quarta-feira, 11 de junho de 2014

Start-Up Brasil encerrará 2014 com metas cumpridas

Lançado em novembro de 2012, o programa Start-Up Brasil chegará ao final deste ano tendo cumprido todas as metas inicialmente previstas. Até abril, somente a primeira turma selecionada pelo edital aberto em 2013 acumula os seguintes resultados: 73% das startups operam com produtos funcionais (no início do processo de aceleração esse percentual era de 41%); 53% das startups já estão faturando; houve um aumento nas equipes de 33%; nove prêmios nacionais e internacionais recebidos; e R$ 1,3 milhão de investimentos externos captados entre setembro de 2013 e janeiro de 2014.

“Estamos criando um sistema robusto e competitivo de base tecnológica: das 150 startups previstas até 2014, estamos com 100 apoiadas e desenvolvendo projetos”, informa o secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Virgilio Almeida. “Já aplicamos R$ 20 milhões nessas companhias inovadoras. Até o fim deste ano cumpriremos as metas iniciais previstas”.

Os dados integram o balanço apresentado nesta terça-feira (27), em São Paulo, por Virgilio, pelo diretor de Software e Serviços de TI do MCTI, Rafael Moreira, e por representantes do Start-Up Brasil. Parte do programa TI Maior, o Start-Up Brasil visa apoiar empresas nascentes de base tecnológica com foco em empresas de software e serviços em uma rede de investidores em parceria com grandes companhias nacionais e internacionais.

O secretário também ressaltou a diversidade de atuação das startups. Empresas de 15 setores contam com recursos do programa, sobretudo nas áreas de varejo (14,41%), educação (9,32%) e finanças (8,47%). “Do total de projetos, pelo menos 85% contavam com um protótipo de seu produto ou serviço em desenvolvimento no momento da seleção”, diz Virgilio.

Segundo Rafael Moreira, a abrangência territorial das propostas é outro ponto de destaque do programa. “Empreendedores de todo o país apresentaram iniciativas, entre a primeira e a segunda turmas. Atualmente, estamos apoiando empresas de 15 estados e nas cinco regiões brasileiras”.

Empresas estrangeiras também vislumbraram boas oportunidades de desenvolver seus projetos a partir do Start-Up Brasil. Ideias de 37 países foram remetidas para avaliação da comissão do programa, e 10 países tiveram iniciativas selecionadas.

Casos de sucesso – A Love Mondays, de São Paulo, é uma das startups apoiadas pelo programa. Com a ideia de auxiliar profissionais a adquirirem referências de onde pretendem trabalhar, a Love Mondays criou uma ferramenta em que qualquer pessoa pode, anonimamente ou não, opinar sobre as oportunidades profissionais em uma empresa.

“O Start-Up Brasil foi muito importante para validar nosso modelo de negócios, definir estratégias de crescimento e marketing, além do acesso a mentores e investidores”, avalia a CEO da startup, Luciana Caletti. “O recurso recebido do CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico] permitiu contratar profissionais para desenvolver a plataforma e ajudar a crescer o negócio”.

Outra startup selecionada pelo programa em 2013 é a Intoo, que desenvolveu uma ferramenta para facilitar o acesso a crédito para micro e pequenas empresas: qualquer uma pode solicitar capital de giro e antecipação de recebíveis com as menores taxas de juro - com base no perfil do cliente, é possível analisar qual instituição bancária oferece taxas mais atraentes.

“O Start-Up Brasil tem um pacote de relacionamento muito interessante. Quando precisamos acessar pessoas da iniciativa privada para oferecer nosso serviço, chegamos a essas pessoas por meio de contatos das aceleradoras ou do próprio programa”, pontua o CEO da Intoo, Arthur Farache. “O projeto também nos auxilia a construir uma reputação, por termos participado de um projeto com a chancela do governo federal, por meio do MCTI”.

Fonte: http://www.anpei.org.br/ ´- MCTI

terça-feira, 10 de junho de 2014

Brasil conta com demanda em inovação em crescimento, diz presidente da Finep

"O Brasil está começando a compreender que inovação é a chave não só para sobreviver, mas também para aumentar a competitividade”

A demanda por inovação cresceu, assim como a concessão de crédito. Mas ainda é pouco para o Brasil. Foi o que afirmou na quarta-feira (4) o presidente da Finep/MCTI, Glauco Arbix, no Fórum Inovação, Infraestrutura e Produtividade, realizado pelo jornal O Estado de S. Paulo em parceria com a financiadora, na capital paulista.

“Nos últimos anos nosso investimento em inovação multiplicou por sete, chegando a R$ 6,4 bilhões, e nossa meta é chegar a R$ 15 bilhões este ano. Mas a nossa engenharia ainda carece de um impulso maior”, destacou Arbix. Segundo ele, “o Brasil está começando a compreender que inovação é a chave não só para sobreviver, mas também para aumentar a competitividade e conquistar mercados dentro e fora do País.”

O secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), João De Negri, lembrou que “iniciativas como o Finep 30 Dias foram fundamentais para o avanço que tivemos nos últimos anos, mas precisamos ir além.”

“Aprendemos a trabalhar com demanda e precisaremos trabalhar com encomendas tecnológicas. Precisamos dar esse salto e não temos muito tempo”, opinou De Negri. “Talvez tenhamos até que rever a qualidade da ciência que desenvolvemos no País. Vamos ter que aprender a fazer algumas coisas que não sabemos fazer e que não temos instituições preparadas para fazer.”

Nessa linha, o presidente da Finep ressaltou alguns números do Plano Inova Empresa, lançado em março de 2013 pelo governo federal. Com 12 programas, o Inova Empresa teve dotação de R$ 32,9 bilhões e chegou a uma demanda agregada de R$ 93,4 bilhões. Arbix também pontuou que a produtividade está estagnada no Brasil desde os anos 80 e que, de lá para cá, apenas dois setores responderam ao desafio da produtividade: a agricultura e a área de serviços, em especial a de serviços financeiros: ”Eles inovam, são mais ágeis.”

Outro ponto levantado por Arbix foi a necessidade de o país aumentar o investimento em tecnologia. No primeiro painel do fórum, com foco em infraestrutura e inovação, foram discutidos temas como startups, carga tributária, incentivo, educação e desenvolvimento. O diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Finep, Rodrigo Fonseca, foi o mediador. Fonte: http://www.brasil.gov.br/ por Portal Brasil e Ministério de Ciência e Tecnologia

terça-feira, 3 de junho de 2014

BNDES atualiza perspectivas de investimento para energia elétrica

Revisão aponta para aumento de R$16 bilhões no período de 2014 a 2017

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) atualizou os estudos de perspectivas de investimento na economia brasileira considerando o período de 2014-2017. No setor de energia elétrica, houve uma adição de R$16 bilhões em relação às previsões divulgadas em outubro de 2013, totalizando agora R$191,7 bilhões de novos investimentos nos próximos três anos.

Além de energia, as maiores revisões foram em petróleo e gás, com aumento de R$30 bilhões de investimentos em relação ao apurado anteriormente, e total previsto de R$ 488 bilhões; e papel e celulose, com incremento de R$7 bilhões (total de R$26 bilhões).

Considerando todos os setores da economia, os investimentos somam R$4,07 trilhões no período 2014-2017. O valor supera os R$ 3,98 trilhões apurados no levantamento anterior, divulgado em outubro de 2013, para esse mesmo período. O mapeamento abrange projetos e planos estratégicos das empresas, não restrito apenas àqueles apoiados pelo banco.,

Na atual revisão, foram incorporados investimentos em mobilidade urbana, que se somam, assim, aos projetos de saneamento, já acompanhados pelo Banco, e que fazem parte do setor de infraestrutura social.

"Com a inclusão do segmento de mobilidade urbana, é possível vislumbrar as perspectivas de uma área de grande importância para o desenvolvimento econômico e social do País. As perspectivas de investimento para o setor são de R$ 89 bilhões, com alta de 83% na comparação com os R$49 bilhões efetivamente realizados no quadriênio anterior (2009/2012)", destaca o BNDES, em nota divulgada nesta quinta-feira (22/5).

Crescimento real – O cenário é de crescimento real de 28% nos investimentos em 2014-2017 (taxa anualizada de 5,1%) em relação ao período 2009-2012, quando foram investidos R$ 3,17 trilhões.

Do total de R$4,07 trilhões mapeados para 2014-2017, a indústria responde por R$1,15 trilhão em perspectiva de investimento, o que significa aumento acumulado de 31% (alta de 5,5% ao ano), devido sobretudo ao setor de óleo e gás. O setor aeronáutico, com projeções de investimentos de R$14 bilhões no período, também se destaca em nível de crescimento, com projetos nas áreas de defesa e comercial.

A infraestrutura responde por R$575 bilhões, com incremento de 35%, puxado sobretudo por dois setores ligados à logística: portos e ferrovias. Entre os investimentos mapeados, estão aqueles feitos por meio de concessões e parcerias público-privadas, contemplados pelo Programa de Investimento em Logística (PIL).

Energia Elétrica – A perspectiva de investimento para o setor elétrico brasileiro em 2014-17 é de R$191,7 bilhões, sendo a maior parte em geração hidrelétrica, com R$ 54,5 bilhões. Os complexos eólicos são o segundo destaque em porte de investimentos, com R$43 bilhões. Transmissão de energia elétrica vem em terceiro, com estimativas de investimentos de R$37,6 bilhões.

Ferrovias – No setor ferroviário, a perspectiva de investimento é de R$57 bilhões em 2014-2017, com destaque para: expansão da malha, prevista no PIL; investimentos diretos da Valec; projetos de modernização e aumento de capacidade da via permanente; e ampliação da frota de material rodante. O PIL prevê investimento em 12 trechos, parte em projetos novos (greenfield), parte em modernização da rede existente (brownfield).

Mobilidade urbana – A perspectiva para o investimento em mobilidade urbana para o período de 2014-2017 é de R$53 bilhões, com taxa média anual de crescimento de 30%. Desse total, 58% serão destinados a projetos de metrô, 16% para monotrilho, 13% para Bus Rapid Transit (BRTs), 7% para trem e 6% para Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs).

Segundo o BNDES, esse bloco de investimentos é sustentado pela retomada da capacidade de investimento dos Estados, explicada, em parte, pelas recentes rodadas de descontigenciamento realizada pelo Governo Federal e pela aplicação de recursos federais em projetos de mobilidade urbana por meio do PAC Mobilidade – Grandes e Médias Cidades. Outro elemento importante é a ampliação dos investimentos privados no setor, por meio de PPPs.

Fonte: http://www.jornaldaenergia.com.br/