos foram, de fato, destinados a este tipo de investimento, além de terem uma carência de gestores especializados para seus projetos de inovação. Diante desta sucinta apresentação sobre inovação e leis brasileiras de incentivo, fica destacada a importância dos projetos inovadores para as empresas que buscam se sobressair no mercado e, consequentemente, se beneficiar das reduções de encargos tributários. Ainda, fica enfatizada a importância dessas medidas para a posição do Brasil no mercado internacional e a expectativa de que a inovação passe a fazer parte efetiva do cotidiano do empresariado brasileiro.
Fonte: Protec

terça-feira, 5 de julho de 2011

Finep - Prestes a se tornar um banco público de inovação.

O governo pretende capitalizar a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para transformá-la em “banco público de inovação”, disse o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloísio Mercadante, durante audiência pública no Senado, na terça-feira 28 de junho de 2011.

Entretanto, o projeto do governo para fomentar investimentos na área de inovação depende da aprovação da medida provisória 526/2011, prevista para chegar ao Plenário do Senado no início do mês de julho. Após o aval dos senadores, a União pretende injetar R$ 1 bilhão na Finep.

Após encontro com senadores nesta tarde, para se defender de participação no caso do "dossiê dos aloprados", Mercadante afirmou que a intenção do governo é elevar os investimentos em ciência e tecnologia.

Hoje os US$ 24,2 bilhões aportados pelo Estado nestas áreas correspondem a 1,19% do Produto Interno Bruto (PIB). Ainda segundo o ministro, no Japão os estímulos dos governo para inovação chegam a 3,44% do PIB: US$ 150 bilhões.

Para o ministro é preciso aumentar os investimentos de empresas estatais nas áreas de ciência e tecnologia, que atingem apenas 0,57% do PIB brasileiro; enquanto no Japão a soma chega a 2,68% e na Coreia 2,46% do PIB. De acordo com Mercadante, excluindo a Petrobras — que entra na cota das empresas privadas —, esse investimento cai para 0,3% da produção de riquezas do País.

domingo, 3 de julho de 2011

Brasil - Uma fonte de atração para Investidores "Anjos".

Os investimentos de “anjos” começam a ganhar destaque no Brasil. A modalidade, já bastante difundida nos países desenvolvidos, atrai pessoas que apresentam desenvoltura em gestão e acumulam experiência como executivos em grandes empresas ou em negócios próprios.

Com um perfil arrojado, a maior parte destes aplicadores está na faixa de 45 e 55 anos e têm uma renda anual média de R$ 250 mil. Os anjos costumam colocar em torno de 40% do capital necessário para a realização do negócio. Os investimentos variam entre R$ 15 mil e R$ 300 mil e quase sempre exigem participação ativa na gestão. E desde o ano passado aumentou o número de “anjos” que investem R$ 1 milhão ou mais em negócios nascentes.

O investidor individual ativo é aquele que aporta capital próprio em empresas nascentes, apostando no potencial de crescimento de valor demercado. Embasados nas experiências profissionais anteriores, os anjos tendem a se envolver nos negócios em que investem. Eles dão suporte na identificação, prospecção e desenvolvimento de seleção dos negócios imperdíveis e na formação de equipes. Além disso, trazem uma rede de relacionamentos construída em anos de atuação no setor.

Os “anjos” tomam suas próprias decisões. Dessa forma, influenciam o negócio e têm impacto sobre o resultado. "Este tipo de investimento é de risco e quem aposta nesta modalidade é uma pessoa sofisticada, de perfil peculiar. O aplicador traz na bagagem a experiência adquirida ao longo da vida profissional, o que tende a auxiliar positivamente as novas empresas”, diz José Antônio Pimenta Bueno , coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas do Instituto Gênesis da PUC-Rio.

“O ‘anjo’ é um investidor ativo, ou seja, não é aquele que fica observado as oscilações do mercado pelo monitor do computador. Ele tem a chance e a competência para intervir”, completa Pimenta Bueno.

Na opinião do analista, este tipo de negócio é interessante porque integra a experiência dos “anjos” com o arrojo dos jovens empreendedores. “Muitas vezes, estas novas empresas surgem muito competentes em áreas específicas, mas vêm com deficiências em outros segmentos e é aí que o ‘anjo’ pode fazer a diferença”, afirma.

No Brasil ainda não existe instituição responsável por fiscalizar todos os investidores “anjos”, mas os analistas afirmam que a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) contribui de forma eficaz para estimular o difundir esse conceito. De acordo com as estimativas dos especialistas, o Brasil tem 200 mil “anjos” investidores em potencial e que podem investir, anualmente, cerca de R$ 3 bilhões em empresas brasileiras.

Apostar na modalidade é apontado como boa alternativa para pessoas que
têm não apenas dinheiro, como também tempo disponível para cuidar do investimento. “O investidor não aplica apenas o dinheiro, ele aplica seus conhecimentos”, diz Ernesto Weber , diretor da Gávea Angels, que já contou com um “anjo” aplicando R$ 1 milhão em uma empresa nascente.

Nos Estados Unidos, onde a modalidade é bem difundida, investe-se, anualmente, cerca de US$ 50 bilhões. Lá eles são considerados como fonte criadora de novos negócios e são vistos como agentes da inovação, propulsores da economia e impulso para mover jovens. Vale lembrar que duas das empresas mais ricas do mundo nasceram com o auxílio de investidores “anjos”: Google e Microsoft.

Na Europa, os dados divulgados pelo Instituto Gênesis mostram o valor aplicado está estimado em 600 milhões de euros em 2006 e o porte médio do investimento gira em torno de 100 mil euros. De acordo o Instituto Empreender Endeavor, o Brasil é o oitavo país mais empreendedor do mundo, o que torna o País uma fonte de atração dos “anjos”.

Fonte: http://www.administradores.com.br