Os processos decisórios de investidores em busca de empresas de alto impacto e, dos sócios de startups em busca de investidores que possam potencializar seus negócios possuem princípios muitos similares. Na essência, o (bom) relacionamento entre ambos é o fator principal para escolha na formação de uma sociedade entre empreendedores e investidores, no ambiente institucional brasileiro.
Até aqui, para a maioria das pessoas envolvidas no ecossistema empreendedor, não há grandes surpresas. Também, se considerarmos o fato de que as partes pretendem iniciar uma sociedade, que tem como base um relacionamento de longo prazo, é salutar imaginar que se o “namoro” não vai bem, melhor não selar o relacionamento.
Talvez o que mais tenha chamado a minha atenção ao pesquisar sobre o assunto é a sistemática desenvolvida por ambos, investidores (Venture Capitals) e investidos (start-ups) ao longo do desenvolvimento dos seus deals. Na pesquisa que conduzi, ao longo do segundo semestre de 2013, entrevistei quatro gestores de VCs e nove sócios de start-ups, num total de nove ‘matchings’, ou seja, negócios que acabaram em ‘casamento’ entre as partes. Com a pesquisa, foi possível entender o processo decisório de ambos, investidores e investidos, ainda que estes últimos tenham um processo menos estruturado que os primeiros.
As VCs realizam análises em profundidade sobre: o mercado, o modelo de negócio, os riscos, e, principalmente, o perfil do empreendedor por trás do negócio. No Brasil, houve uma “tropicalização” deste processo, conforme mencionado por alguns dos gestores entrevistados. É possível perceber maior intensidade no desenvolvimento do relacionamento interpessoal e, posteriormente, do envolvimento com a gestão. Essa tropicalização é característica presente em outros países emergentes como: Rússia, China e Coréia do Sul. Parte da explicação está na falta de instituições que apoiem o desenvolvimento de um ambiente estável e favorável ao empreendedorismo. A sistemática de análise pode ser lida e entendida também para ser aplicada pelo investidor Anjo.
O empreendedor, por sua vez, se apoia na experiência do investidor. Assim, por parte do empreendedor de alto impacto brasileiro, há expectativas de intervenção maior no seu negócio. Ou seja, o empreendedor espera que o investidor tenha participação muito próxima à gestão, por meio do aporte intelectual, da criação de contatos estratégicos, troca de experiência em negócios e em alguma medida na administração. É o Smart money intensificado pelas dificuldades de se empreender no Brasil. Pode-se aplicar a mesma expectativa dos empreendedores quando em busca de capital Anjo, uma peça estratégica ao negócio.
Conclusão: entender como estabelecer um relacionamento construtivo e alinhar as expectativas deve estar na pauta principal de quem busca um investidor ou quem pretende investir num negócio de alto impacto no Brasil. Para mais detalhes acessem a minha pesquisa: “Investidor e Investido: o processo decisório no matching entre Venture Capitals e Start-ups no Brasil.
Fonte: http://www.anjosdobrasil.net/blog.html - por Marcos Barcellos
Até aqui, para a maioria das pessoas envolvidas no ecossistema empreendedor, não há grandes surpresas. Também, se considerarmos o fato de que as partes pretendem iniciar uma sociedade, que tem como base um relacionamento de longo prazo, é salutar imaginar que se o “namoro” não vai bem, melhor não selar o relacionamento.
Talvez o que mais tenha chamado a minha atenção ao pesquisar sobre o assunto é a sistemática desenvolvida por ambos, investidores (Venture Capitals) e investidos (start-ups) ao longo do desenvolvimento dos seus deals. Na pesquisa que conduzi, ao longo do segundo semestre de 2013, entrevistei quatro gestores de VCs e nove sócios de start-ups, num total de nove ‘matchings’, ou seja, negócios que acabaram em ‘casamento’ entre as partes. Com a pesquisa, foi possível entender o processo decisório de ambos, investidores e investidos, ainda que estes últimos tenham um processo menos estruturado que os primeiros.
As VCs realizam análises em profundidade sobre: o mercado, o modelo de negócio, os riscos, e, principalmente, o perfil do empreendedor por trás do negócio. No Brasil, houve uma “tropicalização” deste processo, conforme mencionado por alguns dos gestores entrevistados. É possível perceber maior intensidade no desenvolvimento do relacionamento interpessoal e, posteriormente, do envolvimento com a gestão. Essa tropicalização é característica presente em outros países emergentes como: Rússia, China e Coréia do Sul. Parte da explicação está na falta de instituições que apoiem o desenvolvimento de um ambiente estável e favorável ao empreendedorismo. A sistemática de análise pode ser lida e entendida também para ser aplicada pelo investidor Anjo.
O empreendedor, por sua vez, se apoia na experiência do investidor. Assim, por parte do empreendedor de alto impacto brasileiro, há expectativas de intervenção maior no seu negócio. Ou seja, o empreendedor espera que o investidor tenha participação muito próxima à gestão, por meio do aporte intelectual, da criação de contatos estratégicos, troca de experiência em negócios e em alguma medida na administração. É o Smart money intensificado pelas dificuldades de se empreender no Brasil. Pode-se aplicar a mesma expectativa dos empreendedores quando em busca de capital Anjo, uma peça estratégica ao negócio.
Conclusão: entender como estabelecer um relacionamento construtivo e alinhar as expectativas deve estar na pauta principal de quem busca um investidor ou quem pretende investir num negócio de alto impacto no Brasil. Para mais detalhes acessem a minha pesquisa: “Investidor e Investido: o processo decisório no matching entre Venture Capitals e Start-ups no Brasil.
Fonte: http://www.anjosdobrasil.net/blog.html - por Marcos Barcellos
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