quinta-feira, 23 de agosto de 2012

TI Maior: indústria de software receberá aporte de R$ 500 milhões.

Recursos serão repassados nos próximos três anos. Investimento faz parte do Programa Estratégico de Software e Serviços de Tecnologia da Informação, lançado pelo MCTI.

A indústria brasileira de software receberá um aporte de meio bilhão de reais nos próximos três anos do governo federal para aumentar a sua competitividade no mercado local e externo. O investimento faz parte do Programa Estratégico de Software e Serviços de Tecnologia da Informação (TI Maior), lançado na manhã desta segunda-feira (20/08), em São Paulo, pelo ministro da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antonio Raupp.

Esses recursos serão repassados por meio de editais públicos que começam a ser lançados a partir deste mês para incentivar a indústria de software. O capital vai financiar um ecossistema que está sendo criado pelo IT Maior para fomentar o setor, que abrange desde o desenvolvimento das soluções até a comercialização e exportação.

Entre os orgãos que vão liberar os recursos estão a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Resultado de mais de um ano de estudo juntamente com empresários do setor e entidades de classe, o IT Maior se baseia em um conjunto de ações para fortalecer esse segmento, que foi considerado pelo governo federal estratégico para a economia do Brasil.

Ao apresentar o programa para as lideranças do setor, o ministro Raupp, destacou que o software é uma tecnologia que está presente atualmente em quase todos os negócios, utilizado para processar diversas operações e criação de novos produtos.

“Sem software não há inovação”, destacou Raupp, mencionando que essa indústria movimentou 37 bilhões de reais em 2011 e que tem potencial para crescer. “Esse setor não pode ficar sem investimentos”, declarou o ministro, lembrando que as fabricantes de hardware e de semicondutores já haviam sido beneficiadas com programas de incentivos, mas que faltava algo específico para tornar esse segmento mais robusto.

“O programa não olha só para o desenvolvimento, mas para a oferta e demanda. Software é estratégico para o Brasil”, reforçou o ministro do MCTI, que espera que o IT Maior fomente a indústria brasileira e que os players locais consigam fazer frente aos produtos importados.

Pilares do IT Maior

Entre as ações previstas pelo IT Maior estão a consolidação de ecossistemas digitais; a certificação e a preferência nas compras governamentais para aplicativos com tecnologia naciona e a aceleração de empresas nascentes de base tecnológica com foco em software e serviços.

O novo programa vai incentivar também a instalação de centros de pesquisa globais e a capacitação de jovens para o mercado profissional.

O “TI Maior” é integrado à Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia & Inovação 2012-2015, que prevê a elaboração de um programa específico para estimular o desenvolvimento do setor de software e TI.

Também está articulado a outras políticas públicas do governo federal, como a Estratégia Nacional de Defesa (END), o Plano de Aceleração do Crescimento 2 (PAC2), o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e o Programa Brasil Mais Saúde.

Segundo o MCTI, a iniciativa está alinhada ainda com o Plano Brasil Maior, o Plano Agrícola e Pecuário (PAP), além dos Regimes Especiais, como o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), o Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Indústria de Semicondutores e Displays (PADIS) e TV Digital (PATVD).

Fonte: http://computerworld.uol.com.br - Por EDILEUZA SOARES

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Gartner prevê que o futuro da tecnologia está na relação entre mídias sociais, mobilidade, Cloud e informação.

Tema será discutido na Conferência Gartner Arquitetura de Aplicações, Desenvolvimento e Integração, que tem desconto especial de R$ 200 até o dia 10 de agosto

A relação entre as forças convergentes – mídias sociais, Cloud, mobilidade e informação – está moldando e transformando o comportamento dos usuários ao criar novas oportunidades de negócios. A conclusão é do Gartner, líder mundial em pesquisa e aconselhamento sobre tecnologia, que analisa as mudanças do panorama de TI ocasionadas por estas quatro tendências e recomenda às empresas direcioná-las em um plano estratégico de negócios. Outras previsões sobre o tema serão apresentadas na Conferência Gartner AADI (Conferência Arquitetura, Desenvolvimento e Integração de Aplicações), que acontece nos dias 14 e 15 de agosto, no Sheraton São Paulo WTC Hotel.

Segundo o Gartner, embora essas forças sejam inovadoras, juntas, estão revolucionando os negócios e a sociedade, rompendo modelos antigos e criando novos líderes. Há pouco tempo, a experiência de computação mais sofisticada das pessoas estava dentro do trabalho. Hoje, na maioria dos casos, ocorre exatamente o oposto. A tecnologia, disponibilizada por excelentes aparelhos, interfaces e aplicações com fácil aprendizagem, torna os usuários cada vez mais sofisticados. Com isso, as pessoas esperam ter acesso a funcionalidades semelhantes em todas as suas funções e fazem menos distinção entre trabalho e atividades fora dele.

"Na relação destas quatro forças, a informação é o contexto para entregar experiências sociais e móveis aprimoradas”, diz Jess Thompson, vice-presidente de pesquisas do Gartner e chairman da Conferência AADI. "Os dispositivos móveis são plataformas eficazes para relacionamentos sociais e para novas formas de trabalho, conectando as pessoas de maneiras novas e inesperadas. A nuvem permite a entrega de informações e funcionalidade aos usuários e sistemas. Essas forças estão interligadas para criar um ecossistema de computação moderna, orientado ao usuário", afirma.

As mídias sociais são um dos exemplos mais interessantes de como o uso de dispositivos pessoais no ambiente de trabalho impulsiona práticas empresariais de TI. Elas incluem compartilhamento de comentários, links e indicações aos amigos. Os fornecedores de bens de consumo têm sido rápidos em identificar a influência que as recomendações de compra de amigos têm sobre as pessoas.

As tecnologias sociais movimentam e dependem de outras três forças:

• Necessidade por mobilidade: acessar as redes sociais é uma das principais funções dos dispositivos móveis e as interações sociais têm muito mais valor quando acontecem onde quer que o usuário esteja • Dependem da nuvem para acesso e tamanho: as redes sociais se beneficiam de escala, algo que só é realmente praticado por meio da implantação da nuvem • Dependem de uma análise profunda: interações sociais fornecem uma fonte rica de informações sobre conexões, preferências e intenções. Na medida em que as redes sociais se tornam maiores, os usuários precisam de melhores ferramentas para gerenciar o crescente número de interações. Isto leva a necessidade por análises sociais mais profundas.

A mobilidade está influenciando a maior mudança na forma como as pessoas vivem. A adoção em massa dos aparelhos móveis força uma nova infraestrutura, que gera novos negócios e ameaça a situação atual.

Porém, a mobilidade não é um fenômeno isolado. As pessoas vão interagir com múltiplas telas, trabalhando em conjunto. Os dados de sensores vão melhorar a experiência do usuário, integrando os mundos virtual e físico. A informação obtida neste mundo terá mais valor e a relação será duradoura entre um usuário e um ecossistema baseado na nuvem.

Sem a computação em nuvem, as interações sociais não terão espaço para acontecer em escala, o acesso móvel não conseguiria conectar a uma grande variedade de dados, e a informação ainda estaria presa dentro de sistemas internos. O modelo de Cloud Computing é o que o Gartner chama de fenômeno de “classe mundial”, pois ele foca em resultados conectados globais e não, apenas, em tecnologias e resultados centrados em uma estratégia interna empresarial. No mundo atual, tudo está voltado à cultura do consumidor.

Os fornecedores independentes de softwares móveis, que usam serviços no Cloud, têm mais opções para acessar informações e processos. O crowdsourcing (modelo de produção que utiliza a inteligência e os conhecimentos coletivos espalhados pela Internet para resolver problemas, criar conteúdo e soluções ou desenvolver novas tecnologias), por exemplo, pode ser feito por meio de comunidades móveis, pois a nuvem permite que elas existam no mesmo espaço de trabalho, ao invés de estarem isoladas em ambientes empresariais ou em PCs.

A informação está em qualquer lugar. Durante anos, os tecnólogos discutiram a onipresença da informação, sem entender como obter vantagens dela. As mídias sociais, a mobilidade e a computação em nuvem fazem com que a informação esteja acessível, “compartilhável” e consumível por todos, em qualquer lugar, a qualquer momento. Saber capturar o poder da onipresença da informação e usar os menores subconjuntos aplicáveis a uma empresa, produto ou consumidores, em um ponto específico, será crítico para novas oportunidades e evitará riscos.

Desenvolver uma inovação, por meio da informação, permite às empresas responderem às mudanças ambientais dos consumidores, funcionários ou dos produtos na medida em que ocorrem. Isto significará um salto à frente da concorrência em termos de performance operacional ou de negócios. Uma empresa pode ter sucesso ou fracasso dependendo de como ela responde às tendências como mídias sociais, Cloud Computing e mobilidade.

Fonte: http://www.segs.com.br - por Joyce Camargo.