quarta-feira, 31 de agosto de 2011

FINEP vai destinar R$ 100 milhões para projetos ligados à Copa e Olimpíadas.

A FINEP vai liberar um orçamento de R$ 100 milhões para projetos de tecnologia da informação relacionados à Copa de 2014 e aos Jogos Olímpicos do Rio em 2016. Os recursos serão aplicados na área de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) e irão privilegiar propostas que possam gerar tecnologia nacional inovadora e competitiva no mercado global.

Segundo o presidente da FINEP, Glauco Arbix, a iniciativa está inserida em uma proposta maior de governo voltada para os dois megaeventos que ocorrem no Brasil.
Virgílio Fernandes, Secretário de Política e Informática do MCT, disse que as exigências de alocação dos recursos estarão ligadas à ampliação da integração universidade-empresa, o uso de tecnologias de software em plataformas abertas e a participação de múltiplas empresas de várias regiões do país. Vamos aguardar!!!!

Copa do Mundo de 2014, Olimpíadas 2016 & Tecnologia

Se as Olimpíadas de Vancouver 2010, são conhecidas como “first all IP-based Games” e as Olimpíadas de London 2012 como “Games for the Connected World”, os eventos da Copa do Mundo de 2014 no Brasil e as Olimpíadas de 2016 na cidade do Rio de Janeiro serão os eventos dominados pela Mobilidade. Nesta época estaremos vivendo uma plena Revolução Digital comandada pela Telefonia Móvel e a Internet Móvel.

A Copa do Mundo de 2014 será caracterizada pelo compartilhamento e disseminação da informação através da tecnologia móvel que irá transformar nossa sociedade em uma rede global móvel. Este evento deverá levar vantagem plena de todas as oportunidades oferecidas pela Revolução Digital, Tecnologia de Informação e novas Mídias. Neste evento, de forma mais forte do que aconteceu na Alemanha em 2006, o conteúdo deverá ser disseminado em todas as mídias possíveis.

As futuras estratégias e formatos de realizações de eventos esportivos devem ser planejadas de acordo com a massificação das novas oportunidades de conectividade e as mudanças trazidas por esta Revolução Digital. O COI (IOC – International Olympic Committee) – responsável pela realização dos Jogos Olímpicos – já identificou a importância da Tecnologia Digital nos grandes eventos esportivos. Ao contrário do COI, a FIFA (Fédération Internationale de Football Association), na organização do evento de Copa do Mundo, ainda continua muito focada apenas na “figura” do Estádio como elemento central do evento, mas isto já esta mudando.

Apesar disto, o evento Copa do Mundo – maior evento de mídia do planeta – sempre esteve ligado à inovação tecnológica no que se refer a mídia. Em 1996, a Europa assistiu aos jogos ao vivo via transmitido por satélite. Em 1970, na Copa do México, o mundo viu a primeira transmissão dos jogos a cores. Em 1974, a transmissão chegou aqui no Brasil por telões em praças públicas.

Em 1998, a França emplacou a primeira transmissão digital em larga escala. Na Copa de 2002, no Japão e Coréia do Sul foi a vez da estréia do Wi-Fi nos estádios que permitiu que uma foto de um gol tirada em campo, fôsse para a Internet 2 minutos depois. Em 2006, na Alemanha, foi inaugurada a convergência das mídias eletrônicas como rádio, TV aberta e paga, Internet e um pouco de telefonia móvel. Este mundial foi também o primeiro totalmente gerado com imagens de alta definição (HD). Atualmente, a FIFA conta com a empresa HBS (Host Broadcast Services) para todo o gerenciamento de transmissão de uma Copa do Mundo.

Em 2014 no Brasil, poderá ser vez da telefonia móvel. Tudo está sinalizando desta forma. Nesta época, as redes 3G já estarão ultrapassadas e os turistas chegarão no Brasil com dispositivos 4G (provavelmente) com alta velocidade de transmissão. Atualmente já existe um grande interesse na implantação de redes 4G no mundo com, pelo menos, 45 commitments.

As facilidades modernas de comunicações disponibilizadas para a comunicação em banda larga digital devem ser confiáveis, flexíveis, expansíveis, reusáveis, e adaptáveis à novas tecnologias. Devem ser escolhidas tecnologias padronizadas que atendam às necessidades do evento esportivo, como também, suportem as tecnologias utilizadas em diferentes países.

Suporte Estratégico de Novas Tecnologias

Para satisfazer aos requisitos de uma Copa do Mundo, a integração tecnológica e a introdução de novas tecnologias devem ser promovidas de forma a aumentar os objetivos da aplicação de altas (e novas) tecnologias no evento esportivo. Devido a abrangência geográfica nacional da Copa do Mundo de 2014, o trabalho na identificação de novas aplicações e tecnologias poderia ser coordenado de forma centralizada com o objetivo de ser aplicado em toda a Copa do Mundo brasileira. Os Jogos Olímpicos Beijing 2008 na China teve um projeto dedicado unicamente a buscar a inovação em alta tecnologia para seus Jogos chamado “Beijing 2-4-8 Major Innovation Project“.

Aumentar a utilização de alta tecnologia em projetos de Copa do Mundo é fundamental em áreas como transporte, proteção ambiental, energia limpa, estádios e facilidades, TI e telecomunicações, segurança, controle de doping, e as cerimônias de abertura e fechamento da Copa. Em eventos esportivos recentes, os organizadores têm apostado na aplicação de tecnologias 3S (i.e., sistema de sensoriamento remoto, GIS e GPS), transporte inteligente, utilização aquecimento limpo, micro-satélites, nanotecnologia, e bio-chips, entre outras.

Desenvolvimento de Sistemas Modernos de TIC

Desde dos Jogos Olímpicos de 2008, o grande desafio de TIC na realização de eventos de Copa do Mundo e Jogos Olímpicos é focar em um programa de um “Evento Digital” e construir uma infraestrutura de telecomunicações e de sistema de rede, para criar um ambiente favorável de TI e proporcionar excelentes serviços de informação sobre o evento esportivo. O planejamento da infraestrutura de informação e comunicações deve levar em conta as facilidades de forma unificada, para utilizar recursos de transmissão de um a forma racional, garantindo o cabeamento óptico e elétrico das redes de comunicações na Copa do Mundo.

A construção do Sistema de Informação para a Copa do Mundo 2014 deve atender aos requisitos da FIFA no que se refere aos sistemas de gerenciamento e sistemas de informação. Os Sistemas de previsão e monitoração de tempo podem ser reforçados para proporcionar informações de previsão e monitoração de tempo disponíveis e mais seguras em um evento do porte da Copa do Mundo. É importante também disponibilizar serviços de e-Commerce cobrindo a venda de tickets, turismo, propaganda, shopping entre outros.

A tecnologia de Smart Card também deverá utilizada para permitir aos fãs dos jogos que efetuem pagamentos com segurança, como também, deve ser implantada uma rede de pagamentos via cartões de crédito. Adicionalmente, deverão ser feitos esforços para levantar o nível de inteligência dos estádios e facilidades para que sejam oferecidos diversos outros serviços de informação. Atualmente, com a disseminação do Wi-Fi no mundo, é ponto importante a disponibilização desta interface nestes locais.

Deverá ser estimulada a aplicação de tecnologias sofisticadas e avançadas e o estímulo de projetos básicos para o desenvolvimento de tecnologias chave. Também deve ser estimulada a utilização de tecnologia de ponta de sistemas esportivos de grande escala, equipamentos esportivos digitais, equipamentos de mídia digital, entre outros.

No setor de estádios temos atualmente o que existe de melhor no mundo. A tônica atualmente é a utilização de redes convergentes, oferecendo uma série de serviços end-to-end, os quais incluem VoIP e Wireless LAN nos estádios entre outras tecnologias.

Com a surpreendente evolução da telefonia móvel no mundo onde alguns países já estão comprometidos com a Tecnologia 4G, a tecnologia móvel vai ser um componente extremamente diferencial na realização dos eventos esportivos futuros como a Copa do Mundo de 2014. Recentemente o Gartner Group identificou as 10 tendências da telefonia móvel para 2012. Entre elas destacam algumas que poderiam ser utilizadas em um evento esportivo do porte da Copa do Mundo, a saber: Money Transfer, Location Based Services, Mobile Payment, Near-Field Communications e, Mobile Advertising.
Na Copa do Mundo de 2006 na Alemanha, o Comitê Organizador tentou apostar na telefonia móvel mas a utilização não “decolou”. Atualmente, a tecnologia está bem mais madura, e já pode contar com o sucesso da massificação da tecnologia 3G e na disseminação dos smartphones por causa do estrondoso sucesso do iPhone. Isto sem falar no boom da banda larga móvel!

Os Jogos Olímpicos de Beijing 2008 tiveram uma cobertura de mídia via Internet sem precedentes incluindo uma significante cobertura através de aparelhos celulares. Grandes organizações de mídia como a NBC americana e a BBC inglesa ofereceram serviços dia e noite de Internet Móvel, Alertas Mobile e cobertura de Mobile Video. Motivado pelo grande sucesso e maturidade da telefonia móvel, o Comitê dos Jogos Olímpicos de Londres 2012 está querendo apropriar-se do slogan “The Mobile Games” implantando serviços móveis como o e-Commerce e e-Ticketing.

Finalmente, com o sucesso das aplicações de Social Networking na telefonia móvel é possível a sua utilização para aglutinar os fãs de diferentes nacionalidades na Copa do Mundo de 2014.

Atualmente, por exemplo, o Facebook pode ser ferramenta completa de Comunicações Unificadas mais um Repositório Multimídia que pode ser carregado no bolso em um handset agregando informações como: Atualizações de Status, Mensagens, Chamadas VoIP, Compartilhamento de Vídeos/Músicas/Fotos/Estórias, Chat, Jogos Eletrônicos e Wall Posts. Imagine a possibilidade de ter uma grande portal através do Facebook agregando os fãs da Copa do Mundo de 2014?

Fonte: com base no http://www.brasilinovacao.com.br

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Dispositivos móveis superam a TV como mídia mais importante

Apenas 4% a 5% das pessoas que usam PCs hoje precisam realmente deles. Para as demais, os computadores serão gradualmente substituídos por dispositivos móveis, como smartphones e tablets. Esta é uma das tendências apontadas pelo pesquisador Jeff Cole, da UCLA e da USC Annenberg School of Communication & Journalism.

Cole coordena a pesquisa World Internet Project, que há 11 anos coleta informações sobre os hábitos de consumo de mídia de pessoas em 34 países, seguindo em média 2 mil pessoas em cada país.

Ele disse a esta reportagem que nos últimos dois anos os dispositivos móveis vêm superando a TV como mídia mais importante para as pessoas. "O celular está passando do segundo ao primeiro lugar entre os dispositivos que as pessoas julgam mais relevantes", conta.

Os tablets, diz, têm diversas vantagens em relação ao PC, como o tempo de boot, a curva de aprendizado ("pense em quanto tempo você precisa para ensinar sua avó a usar o computador", brinca) e a interface. "O mouse vai desaparecer", prevê.

Redes sociais

Cole conta que previu o declínio do MySpace com um ano de antecedência. "Redes sociais são como night clubs, quando começam a ficar muito populares, os descolados caem fora. Além disso, você não quer ir a um lugar onde sua mãe também esteja", diz.

Perguntado se isso também se aplica ao Facebook, Cole diz acreditar que a rede social ainda crescerá por alguns anos, quatro ou cinco, mas também declinará. "A tendência são as redes sociais fragmentadas, especializadas", diz. "O Google+ é uma amostra do que será esta tendência".

Fonte: http://www.tiinside.com.br

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Tendências tecnológicas para os próximos anos. Estamos prontos?

Quais tendências tecnológicas você acha que podem impactar sua vida nos próximos dez anos? O futurista e chefe do grupo de soluções de internet da Cisco, Dave Evans, preparou uma lista com dez delas. Confira a relação:

1 - Internet das coisas: nascido em 2008, o conceito é definido basicamente pelo crescente número de aparelhos que estarão conectados à grande rede. Para o grupo de internet da Cisco, até 2020, 50 bilhões de dispositivos terão acesso à web, algo como seis por pessoa.

2 - Zettaflood: a capacidade de armazenamento de cinco exabytes foi criada em 2008, o equivalente a um bilhão de DVDs. Três anos mais tarde, diz o futurista, o montante de informação criada era de 1,2 zettabytes. Muita da informação criada neste momento já é multimídia, a previsão é que em 2014 90% do tráfego na web seja vídeo. Assim, a era do zettaflood demandará muito das redes.

3 - Explosão da nuvem: até 2020, a previsão é que ao menos um terço dos dados estejam abrigados ou passem por uma nuvem. Até 2014, o gasto de TI em inovação e cloud computing deve chegar a US$ 1 bilhão. Para as empresas, aconselha, é importante entender que esses ambientes são bons apenas se o ambiente de rede der o suporte adequado.

4 - Próxima web: o futurista usa sua própria casa como exemplo e diz que, desde 1990, a velocidade da conexão aumentou 170 mil vezes. Nos próximos dez anos, acredita que isso crescerá três milhões de vezes.

5 - O mundo está plano, assim como a tecnologia: com aumento da velocidade, melhora da comunicação e recursos disponíveis, as pessoas estão progredindo mais rapidamente. As revoltas árabes são exemplos do engajamento que pode ocorrer com o avanço da tecnologia. Tivemos ainda os alertas de Tsunami na costa norte-americana após o terremoto do Japão. Com esses eventos, a captura, disseminação e consumo das histórias ao vivo torna tudo em tempo real e mais próximo. Temos aí três pontos: banda larga móvel, internet e produção a qualquer hora e em qualquer lugar.

6 - Poder: com o crescimento populacional e também da urbanização, cidades com um milhão de habitantes serão criadas a cada mês nas próximas duas décadas. Isso trará demandas imensas, inclusive energéticas. Mas algumas respostas existem. A energia solar é algo que poderá ajudar muito.

7 - O ponto central estará em você: temos sempre nos adaptado às tecnologias. No futuro, isso irá mudar, elas se adaptarão aos nossos estilos. A última fronteira de integração serão as interfaces de máquinas cerebrais que, eventualmente, permitirão às pessoas com lesão na medula ter uma vida normal.

8 - A próxima dimensão: temos assistido a um grande progresso do mundo físico para o virtual. Antes, comprávamos DVDs, cds, livros. Hoje tudo é baixado nos computadores e outros dispositivos com acesso à internet. Algo que tem crescido também é a impressão 3D. Num futuro não tão distante, eles acreditam que será possível imprimir órgãos humanos.

9 - Nova árvore familiar: os avanços tecnológicos têm permitido a criação de entidades artificiais. Caracteres automáticos podem reconhecer voz e fazer projeções. Além disso, temos o avanço da robótica. Até 2020, os robôs serão superiores aos humanos. Acredita-se ainda que até 2025 a população de robôs vai ultrapassar a de humanos no mundo desenvolvido, para, em 2035, substituir os humanos enquanto força de trabalho.

10 - Apenas o melhor: temos cruzado o limite da descoberta e nos tornamos mestres de nosso próprio destino. Somos praticamente o sol de nossos átomos e rapidamente estamos ganhando o controle sobre eles. De acordo com Stephen Hawking, ‘os humanos estão iniciando o estágio de uma evolução auto-concebida’. Essas tendências são apenas para nos lembrar o quão bom é o mundo e, assim, temos sempre que responder a questão: estamos prontos?

Fonte: http://informationweek.itweb.com.br

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Propriedade intelectual: o desafio das patentes no cenário da inovação.

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Conhecida por transformar mercados e proporcionar o progresso técnico-científico, a inovação (tecnológica) possui um papel amplamente reconhecido pela sociedade, especialmente em indústrias de alta tecnologia. A Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P&D&I) é alvo de elevados investimentos e, por ser um fenômeno pouco preciso e incerto, é constantemente submetida a metodologias, processos e ferramentas a fim de aumentar a probabilidade de sucesso futuro ou diminuir riscos. Uma das ferramentas para gestão de riscos e “proteção” destes investimentos é a Gestão da Propriedade Intelectual, ou simplesmente PI.

Propriedade Intelectual (PI) de uma forma genérica são os direitos inerentes à atividade intelectual nos domínios industrial, científico, literário e artístico. Por serem direitos, é comum que boa parte das pessoas os associem como um assunto para advogados cuidarem, o que é um equívoco, pois muito mais do que um assunto meramente jurídico, a PI é um assunto essencialmente de negócios.

Uma empresa que desenvolve e protege seus produtos ou processos por meio de patentes, na verdade, cria um ativo intelectual com potencial de se tornar uma ferramenta de ação estratégica para manter a vantagem competitiva. Se as palavras inovação e propriedade intelectual estão associadas ao desenvolvimento sócio-econômico das nações, não seria incorreto pensar que fazem, hoje, parte das políticas públicas das principais economias mundiais. Que o diga o próprio governo brasileiro, que enxerga na inovação tecnológica uma das saídas para evitar a “desindustrialização” e aumentar a competitividade internacional das empresas nacionais.

Conquistas como a estabilidade macroeconômica, as recentes Leis de Inovação e do Bem e os demais programas governamentais permitiram ao Brasil avançar 21 posições, saltando da 68ª posição para a 47ª no ranking de inovação elaborado pela Confederação da Indústria da Índia, em parceria com o instituto de administração europeu Insead e com a Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI). Entretanto, os resultados referentes ao número de pedidos de patentes depositados, um dos 50 indicadores avaliados, continua a desejar. O Brasil permanece responsável por apenas 0,3% dos pedidos de patente internacionais (OMPI, 2009), apesar de o português ser incluído como língua oficial de depósitos no PCT (Patent coperation Treaty, ou Tratado de Cooperação em matéria de Patentes) e o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) ser reconhecido como autoridade Internacional de Busca e Exame de Pedidos no âmbito do PCT desde 2007.

De acordo com o índice, dentre os países mais inovadores do mundo estão: Suíça, Suécia, Singapura, Coréia do Sul, Finlândia, Dinamarca, Estados Unidos, Canadá, Holanda e Reino Unido. E o que eles têm em comum? Pelo menos, a maioria desses países possui importantes empresas no setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), como Ericsson, Nokia, Research In Motion (RIM), Apple, Microsoft, Philips, Flextronics e Zetax. Curiosamente, nos EUA, o maior mercado, os principais depositantes de patentes pertencem ao setor de TIC com destaques para Samsung, IBM, Sony e Microsoft. Consequentemente é o setor que mais sofre com processos de infração ou com acordos de licenciamento. Eis um dos males do modelo de monopólio temporário da tecnologia. Eric Maskin, Nobel de economia em 2007, que o diga.

Peguemos, por exemplo, a principal empresa “case” de inovação tecnológica dos últimos anos: a Apple. Responsável por uma das maiores mudanças técnicas, sociais e culturais nos países onde possui presença com seus produtos, sofreu inúmeros processos de infração de patentes por parte de pequenas e grandes empresas do setor que a acusavam de incorporar soluções “patenteadas” em seus iPads, iPhones e iPods. As empresas Kodak, Nokia e HTC são algumas das vencedoras de processos que custaram a cabeça de seu diretor de patentes. A Nokia, por exemplo, conseguiu um acordo de licenciamento da ordem de 1 a 2% da receita do iPhone, calculada aproximadamente em US$ 43 bilhões este ano, de acordo com uma pesquisa da Reuters. Essas ações podem levar empresas verdadeiramente inovadoras à falência, de um dia para o outro.

Devido ao grande risco das empresas de TIC sofrerem ações judiciais, elas frequentemente recorrem às licenças cruzadas, que nada mais são do que um acordo segundo o qual duas ou mais partes concedem uma licença à outra para a exploração do objeto reivindicado em uma ou mais patentes. Um escambo dos tempos modernos onde a patente é uma “moeda de troca” para sobrevivência. Mas isso somente ocorre se ambas as partes possuírem ativos para trocar, pois sem eles não há negócio, principalmente quando quem rege esse sistema chama-se inovação.

Fonte: http://www.tiinside.com.br/

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Google - Um caso de sucesso na estratégia do Oceano Azul.

Quando os americanos Larry Page e Sergey Brin, fundadores do Google, resolveram, no início desta década, fazer um Download da internet, e baixar práticamente todas as informações disponíveis na web, estavam a um passo de criar uma empresa revolucionária e inovadora, que se tornaria a maior referência do setor nos anos seguintes. Mas o passo decisivo foi a contratação do iraniano Omid Kordestani, que tinha a missão de transformar a idéia inovadora em um negócio lucrativo. Kordestani criou os “links patrocinados” e, com isto, partindo práticamente de um investimento zero, criou as condições necessárias para tornar o Google uma empresa bilionária em apenas sete anos de existência.

Saindo da condição de uma empresa de “fundo de quintal”, a partir de um pequeno grupo que se amontoava em uma sala perto da Universidade de Stanford, nos EUA, o Google partiu de um faturamento mensal zero para faturar 16.6 bilhões de dólares em 2007. Seu valor de mercado, hoje, está estimado em 139 bilhões de dólares e ultrapassa o de empresas como Coca-cola e Boeing.

O Google é um caso clássico de utilização da estratégia do oceano azul para competir no mercado. É possível identificar pelo menos duas idéias básicas desta estratégia que foram utilizadas com sucesso pelo Google. A primeira é: “Torne a concorrência irrelevante, em vez de competir em mercados altamente concorridos”. A segunda idéia foi: “Crie uma inovação de valor”. A seguir vamos detalhar melhor estes dois aspectos que foram utilizados com sucesso em sua trajetória meteórica no mundo dos negócios.

Torne a Concorrência Irrelevante

Quando o Google estabeleceu-se no mercado de buscas na internet e criou os “links patrocinados” como uma mídia inovadora, este mercado não existia, portanto ele começou a “nadar num oceano azul”, sem concorrentes, deixando para outras empresas da internet a disputa no oceano vermelho da competição já existente na Web. Desta forma o Google usou com maestria a máxima da estratégia do oceano azul: “Torne a concorrência irrelevante”.

Diante do espetacular sucesso do Google, gigantes da internet como Microsoft e Yahoo! tentam de todas as formas conquistar uma fatia deste lucrativo mercado. Atualmente a divisão do mercado de sites de busca encontra-se dividido da seguinte forma: Google (62,4%), Yahoo! (12,8%), Microsoft (2,9%), Outros (21,95).
A Microsoft, em vão, tentou competir neste lucrativo filão de mercado lançando sua própria ferramenta de busca, o Live Search, mas conquistou apenas 2,9% do mercado.

Agora surgem rumores de uma associação entre Microsoft e Yahoo!, que estariam se unindo para competir em igualdade de condições com o Google. Em fevereiro de 2008 foi divulgada a notícia de que a Microsoft fez uma oferta de 44,6 Bilhões para a compra do Yahoo!, mas o negócio ainda não foi concretizado.

Existe uma velha máxima no mundo dos negócios que diz: “quem chega primeiro bebe água limpa”, e é exatamente isto que está ocorrendo no mercado de links patrocinados dominado pelo Google. A empresa inventou esta forma de ganhar dinheiro na internet, tornou-se o principal utilizador deste tipo de mídia e agora, com uma forte âncora neste mercado, dificilmente será desbancada.

Crie uma Inovação de Valor

O outro importante conceito da estratégia do oceano azul utilizado pelo Google foi a criação de uma “inovação de valor”, que não deve ser confundida com uma inovação comum. Na inovação de valor é preciso agregar os seguintes conceitos:

• Atendimento de necessidades não satisfeitas de forma inovadora – através do estudo de mercado e das tendências sociais é possível localizar nichos de mercado que não estão sendo atendidos de forma satisfatória. São nestes nichos de mercados que se escondem os oceanos azuis. No caso do Google, seus fundadores perceberam que existia uma demanda crescente por informações na internet, e que não estava sendo atendida. O que eles fizeram foi criar, de forma inovadora, uma maneira de fornecer estas informações.

• Criação de uma grande demanda, suficiente para a inauguração de um novo mercado – para se criar um oceano azul é preciso que exista uma demanda contínua. Uma inovação que atenda apenas a um pequeno grupo de pessoas não é suficiente para o surgimento de um oceano azul. O mercado de buscas, criado pelo Google, criou uma demanda que já existia de forma latente, ou seja, existia a necessidade, mas não havia ferramentas adequadas para satisfazê-las.

• Viabilidade financeira da inovação – finalmente a inovação de valor precisa ser lucrativa o suficiente para permitir um grande crescimento da empresa, mas também viável para que os consumidores possam utilizá-las como uma demanda sustentável. Os links patrocinados, aqueles pequenos anúncios de duas linhas que aparecem quando se está buscando uma informação, criados pelo Google, podem ser acionados através de um simples “click”, e são viáveis principalmente porque o anunciante paga apenas pelos acessos efetivamente ocorridos, maximizando seu investimento em anúncios.

A idéia que se esconde por trás do Google é tão inovadora e criou uma demanda tão fantástica que ele se tornou um fenômeno cultural. O nome da empresa entrou para o dicionário de língua inglesa no ano passado como um verbete sinônimo de buscas na internet.

A história do Google demonstra de forma eloqüente o poder de uma estratégia inovadora, possível de ser utilizada não apenas por grandes corporações, mas principalmente por pequenas empresas, permitindo que companhias de menor porte possam competir com sucesso com as grandes organizações, utilizando a metodologia da estratégia do oceano azul.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Copa do Mundo traz oportunidades para pequenas empresas

Estudo aponta mapa de oportunidades de negócios e desenvolvimento empresarial para micro e pequenas empresas nos setores: Construção civil, Tecnologia da informação, Turismo e Produção associada ao turismo.

Com a seleção das doze cidades-sede para a Copa do Mundo de Futebol da FIFA em 2014, o Brasil inicia uma etapa de planejamento dos projetos necessários para a maximização dos resultados do evento para o País.

Os investimentos programados para a organização e realização da Copa do Mundo FIFA 2014 no Brasil, bem como o maior volume de movimentação econômica durante (e após) o evento, representam uma oportunidade de apropriação desses montantes pelas micro e pequenas empresas (MPEs) brasileiras situadas nos estados onde ocorrerão os jogos.

Conforme estimativas da Ernest & Young, em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), o valor investido em obras de infraestrutura e organização do País será de R$ 22,46 bilhões.

Adicionalmente, a competição deverá injetar R$ 112,79 bilhões na economia brasileira, com a produção em cadeia de efeitos diretos, indiretos e induzidos. Estima-se que, no período de 2010 a 2014, sejam movimentados R$ 142,39 bilhões adicionais no País.

Apenas para o setor de tecnologia da informação (TI), serão necessários investimentos de R$ 309 milhões para acomodar o grande fluxo de dados associado ao megaevento.

Esse números indicam fortemente que muitas oportunidade se abrirão para empresários de vários setores. Foi pensando nisso que o Sebrae apresenta nesse primeiro estudo, exclusivamente, o mapeamento de oportunidades da Copa do Mundo 2014 para as micro e pequenas empresas nos setores de construção civil, tecnologia da informação, turismo e produção associada ao turismo em nível nacional.

Leia o estudo completo (em pdf) e acompanhe as novidades sobre o assunto no portal do Sebrae.

Fonte: http://www.sebrae.com.br

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Incubadora de Empresas: uma solução viável para startups e projetos inovadores!

Uma incubadora de empresas é um mecanismo que estimula a criação e o desenvolvimento de micro e pequenas empresas (industriais, de prestação de serviços, de base tecnológica ou de manufaturas leves), oferecendo suporte técnico, gerencial e formação complementar ao empreendedor. A incubadora também facilita e agiliza o processo de inovação tecnológica nas micro e pequenas empresas.

Em geral, dispõe de um espaço físico especialmente construído ou adaptado para alojar temporariamente micro e pequenas empresas e oferece uma série de serviços, tais como cursos de capacitação gerencial, assessorias, consultorias, orientação na elaboração de projetos a instituições de fomento, serviços administrativos, acesso a informações etc.

Se você é um pessoa inovadora, com vários Planos de Negócios engavetados, por falta de investimento, inserir sua empresa em uma Incubadora pode abrir caminhos e solidificar suas ideias, amadurecer seu produto ou serviço inovador e impulsionar seu negócio, para que, num futuro próximo, ele possa caminhar sozinho. É uma ótima oportunidade para aprofundar os conhecimentos científicos, técnicos e operacionais sobre sua ideia, poder construí-la e testá-la em uma menor proporção, sem lancá-la as cegas no mercado.

Como citei no início do post, não é preciso possuir um empresa constituída formalmente para ser aceito em projetos de Incubação, empresas que estão em processo de criação também podem participar e são fortes candidatas.

Para ter sua empresa incluída numa Incubadora, é preciso redigir um ótimo projeto, que demonstre a capacidade de inovação do seu negócio e sua viabilidade financeira, se você tem perfil empreendedor e suas qualificações; também é preciso dispor de tempo e algum dinheiro para iniciar as atividades. Neste ponto, vale ressaltar que muitos empreendedores optam pelas Incubadoras, como forma de validar seus produtos e/ou serviços, tendo em vista que a assessoria recebida em aspectos tecnológicos e operacionais reduz imensamente os custos gerais necessários à implantação de uma empresa.

Geralmente as Incubadoras de Empresas pertencem a Entidades que fomentam o conhecimento, como Universidades, Ongs, Outras Organizações do Terceiro Setor; Empresas Públicas... É preciso estar atento aos Editais de Chamada para a Seleção de Empresas para Incubação.

Fonte: http://www.administradores.com.br e http://www.sebrae.com.br

FINEP tem mais R$ 2 bilhões para crédito em 2011.

A nova política industrial brasileira – Brasil Maior – cujo lançamento ocorreu na terça-feira (2/8) pela presidenta Dilma Rousseff, vai permitir um acréscimo de R$ 2 bilhões no orçamento da FINEP para 2011. Os novos recursos, que serão aplicados, na forma de crédito, em projetos inovadores de empresas, são provenientes do Programa de Sustentação do Investimento (PSI 3), gerido pelo BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Social).

Durante a solenidade de lançamento da nova política industrial, foi anunciado também que o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) vai mudar de nome. A partir de agora, a pasta ocupada por Aloizio Mercadante vai se chamar Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

O novo reforço financeiro da FINEP é resultado da execução recorde (90 dias) do primeiro empréstimo tomado junto ao PSI – R$ 1,75 bi – a partir de negociação direta entre a presidenta Dilma Rousseff e o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. Os recursos serão aplicados pela FINEP em cerca de 80 projetos de inovação em áreas consideradas prioritárias, como energia, saúde, TICs (tecnologia da informação e comunicação), aeroespacial, novos materiais, defesa, sustentabilidade ambiental e biodiversidade.

Com a meta de execução alcançada, a FINEP obteve da presidenta sinal verde para a viabilização de mais um financiamento, o que acaba de ser autorizado. A nova concessão de crédito para que a FINEP aplique em projetos inovadores eleva o orçamento total de 2011 da Financiadora para cerca de R$ 8 bilhões, incluindo recursos não-reembolsáveis do FNDCT, utilizados para apoio à pesquisa em universidades e instituições de ciência e tecnologia.

As taxas dos empréstimos da FINEP via PSI 3 serão de 4% a 5% a.a. Com orçamento total de R$ 75 bilhões, o programa será estendido até dezembro de 2012.

Para o presidente da FINEP, Glauco Arbix, o expressivo aumento de recursos para a inovação precisa estar colado com o crescimento do padrão de qualidade dos projetos. “Para isso, as análises devem ter foco em pesquisa, desenvolvimento e tecnologia sem perder de vista o componente inovador”, afirma Arbix.

“Inovar para competir. Competir para crescer”


Com o slogan “Inovar para competir. Competir para crescer”, o Plano Brasil Maior prevê uma série de ações iniciais que vão desde a desoneração das exportações, com a criação do Reintegra, até a regulamentação da Lei de Compras Governamentais, passando pelo fortalecimento da defesa comercial e pela criação de regimes especiais setoriais, com redução de impostos.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

10 erros que não devem ser cometidos pelos Empreendedores.

“Você pode aprender com os seus erros, mas, se possível, evite”. Foi com essa máxima que o professor Pablo Martin de Holan encerrou sua apresentação a uma audiência de futuros empreendedores no dia 26/07, no auditório da FGV-EASP.

Diretor do departamento de Gestão Empreendedora da IE Business School, em Madri, ele apontou 10 erros estúpidos que muitos empreendedores cometem na hora de montar um negócio e ir atrás de financiamento. Saiba quais são eles.

1. Não saber qual é sua vantagem competitiva


“Você não pode ser tudo para todos”, destaca o professor. “Ou você compete pelo preço, e entra no cruel mundo das commodities, ou terá que ser diferente de uma maneira relevante para o cliente”, ele acrescenta. A solução para o problema é conhecer muito bem o seu marcado e os seus clientes. “Faça sua lição de casa”, recomenda.

2. Ser ingênuo em um mundo cínico


Muitos empreendedores acham que chegar primeiro em um mercado garantirá o sucesso do negócio, mas esta fórmula nem sempre dá certo. Muitos dos grandes players dos seus segmentos chegaram depois e aprenderam com os erros de quem se aventurou primeiro. É o caso da Apple, que não foi a primeira a vender tocadores de música digital, mas dominou rapidamente o mercado quando entrou nele. “Ser primeiro nem sempre ajuda”, diz Holan.

3. Esquecer que é preciso gerar valor

Se você vai entrar em um mercado em que já existem outros competidores, é fundamental mostrar a que veio. “Seu produto tem que gerar mais valor que a concorrência”, enfatiza o especialista. “O iPhone não é o primeiro smartphone a tocar música, acessar e-mail ou tirar foto. Mas ele tem algo a mais, algo que gera valor para o usuário”, explica ele. E se você vai vender algo que não existe, torna-se ainda mais fundamental provar que aquilo vai trazer algum valor para o cliente.

4. Minimizar a importância da execução

“Quando um investidor precisa escolher entre uma boa ideia e um bom time, ele escolhe o bom time”, diz Holan. Não basta ter uma boa ideia, é preciso mostrar que você é capaz de executar. Tenha pelo menos um protótipo antes de procurar um investidor, ele aconselha.

5. Achar que sua ideia é a melhor do mundo


Deixe o entusiasmo de lado e avalie quanto sua ideia realmente vale. Ter o pé no chão ajuda na hora de negociar com o investidor. “A avaliação de uma empresa é uma negociação”, destaca. Chegar à mesa achando que sua ideia é a melhor do mundo pode atravancar o processo.

6. Pedir demais pelo negócio

Uma consequência de achar que sua ideia é a melhor do mundo é pedir dinheiro demais por ela. Quem exagera na conta, pode sair de mãos abanando. “Você tem que entender o que é realista”, aconselha o professor.

7. Acreditar que o que está no plano de negócios é o que vai acontecer


Para ter sucesso no empreendedorismo, é preciso desafiar os parâmetros que você próprio definiu e mudar os rumos do negócio com agilidade. “É preciso ter flexibilidade para mudar quando as coisas mudam”, recomenda.

8. Procurar o investidor errado

Conhecer o perfil do investidor é importante para que a parceria dê certo. Para que a aliança seja proveitosa para os dois lados, é preciso saber quais são as expectativas dele e entender se elas estão alinhadas com a do negócio. “Tenha em mente que o investidor está preocupado com a saída. Muitos saem até antes de o negócio dar lucro”, destaca Holan. Se você está procurando um parceiro de longo prazo, aliar-se a um investidor com histórico de saídas rápidas pode não ser a melhor escolha.

9. Achar que você é “cool” e todo mundo quer ser seu aliado estratégico

Muitos empreendedores acham que vão resolver todos os seus problemas de escassez de recursos com alianças estratégicas. Seja realista. Você pode achar que uma parceria com o Google ou o Facebook é a solução para os seus problemas. Mas o que você tem a oferecer a eles? “Uma aliança implica uma troca. Você tem que ter algo que realmente interesse a eles. Se a relação for assimétrica, não ai acontecer”, adverte o especialista.

10. Acreditar que seus problemas são únicos


Achar que seus problemas são exclusivos é uma armadilha perigosa, porque faz com que o empreendedor deixe de olhar para os lados. “Aprenda com os outros”, aconselha o professor. Ler livros, fazer cursos e principalmente conversar com outros empreendedores pode ajudar a agilizar a solução de problemas.

Fonte: Com base da revista http://exame.abril.com.br