sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Finep vai investir diretamente em empresas de Base Tecnológica

A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) passará a apoiar mais diretamente as startups brasileiras por meio do programa Finep Startup, lançado pela entidade. O objetivo é aportar conhecimento e recursos financeiros por meio de participação no capital de empresas em estágio inicial com faturamento anual de até R$ 3,6 milhões.

Essa é a primeira de uma série de ações voltadas a empresas nascentes que a organização ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) pretende apresentar nos próximos anos.

Segundo a Finep, o primeiro edital da empreitada será lançado em novembro. A previsão é lançar mais um certame em 2016 e dois em 2017. Cada chamada pública terá valor de R$ 20 milhões, totalizando R$ 80 milhões. A empresa que se enquadrar nos critérios do edital pode participar da seleção, independentemente da área de atuação. Os fundos tradicionais investem, em média, em dez a 15 empresas em quatro anos. Com o Finep Startup, a Finep pretende investir em 40 empresas até 2016.

O investimento nas companhias de base tecnológica acontecerá por meio de contrato de opção de compra de ações e pode chegar a R$ 1 milhão, com base no plano de negócios da startup. Esse tipo de contrato transforma a investidora – neste caso, a Finep – em uma potencial acionista da empresa.

A opção de a financiadora se tornar ou não sócia da companhia terá prazo total de vencimento de até três anos, podendo ser prorrogado por mais dois anos. Se a empresa for bem-sucedida, a Finep pode exercer essa opção. Caso a startup fracasse, a instituição do MCTI não arca com o passivo, o que garante maior segurança.

“Tem um elemento histórico aqui. Estamos introduzindo um novo sistema de financiamento na política de inovação”, afirmou o presidente da Finep, Luis Fernandes. Ele explicou que o modelo foi inspirado em programas de outros países, particularmente os Estados Unidos, mas incorporou novidades na “versão” brasileira.

O Finep Startup tem um mecanismo inovador para estimular o empreendedor a buscar investimento privado, que vai priorizar empresas que forem aportadas por investidores-anjo. O processo se dará da seguinte forma: a startup que se inscrever no edital com uma carta de compromisso de um investidor-anjo – que também investirá na empresa por meio da opção de compra – ganhará pontos na seleção feita pela Finep. A quantidade de pontos obtidos vai depender do valor do investimento privado, que pode ir de R$ 50 mil a R$ 350 mil.

Além do anjo, o processo seletivo do edital levará em consideração três dimensões: inovação e tecnologia; mercado e modelo de negócios; e equipe. As características do edital foram definidas baseadas na relação de longa data que a financiadora mantém com os investidores.

Fonte: http://www.bitmag.com.br - *Com informações da Finep e MCTI

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Captação de recursos para inovar e empreender

Para empreender e crescer, as empresas precisam INOVAR. A INOVAÇÃO é a força motriz do crescimento econômico. Para fomentar a inovação nas empresas de base tecnológica e indústrias brasileiras, o GOVERNO COMPARTILHA OS RISCOS DA INOVAÇÃO através da disponibilização de inúmeros instrumentos de linhas e programas financeiros de apoio à inovação.

O mercado global é altamente competitivo e exigente, e isso faz com que as empresas busquem inovar através de seus produtos e serviços oferecendo um diferencial aos seus clientes. Nesse ambiente de alta concorrência, competição acirrada, a principal forma de tornar a organização sustentável e com possibilidades de crescimento é através da diferenciação competitiva de seus produtos, processos e serviços. Dessa forma, a inovação e as oportunidades de captação de recursos fomentadas por bancos (BNDES, BNB) e agências federais e estaduais (CNPq, Finep, entre outras como a Agefepe e Facepe, aqui em Pernambuco) passam a ter um aspecto fundamental para que as organizações consigam se diferenciar, crescer e permanecer no mercado.

Atualmente, grande parte do crescimento da produtividade das principais economias e dos países emergentes é creditada à inovação. O motor da inovação é a competição. As empresas Inovam por exigência do mercado. O fato de ser uma exigência da competição é o que torna a inovação um tema essencialmente do mundo dos negócios (Mattos et al., 2010). Para um número crescente de empresas e indústrias, essa temática deverá estar no centro de suas estratégias competitivas, principalmente para sua sustentabilidade em um mercado competitivo e em constante evolução.

Com a elevada competitividade, alta qualidade dos produtos e forte concorrência, o êxito das empresas está cada vez mais relacionado com a capacidade de inovar em seus diversos processos e etapas, de forma planejada e contínua, com visão a curto, médio e longo prazos, e tendo a busca por investimentos financeiros em seus diversos aspectos e fases. Para transformar uma ideia inovadora em um bom negócio, incluindo na veia sanguínea de funcionamento da empresa, a prática de captação de recursos não reembolsável, reembolsável e de captação de risco, na medida e momento certo, para diminuir o risco da inovação, de sua operação e seu crescimento como negócio. E, nesse sentido, a área de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PD&I), apoiada por pessoas estratégicas e com experiência em captação de recursos, é a grande responsável pela atividade inovadora, influenciando no processo de inovação e renovação das empresas.

O que se tem observado nos últimos anos é que grande parte das empresas que se encontravam aparentemente bem estabelecidas no mercado foram extintas por não atenderem às novas demandas do mercado consumidor e/ou por não investirem na inovação contínua de seus produto, processos e serviços, o que abre espaço para empresas inovadoras nascentes, que têm a pesquisa e a inovação como cerne dos seus negócios, se estabeleçam no mercado.

Neste cenário, a principal questão que surge é: como captar recursos para INOVAR e empreender para somar aos investimentos próprios das empresas?

Um dos grandes desafios nacionais é estimular o desenvolvimento de inovações dentro das empresas, em vez de apenas aguardar que as tecnologias geradas em universidades, institutos e centros de pesquisas sejam transferidas ao mercado.

Nas empresas, o processo de inovar é arriscado, já que se procura uma aplicação prática bem definida, visando resultados econômicos claros. Para fomentar a inovação no ambiente empreendedor, os bancos de fomento e os governos federal e estaduais têm apoiado as empresas e organizações através de incentivos fiscais, econômicos e financeiros. Os governos enxergam nestas iniciativas uma forma de compartilhar os riscos do desenvolvimento de produtos, processos e serviços inovadores com os empreendedores. Além do governo e bancos, com suas linhas e programas de fomento, temos o constante crescimento e alternativas de investidores de capital de risco, nos seus diversos tipos, desde os angels capital para startups (micro e pequenas empresas) a venture capital e equity capital, para médias e grandes empresas.

A partir de 2015, por decreto assinado em 25 de junho pela presidenta Dilma, possivelmente teremos um orçamento superior a R$ 50 bilhões em recursos de fomento para inovar e empreender no Brasil. Resta saber quais empresas vão sair na frente e garantir recursos para viabilizar suas inovações, diminuindo riscos, custos e ampliando as possibilidades de maiores receitas e lucratividade para seu negócio inovador. Para isso, precisa tratar a inovação e a captação de recursos de fomento como estratégico e prioritário, de forma contínua e planejada, realizando investimentos necessários para viabilizar esta estratégia já adotada por empresas vencedoras e que tiveram alto crescimento exponencial.

Fonte: http://www.revistanegociospe.com.br/materia/Captacao-de-recursos-para-inovar-e-empreender - Por Juliano Diniz