segunda-feira, 28 de maio de 2012

Fundo de investimento do Vale do Silício chega ao Brasil em julho

O Sequoia Capital, fundo de investimentos do Vale do Silício, renomado por ter investido US$ 25 milhões para criar o Google, deve abrir um escritório no Brasil com o propósito de aplicar em startups na América do Sul. Um dos investidores- parceiro, David Velez, foi nomeado para comandar a subsidiária brasileira a partir de julho. Segundo pessoas próximas ao assunto ouvidas pelo The New York Times, a filial “muito provavelmente” será em São Paulo. Velez foi contratado no ano passado para buscar oportunidades de investimentos, mais especificamente no mercado latino-americano. O executivo trabalhou no Morgan Stanley.

Em fase final de elaboração do planejamento, o Sequoia agora está em busca de um sócio da área de pesquisa. Segundo disseram as fontes ao jornal americano, o plano estratégico foi montado há dois anos, quando o parceiro Doug Leone esteve no Brasil pela primeira vez em busca de investimentos.

Embora o Sequoia Capital ainda não tenha aplicado recursos em nenhuma startup de tecnologia no Brasil, o país é um importante mercado para a empresa. Um indicador disso foi o investimento recente em duas empresas da região – na uruguaia Scanntech, no valor de US$ 10 milhões, que desenvolve soluções para conectar fornecedores e varejistas na área alimentícia, e no argentino Despegar, que no Brasil opera sob o nome de Decolar.com, no qual aplicou US$ 50,8 milhões.

Fonte: http://www.tiinside.com.br

quarta-feira, 23 de maio de 2012

BNDES seleciona gestor de fundo para inovação em TI

O Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) está recebendo propostas para a chamada pública que vai selecionar dois gestores de Fundos de Investimento em Participações para empresas com faturamento líquido anual de até 150 milhões de reais, com foco em inovação. A participação do BNDES poderá alcançar até 35% do capital comprometido de cada fundo.

Serão selecionados dois fundos de venture capital, sendo um deles voltado para o setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e outro de caráter transversal ou focado em um setor específico. Ambos devem ser propulsores de inovação.

Na chamada pública do fundo transversal, não poderá ser selecionado um fundo com foco exclusivo em TIC, uma vez que já haverá seleção para um específico neste setor.

Os gestores não poderão participar do processo de seleção dos dois fundos, devendo, portanto, indicar sua opção no momento do encaminhamento da carta consulta ao BNDES. As propostas deverão ser encaminhadas em versão impressa e eletrônica até o próximo dia 22 de junho.

O banco espera aplicar 1 bilhão de reais em fundos até 2014, alavancando investimentos totais de até 4 bilhões de reais. Atualmente, a BNDESPAR possui uma carteira de 29 fundos ativos — 14 de venture capital e 15 de private equity —, que somam um patrimônio comprometido de 8,67 bilhões de reais, dos quais 1,93 bilhão de reais foi comprometido pela BNDESPAR, evidenciando o efeito multiplicador de sua atuação.

Fonte: ComputerWorld

terça-feira, 22 de maio de 2012

Porto Digital terá primeira aceleradora de empreendimentos do Norte e Nordeste

O Porto Digital assinou nesta segunda (21), o convênio com o Governo do Estado para a criação da primeira aceleradora de empreendimentos inovadores das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Chamada de Armazém da Criatividade, o espaço funcionará em um primeiro momento no prédio do Porto, no Recife Antigo.

A solenidade contou com a presença do governador Eduardo Campos e o presidente do Porto Digital, Francisco Saboya. O Armazém da Criatividade quer fomentar o empreendimento inovador. O espaço terá estações de trabalho, salas de reunião e um mini auditório. As primeiras startups devem se instalar no local a partir do primeiro semestre do ano que vem.

As empresas contempladas com o programa contarão com recursos do programa “capital semente” de até R$ 40 mil para o início das suas operações. Haverá inicialmente um processo de seleção de propostas. Posteriormente, os aprovados passarão por um ciclo de aceleração de cinco meses que termina com um evento de apresentação das startups para potenciais investidores, como o Instituto de Talentos Brasil.

A ideia ganhou corpo a partir de discussões realizadas no Instituto Talento Brasil, que tem sede em São Paulo e é composto por empresários e economistas. O ITB encomendou um estudo para a consultoria global McKinsey, que mapeou as regiões com potencial de investimentos na área de TIC. O estudo apontou Campinas, em São Paulo, e o Porto Digital, no Recife, como duas regiões propícias para receber este tipo de aporte financeiro.

O financiamento será realizado pelo empresário Carlos Francisco Ribeiro Jereissati, CEO da Jereissati Participações e sócio da Oi. Assim que tomou conhecimento deste projeto em Pernambuco, o executivo, que também participa das discussões no ITB, assumiu o papel de financiador master, com a perspectiva de também tornar-se sócio de algumas empresas a serem aceleradas.

Fonte: http://blogs.ne10.uol.com.br - POSTADO POR PAULO FLORO

segunda-feira, 21 de maio de 2012

FINEP lança plano para fomentar inovação tecnológica no país.

Alavancagem da inovação Dando prosseguimento às iniciativas para sua consolidação como "banco da inovação", a FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos) lançou sua política operacional para o período 2012-2014.

Para alavancar a inovação da indústria brasileira, o banco vai procurar eleger projetos que contribuam de forma efetiva para os objetivos traçados nos programas do governo federal.

A nova política operacional vai buscar:
  • a reversão da vulnerabilidade externa nos segmentos intensivos em tecnologia;
  • o estímulo a atividades contínuas de pesquisa e desenvolvimento (P&D) nas empresas; a elevação da competitividade das empresas brasileiras;
  • o apoio à inserção de empresas inovadoras em mercados globais;
  • o incentivo à aplicação do capital privado em inovação;
  • e o desenvolvimento de competências tecnológicas para o estabelecimento e a consolidação de futuras lideranças.
Complexos inovadores

Com bases nessas diretrizes, foram definidas as seguintes áreas prioritárias para a atuação da Finep:
  • tecnologias da informação e comunicação;
  • defesa e aeroespacial;
  • petróleo e gás;
  • energias renováveis;
  • complexo da saúde;
  • e desenvolvimento social e tecnologias assistivas.
Na nova política, ganham ênfase os princípios do desenvolvimento sustentável, em suas três vertentes: desenvolvimento econômico, equidade social e proteção ambiental.

O plano está estruturado em linhas de ação, destinadas ao atendimento de demandas espontâneas das empresas, e programas, que contemplam objetivos específicos.

Foram estabelecidas três linhas de ação: Inovação Pioneira; Inovação Contínua; e Inovação e Competitividade. As taxas cobradas e a participação da Finep dependerão da natureza das atividades apoiadas, do enquadramento na linha de ação e da disponibilidade de recursos.

Conta Inova Brasil

A FINEP criou a Conta Inova Brasil, que abre um crédito para empresas que façam investimentos permanentes em inovação.

Se a estratégia dessas companhias atender a requisitos, tais como a inclusão de empresas de base tecnológica para atuar como fornecedores, aumento de qualificação de trabalhadores, contratação de pessoal, parceria com ICTs (Institutos de Ciência e Tecnologia) e internalização de processos de engenharia consultiva, o financiamento poderá ter aportes anuais extras de até 35% em relação ao pedido original. "Será uma espécie de cheque especial para a inovação, estimulando as estratégias corporativas que contemplem ações em Pesquisa e Desenvolvimento", explicou Glauco Arbix, presidente da instituição.

A FINEP também irá financiar em até 80% a construção de fábricas ligadas a atividades que dão continuidade à geração de novos conhecimentos (primeira unidade fabril).

"Também vamos apoiar a fusão e incorporação de empresas", afirmou, complementando que a FINEP quer direcionar seu foco para atividades que visam posicionamento competitivo no cenário internacional.

Os prazos de financiamento da FINEP passarão de até 10 para até 12 anos e o prazo de carência - antes de até três anos - saltou para até 54 meses, ou seja, o prazo de execução será de até 48 meses acrescido de seis meses (quatro anos e meio).

Fonte: Redação do Site Inovação Tecnológica - http://www.inovacaotecnologica.com.br

domingo, 20 de maio de 2012

Cultura e identidade são fundamentais em inovação colaborativa

Ambiente do País mais favorável à pesquisa abre possibilidade de ampliação de parcerias entre empresas e universidades

Embora mais comum no ambiente industrial – seja ele tecnológico, farmacêutico ou de qualquer outro setor -, as parcerias entre empresas e universidades foram e são um instrumento importante para evolução da pesquisa e inovação de um país. No Brasil, com o crescimento econômico e iniciativas governamentais que favorecem a pesquisa, a tendência é de aumento do investimento em P&D e, também, ampliação nas interações entre setor privado e academia.

A Ericsson, por exemplo, há algum tempo tem costurado parcerias com universidades brasileiras e seu diretor de inovação, Jesper Rhode, afirma que muitas das pesquisas produzidas por aqui foram aproveitadas em âmbito global. “Nossa ambição é que o País se torne plataforma produtiva e competitiva para servir América Latina e África nos próximos dez anos.” Por aqui, a fabricante conta com 375 pessoas no ecossistema de pesquisa e desenvolvimento e, no acumulado dos anos, investiu em torno de US$ 1 bilhão. “O custo para realizar pesquisa no Brasil já é competitivo em nível global. Projetos produzidos aqui contribuem para o nosso portfólio global.”

Entre os parceiros da Ericsson no Brasil estão a Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de Pernambuco, Universidade Federal do Ceará, CPqD e Fapesp. Eles pesquisam assuntos que vão desde redes pós-LTE, passando por computação em nuvem e aplicações de mobilidade e redes de distribuição de conteúdo. Mas ter sucesso nesse tipo de parceria é preciso muito mais que uma oferta financeira ou possibilidade de intercâmbio internacional. Como bem explica Sérgio Queiroz, coordenador adjunto de pesquisa para inovação na Fapesp, é preciso um entendimento das diferenças e da identidade do parceiro.

“São instituições com diferenças culturais. Na universidade, existe uma fonte de boas ideias e pessoal qualificado, cria e difunde conhecimento, mas missão fundamental é formar pessoas, já as empresas existem para gerar riqueza e lucro para os acionistas, cria e aplica conhecimento e lida com muito sigilo, segredo industrial e na universidade é tudo muito aberto”, detalha Queiroz.

Outro ponto essencial levantado por Queiroz é que não se pode substituir a pesquisa na universidade pela produzida internamente nas companhias. “Por mais que a onda de inovação aberta amplia o papel da pesquisa em colaboração, o que é muito bom, a pesquisa interna é essencial. Pegue a Petrobrás que é bem sucedida em busca de petróleo, vemos que ela obtém resultado porque faz as duas coisas, tem atividade interna consistente e em cooperação com praticamente todas as instituições de pesquisa importante no País e no exterior, talvez, seja a empresa que melhor construiu essa rede de pesquisa colaborativa no País.”

O especialista da Fapesp compartilhou alguns dados interessantes sobre o fomento à pesquisa no Brasil. Lembrou que, embora o ambiente esteja muito mais favorável que no passado, hoje o País aplica em torno de 1,1% do PIB em pesquisa e desenvolvimento. Em nações mais avançadas esse porcentual chega a 3%. Outra diferença em relação aos países ricos é que, por lá, a iniciativa privada chega a contribuir com 70% do financiamento; por aqui, é praticamente meio a meio.

Fonte: http://informationweek.itweb.com.br