segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Dilma: investimento em tecnologia e inovação fortalecem para enfrentar crise.

A presidenta Dilma Rousseff defendeu no dia 25/11/2011 mais investimento em conhecimento, tecnologia e inovação como forma de fortalecer o país para enfrentar os desdobramentos da crise econômica que atualmente atinge a Europa e pode se estender pelos próximos anos. Segundo Dilma, com a crise, o Brasil está diante de oportunidades que devem ser aproveitadas.

“Estamos num momento muito delicado internacionalmente", disse a presidenta. Ela ressaltou que a Europa pode passar "um tempo expressivo" enfrentando essa crise, que não acaba em um ano, nem em dois. "Temos de ter consciência disso e também de que os Estados Unidos não estão numa situação muito favorável". Ao mesmo tempo, é preciso saber a crise é oportunidade, e o Brasil está hoje diante de várias oportunidades, destacou Dilma ao participar da inauguração das novas instalações do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into).

O país não pode se atemorizar, nem parar de produzir ou de consumir, afirmou a presidenta. “Temos que avançar e isso significa melhorar a qualidade do serviço público no Brasil, garantir que o setor privado continue investindo, que a população continue consumindo, mas, sobretudo, temos de avançar nos passos que modificarão o Brasil. Um deles é, sem sombra de dúvida, apostar na inovação. Acredito que um dos saltos para o Brasil é inovação, ciência e tecnologia.”

No discurso, Dilma falou também sobre demandas da Petrobras. Segundo ela, o que o governo pretende é que sejam fabricados no Brasil todo os produtos que a empresa vai demandar nos próximos anos. “A Petrobras vai comprar 67 sondas, cada uma ao custo aproximado de R$ 1 bilhão. Temos uma demanda muito forte, que explica por que hoje, mesmo com a crise internacional, temos uma das menores taxas de desemprego, de 5,8%, quando, por exemplo, a Espanha tem taxa de 45% entre seus jovens e média de 22%”, ressaltou.

“A possibilidade de [o Brasil] chegar a ser a quinta potência [mundial] está cada dia mais claro que está logo ali, mas queremos ser um país sem pobreza, de classe média e com serviços de qualidade”, enfatizou.

Fonte: http://www.jb.com.br

sábado, 26 de novembro de 2011

Empresas brasileiras fazem mais inovação incremental do que radical!

As empresas brasileiras conseguem em média 17% de retorno com o investimento em inovação. A conclusão é do estudo As Práticas da Inovação Aberta, conduzido pela Fundação Dom Cabral com 72 companhias durante setembro de 2011. Os resultados foram apresentados na abertura do Open Innovation Seminar, que ocorre de quarta-feira (23/11) à sexta-feira (25/11) em São Paulo, no hotel Grand Hyat.

“Outro dado significativo é que 50% das empresas pesquisadas conseguiram cerca de 10% de retorno com a inovação, o que mostra o sucesso de uma estratégia desse tipo”, aponta o professor do Núcleo de Inovação da Fundação Dom Cabral, Anderson Rossi. De acordo com o especialista, há muito para avançar. “As empresas usam pouco a inovação aberta por enquanto no Brasil”, diz.

Segundo o estudo, 81% das pesquisadas fazem inovação incremental. São melhorias pontuais em processos, tecnologias e produtos que ajudam mais a não ficarem para trás no mercado do que a sobressair-se diante da concorrência. Somente 19% procuram uma inovação radical.

A pesquisa da Fundação Dom Cabral ainda aponta que as empresas gastam em média 4,6% do faturamento com inovação. A percentagem mais comum é 1%.

Fonte: http://itweb.com.br

domingo, 20 de novembro de 2011

Dilma anuncia investimento de R$ 150 milhões da FINEP para tecnologias assistivas.

No dia 17/11, a presidenta Dilma Rousseff anunciou o Plano Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência, conhecido também como Viver sem Limite. Em consonância com as diretrizes do governo federal, a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) vai destinar R$ 150 milhões de seu orçamento a projetos inovadores que tenham como foco a inclusão de pessoas com deficiência. Até o fim deste ano, será lançada a primeira chamada pública, no valor de R$ 20 milhões em recursos não reembolsáveis (que não precisam ser devolvidos). O foco é a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias assistivas por meio de parcerias entre universidades e centros de pesquisa.

Outros R$ 10 milhões estão reservados para futuras chamadas públicas. Já R$ 90 milhões serão concedidos em forma de crédito a empresas que queiram criar produtos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que aumentem a autonomia e a qualidade de vida de idosos, pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. Os R$ 30 milhões restantes ficarão disponíveis para subvenção de inovações. Os recursos serão executados até 2014.

De acordo com o Censo Demográfico de 2000, 14,5% da população brasileira – ou seja – 24,5 milhões de pessoas possuem algum tipo de deficiência. Os idosos representam cerca de 8%, somando 14,5 milhões. O Plano Nacional envolve, além do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, os Ministérios da Saúde e da Educação.

Fonte: http://www.finep.gov.br

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O que você acha de ganhar R$ 40 mil por uma ideia?

Que soluções para Copa do Mundo podem ser respostas sustentáveis para o planeta?

O Prêmio Siemens Student Award Brasil 2011 quer transformar a nossa realidade através de inovações para o desenvolvimento sustentável das cidades.

O concurso é aberto a todos os estudantes de 18 à 30 anos, que estão na graduação, especialização, mestrado e doutorado. As ideias podem ser enviadas individualmente ou em grupos de até 3 pessoas e podem ser inscritas em uma ou mais categorias: Água - Energia - Saúde - Gestão de Resíduos - Infraestrutura e Mobilidade - Ambientes Seguros e Inteligentes.

Serão selecionadas as 10 melhores ideias: 7 serão elegidas por especialistas da Siemens e 3 serão escolhidas pela própria comunidade na internet. Os dez finalistas vão apresentar sua solução na cerimônia de premiação, com entrega de mais de R$70 mil em prêmios e IPADs.

Você pode enviar mais do que uma ideia ou apenas aprimorá-la durante o concurso. Aproveite também para conhecer, comentar ou dar sugestões nas ideias dos demais participantes. Encare o desafio da Siemens e faça a diferença por um mundo melhor!

Participe agora! Acesse www.studentaward-brazil.com e faça seu cadastro.

Fonte: www.studentaward-brazil.com

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Porto Digital quer capacitar seis mil pessoas!

Antecipando a demanda de mão de obra qualificada para a Copa do Mundo e as Olimpíadas, o Porto Digital lança um programa de capacitação que irá beneficiar cerca de seis mil profissionais até 2013, devido à importância de qualificar o capital humano do Recife para que a região se torne mais inovadora tecnologicamente frente a outros estados brasileiros e até a países estrangeiros.

“A capacitação é fundamental, porque o ambiente de inovação tem no capital humano a sua principal fonte de conhecimento e geração de competitividade. Esse trio, conhecimento, inovação e competitividade, na nova indústria de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) é essencial e o profissional qualificado, o ativo mais importante”, enfatiza Francisco Saboya, presidente do Porto Digital, considerado o melhor Parque Tecnológico do Brasil conforme Prêmio Nacional de Empreendedorismo Inovador 2011, entregue pela Associação Nacional.

Foco

O Programa de Capacitação irá num primeiro momento focar nas plataformas móveis (smartphones e tablets) e na criação de novos aplicativos. Para tanto, o Porto Digital contará com a parceria de seis universidades de Recife – Universidade de Pernambuco, Faculdade Boa Viagem, Santa Maria, Maurício de Nassau, Joaquim Nabuco e Marista, com a possibilidade de aumentar o número de instituições parceiras.

O programa, que abrange cursos de mestrado, especialização e de certificações técnicas, capacitará estudantes das universidades do Recife e profissionais das empresas que estão localizadas no Porto Digital. A capacitação em diversas áreas enfoca linguagem de programação, língua inglesa, gestão de projetos, gestão empresarial, empreendedorismo, qualidade de software e residência em software.

“Queremos fortalecer não só as competências dessas pessoas, mas também certificar jovens das universidades e ampliar a oferta de mão de obra qualificada. Olhamos para as necessidades do país, por isso, queremos tornar o Porto Digital mais atrativo para os grandes empreendimentos, mitigando, dessa forma, o problema da falta de profissionais altamente qualificados”, afirma Saboya


Fonte: http://www.tiinside.com.br

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A Europa precisa de “cérebros jovens” !

Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, avisa que a Europa tem de investir na educação, investigação e inovação. Um em cada cinco jovens europeus não arranja trabalho.

Durão Barroso conhece bem o país. Era primeiro-ministro quando decidiu aceitar o convite para presidir à Comissão Europeia. Esta sexta-feira, em Lisboa, quando na Assembleia da República se analisava o Orçamento do Estado, o político decidiu alertar o país de que é preciso investir na Educação. Menos formação é sinónimo de mais recessão. O aviso poderá não ter sido inocente. Foi feito durante uma conferência na Universidade de Lisboa.

"Todos sabemos que a consolidação orçamental e as reformas estruturais são necessárias para estabilizar as nossas economias, mas sabemos também que a realização de cortes erradas nas despesas pode simplesmente fazer a Europa entrar em recessão", alertou. A Europa tem uma estratégia definida até 2020 para reduzir o abandono escolar de 15 para 10% e aumentar de 31 para pelo menos 40% o número de alunos que concluem o Ensino Superior. Durão Barroso defende que a Europa precisa de "cérebros jovens". A mensagem também atinge Portugal.

O tempo urge, há que definir soluções. "É agora que teremos de tomar as decisões corretas e aplicar as reformas necessárias para aumentar as nossas capacidades em matéria de educação, investigação e inovação". Três pilares que funcionam como motores do "crescimento económico inteligente". Durão Barroso sabe do que fala e avisa que os programas curriculares devem ter consciência do que são as reais necessidades do mercado laboral. Por isso, em seu entender, é fundamental aumentar a flexibilidade dos programas de ensino, recompensar a excelência no ensino, incentivar a mobilidade, divulgar as ideias além fronteiras.

O cenário não é animador e poderá piorar: um em cada cinco jovens europeus não consegue arranjar trabalho. E é essa nova geração que terá de garantir o desenvolvimento dos seus países e suportar o envelhecimento da população. As faculdades têm uma importante palavra a dizer nesta matéria, já que, sublinha, "são as únicas instituições capazes de satisfazer os três lados do triângulo: educação, investigação e inovação".

"Investir hoje no capital intelectual é o melhor investimento que podemos fazer para a Europa do futuro". A Comissão Europeia tem 15,2 mil milhões de euros para investir na educação e na formação profissional e 80 mil milhões destinados ao financiamento em investigação e inovação - um aumento de mais 46%. Barroso refere que é importante encontrar mecanismos alternativos de financiamento do Ensino Superior e considera o programa Erasmus, que em breve deverá estender-se ao mestrado, um verdadeiro êxito. "Há que apoiar todas as medidas que possam contribuir para formar, atrair e conservar os melhores alunos, tanto da Europa, como dos países terceiros".

A Federação Nacional da Educação (FNE) fica satisfeita com as palavras de Barroso. Para João Dias da Silva, secretário-geral da FNE, o presidente da Comissão Europeia não poderia assumir uma posição diferente. A mensagem é clara, sublinhada nas reuniões dos conselhos de ministros europeus, nos documentos que a FNE tem elaborado, no relatório do Conselho Nacional da Educação. A aposta no setor educativo é fundamental para qualquer país. "Mesmo em tempos de crise, a educação e a formação são estratégicas", refere Dias da Silva ao EDUCARE.PT.

Armindo Cancelinha, da Associação Nacional de Professores (ANP), concorda com Durão Barroso. "Faz sentido que se consiga definir um currículo aproximado". "Ou teremos uma Europa que defina um currículo aproximado, que prepare os nossos jovens para a empregabilidade em toda a Europa; ou teremos currículos diferenciados", diz ao EDUCARE.PT. Na sua opinião, é necessário reequacionar algumas questões para definir uma Europa que fale a uma só voz em termos educativos.

Fonte: http://www.educare.pt

domingo, 13 de novembro de 2011

Finep cria linha de crédito de R$ 30 milhões para cooperação internacional em PD&I .

A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) criou uma linha de crédito especial no valor de até R$ 30 milhões para companhias ibero-americanas sediadas no país que desejarem cooperar com empresas brasileiras em projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (P,D&I). A medida é uma das ações do Programa Ibero-Americano de Inovação, iniciativa multilateral que tem por finalidade promover a competitividade de empresas de 21 países, a partir da colaboração em projetos de P,D&I.

O programa teve definido seu plano de trabalho para 2012 em reunião realizada no dia 04/11/2011. Além da linha de crédito criada pela Finep, a Espanha tem uma linha de 30 milhões de euros para empresas espanholas, sendo 85% destes recursos com taxa zero.

O trabalho do Programa Ibero-Americano de Inovação terá três grandes eixos: infraestrutura, qualificação de recursos humanos e ações de cooperação concretamente. Estão previstos ainda diagnósticos sobre os sistemas nacionais de inovação dos países membros, intercâmbios de boas práticas e apoio à redução de assimetrias regionais.

Foi ainda anunciado um sistema virtual, formado por um portal e uma rede de relacionamento privada semelhante ao Facebook, destinado a fomentar as trocas entre empresas ibero-americanas interessadas em parcerias e novas oportunidades de negócio.

A ideia agora é preparar uma grande convocatória usando os recursos disponíveis. A posição defendida por Glauco Arbix, presidente da Finep e também do Programa Ibero-Americano de Inovação, é que incubadoras e parques tecnológicos sejam envolvidos no processo.

O próximo passo será cada país definir suas condições específicas de participação e quais os mecanismos mais apropriados para cada um deles. Como declarou Juan Tomás Hernani, Secretário-Geral de Inovação da Espanha, “este é um programa de programas, que respeitará as iniciativas nacionais que já existem”. A terceira reunião está marcada para março de 2012, no Panamá ou em El Salvador.


Fonte: http://www.tiinside.com.br


quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Para presidente do Inpi, país precisa investir em conhecimento para competir no mercado global.


Ávila frisou que o Brasil está vivendo um momento no qual as empresas buscam mais oportunidades de competir pela via da diferenciação.

O presidente do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), Jorge Ávila, disse na última terça-feira (08/11/2011) que um ponto fundamental da nova política industrial brasileira, definida pelo Plano Brasil Maior, lançado pelo governo em agosto, é fazer com que as empresas nacionais sejam capazes de desenvolver uma base de conhecimento para gerar tecnologia.

"Essa é a estratégia para competir em condições melhores com os concorrentes do mundo inteiro", disse Ávila, que participou do seminário Novo Pensamento Econômico - Contribuições do Brasil Para um Diálogo Global, promovido pela Fundação Ford na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro.

Ávila salientou, em entrevista à Agência Brasil, que, na chamada economia do conhecimento, as empresas investem de maneira pesada no desenvolvimento de tecnologias, visando a oferecer produtos com inovações cada vez mais alinhadas com os desejos dos consumidores e clientes.

"O papel do Inpi é contribuir para esse esforço, gerando as diferentes modalidades de títulos de propriedade que permitem que as empresas apropriem o resultado do seu esforço de inovação e facilitam que elas contratem a colaboração com outras instituições, combinem suas inovações com as de potenciais parceiros tecnológicos, para levar produtos cada vez mais diferenciados para os diferentes mercados", explicou.

Ávila frisou que o Brasil está vivendo um momento no qual as empresas buscam mais oportunidades de competir pela via da diferenciação e utilizam o desenvolvimento tecnológico como ferramenta para enfrentar a competição global, cada vez mais acirrada.

Nesse cenário de inovação tecnológica e de aumento de produtividade, a capacitação da força de trabalho é outro elemento considerado essencial pelo presidente do Inpi para que as empresas brasileiras possam competir em igualdade de condições com as de outros países.

"Não há a menor dúvida de que um dos principais esforços que têm de ser empreendidos no país, neste momento, pelas empresas, pelo governo e pelas universidades, é capacitar pessoas para esse tipo de competição". Ressaltou, porém, que essa capacitação técnica depende da ampliação do número de engenheiros e de profissionais voltados à tecnologia e ao desenvolvimento de novos produtos.

"A gente está entrando em um estágio de amadurecimento da capacidade do Brasil de participar da economia do conhecimento", disse o presidente do Inpi. Ele espera que, com essas ferramentas, o Brasil possa se tornar protagonista no novo cenário econômico mundial, ao lado de outros países emergentes, como China e Índia.

Levando em consideração o dito acima, esqueçam os bens materiais. No mercado emergente de conhecimento tecnológico, que se desenvolve no mundo inteiro, a principal moeda de troca é o próprio conhecimento e inovação, o que aumenta a importância da propriedade intelectual.

Fonte: Adaptado de http://www.administradores.com.br

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Mercado brasileiro de TI deve movimentar US$ 95 bi neste ano. Veja as tendências para a próxima década!

O mercado brasileiro de TI, que movimentou o equivalente a US$ 85,1 bilhões em 2010, deve crescer cerca de 12% neste ano, atingindo receita de cerca de US$ 95 bilhões, revela pesquisa encomendada pela Brasscom (Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação). Somando-se a área de telecomunicações, o setor de TIC contabilizou US$ 165,69 bilhões no ano passado.

Antonio Gil, Presidente da Brasscom, diz que a indústria nacional de TI deve, dependendo do que acontecer no cenário econômico mundial, manter o mesmo crescimento em 2012, com a expansão também ficando na casa de 12%. Segundo ele, o mercado interno brasileiro de TI hoje é o oitavo no mundo, com faturamento de US$ 82,7 bilhões, mas tem condições que subir para a sexta posição nos próximos dez anos. Gil citou como um dos principais fatores que impulsionarão o mercado braseleiro de TI no ano que vem a recente medida aprovada pela Câmara dos Deputados que reduziu a contribuição previdenciária do setor de TI de 20%, incidentes sobre a folha de pagamento, para 2,5% do faturamento das empresas. "Isso resultará em um cenário muito mais positivo para as empresas brasileiras de TI, contribuindo fortemente para a formalização do mercado e para o aumento da competitividade das delas”, acredita.

O executivo comentou ainda que o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que contribuirá entre outras coisas para a formação de mão de obra capacitada em tecnologia da informação, deve ser outro motor do crescimento da indústria local de TI, possibilitando maior acesso a recursos de capacitação e profissionais qualificados. Segundo ele, o programa, que tem como meta qualificar 8 milhões de trabalhadores em todo Brasil, deve coontribuir para a formação de cerca de 500 mil profissionais somente na área de TI, o que é de suma importância para auxiliar o setor em um dos seus principais problemas, que é a falta de mão de obra qualificada.

Por fim, ele pontuou os investimentos a serem realizados em infraestrutura, principalmente de banda larga, mobilidade e computação em nuvem, como fatores que contribuíram bastante para o avanço do mercado nacional de TI.

Big data, cloud computing, mobilidade e redes sociais nortearão TI na próxima década

Embora não cheguem a ser propriamente uma novidade, as tendências que irão nortear diretamente a forma de consumir e fazer negócios no universo da tecnologia nos próximos dez anos são os big data, computação em nuvem, mobilidade e redes sociais. A análise é de Tom Standage, editor digital da The Economist, apresentada durante o Brasscom Global IT Forum, evento organizado pela Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação do Brasil (Brasscom) em parceria com a revista britânica, nesta quinta-feira, 3, em São Paulo.

Standage defende que temos que pensar a tecnologia da informação como o impacto da energia elétrica em nossas vidas. Segundo ele, a digitalização somada à internet irá transformar não apenas o trabalho ou a economia, mas todo o nosso estilo de vida. Ele destaca o conceito de big data, que começou a ser traçado nas primeiras discussões sobre economia de informação e agora aparece latente no cotidiano empresarial. "Toda empresa, independentemente de seu porte, se vê gerando muita informação, a ponto de se tornar sem controle", sublinha. Sandage vê neste cenário grandes oportunidades para empresas de TI desenvolverem ferramentas com uso simplificado de gestão de dados. "Precisamos, de uma certa maneira, de um Steve Jobs do big data", brinca, fazendo analogia à simplificação que o ex-CEO da Apple desenvolveu desde a interface até a concepção de seus dispositivos móveis. De acordo com o editor da The Economist, as empresas precisam de uma ferramenta que permita seu uso sem a necessidade de longos e exaustivos treinamentos.

A computação em nuvem é outra tendência apontada por ele, até por estar ligada à administração e armazenamento de dados. Para Standage, o grande desafio é contornar vulnerabilidades de segurança em ambientes públicos ou privados criados na nuvem. Nisso, a chamada consumerização de TI [o uso de dispositivos móveis, como smartphones e tablets, e de redes sociais no ambiente corporativo] pode atuar como facilitador, segundo ele. O jornalista cita o iCloud, da Apple, e os serviços de armazenamento em nuvem da Amazon. "O que essas empresas estão proporcionando aos usuários pode ser uma forma das pessoas aumentarem cada vez mais seu uso e promover uma demanda por serviços de segurança mais abrangentes", completa.

A consumerização, segundo Standage, puxa os investimentos em outra tendência de TI – a mobilidade. "Vemos tablets como 'brinquedinhos', não damos muita importância. Mas é assim que os primeiros computadores Macintosh eram vistos, e vejam só quantas aplicações não foram desenvolvidas e o que eles se tornaram", provoca. Ele ressalta que, embora cada vez mais pessoas levem seus smartphones e tablets para uso no trabalho, as empresas ainda não dão a devida atenção para os dispositivos. Ele diz que mercado ainda tem muito a ser desenvolvido.

Mesmo já estando bastante consolidadas, Standage coloca as redes sociais como tendência. Ele ressalta a imensa inclusão digital que o Facebook promoveu, ressaltando novamente a simplificação da interface e do compartilhamento de conteúdo, um engajamento no qual os departamentos de TI dedicam muito tempo sem sucesso. "As lideranças se preocupam apenas com o tempo que seus funcionários passam nas redes e consideram que não estão trabalhando", critica. Ele alfineta os executivos que veem nas ferramentas apenas uma maneira de fazer marketing ou comunicação, enquanto deveriam ser exploradas internamente no que fazem melhor – captar a atenção das pessoas.


Fonte: http://www.tiinside.com.br

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Investimento em P&D no mundo voltou a crescer em 2010, revela estudo Global Innovation da Booz & Company

No Brasil, o investimento em P&D seguiu a tendência mundial e cresceu de US$ 1,9 bilhão para US$ 2,1 bilhões. Pesquisa revela que empresas com culturas corporativas que apoiam estratégias de inovação têm performance financeira superior

O investimento total em P&D entre as empresas que mais gastam com inovação teve um salto em 2010, após a queda induzida pela recessão em 2009, de acordo com o Global Innovation 1000 de 2011, o sétimo estudo anual sobre os gastos das empresas com inovação, divulgado hoje pela consultoria global Booz & Company. O estudo revelou que as mil empresas de capital aberto que mais investiram em pesquisa e desenvolvimento em 2010 aumentaram o montante destinado a P&D em 9,3%, para US$ 550 bilhões, uma forte recuperação com relação ao declínio de 3,5% de 2009 – o que marca um retorno à trajetória de crescimento no longo prazo dos gastos com inovação.

O Brasil acompanhou o movimento mundial em P&D registrando um crescimento de US$ 1,9 bilhão, em 2009, para 2,1 bilhões, em 2010. Entretanto, a quantidade de empresas brasileiras e as companhias que figuram no ranking continuaram as mesmas: cinco empresas – CPFL Energia SA, Embraer SA, Petroleo Brasileiro SA, Totvs SA, Vale SA. A maior parte das empresas brasileiras no ranking ampliou os seus investimentos em P&D em 2010, somente a Vale reduziu o investimento de US$ 1,115 bilhão para US$ 891 milhões.

O crescimento global do investimento em P&D de 2010 não acompanhou a alta de 15% na receita das empresas Global Innovation 1000, o que resultou em uma leve queda na intensidade do P&D, ou nos gastos com P&D enquanto porcentagem da receita – de 3,76% em 2009 para 3,52% em 2010. Isto representa, no entanto, um retorno natural à tendência de longo prazo, já que em 2009 a maior parte das empresas não reduziram o investimento em inovação tão profundamente quanto poderiam ter feito, considerando-se as quedas de dois dígitos nas vendas.

“Claramente, o crescimento do P&D de 2010 confirma um compromisso contínuo com o investimento em produtos e serviços novos e melhores para mercados ainda mais competitivos ao redor do mundo. No entanto, grande parte do crescimento em P&D pode ser atribuído ao fato de que as empresas estão tentando recuperar o atraso, e não necessariamente a níveis mais altos de investimento”, disse Ivan de Souza, presidente da Booz & Company para a América Latina.

A Booz & Company analisou as mil empresas que mais gastaram em pesquisa e desenvolvimento em 2010, no que continua sendo o esforço mais abrangente para avaliar a conexão entre inovação e desempenho corporativo. O estudo proporciona insights sobre como as organizações podem obter o melhor retorno sobre o seu investimento em inovação. Uma novidade no estudo deste ano é uma análise aprofundada do impacto da cultura corporativa sobre a eficácia na inovação e sobre o desempenho financeiro, com base em uma pesquisa realizada separadamente com quase 600 líderes em inovação de empresas em todo o mundo.

Entre as principais descobertas do estudo Global Innovation 1000 de 2010 estão:

No total, 68% das empresas que a Booz & Company acompanha aumentaram os gastos com P&D em 2010, e três setores responderam por mais de três quartos (77%), ou US$ 36,1 bilhões, de um crescimento total de US$ 46,8 bilhões: informática e eletrônicos, saúde e automotivo. Os setores que tiveram o maior percentual de crescimento em P&D foram software e internet (11%), saúde (9,1%) e insumos (8,5%).

- O setor de informática e eletrônicos teve o maior crescimento absoluto nos gastos com P&D e segue sendo o setor número um no investimento em inovação, sendo responsável por 28% do total. Com receitas 14,2% maiores, o setor de informática e eletrônicos aumentou o desembolso com inovação em 6,1%, ou US$ 16,9 bilhões. No entanto, pela primeira vez desde a criação do estudo Global Innovation 1000, nenhuma empresa de tecnologia de ponta figurou entre as três organizações que mais gastam com P&D.

- O setor de saúde ficou em segundo lugar, com 22% do investimento total. O setor aumentou os gastos em 9,1%, ou US$ 10,4 bilhões – a maior taxa de crescimento entre os três principais setores em 2010, alinhada ao crescimento geral do P&D (9,3%) em todos os setores. O setor de saúde, cujo investimento em P&D é realizado principalmente por companhias farmacêuticas, garantiu quatro das cinco primeiras posições em gastos com P&D entre as Global Innovation 1000 e teve oito empresas entre as 20 maiores em gastos totais com P&D.

- O setor automotivo obteve o terceiro lugar, com uma participação de 15% no total de gastos, devido a um reforço de 8%, ou US$ 8,8 bilhões, em 2010 – uma mudança significativa após a redução de 14% no montante investido em P&D em 2009. As receitas do setor automotivo aumentaram 16,5% com relação ao ano passado.

Em nível global, todas as regiões aumentaram os gastos com inovação em 2010, o que representa uma reviravolta significativa com relação ao ano anterior, quando as três regiões que formam a maior fatia do bolo – América do Norte, Europa e Japão – reduziram seus gastos. As empresas com sede na Índia e na China mais uma vez aumentaram seu investimento total em P&D a uma taxa mais alta que aquelas das três maiores regiões:

- A reviravolta foi cautelosa nas empresas com sede na Europa e no Japão, que tiveram aumentos de 5,8% e 1,76% nos gastos com P&D, respectivamente. As empresas com sede na América do Norte, depois de cortar os gastos com P&D em quase 4% em 2009, aumentaram os gastos com P&D em 10,5% em 2010, superando a taxa de crescimento global de 9,3%.

- A China e a Índia – e em menor grau os países da América do Norte, Europa, Japão e Ásia – continuaram a crescer rapidamente, mesmo que a partir de uma base menor. Responsáveis por 2% dos gastos com P&D em 2010, as empresas com sede na China e na Índia elevaram o investimento em P&D em mais de 38% – um ritmo de crescimento praticamente idêntico ao do ano anterior. As empresas de outras regiões do mundo aumentaram seus investimentos em P&D em quase 14%.

As 20 empresas que mais investem registraram um aumento de 10% nos gastos com P&D, o que representa um investimento de US$ 142 bilhões em P&D sobre vendas de US$ 1,6 trilhão. É uma taxa que supera o aumento geral de 9,3% entre todas as empresas Global Innovation 1000. A Roche Holding AG liderou o grupo global pelo segundo ano consecutivo, com um investimento de US$ 9,6 bilhões dos seus US$ 45,7 bilhões de receita em inovação -- uma taxa de intensidade em P&D de mais de 21%. A Toyota Motor, a empresa com maiores gastos em P&D por muitos anos até a recessão, caiu da quarta para a sexta posição, com um crescimento de menos de 1% nos gastos.

- Pfizer (nº 2), Novartis (nº 3), Microsoft (nº 4) e Merck (nº 5), ao lado da Toyota, são as cinco empresas que mais investem em P&D. A Ford foi a única empresa a sair do grupo das 20 primeiras, e a AstraZeneca foi a única novata do grupo, na 18a posição.

No que diz respeito a inovação, o nível de gastos não é proporcional ao sucesso. Como parte da sua pesquisa, feita pela web com cerca de 600 executivos de inovação de mais de 400 empresas líderes de todos os principais setores, a Booz & Company pediu aos entrevistados que citassem as empresas que consideram as mais inovadoras em todo o mundo. Pelo segundo ano consecutivo, a Apple liderou os top 10, seguida pela Google e pela 3M. Este ano, o Facebook foi considerado uma das empresas mais inovadoras, entrando na lista na décima posição. Em uma comparação entre as empresas eleitas as dez mais inovadoras e as dez que mais gastam em P&D, a Booz & Company descobriu que as empresas mais inovadoras tiveram desempenho melhor que as dez empresas com maiores gastos em P&D em três métricas financeiras importantes em um período de cinco anos.

Fonte: http://www.booz.com