terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Internet no Brasil começa 2012 em crescimento: mais de 63 milhões de pessoas têm acesso.

A internet brasileira começou 2012 em crescimento. O aumento mensal foi de 2% em relação ao mês anterior, acumulando expansão de 11,2% em relação à 2011. Segundo dados de janeiro, das 63,5 milhões de pessoas com acesso em casa ou no local de trabalho, 47,5 milhões foram usuários ativos em janeiro. As informações são do Ibope Nielsen Online divulgadas à imprensa nesta segunda (27).

A maior parte desse crescimento vem ocorrendo em residências. Entre janeiro de 2011 e janeiro de 2012, o número de usuários ativos domiciliares passou de 34,2 milhões para 39 milhões, ou 14% de expansão. O total de brasileiros com acesso em qualquer ambiente (domicílios, trabalho, escolas, lan houses ou outros locais) foi de 78,5 milhões de pessoas no terceiro trimestre de 2011.

A categoria com maior crescimento mensal do número de usuários únicos em janeiro foi a de sites do governo. A audiência dos sites governamentais passou de 22,3 milhões de usuários únicos em dezembro para 25,3 milhões em janeiro. A evolução de 13% foi resultado da maior procura em janeiro por informações sobre o Enem, o Prouni e as inscrições unificadas em instituições públicas de ensino superior. Nos sites de governo, também cresceu a busca por informações sobre tributos.

Outros sites que também registraram forte crescimento da audiência em janeiro foram os de carreiras, os mapas e guias locais, as páginas de ofertas de pacotes de viagens, de hotéis e de companhias aéreas e os classificados de imóveis. Também seguiram em crescimento sites de vídeos, buscadores, email, compras coletivas e sites sociais.

A publicidade na internet também começou 2012 em alta. Em janeiro, foram veiculadas mais de 6 mil campanhas de 2.124 diferentes anunciantes. Na comparação com janeiro de 2011, o crescimento do número de campanhas foi de 39%. O número de peças publicitárias em formato display passou de 20 mil e representou um aumento de 69% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Fonte: http://blogs.ne10.uol.com.br - Por Paulo Floro

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Intel Capital investe em empresas brasileiras de e-commerce

Empresa aposta nos websites brasileiros de e-commerce de moda Coquelux e Fashion.me.

A Intel Capital, braço de investimentos da Intel, anunciou hoje investimentos na rede social de moda brasileira Fashion.me e no clube de compras de moda online, Coquelux. Estes investimentos apoiam o desenvolvimento do comércio eletrônico no Brasil ao oferecer experiências inovadoras aos consumidores brasileiros para se conectar, descobrir e adquirir produtos de moda e lifestyle relacionados.

“A Intel Capital começou a investir no Brasil em 1999, e como um dos primeiros grupos de private equity e venture capital tecnológico no Brasil, a Intel Capital reconheceu há muito tempo a necessidade de estimular a criação local de experiências online únicas e atraentes para manter o ritmo da rápida adoção da tecnologia e da internet no Brasil”, declara Arvind Sodhani, presidente da Intel Capital e vice-presidente executivo da Intel. “Os investimentos nos sites de comércio social Fashion.me e no site de comércio eletrônico Coquelux criam componentes críticos para o ecossistema de compras online ao fornecer aos consumidores e marcas de moda oportunidades para criar uma experiência online sob medida, que leva em consideração interesses, necessidades e preferências culturais”, diz o executivo.

“O Brasil é hoje o terceiro maior mercado de PCs no mundo e os brasileiros são o povo que passa mais tempo conectado à internet. Investimentos de suporte a inovação brasileira são vitais para a geração de conteúdo local e novas oportunidades tanto para empreendedores quanto para os consumidores”, diz Fernando Martins, presidente da Intel Brasil.

O Fashion.me é uma rede social que está redefinindo a maneira como as pessoas interagem, descobrem, compartilham, recomendam e consomem moda na Internet. Os membros podem escolher entre mais de dois milhões de itens das grifes e estilistas preferidos do público brasileiro para criar looks personalizados e compartilhá-los com amigos e especialistas na rede social. “O Fashion.me surgiu como byMK em 2008 e faz parte ativa dos projetos inovadores que surgiram na Internet brasileira nos últimos anos. Revolucionamos a maneira como o mercado de moda se relaciona com as pessoas e, com o investimento da Intel Capital, queremos levar a democratização da moda para o mundo inteiro”, afirma Flávio Pripas, sócio fundador do Fashion.me.

A Coquelux é um clube de compras online que atua nos mercados premium e luxo nos segmentos de moda design e decoração, beleza, gastronomia, tecnologia e entretenimento. Funciona como um clube de oportunidades onde os membros têm acesso exclusivo a eventos relâmpagos e podem comprar produtos e marcas de desejo com descontos que variam de 30% a 90%. Pierre Emmanuel Joffre, CEO e fundador da Coquelux, esclarece: “não somos limitados a oferta de preços como os demais clubes de compra, atuamos como um private shopper para nossos usuários, selecionando marcas e produtos premium e de luxo nos segmentos de interesse que compõem o lifestyle dos membros do nosso clube. A alta qualidade de seleção, os descontos e o tempo limitado das ofertas, recriam online a atmosfera perfeita da compra impulsiva”.

Os dois novos investimentos concluem um ano bastante ativo para a Intel Capital no Brasil. Desde que começou a atuar oficialmente na região, em 1999, a Intel Capital investiu aproximadamente US$ 140 milhões em cerca de 40 empresas na América Latina, com US$ 75 milhões investidos em 25 empresas brasileiras. Em 2011, a Intel Capital investiu em cinco empresas, incluindo as duas anunciadas hoje, e também expandiu seu time local de investimentos, que agora conta com quatro profissionais.

Liderados pelo diretor geral David Thomas, o time local da Intel Capital conta com os diretores de investimento Alexandre Villela, Ricardo Arantes e Fábio de Paula, todos baseados em São Paulo. Fábio e Ricardo são os responsáveis pelos investimentos na Fashion.me e na Coquelux, respectivamente.

Fonte: http://www.metaanalise.com.br

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

É possível inovar sem gastar dinheiro?

1 - Sou gerente em uma companhia com sede na Europa. Com a crise por lá, a ordem por aqui é cortar custos e ampliar a margem de lucro. Com isso, os investimentos em inovação também serão reduzidos. Como obter o máximo com o mínimo investimento em inovação?
Anônimo


Recentemente estive na França para dar uma palestra e assisti ao vice-presidente da empresa fazer um apelo a seus funcionários por inovação e empreendedorismo para enfrentar a crise. Pelas perguntas que se seguiram, notei que o pessoal não havia entendido sua mensagem. Um deles perguntou, por exemplo, quanto a empresa estaria disposta a investir em dinheiro para se tornar mais inovadora. Na sequência, quando iniciei minha palestra, decidi reforçar a mensagem do vice-presidente ao deixar claro que inovar depende muito mais de atitude do que apenas de recursos financeiros. Inovar com sucesso não é necessariamente sair por aí com um sem-número de produtos inéditos.

Inovar é questionar sempre, tanto produtos como processos de uma empresa. É preciso repensá-los sempre de acordo com as necessidades de seus clientes internos ou externos. Você deverá descobrir que muitos produtos têm características que os clientes nem sentem falta e podem ser eliminadas - e, nesse caso, será possível produzi-los com custos menores. É claro que esse esforço eventualmente resulta no lançamento de um novo produto. Antes disso, a análise quase sempre aponta excessos muitas vezes facilmente extintos.

Já trabalhei muitas vezes com a revisão de processos em áreas administrativas e industriais e não é raro encontrar certos tipos de informação necessários no passado, mas que deixaram de ser úteis há muito tempo. Certa ocasião, numa ex-estatal, encontramos alguns relatórios exigidos pelo governo que não eram mais necessários há vários anos. Sem a obrigação de produzi-los, a empresa ganhou tempo e dinheiro.

Isso já é inovação. Após essa etapa, você poderá se voltar para o processo e adaptá-lo ao novo projeto do produto, incluindo novas matérias-primas ou novo designo. Deveríamos fazer isso sempre criando um clima de renovação constante. O mundo muda em torno de nós e temos de nos adaptar. O empreendedorismo é a atitude de iniciar ações, novos projetos, assumir riscos. É uma postura que se pode ter dentro da empresa ou mesmo na vida pessoal.

Repare que nas famílias sempre existem as pessoas que organizam passeios, viagens, e outras que só aproveitam ou criticam. É uma atitude. Não devemos ter medo do desconhecido, de tomar iniciativas, de ser criticado. A sociedade gira em torno de empreendimentos iniciados por quem não tem medo da vida. O mesmo vale para o sucesso das empresas.

2 - Trabalho em uma indústria que se impôs a meta de ampliar a participação de novos produtos nas vendas. Uma das medidas foi incentivar todo o pessoal a dar ideias de inovação. Como fazer algo bem-sucedido neste sentido?
Erika Rodrigues, de Porto Alegre


Você tem aí dois desafios: desenvolver novos produtos e ganhar a participação voluntária das pessoas. Muita gente fala hoje sobre maneiras mirabolantes de inovar, mas muitas vezes esquece que já existem técnicas poderosas e tradicionais para conjugar as necessidades do consumidor com os produtos e os processos da organização.

O primeiro passo é ter certeza de que todos sabem em qual direção a companhia quer inovar. Se for para aumentar as vendas e criar novos produtos (seja mercadorias, seja serviços), não custa lembrar que eles devem ser feitos para satisfazer as necessidades dos clientes. O termômetro mais preciso dessas necessidades está - ou, pelo menos, deveria estar - entre os profissionais que trabalham nas áreas de marketing e vendas (e - quando é o caso - assistência técnica). Afinal, eles estão mais perto dos clientes e dos concorrentes.

A inovação nos produtos também poderá surgir da área de design, ou de engenharia de produto, pela análise de valor e introdução de novos materiais e novas tecnologias. Depois que o novo produto é definido, é preciso estabelecer um processo para sua produção e venda. Para construir essa etapa, podem surgir contribuições do pessoal operacional.

Quanto ao desafio de ganhar a participação voluntária dos funcionários, não acredito que possa haver sugestões espontâneas nesse caso. Pela minha experiência, programas de sugestões com premiação de ideias não funcionam muito nesse caso, porque, em geral, se perde o foco naquilo que se deseja inovar. A menos que se especifiquem detalhadamente os pontos do produto ou do processo em que novas ideias são necessárias.

Acredito em sessões de brainstorming, sobre pontos específicos do processo. Existem muitas maneiras de fazer uma sessão assim - uma delas é colocar o problema, pedir a cada participante que escreva sua ideia num papel e depois, com a ajuda de um orientador, iniciar um debate de forma estruturada. Gosto do uso do diagrama de árvore - que mostra a estrutura do tema em discussão e evita que o debate não chegue a lugar algum.

Finalmente, a contribuição espontânea e dedicada de todas as pessoas acontece quando todos os funcionários, do operador ao presidente, sentem-se parte do time, fazem o que gostam e são reconhecidos por seu trabalho. A gestão de gente nas empresas brasileiras, pelo que tenho visto, ainda deve caminhar muito nesse sentidos.


Fonte: http://www.indg.com.br - Por: Prof. Vicente Falconi

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

A inovação não acontece por acaso!

"Em um painel de TI, vários CIOs opinaram sobre os prós e contras da criação de equipes especiais para essa finalidade, veja o que eles pensam à respeito"

Toda empresa diz que quer inovar, mas poucos sabem como criar uma organização e cultura para conduzi-l, financiá-la, medi-la e lucrar com isto. A definição de inovação ainda é um desafio. Deve a inovação acontecer mais naturalmente como parte de um ambiente de trabalho criativo e desafiante?

Como escrevi recentemente em um artigo, a administração Obama quer investir agressivamente na capacidade de inovação dos EUA, em grande parte através de financiamento federal de P&D e educação STEM. Mas, uma vez que os blocos de construção estão em vigor – os federais vão gastar mais de US$ 140 bilhões este ano em pesquisa e outros US$ 3,4 bilhões em programas STEM -, a inovação vai florescer em uma equipe corporativa, mesmo a nível individual. A menos que você seja uma empresa de P&D intensivo como a Intel, Pfizer, Procter & Gamble ou General Dynamics.

O CEO da Procter & Gamble, Bob McDonald, está empurrando bons consumidores para debaterem mais a inovação – produtos e tecnologias que criem capacidades e categorias de marcas inteiramente novas e não apenas melhorem os produtos existentes. O ex-CEO da Cisco Jayshree Ullal faz o caso que grandes fornecedores de tecnologia estão “presos em incrementalismo”, uma crítica que poderia ser aplicada para a maioria das organizações de TI de hoje.

Para sair desse molde, algumas empresas criaram grupos especiais de TI centrados em inovação. ADP, por exemplo, no ano passado abriu um laboratório de inovação que consiste em quatro ou cinco pessoas permanentes, incluindo especialistas de inovação que ela trouxe para a empresa e outros 15 a 20 profissionais de TI que giram dentro e fora do laboratório, em ciclos de seis meses. O CIO Mike Capone disse ao meu colega Chris Murphy que ele vai manter a equipe fundamentada nas necessidades prementes da empresa ADP e seus clientes, instando os membros da equipe a pensar em termos de seis a 12 meses ciclos de projetos de protótipos.

Uma equipe de laboratórios dedicado a FedEx desenvolve tecnologia cujos retornos podem demorar a aparecer, mas mais importante, segundo o CIO Rob Carter, é a cultura de inovação que permeia a organização da TI da empresa. FedEx Mobile no iPhone não foi concebido em laboratório, diz ele, mas foi desenvolvido pelos mesmos profissionais de TI que constroem os serviços baseados em transporte da empresa Web.

Em um painel sobre TI, vários CIOs opinaram sobre os prós e contras da criação de equipes especiais para essa finalidade. O líder do painel, Thornton May, diretor executivo da IT Leadership Academy em Berkeley Haas School of Business, advertiu que as equipes de TI de elite entregaram suas responsabilidades de inovação das empresas podem para a torre de marfim. Tais equipes “são odiadas pelas pessoas que realmente dirigem a empresa”, disse May.

Mas, vários CIOs lamentaram durante a sessão que eles e seus colaboradores, muitas vezes ficam presos nas operações do dia-a-dia e não conseguem se concentrar em projetos maiores, mais inovadoros – uma armadilha. Como Charlie Babcock da InformationWeek relatou em uma matéria sobre a sessão da Interop, um veterano de CIO foi particularmente contundente. “Nós nos tornamos fortemente dominados”, disse Bruce Barnes, CEO da empresa de consultoria de gestão Bold Vision, e CIO da Nationwide Financial Services. “Precisamos de um dia de 48 horas e isso não vai acontecer. Estamos tão focados no agora que não podemos focar no futuro.”

Fonte:http://informationweek.itweb.com.br

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Já ouviu falar no método de desenvolvimento em camadas?

Proposto pelo Gartner, ele promete pôr um fim nas metas conflitantes entre as áreas de TI e negócios, que geralmente levam ao desalinhamento estratégico. Mas requer uma boa governança.

Muitas empresas começam a dar sinais de insatisfação com os resultados gerados pelas estratégias de inovação, seja por considerarem tais planos inadequados ao que realmente é necessário, seja por não estarem satisfeitas com o resultado gerado pelos investimentos, muitas vezes considerados errados. A constatação é da consultoria Gartner Inc., que sugere uma nova metodologia para mitigar o problema, trabalhando em etapas, o que gera melhores resultados e mais retorno sobre o investimento.

"Há um fosso entre os usuários corporativos de aplicações empresariais e os profissionais de TI encarregados de provê-las", diz Yvonne Genovese, vice-presidente e analista do Gartner.

"Líderes de negócios querem aplicações modernas, fáceis de usar, que podem ser implantadas rapidamente para resolver um problema específico ou responder a uma oportunidade de marketing. A estrutura de TI tipicamente trabalha com foco estratégico em padronização de um conjunto limitado de suites de aplicativos para resolver vários problemas de forma a minimizar riscos de integração, maximizar segurança e reduzir custos de TI. As metas conflitantes fatalmente levam a um desalinhamento estratégico", diz Genovese

No relatório especial "Accelerating Innovation by Adopting a Pace-Layered Application Strategy" (http://www.gartner.com/technology/research/pace-layered-application-strategy/), a consultoria explica que a estratégia de etapas ou camadas é uma nova metodologia para categorizar aplicações e desenvolver um processo diferenciado de gestão e governança que reflita como elas são usadas e sua taxa de mudanças.

No passado, muitas empresas tinham uma estratégia única de selecionar, entregar e gerenciar aplicações. Eles até poderiam ter métodos para classificar aplicações por valor ou viabilidade técnica, mas não reconheciam que as aplicações deviam ser fundamentalmente diferentes, baseadas em como elas eram usadas na corporação.

O Gartner acredita que a ideia de camadas pode ser usada para construir uma estratégia de aplicação que entrega uma resposta rápida e um retorno sobre investimento melhor, sem sacrificar integração, integridade ou governança. Muito parecido com os conceitos de arquitetura de prédios, o Gartner criou três categorias de aplicações, ou "camadas ("layers") para diferenciar tipos de aplicações e ajudar as organizações a desenvolver estratégias adequadas para cada uma delas:

Systems of Record — Pacotes definidos de aplicativos ou sistemas legados internos que suportam processamento de transações-chave e gerenciam dados críticos da organização. A taxa de mudança é baixa porque os processos nesse caso são bem estabelecidos e comuns a muitas empresas, sendo geralmente objetivo de requisitos regulatórios.

Systems of Differentiation — Aplicações que focam em processos únicos de cada organização ou processos industriais específicos de uma companhia. Elas têm um ciclo de vida médio de um a três anos, mas precisam ser constantemente reconfiguradas para acomodar mudanças em práticas do negócio ou exigências dos clientes.

Systems of Innovation — Novas aplicações que são construídas numa base única para atingir novos requisitos de negócio ou oportunidades únicas. Tais projetos têm geralmente um ciclo de vida curto (até 12 meses no máximo), usam recursos do departamento ou mesmo terceirizados e tecnologias disponíveis para o consumidor.

Tais camadas endereçam ideias comuns, ideias diferentes e novas ideias que nasçam dos líderes de negócio, diz Dennis Gaughan, vice-presidente de gestão do Gartner. "A mesma aplicação pode ser classificada de forma diferente em duas companhias diversas, com base em seu uso e relação com o modelo de negócios. Acreditamos ver essas aplicações se movimentarem entre as camadas na medida em que amadurecem ou os processos de negócio mudam de uma fase experimental para um padrão bem estabelecido da indústria", diz Gaughan.

Os analistas do Gartner apontam que uma das chaves para desenvolver essa estratégia é ouvir cuidadosamente a descrição que os executivos fazem sobre diferentes partes do negócio. Tais categorias incluem:

Ideias comuns — aspectos do negócio sobre os quais os líderes não vêem problemas em seguir padrões já que estão ligados a coisas que mudam muito devagar;

Ideias diferentes — aspectos do negócios nos quais os executivos não só querem fazer coisas diferentes da concorrência mas também sobre os quais querem especificar como o modo de fazer tem de ser diferente e esperam que esses detalhes mudem de forma regular no tempo.

Novas ideias — aspectos do negócio nos quais os líderes começam a experimentar do zero e ainda não estão num ponto em que eles podem ser específicos sobre os detalhes com as coisas vão realmente funcionar quando estiverem prontas.

As empresas precisam estabelecer uma nova estratégia para aplicações de negócios que respondam aos desejos das empresas de usar a tecnologia para estabelecer uma diferenciação sustentável e promover novos processos inovadores em um ambiente seguro e de baixo custo que suporte o negócio-fim da empresa.

Uma das chaves para usar esse modelo de camadas é fazer uma análise mais granular das aplicações. Segundo Genovese, as empresas estão acostumadas a usar a usar acrônimos de três letras para identificar categorias de aplicações (como ERP e CRM) mas, ao classificar as aplicações por camadas, elas precisam ser quebradas em processos individuais ou funções. Por exemplo, contabilidade, finanças, pedidos de compras e planejamento de demanda geralmente são parte de um único pacote de ERP, mas são módulos separados de aplicações que pertencem a três diferentes camadas na estratégia "Pace-Layered Application".

Esse modelo poderia também ser usado para classificar pacotes individuais ou aplicações desenvolvidas sob encomenda. Esse caminho é importante para determinar se essa aplicação suporta um requisito comum, uma metodologia única de negócios ou se é um processo inovador experimental. Isso libera a empresa para aplicar níveis apropriados de governança, recursos financeiros e modelagem de dados, sempre de acordo com a característica de cada aplicação.

"Na medida em que empresas olham para as camadas para ajudar a tirar seus portifólios de aplicações de uma estratégia monolítica, será importante estabelecer processos e requisitos de integridade de dados dentro de cada uma e entre elas", diz Gaughan. "O modelo de ritmo em camadas identifica que os requisitos de processos e integridade dos dados vão ser diferentes em cada camada e define um conjunto de padrões de arquitetura em cada nível para acelerar a capacidade de adaptação da empresa", diz o analista.

O desafio para os times de gestão de TI será desenvolver uma cultura de governança que encoraje a participação constante e persistente de todos. Isso quer dizer que a governança não pode ser vista como sendo a TI dizendo aos gestores do negócios o que precisa receber investimentos. Em vez disso, tem de existir uma parceria real, que inclui respeito entre as partes.

Fonte: http://cio.uol.com.br

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Às vésperas da revolução NFC.

Antes de estacionar o carro, hoje de manhã, apenas proximei o cartão de crédito do painel de controle da cancela da entrada e cinco dólares foram debitados da minha conta – sem precisar de senha, assinatura ou sequer encostar na máquina. Já se tivesse optado por pegar o ônibus, poderia ter usado o cartão Presto, uma das novidades dos transportes de Toronto, para pagar a passagem – também sem qualquer contato físico.

No caminho para o trabalho ainda passei no Starbucks e só precisei mostrar o meu smartphone para a atendente para pagar por um Grande Cafe Mocha – o mesmo procedimento adotado pelo WagJag, um dos sites de compras coletivas mais populares daqui, em sua modalidade Express (disclaimer: atualmente trabalho para uma empresa do mesmo grupo do WagJag, mas não é por isso que o estou citando nesta coluna). Finalmente, para abrir a porta do prédio, acionar o elevador antes do horário comercial e depois abrir a porta do escritório, tive que aproximar o crachá de cada um dos sensores.

Nada disso é exatamente novidade. O Mastercard com o sistema PayPass, que dispensa a leitura do chip ou da tarja magnética, eu já tenho há uns dois anos – e alguns cartões Visa têm a mesma funcionalidade sob a marca PayWave. O aplicativo do Starbucks nada mais faz do que exibir um código de barras na tela do celular (distorcido na imagem ao lado antes que alguém resolva tomar um cafezinho às minhas custas) para ser lido pelo leitor do caixa. E os crachás com transponders já são usados nas empresas mais modernas (e até em escolas, apesar da polêmica) há pelo menos uma década.

Por que resolvi escrever sobre isso, então? É que a primeira coisa que fiz quando liguei o computador do trabalho foi pagar US$5 para expandir minha quase lotada caixa postal do GMail. Ironicamente, para isso tive que digitar todos os números do cartão de crédito no Google Checkout, uma espécie de PayPal do Google. E dei de cara com o aviso de que agora o Checkout é parte da iniciativa Google Wallet, uma das inúmeras apostas da gigante de Mountain View para terminar de dominar o mundo.

Quando totalmente implementado, o Google Wallet e seus concorrentes permitirão fazer tudo o que eu descrevi desde o início da coluna usando somente um celular. Desde que ele suporte a tecnologia Near Field Communications (NFC), de comunicação a curta distância. Graças a um aplicativo lançado no fim do ano passado, smartphones como o Nexus S poderão se comunicar com os leitores dos sistemas PayPass e PayWave (aqueles da Mastercard e da Visa, respectivamente) em centenas de milhares de pontos de venda. Ou pagar passagens nos transportes públicos de Nova Jersey e demais cidades que decidirem adotar sistemas compatíveis.

Até existem adaptadores tão simples quanto um cartão MicroSD para acrescentar o recurso de NFC a diversos modelos de smartphones (iPhone inclusive, é claro), mas o melhor mesmo é ter um com NFC “de fábrica”. Além do pioneiro Nexus S com a grife Google, fabricantes como BenQ, HTC, LG, Motorola, Nokia, RIM e Samsung já lançaram ou prometeram aparelhos compatíveis – é só procurar pela marca aí do lado para saber se o celular em questão é certificado pelo NFC Forum. E, embora a Apple não tenha se pronunciado, há quem aposte que o iPhone 5 não apenas fará parte da lista, como será responsável pela massificação da tecnologia.

Por enquanto, parece que os maiores obstáculos à adoção da tecnologia são as preocupações com segurança, já que um aparelho capaz de pagamentos será um alvo e tanto para os hackers, e as alianças que estão se formando para dominar esse novo mercado. O Google pode ter se aproximado das duopolistas Visa e Mastercard em vez de tentar “desintermediá-las” do processo de pagamento, mas nem todo o mundo ficou contente com a parceria. As operadoras americanas At&T, T-Mobile e Verizon, por exemplo, têm no ISIS o seu próprio sistema de pagamentos móveis e já foram acusadas de bloquear o Google Wallet nos smartphones de seus clientes para proteger o mercado.

Politicagens à parte, além de um possível iPhone, outro grande alavancador da tecnologia NFC deve ser o WiiU, próximo videogame da Nintendo. A empresa já anunciou que o supercontrole do novo Wii terá NFC. E a idéia não é só facilitar o pagamento das microtransações que viraram moda nos games, mas permitir que o controle interaja com objetos que vão de figurinhas a brinquedos. Já imaginou o que isso pode significar para uma franquia como Pokemon, por exemplo? Na verdade, o potencial da NFC vai muito além dos pagamentos móveis. Mas isso é assunto para uma futura coluna.

Fonte: http://blogs.forumpcs.com.br - Por Julio Preuss

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Editais Prêmio Economia Criativa.

O Ministério da Cultura, por meio da Secretaria da Economia Criativa (em estruturação) publicou dois editais do Prêmio Economia Criativa no dia 30 de dezembro de 2011, no Diário oficial da União (Seção 3 página de 29 a 31) com inscrições iniciadas em 13 de fevereiro até 30 de março.

O Edital de Fomento a Iniciativas Empreendedoras e Inovadoras irá identificar, reconhecer, fomentar e difundir as iniciativas empreendedoras e inovadoras da sociedade civil atuantes nos setores criativos. Serão premiadas 150 iniciativas selecionadas nas seguintes categorias: Novos Modelos de Gestão de Empreendimentos e Negócios Criativos e Formação para Competências Criativas. A premiação será de R$ 3,6 milhões.

Já o Edital de Apoio à Pesquisa em Economia Criativa selecionará estudos e pesquisas acerca de temas da economia criativa nos contextos macroeconômico e legal-institucional brasileiros. Serão agraciadas 22 pesquisas. O apoio destina-se a pesquisadores da área acadêmica com atuação na área da pesquisa. A premiação será de R$ 810 mil reais divididos em três categorias: Teses – Doutorado; Dissertações – Mestrado e Produção em grupo.

As inscrições serão realizadas até as 23h59 do dia 30 de março de 2012, pelos seguintes meios:

a) Pela internet, através do Formulário de Inscrição disponível abaixo;

b) Pelos Correios, obrigatoriamente por meio de correspondência registrada e prioritariamente por SEDEX, fazendo constar no campo “Destinatário” o endereço:

PRÊMIO ECONOMIA CRIATIVA
EDITAL DE APOIO À ESTUDOS E PESQUISAS EM ECONOMIA CRIATIVA
INSCRIÇÃO / (nome da Categoria)
Secretaria da Identidade e Diversidade Cultural – SID
SCS, Quadra 9, Lote “C”,
Edifício Parque Cidade Corporate , Torre B , 11º andar
Brasília DF – CEP 70.308-200

Não serão consideradas inscrições eletrônicas ou postadas nos Correios após a data/horário limite, sendo que no caso da postagem nos Correios
valerá data e horário registrados no comprovante oferecido pela Empresa.

O proponente deverá realizar sua inscrição pelos Correios, somente no caso daimpossibilidade de realizá-la por meio eletrônico, via internet.

Acesse a Cartilha explicativa do Prêmio Economia Criativa.

Confira abaixo os editais e os respectivos formulários para inscrição:

Edital de Apoio à Pesquisa em Economia Criativa

Edital de Fomento a Iniciativas Empreendedoras e Inovadoras

Fonte: http://www.cultura.gov.br/

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Finep vai destinar R$ 6 bilhões para projetos de inovação, incluindo TICs.

A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), agência de fomento ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, anunciou nesta sexta-feira, 10, que investirá R$ 6 bilhões neste ano em recursos reembolsáveis para empresas, 62% a mais do total aplicado em 2011, que foi R$ 3,75 bilhões. Os recursos, provenientes do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), serão aplicados em forma de crédito para projetos de empresas dos setores de saúde, tecnologia da informação e comunicações (TICs), defesa e aeroespacial, petróleo e gás, sustentabilidade, energia e desenvolvimento social.

No ano passado, as ações de fomento nesses setores resultaram em uma demanda de projetos de ciência, tecnologia e inovação de cerca de R$ 9 bilhões em empresas inovadoras, num total de 326 projetos. Destes, a Finep já contratou 165 projetos que somam cerca de R$ 3,5 bilhões. Com a expansão dos recursos neste ano, a expectativa é que a demanda restante de R$ 5,64 bilhões seja atendida com rapidez.

Para isso, foi criado um grupo de trabalho a fim de identificar obstáculos, repensar estruturas e agilizar a tramitação dos processos internos, reduzindo em 80% o tempo médio de análise e aprovação dos projetos reembolsáveis. No ano passado, os prazos de análise foram reduzidos em 58% e, neste ano, os números devem registrar maior queda. “O desafio é transformar este esforço em processo de gestão mais moderna, eficiente e avançada”, relatou o presidente da Finep, Glauco Arbix.

Fonte: http://www.tiinside.com.br

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Presidente da CNI comunica ao governador Eduardo Campos investimentos de R$ 170 milhões do SENAI em Pernambuco.

Recife - O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, comunicou ao governador Eduardo Campos, em almoço no dia 10 de fevereiro (sexta-feira), no Palácio do Campo das Princesas, residência oficial, investimentos do SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) de R$ 170 milhões em Pernambuco, destinados à qualificação de mão de obra e à inovação tecnológica.

Andrade disse ao governador que os investimentos se justificam pelo elevado número de projetos industriais já implantados e a serem instalados em Pernambuco, principalmente nos setores automotivo, farmacoquímico, naval e de refino de petróleo, que irão gerar mais de 30 mil empregos diretos no estado. Entre os futuros empreendimentos está a nova fábrica da Fiat, a ser construída no município de Goiana.

O diretor de Educação e Tecnologia da CNI e diretor-geral do SENAI, Rafael Lucchesi, detalhou ao governador o Programa SENAI de Apoio à Competitividade da Indústria Pernambucana. Participaram também do almoço com Eduardo Campos no Palácio do Campo das Princesas o senador Armando Monteiro Neto, ex-presidente da CNI, e o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), Jorge Corte Real.

O programa prevê a construção de três novas escolas técnicas do SENAI: em Goiana (R$ 21,5 milhões), Ipojuca (R$ 16 milhões) e Jaboatão dos Guararapes (R$ 52 milhões). Serão criadas também três unidades do Instituto SENAI de Tecnologia - em Petrolina, de alimentos e bebidas; em Paulista, de química, e de automação, em município ainda a ser escolhido.

Com aportes de R$ 50 milhões, será implantado ainda o Instituto SENAI de Inovação em Tecnologia da Informação e Comunicação, para dar suporte ao pólo de TI em operação em Pernambuco. O presidente da CNI informou que, com estes investimentos, o SENAI vai dobrar o número de matrículas no estado, passando de 45 mil para 90 mil, até 2013.

“Com esses investimentos pretendemos não só treinar e qualificar profissionais, mas trabalhar junto com a indústria no desenvolvimento de tecnologia e inovação tecnológica”, sublinhou Robson Braga de Andrade. Para Jorge Côrte Real, os investimentos em qualificação são fundamentais para que a formação de mão de obra acompanhe as demandas dos empreendimentos em Pernambuco.

Fonte: http://www.revistafator.com.br

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Brasil vai à China tomar lições de inovação tecnológica!

A história é contada com orgulho pelos técnicos da Haier, fabricante chinesa de eletrodomésticos com sede em Qingdao, província de Shandong, que se transformou em uma das líderes mundiais na produção de linha branca. Certo dia, o serviço de pós-venda da empresa recebeu reclamação de um cliente da área rural sobre uma máquina de lavar que quebrara. Ao efetuar o conserto, a empresa descobriu que o defeito era provocado por resíduos de uma espécie de lama, que ficava acumulada nas roupas durante o processo de lavagem de batata-doce.

A insatisfação do camponês foi o ponto de partida para que a empresa decidisse redesenhar a lavadora. A máquina foi então projetada para ter múltiplos usos e passou a ser vendida como equipamento não só para lavar roupa, mas também batata doce e amendoim. Com o tempo, a máquina ganhou novas versões.

O caso inusitado do camponês e da máquina de lavar, narrado a um grupo de acadêmicos brasileiros, é representativo de uma das principais facetas da inovação tecnológica das empresas chinesas: o processo cumulativo de desenvolvimento tecnológico.

A estratégia consiste em absorver tecnologia, assimilar o conhecimento adquirido via contratos de transferência tecnológica com empresas do mundo desenvolvido e aprimorá-lo. Nas universidades e centros de pesquisa, esse processo é chamado de inovação secundária, trabalho pelo qual uma empresa inova a partir de uma rota tecnológica conhecida.

Empresas chinesas não estão preocupadas só com o mercado interno, elas nascem pensando em operar no mundo "Essa é uma característica das empresas chinesas nas últimas três décadas. Pegam tecnologias maduras e inovam no fim da curva, mas avançam. São pequenos passos que, somados à massa do mercado interno e ao baixo custo de mão de obra, representam vantagens. Mas as empresas chinesas não estão preocupadas só com o mercado interno, elas nascem pensando em operar no mundo como um todo, globalmente", diz Adriano Proença, professor do Programa de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

A Haier aprendeu a fazer eletrodomésticos com a alemã Liebherr, que lhe transferiu tecnologia, diz Proença. Encerrado o contrato com a Liebherr, a Haier buscou melhorar produtos, ganhou escala e, em meados dos anos 90, passou a olhar para o mercado externo. Começou a exportar, inclusive para os EUA, onde atacou nichos de mercado, como o de refrigeradores para quartos de estudantes. Depois investiu em linha ampla de produtos. No caso dos refrigeradores, a Haier valeu-se do conhecimento de uma tecnologia madura para entrar no segmento de adegas climatizadas para vinhos.

Proença acredita que a China vai continuar a acumular desenvolvimento tecnológico para chegar aos mercados em segmentos nos quais possa combinar aprendizado tecnológico e propostas de valor de menor custo. Na alta tecnologia, os chineses tendem a continuar a investir maciçamente para ganhar posições, prevê Proença, que coordenou estudo que procurou demonstrar a dimensão tecnológica da pujança chinesa.

Intitulado "Tecnologia e Competitividade em Setores Básicos da Indústria Chinesa: Estudos de Caso", o trabalho foi realizado sob encomenda da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República. Proença e outros três professores da Coppe passaram dois meses e meio na China, entre o fim de 2010 e o começo de 2011. Visitaram 20 empresas, incluindo algumas companhias de alta tecnologia, de três setores selecionados pela SAE: eletroeletrônico, metal-mecânico e químico. Um lema comum a várias dessas empresas é: "Primeiro imitamos, depois aprendemos e, por fim, fazemos sozinhos", conta Proença.

O acesso às empresas consultadas foi facilitado pelo apoio da Universidade de Tsinghua, com a qual a Coppe mantém, desde 2009, o Centro China-Brasil de Mudança Climática e Tecnologias Inovadoras para Energia.

"Precisamos saber mais sobre a China, se conhece muito pouco no Brasil sobre esse país, como também não sabemos de maneira clara o que queremos da China", diz o ministro Wellington Moreira Franco, da SAE. Ele afirma que, além da análise feita pela Coppe, a secretaria encomendou outro estudo sobre China à Universidade de São Paulo (USP), ainda não divulgado. A ideia é que os dois estudos sejam submetidos a um grupo de trabalho ligado à comissão binacional de alto nível liderada pelos vice-presidentes da China e do Brasil, diz Moreira Franco. "Queremos fazer uma grande discussão sobre os trabalhos."

O ministro entende que a experiência chinesa em inovação tecnológica pode servir de inspiração para políticas públicas no Brasil. Na visão de Moreira Franco, a inovação tecnológica precisa, para se desenvolver, de um ambiente institucional que crie facilidades.

Um ponto importante é o envolvimento do governo federal, Estados e municípios, além de empresas, universidades e centros de pesquisa, em um jogo coletivo, à semelhança do que os chineses vêm fazendo. Nesse jogo, surge o papel coordenador do Estado. Um exemplo na China é o da energia eólica.

Os professores da Coppe visitaram duas empresas (Guodian e Tianwei, perto de Pequim), que desenvolveram projetos próprios de produção de turbinas eólicas a partir da sinalização do Estado, no ano 2000. Elas fizeram pesquisas sobre turbinas com o apoio de universidades - estimuladas a enviar doutorandos para o exterior - e acertaram processos de licenciamento de tecnologia. Hoje, as duas empresas têm em curso processos de inovação secundária associados à compra e assimilação de tecnologias em transição.

Sérgio Camargo, um dos professores da Coppe que participaram do trabalho, diz que na China há um comprometimento da sociedade com a inovação tecnológica. "Desenvolvimento tecnológico está na história da China há milênios", diz o professor. O engajamento de diferentes agentes sociais com o desenvolvimento tecnológico se relaciona com o processo de planejamento do governo. Camargo destaca o papel da Academia Chinesa de Ciências, que tem mais de cem centros de pesquisa focados em diferentes temas, como energia ou nanotecnologia. Na academia, há mais de 100 mil alunos de pós-graduação.

A qualificação de mão de obra também tem feito a diferença em favor da China. O trabalho da Coppe mostra que o número de profissionais formados em nível superior saltou de 800 mil, em 1997, para mais de 5 milhões em 2009, sendo que cerca de 2 milhões se graduaram em ciências exatas e em engenharia. Os professores dizem que os salários na China estão evoluindo e que, em determinados cargos, as empresas pagam de acordo com o mercado global.

Na avaliação de Camargo, as empresas chinesas se preocupam mais em dominar o mercado do que com o lucro. "A preocupação com o lucro existe, mas não vem em primeiro lugar. A trajetória que as empresas chinesas que visitamos perseguem é o domínio do mercado dentro de uma visão de mais longo prazo."

Além de inovar a partir de rotas tecnológicas existentes, as empresas chinesas analisadas também passaram a procurar, a partir da década passada, setores emergentes em que o jogo tecnológico está começando. Trata-se de investimento em alta tecnologia, área que também conta com apoio do governo chinês. Camargo cita o caso da tecnologia de iluminação LED. Entre o fim de 2008 e o começo de 2009, o governo chinês lançou um programa de incentivo à compra de máquinas de produção de LED.

"O governo decidiu custear a fundo perdido 50% do valor de cada máquina que fosse instalada na China", diz Camargo. Segundo ele, em 2008 a produção de LEDs na China foi inferior a 1% da produção mundial. Em 2011, a China produziu 14% dos LEDs do mundo e, em 2012, o país será o maior produtor mundial dessa tecnologia de iluminação, com 32% da produção mundial, prevê Camargo.

Para Proença, o coordenador do estudo, existe a possibilidade de aprender com o que deu certo da experiência chinesa: "Eles têm um processo de inovação guiado pelo mercado em que sempre procuram ocupar um espaço não descoberto. "O trabalho de reconceber, repensar e reinovar para ocupar um segmento não atendido é um processo de inovação. No Brasil, não sei quantas pessoas já atentaram para isso."

Fonte: Valor Econômico

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Facebook eleva lucro em 65% e prevê levantar US$ 5 bi com IPO.

O tão aguardado IPO do Facebook deve ficar marcado como uma das maiores operações de abertura de capital no setor de internet em todo o mundo. A expectativa da empresa é levantar US$ 5 bilhões com a oferta pública inicial de ações e elevar o valor de mercado da empresa para algo entre US$ 75 bilhões e US$ 100 bilhões.

De acordo com o prospecto arquivado no dia 01/02/2012, na Security Exchange Commission (SEC), órgão regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos, a rede social obteve receita de US$ 3,2 bilhões com publicidade online no ano passado, o que representa alta de 69% em relação ao US$ 1,9 bilhão obtido em 2010. Houve um aumento de 42% no número de anúncios veiculados na rede. Os números mostram a importância da publicidade online para a rede social, a qual respondeu por 85% da receita de US$ 3,7 bilhões em 2011. O lucro líquido foi de US$ 1 bilhão, crescimento de 65% na comparação anual.

O site de Mark Zuckerberg admitiu a forte dependência de empresas como a Zynga, desenvolvedora de jogos dentro de sua plataforma. A empresa de jogos sociais responde por 12% da receita do Facebook. "Se o uso dos jogos em nossa plataforma cair, se a Zynga lançar jogos ou migrá-los para plataformas concorrentes, podermos perder um parceiro significativo e nossos resultados fiscais podem ser afetados negativamente", diz o documento enviado à SEC.

Os papéis da abertura de capital revelaram dados impressionantes sobre o uso do site. Em dezembro, foram 845 milhões de usuários ativos por mês e 483 milhões por dia, um crescimento anual de 39% e 48%, respectivamente. Além disso, 425 milhões de pessoas utilizaram a rede social em dispositivos móveis.

Em carta enviada aos investidores, o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, destacou a capacidade de conexão social que sua criação possibilitou, levando "centenas de milhares de negócios a desenvolver produtos de maior qualidade". Ele expressou confiança no aumento do número de empresas que passarão a usar a rede social para ações semelhantes. "Um mundo mais aberto irá encorajar empresas a se engajarem a seus clientes diretamente", afirmou. Com as ações de sua companhia na bolsa, o executivo terá salário de apenas US$ 1 ao ano, embora sua participação acionária de 28% possa lhe render até US$ 28 milhões em 12 meses.


Fonte: http://www.tiinside.com.br

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Pesquisas apontam crescimento da demanda por inovação no Brasil

Investimentos por parte do governo começam a surgir e empresas já pensam em adotar novas posturas perante a concorrência nternacional

De acordo com a última edição da Pesquisa de Inovação Tecnológica (Pintec), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as empresas brasileiras têm investido mais no desenvolvimento de novas práticas inovadoras. A taxa de inovação – indicador que calcula a introdução de novos produtos e processos – foi de 38,6% entre 2006 e 2008, contra 33,4% registrados no levantamento de 2005.

O resultado é o maior obtido nas últimas três edições da pesquisa (2000, 2005, 2008). Porém, percebe-se que a palavra inovação ainda não é totalmente compreendida no meio empresarial. Algumas organizações não conseguem evoluir através de projetos realmente inovadores e ficam centradas somente na melhoria de equipamentos e máquinas, dando pouca importância a outras inovações, como as de produtos e serviços.

Muitos não entendem que a inovação compreende o desenvolvimento e adoção de novas técnicas, planejamentos e conceitos, entre outros fatores. Uma nova ideia, elaborada e concluída com sucesso, traz resultados econômicos positivos para as empresas ao mesmo tempo em que aumenta a competitividade entre elas. No Brasil, o investimento em torno da inovação cresce a cada ano, como demonstra o levantamento do IBGE.

José Henrique Diniz, coordenador da área de Inovação e Criatividade do IETEC, já percebeu inúmeras vezes, com base na sua expertise, a necessidade de as empresas inovarem. “O mercado é muito dinâmico. Nós, profissionais, precisamos estar sempre um passo à frente, antevendo as demandas e exigências do mercado e adequando-as à realidade das empresas. Inovação deve ser tratada como elemento chave da crescente competitividade empresarial. A partir de um plano de metas bem estabelecido, deve-se identificar os desejos da própria empresa e principalmente do mercado, a fim de evitar possíveis armadilhas. Muitos reconhecem a importância da inovação, porém nem todos praticam ou estão satisfeitos com sua gestão, justamente pela falta da total compreensão do tema”, analisa Diniz.

Visando estabelecer novas diretrizes para a política industrial brasileira, a atual presidente Dilma Rousseff criou em agosto desse ano o programa Plano Brasil Maior (PMB). Com o slogan “Inovar para competir. Competir para crescer”, o plano tem a intenção de mostrar que no atual cenário econômico, a palavra inovação tem se tornado cada vez mais essencial.

Além do programa criado pela presidente, outras ações têm sido feitas em prol da inovação no Brasil, com destaque para as Leis da Inovação e do Bem e para o Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e Inovação (PACTI), que estão revitalizando os conceitos de acordo com as novas diretrizes estabelecidas pelas necessidades do mercado.

Segundo José Henrique, mesmo com os novos incentivos por parte do governo, ainda há muito que fazer, principalmente nessa fase inicial. ”Antes de qualquer coisa, deve-se investir na capacitação dos profissionais, visando uma adequação dos mesmos aos ideais da atual gestão da inovação”, afirma.
Para implementar a inovação nos negócios, empresas e empreendedores devem não só reconhecer oportunidades, mas apropriar-se delas e organizá-las visando o mercado. A inovação requer uma estratégia empresarial e, por ser um processo, necessita de uma gestão bem definida.

Crescimento da procura por processos e profissionais inovadores

Antenados a essas necessidades, profissionais dos mais diferentes segmentos apostam no curso de pós-graduação em Gestão da Inovação em Empresas, para melhorar os resultados das organizações nas quais trabalham.
O retorno do investimento já pode ser percebido pelos alunos. É o caso do coordenador de Projetos da Nansen S/A Instrumentos de Precisão, Félix Ferreira Ribeiro. De acordo com ele, como a inovação tem ganhado cada vez mais espaço no mercado, o conhecimento adquirido no curso é fundamental, pois permite que o profissional enxergue a empresa sob uma nova ótica, buscando oportunidades e melhorias. “Não se trata de uma tarefa fácil. O processo completo de inovação, isto é, uma ideia transformada em resultado, demanda tempo e esforço. Mas, quando bem sucedido, os resultados são sempre os melhores possíveis”, analisa.

Fonte: http://www.simi.org.br/biblioteca/exibir/6299

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Sete pecados capitais do investidor: conheça e saiba como evitá-los!

Errar é humano e todos nós estamos sujeitos a cometer equívocos. Entretanto, sempre existem alguns comportamentos que devem ser evitados ao máximo, pois suas consequências podem ser desastrosas.

Quem investe ou pretende começar a aplicar o seu dinheiro também precisa se atentar para alguns erros considerados “graves”, para evitar perdas financeiras. Por isso, pedimos para o especialista em finanças pessoais da MoneyFit, André Massaro, listar os sete pecados capitais dos investidores. Confira:

Pecado 1 – “Contabilidade mental”
O especialista explica que “Contabilidade mental” é o nome dado pelos estudiosos de finanças comportamentais ao comportamento de algumas pessoas que separam, mentalmente, o dinheiro em diferentes “compartimentos”.

“Imagine um sujeito que está guardando dinheiro na poupança - remunerado a uma taxa baixa - para pagar uma viagem, e não mexe naquele dinheiro de jeito nenhum. Mas ao mesmo tempo ele está com dívidas no cartão de crédito ou no cheque especial pagando taxas altíssimas”, diz Massaro.

Ele lembra que, neste caso, o mais racional seria tirar o dinheiro da poupança e pagar as dívidas, mas muitas pessoas não conseguem fazer isso. “Mentalmente, elas consideram aquele dinheiro intocável”, ressalta.

Pecado 2 – Não se informar
O segundo “pecado capital” do investidor é não procurar informação e não se educar financeiramente. “A educação financeira é uma ferramenta de liberdade pessoal, mas poucas pessoas conseguem enxergar isso. Quem é bem educado financeiramente consegue tomar suas decisões de forma muito mais clara e racional”, afirma Massaro.

Já aqueles que não investem neste tipo de educação correm um risco muito maior de tomar decisões erradas. “Ou então acabam tendo que recorrer a outras pessoas em busca de informações, que muitas vezes são tão ou mais despreparadas”, alerta o especialista.

Pecado 3 – Não diversificar
A diversificação de investimentos é uma das premissas básicas do gerenciamento de riscos. “É o 'feijão com arroz', o mínimo que alguém pode fazer. E a não-diversificação é, em grande parte, uma consequência do pecado anterior, pois a educação financeira deficiente faz com que não consigamos enxergar os riscos”, afirma.

Pecado 4 – Preconceito
O preconceito em relação aos investimentos é mais um dos erros comuns dos investidores e que pode ser classificado como um dos “pecados capitais”.

“Um caso clássico é o daquele sujeito que tem muito dinheiro e coloca tudo numa caderneta de poupança, pois ele aprendeu que era o Investimento mais seguro que existe e simplesmente não quer nem ouvir falar de outra coisa”, diz Massaro. “Às vezes ele até conhece outras alternativas tão seguras quanto e mais rentáveis, mas o medo fala mais alto e ele permanece 'abraçado' às suas crenças, sem perceber que pode não estar fazendo o melhor para si”, completa.

Pecado 5 – Investir pontualmente
O especialista lembra que investir não deve ser uma atitude isolada e pontual, e sim um hábito. “O investidor disciplinado cria uma regra para si – por exemplo, investir todo mês 10% do salário - e transforma isso em hábito, o que acaba levando a uma vida financeira cada vez mais sólida e saudável”, diz.

Já o investidor pouco eficiente, segundo Massaro, é aquele que investe algum dinheiro em determinado momento da vida e nunca mais se preocupa em fazê-lo de novo.

Pecado 6 – Expectativas irreais
O especialista ressalta que investir no mercado financeiro dificilmente é um caminho para o enriquecimento fácil e rápido,mas muita gente ainda acredita que vai dar a “grade tacada”.

“Por conta disso, a pessoa acaba se expondo a riscos elevados e pode perder (muito) dinheiro”, alerta. “É importante saber qual é o retorno médio dos investimentos mais conservadores do mercado e fazer os planos e projeções baseados neles”, aconselha o especialista.

Pecado 7 – Se “casar” com os investimentos
Comprar ações de uma empresa, esperando uma grande valorização em um curto ou médio prazo, e ser surpreendido com um movimento contínuo de queda é uma situação comum no mercado acionário.

Neste caso, o especialista afirma que é preciso ter um pouco de coragem para cortar as perdas rapidamente e preservar o capital aplicado. “Mas muitas pessoas têm dificuldade em assumir que tomaram uma decisão errada e por isso ficam ali, sofrendo e vendo o investimento 'derreter', na expectativa de que as coisas vão melhorar”, critica.

Fonte: http://www.infomoney.com.br - por: Diego Lazzaris Borges

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Finep terá linha de crédito para empresas que investem em inovação tecnológica.

A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, prepara uma nova linha de crédito, a Conta Especial Inova Brasil. Por ela, serão concedidos empréstimos subsidiados a empresas que invistam em pesquisa e desenvolvimento. A ideia é conceder linhas de crédito durante cinco anos, aumentando o aporte de recursos para as empresas que inovem conforme as metas do governo.

"Vamos oferecer crédito às empresas para que trabalhem tecnologia, mas condicionado a uma série de metas. Se cumprirem as metas, terão mais crédito. Isso faz com que se esforcem mais para conseguir mais crédito", disse o presidente da Finep, Glauco Arbix. Ele falou à Agência Brasil após a primeira audiência concedida pelo novo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp.

Entre as metas, Arbix antecipou que será estimulado o aumento do nível de qualificação de pessoal (acima de 10% da média do setor), além da contratação de pequenas empresas de base tecnológica como fornecedores e de institutos, universidades ou departamentos acadêmicos para desenvolverem pesquisas. Também está prevista a internalização de processos de tecnologia que hoje são comprados no exterior. No total, o aponte de recursos pode chegar a 135% do crédito inicialmente contratado.

Os empréstimos, até R$ 200 milhões por operação, serão liberados durante cinco anos, a uma taxa de juros anual de 4% (abaixo do percentual do centro da meta de inflação para 2012, 4,5%), com carência de três anos e prazo de pagamento de dez anos. O dinheiro tem como fonte o Tesouro Nacional, e será liberado por meio do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), criado em julho de 2009 como política anticíclica contra os efeitos da crise econômica mundial. A pretensão da Finep é que R$ 6 bilhões do PSI estejam disponíveis (60% acima do estabelecido em 2011).

De acordo com Glauco Arbix, o empréstimo "não é para qualquer projeto. Quanto maior o risco tecnológico, melhores são as condições que as empresas vão encontrar na Finep". O dinheiro estará disponível para diversos setores econômicos. "Nenhuma empresa que queira inovar no Brasil vai ficar sem o apoio da Finep. Nenhuma empresa que procura tecnologia vai ficar sem apoio", disse.

A Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação 2012-2015 tem como prioritários os setores de tecnologia da informação e comunicação; fármacos e complexo industrial da saúde; petróleo e gás; complexo industrial da defesa e indústria aeroespacial; além das empresas que trabalham com a "economia verde", como energia limpa. "Para esses setores, vamos trabalhar de forma mais integrada, mais rápida, e é possível que tenhamos melhores condições", anunciou o presidente da Finep.

Conforme Arbix, o dinheiro da Conta Especial Inova Brasil não será contingenciado pelo governo, pois é recurso de investimento, e não de custeio. Arbix prevê para os próximos dias o anúncio da linha de crédito, após decisão do Ministério da Fazenda e da Presidência da República. A concessão de empréstimos com recursos do Tesouro Nacional (incluindo o PSI) e o custo fiscal dessas operações estão sob análise do Tribunal de Contas da União.

Fonte:http://www.dci.com.br

INPI bate recorde de pedidos de patentes e marcas.

Apesar da crise internacional, os indicadores de propriedade intelectual fecharam 2011 em alta. Tanto marcas quanto patentes já garantiram, até 20 de dezembro, recordes históricos. Durante esses 11 meses e 20 dias, foram feitos 30.617 pedidos de patentes ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), contra 28.052 solicitados em 2010. Para as marcas, o Instituto registrou 143.435 solicitações até 20 de dezembro, contra 129.620 pedidos de marcas nos 12 meses do ano passado.

O INPI estima que em 2011 o total de pedidos de patentes depositadas pode chegar a 35 mil quando computadas as que ingressam pelo sistema PCT (depósito internacional de patentes). O de marcas deve chegar próximo a 150 mil.

Para facilitar ainda mais o acesso dos brasileiros ao sistema de patentes, o Instituto lançará, em 2012, o sistema e-Patentes, que permitirá o depósito do pedido via Internet.

Registro de patentes e marcas fica mais caro

Depois de mais de dois anos estáveis, os preços de registro de marcas e patentes no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) sofreram um reajuste médio de 20% e foram aplicados desde de janeiro/2012.

Os valores da maioria dos 177 serviços foram corrigidos apenas para recompor a inflação de pouco mais de 14% acumulada desde junho de 2009 – data do último ajuste. Outros, entretanto, tiveram aumentos superiores a 100%, como uma medida do órgão para ganhar produtividade e eficiência.

O exame de invenção sofreu um reajuste entre 100% e 400% para patentes que contenham mais de dez reivindicações, que são os pedidos de proteção de determinada parte da inovação. Até esse número o preço é de R$ 440,00. Para cada reivindicação adicional é cobrado um valor extra que varia agora entre R$ 75,00 para pedidos com até 15 reivindicações e R$ 375,00 para exames com mais de 31 reivindicações. Isso quer dizer que uma empresa que antes pagava cerca de R$ 2,3 mil para análise de um registro com 31 reivindicações, desembolsará agora R$ 8,3 mil.

O custo para ajuizar recursos administrativos contra o indeferimento de um pedido de patente quase triplicou. O aumento foi de 163%, passando de R$ 540,00 para R$ 1.400,00.

Fonte:http://www.anpei.org.br/