quarta-feira, 28 de março de 2012

Como gerar inovação nas empresas

Open innovation é um modelo que as companhias estão adotando, cada vez mais, em resposta a um mundo crescentemente globalizado e caracterizado pela partilha aberta de informações, com o objetivo de produzir conhecimento. Esse modelo se baseia na colaboração em rede da empresa, com fornecedores, clientes, universidades e até concorrentes. A partir desse conceito, a inovação, antes uma área limitada aos departamentos internos de Pesquisa e Desenvolvimento, como era a lógica vigente até as décadas de 70 a 90, passou a ser buscada além das fronteiras das organizações.

Acredito que a interação seja a chave para esse processo se tornar real e mais do que isso: ela é a fonte para a inovação. Por isso, as redes sociais representam hoje a melhor plataforma de interação para as empresas interessadas em inovação aberta. O desafio que se impõe, entretanto, é criar tecnologias que gerenciem a troca de informações realizadas nessa mídia.

Os sistemas de CRM (Customer Relationship Management) têm sido usados amplamente com esse fim. Eles permitem que a troca de informações entre os colaboradores da empresa e o público-alvo possa ficar armazenada e servir como fonte de consulta, “alimentando” o CRM com os dados levantados. O sistema permite ainda fazer a gestão e a monitoração da comunicação para que haja o mínimo possível de “ruídos”. Mas a inovação aberta permite saltos ainda maiores, utilizando a base das redes sociais para acelerar o desenvolvimento de novos produtos ou serviços.

O exemplo da montadora italiana Fiat, cujo modelo Fiat Mio foi construído com ideias enviadas por milhares de pessoas ao redor do globo, por meio do portal www.fiatmio.cc, ilustra bem o que quero dizer. O projeto economizou milhões de reais em pesquisas com o consumidor, para a concepção de um novo carro. Durante nove meses, a Fiat recolheu sugestões de mais de 13 mil pessoas. A partir das informações enviadas pelos internautas em 160 países, a equipe de desenvolvimento da Fiat criou um protótipo totalmente adaptado às expectativas dos clientes. O carro foi lançado no Salão do Automóvel de 2010, com audiência de 750 mil pessoas e repercussão na mídia nacional e internacional.

Outra iniciativa de sucesso é a InnoCentive (www.innocentive.com), empresa desenvolvida inicialmente como um centro incubador de inovação para a indústria farmacêutica Lilly. Sendo uma entidade independente desde 2005, valendo-se do modelo de rede, ela funciona como um intermediário entre as empresas que buscam soluções e uma cadeia global de mais de 160 mil especialistas e “solucionadores de problemas” em 175 países, por todo o mundo. Os solucionadores recebem prêmios em dinheiro quando resolvem o desafio.

Temos ainda o caso da cafeteria Starbucks, que mantém o site My Starbucks Idea para coletar insights dos clientes. Através do site, qualquer um pode sugerir ideias, votar e discutir com outros consumidores as melhores propostas. No seu primeiro ano, o My Starbucks Idea recebeu 75 mil sugestões, além de milhares de votos e comentários. Um dos consumidores sugeriu criar, por exemplo, um “gelo de café”, ao invés de água, para que a bebida não ficasse aguada quando o gelo derretesse. A companhia considerou a ideia e foi um sucesso.

São exemplos de grandes empresas, mas a inovação aberta é perfeita também para as pequenas e médias, porque seu custo é consideravelmente mais baixo, quando comparado aos métodos tradicionais. Em vez de depender apenas das ideias e habilidades da equipe, as empresas podem ter acesso gratuito a ideias inovadoras.

O que parece estar claro é que as melhores soluções nem sempre estão dentro da empresa e, além disso, o produto desenvolvido com os dados coletados num ambiente de criação coletiva com o cliente, tem mais chance de ser aceito no mercado, pois foi sugerido pelos próprios consumidores.

Antes de tudo, para uma empresa se candidatar ao posto de inovadora, atualmente, ela precisa possuir uma cultura de rede, caracterizada, entre outras coisas, pelo alto grau de conexão entre todos os níveis dentro da organização, comprometimento da liderança com a rede, a partir de iniciativas que acompanhem de perto a cultura corporativa, uso de aplicativos da Web 2.0 e projetos de sites no estilo wiki. Tais elementos possibilitam à empresa estar mais bem preparada para receber os estímulos externos e facilitam a tomada rápida de decisões sobre as ideias inovadoras enviadas pelo mercado.

Para que o objetivo de gerar inovação seja atingido, algo que precisa ficar estabelecido desde o início desse processo é que recursos internos e externos precisam trabalhar em conjunto e estarem alinhados com a estratégia geral da organização. O conceito de Open innovation tem muito a ver com se estabelecer uma ponte entre os recursos alocados dentro das empresas e fora delas, para fazer com que a inovação de fato aconteça.

Fonte: http://www.tiinside.com.br - Por Sanjay Agarwal é diretor geral da Valuenet

terça-feira, 27 de março de 2012

Rio+20: Finep apresentará empresas inovadoras.

"Empresas podem enviar projetos para o Venture Fórum Brasil Sustentável, que selecionará os melhores trabalhos"


A Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, está recebendo inscrições até o dia 5 de abril próximo para o Venture Fórum Brasil Sustentável. O evento será promovido no dia 15 de junho, no prédio da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, em paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.

O fórum objetiva apresentar projetos inovadoras em tecnologias verdes e em componentes sociais, econômicos e ambientais a potenciais investidores em empresas tecnológicas nascentes.

O analista da área de investimentos da Finep, Eduardo Lopes, coordenador do evento, disse que o trabalho de apoio ao empreendedorismo vem ocorrendo há cerca de dez anos, por meio de parceria da Finep com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).

O objetivo é “prospectar e selecionar empresas que sejam inovadoras e que, ao mesmo tempo, tenham potencial de rentabilidade extraordinária, porque esse tipo de empresa costuma interessar aos investidores do chamado venture capit [capital de risco]”, explicou.

Até 40 empresas serão aprovadas em uma primeira etapa para o fórum, mas apenas dez a 15 deverão ser selecionadas, disse Lopes. Durante um mês e meio, técnicos da Finep trabalharão, junto com essas empresas, os seus planos de negócios, propostas de valor, características de mercado, entre outras estratégias. “Ao final desse período, a gente reúne investidores da nossa rede de contatos e essas empresas então se apresentam, depois de terem trabalhado esse conteúdo com a Finep”.

Sustentabilidade

Em relação à Rio+20, o analista revelou que a Finep percebeu que muitos dos projetos inovadores estão relacionados à questão da sustentabilidade, como o uso de recursos naturais.

“A gente quer juntar, nesse evento, empresas com características de inovação, sustentabilidade e crescimento. Elas têm que ter ênfase em desenvolvimento de tecnologias verdes, ou ter esse destaque nos componentes da sustentabilidade, que são, além do econômico, o social e o ambiental”. Lopes Acrescentou que a meta da Finep é mostrar que sustentabilidade “pode dar dinheiro”.

No dia 15 de junho, os projetos vencedores serão apresentados aos potenciais investidores.

“A gente quer passar a mensagem de que inovação e sustentabilidade são atividades que têm grande potencial de retorno, de lucro”, reiterou. Desde 2001, a Finep ofereceu orientação estratégica a mais de 340 empresas inovadoras, das quais 20% receberam investimentos.

Fonte: http://www.band.com.br/

segunda-feira, 26 de março de 2012

Investimentos em inovação devem aumentar 50% em 2012 ante 2011

Anuncia presidente do BNDES na CNI em São Paulo.

São Paulo – O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, anunciou nesta sexta-feira, 23 de março(sexta-feira), que os desembolsos para projetos de inovação na indústria devem aumentar em 50% neste ano na comparação com 2011, quando foram investidos R$ 3 bilhões. Coutinho participou da reunião da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), promovida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em São Paulo, com presidentes de empresas como Vale, Braskem, Ford, Natura e Odebrecht, entre outras.

De acordo com Coutinho, a expectativa é que o BNDES destine em torno de R$ 4,5 bilhões só para inovação. “Boa parte desses recursos deverão ser investidos em micros e pequenas empresas, que estão começando a investir mais nessa área.”

O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, acrescentou que, além dos investimentos diretos em inovação nas empresas, o BNDES já aprovou um financiamento de R$ 1,5 bilhão ao Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). Esses recursos, somados a mais R$ 400 mil do próprio SENAI, serão investidos em 32 centros de pesquisas.

“Em dois anos vamos construir esses centros em diversos estados, aproveitando as potencialidades regionais, entre os quais o de produtos de madeira, no Acre, e o de biotecnologia, na Amazônia”, informou Andrade.

Incentivos – O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, que também participou da reunião da MEI, adiantou que o governo vai incentivar o investimento privado em inovação na expectativa de que, até 2015, os dispêndios entre os setores público e privado sejam iguais. Hoje, o governo destina à inovação o equivalente a 0,61% do Produto Interno Bruto (PIB) ante 0,55% investidos pelas empresas.

“A nossa política visa estimular os empresários para serem protagonistas no sistema de ciência e tecnologia", disse o ministro, acrescentando que o governo está formatando incentivos, isenções e desoneração da folha de pagamento. Isso, segundo ele, dará aos empresários condições de aumentar a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação nas indústrias.

Fonte: http://www.revistafator.com.br

segunda-feira, 19 de março de 2012

Social commerce já traz resultados no mercado brasileiro

A união do Facebook com o comércio virtual, ambos com grandes perspectivas de crescimento no Brasil, criou uma nova modalidade de comércio. O social commerce leva para as plataformas sociais todas as experiências relacionadas à compra de produtos e serviços – e impulsiona negócios de empresas e desenvolvedoras específicas para este nicho de mercado. O assunto foi tema de um painel no Web Expo Forum, que teve início nesta segunda-feira, 12, em São Paulo.

"Não podemos dizer que cerca de 40 milhões de usuários de internet sejam jovens de classes altas. Isso prova a tendência geral do social commerce no Brasil", defende Gabriel Borges, diretor da LikeStore, desenvolvedora de lojas virtuais para o Facebook. Fundada no início do ano passado, abriu as operações em agosto e tem como meta realizar 150 mil vendas, com tíquete médio de R$ 120 em seu primeiro ano de atuação.

A plataforma já acumula 3,8 mil lojas de diversos segmentos, de pequenos empreendedores com produtos próprios ou revendas até companhias de médio e grande porte. A LikeStore arrecada 2% do valor bruto das transações, enquanto a MoIP, operadora financeira, capta 5,9% do preço de cada produto. Para Borges, as mídias sociais não criaram nenhum conceito novo. “O comportamento humano de compartilhar e pedir opiniões ao realizar uma aquisição já era comprovado por pesquisas. Agora, apenas migrou para a internet”, acredita.

Integração virtual-real

A Billabong, por sua vez, apostou no caminho inverso. A partir da análise de dados coletados de suas vendas virtuais, a companhia criou uma loja modelo em Alphaville, região metropolitana de São Paulo, para integrar experiências de social commerce no mundo real. Por meio das tecnologias RFID (identificação por radiofrequência) e NUI (sigla em inglês para interface natural do usuário), a marca permite aos clientes combinar peças de roupas, receber sugestões personalizadas, testar combinações em simuladores virtuais e compartilhar as experiências no Facebook.

Enquanto isso, cada comportamento de compra é monitorado por etiquetas presentes em cada produto. “Conseguimos aumentar em 32% as vendas ao mapear os movimentos dos nossos clientes e aplicar suas preferências em outras lojas, foi um conhecimento adquirido”, conta Leonardo Santos, diretor geral de TI da Billabong.

“Acreditamos na união cada vez maior entre o mundo real e virtual, das experiências sociais até as comerciais”, afirma Santos. A marca inaugura neste ano mais duas lojas inteligentes no país, no bairro do Morumbi e na rua Oscar Freire, em São Paulo. Também têm inauguração prevista no período duas filiais internacionais com os mesmos recursos, em Nova York, nos Estados Unidos, e Sidney, na Austrália.


Fonte: http://www.tiinside.com.br

quinta-feira, 15 de março de 2012

Serviços de virtualização têm expansão de 80% nos últimos três anos no Brasil

Os serviços de virtualização cresceram 80% no Brasil nos últimos três anos, de acordo com pesquisa da Associação Brasileira de E-business. O levantamento, para o qual foram entrevistados 500 executivos de TI, mostra que mais da metade deles (59%) recorre a serviços de virtualização em suas várias modalidades. Para a entidade, isso representa que ainda há muito espaço para o crescimento desses serviços no país.

O estudo constatou que grande parte das empresas (44%) recorre à virtualização como forma de reduzir custos com consumo de energia elétrica, espaço de armazenamento e compra de equipamentos. Apesar disso, muitos CIOs apontam o elevado preço dos serviços virtualização a principal barreira para adoção – os altos custos para implantação foram apontados como o principal empecilho para 67% dos executivos. Isso faz com que o percentual daqueles que não veem necessidade de implantar a tecnologia seja significativo, 22%.

De acordo com a pesquisa, a preferência das companhias é por serviços de virtualização de para fins de armazenamento, os quais já são adotados por 65% das empresas. Em seguida, vem a virtualização de aplicações, opção de 6% das companhias, sucedida por desktops (3%) e servidores (2%), que devem liderar o segmento nos próximos anos. Apenas 9% dos executivos entrevistados afirmaram que têm a intenção de adotar a virtualização de todas essas áreas.


Fonte: http://www.tiinside.com.br

quarta-feira, 14 de março de 2012

Inteligência artificial é alternativa à websemântica para medir resultado em redes sociais

O monitoramento de redes sociais não é nenhuma novidade e já vem sendo empregado pelas empresas há algum tempo. Recentemente, no entanto, as companhias começaram a encontrar métodos mais eficazes de medir o resultado de ações de marketing, percepção da marca, etc., nessas plataformas. Um deles é o uso da inteligência artificial (IA), que promete maior precisão e eficiência em um universo complicado devido à extensa quantidade de mensagens e ao difícil processo de automação.

"Estivemos por muito tempo reativos a cada movimento nas redes sociais pela novidade da tecnologia e da ferramenta. Arrisco a dizer que estamos começando a prever ações e planejar campanhas", diz Braulio Medina, gerente geral da agência de marketing digital uberUV. Durante o Web Expo Forum, realizado nesta segunda-feira, 12, em São Paulo, ele defendeu o uso de ferramentas de inteligência artificial para organizar e medir os dados coletados em sites como Facebook, Twitter, entre outros.

Sistemas de IA baseiam-se no “treinamento” de um sistema de TI. Após um período de aprendizado, comandado por humanos, o sistema passa a realizar sozinho as tarefas prestabelecidas pelo programador.

Para Medina, o grande problema na contratação de equipes de analistas de redes sociais é o alto custo, somado ao difícil controle de enxurradas de menções relativas a grandes marcas. Para explicar essa situação, ele dá o exemplo da Apple, com normalmente 500 milhões de publicações diárias a seu respeito. O método de análise mais utilizado, amostragem e semântica, isola de 10% a 15% do total destas mensagens e classifica-as como positiva ou negativa – o que já representa um volume considerável de trabalho para equipes de médio a grande porte.

Algoritmos de inteligência artificial, por sua vez, são capazes de agrupar o total de mensagens em redes sociais em clusters, ou seja, conjuntos semelhantes e até mesmo idênticos para, a partir daí, iniciar a análise entre eles e categorizá-los em sentimentos além do positivo e negativo. “Percebemos que há muita redundância na rede. Existem muitas mensagens do Twiter, por exemplo, que dizem exatamente a mesma coisa com as mesmas palavras e, ao agrupá-las, reduzimos o volume de textos para análise”, explicou o executivo. De acordo com Medina, este sistema promete cobertura de até 35% das publicações, com o diferencial de identificar pessoas influentes nas redes sociais cuja expressão tem um maior alcance frente ao consumidor comum. É possível também categorizar as mensagens em oito sentimentos, além da conotação positiva e negativa.

Segundo Medina, a complexidade da língua portuguesa desfavorece sistemas semânticos, incapazes de identificar ironias ou figuras de linguagem nas mensagens transmitidas. Em contrapartida, a inteligência artificial reduz a margem de erro pela atuação em duas frentes, análise mecânica e revisão humana. “É possível ensinar a ferramenta a interpretar como dúvida uma mensagem que une ‘eu amo’ ao nome de uma operadora”, exemplifica. Além disso, ao reduzir a quantidade de mensagens analisadas, a revisão do analista dos dados coletados é menos trabalhosa.

Ele pondera, entretanto, que a aplicação de Inteligência artificial ainda é cara. Por isso, apenas grandes empresas contratam esses serviços. Dentre algumas delas que utilizam a IA em etapas de monitoramento online estão a Nestlé, Pay Pal e Microsoft.


Fonte: http://www.tiinside.com.br

Mesmo com receitas em baixa, setor de consumo quer investir em mercados emergentes, mobile commerce e inovar produtos, indica KPMG.

Brasil é apontado como terceira mercado com melhores oportunidades para o crescimento, atrás de EUA e Canadá, em primeiro, e China, em segundo. Quase metade das empresas indica EUA e Canadá como os mercados mais promissores para crescimento no médio prazo.Novas estratégias de produto têm maior potencial de crescimento em mercados emergentes.Práticas sustentáveis evoluem, uma vez que mais da metade dos executivos financeiros (CFOs) enxergam um impacto positivo nos custos operacionais.CFOs veem a tecnologia móvel como o elemento mais promissor para impulsionar as vendas.

Aproximadamente quatro entre cada dez executivos financeiros (CFOs) das principais empresas globais de consumo esperam que suas receitas sejam menores em 2012, na comparação com o resultado de 2011. Apesar desse cenário, ainda planejam investir em novos mercados, inovação de produtos e mobile commerce (com o uso de dispositivos móveis, como smartphones, pelos consumidores) para ampliar a participação de mercado, de acordo com pesquisa global realizada pela KPMG International.

A pesquisa intitulada 2012 Consumer CFO Survey: Turning Global Risk into Opportunity (Pesquisa com CFOs de empresas de consumo: Tranformando o risco global em oportunidade) foi realizada em dezembro de 2011 e foi elaborada a partir de entrevistas com 350 executivos financeiros seniores de algumas das principais empresas de varejo, alimentos, bebidas e bens de consumo do mundo. O estudo inclui, também, os resultados obtidos em uma série de entrevistas qualitativas feitas com CFOs da Tiffany & Co., Dollar General, Fonterra, Metcash, Coop Lombardia e Aurora Fashions.

O Brasil aparece com destaque no estudo. Dos 350 participantes da pesquisa, 28 executivos entrevistados eram brasileiros. Questionados sobre quais regiões consideram as que oferecerão mais oportunidades de crescimento nos próximos dois anos, o mercado brasileiro surge em terceiro lugar na lista de 18 mercados, com 19,1% das citações, atrás do bloco formado por Estados Unidos e Canadá, em primeiro, com 43,6% das referências, e China, em segundo lugar, com 23,6% das indicações, além de seguir à frente do bloco formado por Reino Unido e Leste Europeu (15,9%), em quarto, e Índia (14,6%), em quinto.

“O mercado de consumo brasileiro deu um salto nos últimos anos, especialmente pelo aumento significativo no número de consumidores, pelo crescimento da renda e pela inclusão social. Os executivos de todo o mundo estão atentos a este movimento, e o Brasil surge como um dos expoentes internacionais em razão das oportunidades de crescimento”, afirma Carlos Pires, sócio-líder da área de Mercados de Consumo da KPMG no Brasil.

É interessante perceber, no entanto, que mesmo com uma projeção de crescimento lento nos EUA e Canadá, esse bloco recebeu consistentes 43,6% de respostas entre aqueles que acreditam que esses dois mercados fornecerão as melhores oportunidades de crescimento nos próximos dois anos.

“Surpreendentemente, mesmo com a grande maioria dos novos consumidores vindo da Ásia e Índia, e a baixa confiança dos consumidores nos mercados desenvolvidos, a maioria dos entrevistados globalmente enxerga a América do Norte como uma excelente oportunidade de crescimento, pelo menos no curto prazo”, diz Willy Kruh, sócio-líder global de Mercados de Consumo da KPMG.

Por outro lado, mais de dois terços dos respondentes afirmam que estão aumentando seus orçamentos em relação ao ano passado com o objetivo de se preparar para a expansão para novos mercados - com mais de 80% afirmando que a venda para os novos consumidores da classe média em mercados emergentes de alto crescimento vai impulsionar o sucesso de suas empresas no longo prazo.

Ameaças -Entretanto, mesmo com o otimismo moderado para o crescimento e expansão, as maiores ameaças, de acordo com os executivos ouvidos, continuam sendo as incertezas econômicas, para 44% deles, seguida pela instabilidade política (27%) e crises da dívida soberana (21%). “As incertezas econômicas, especialmente na Europa, estão fazendo com que as empresas brasileiras reavaliam as estratégicas de crescimento, seja em outros mercados emergentes, ou no próprio mercado doméstico,” afirma Nik Adams, sócio-líder do segmento de Produtos de Consumo da KPMG no Brasil.

A inovação de produtos lidera as estratégias de crescimento que as empresas estão adotando este ano, com mais de 40% dos respondentes na América do Norte e Latina, Ásia-Pacífico e Oriente Médio/África dizendo que vão adaptar os produtos desenvolvidos para seus mercados locais para atender as necessidades de outras regiões. As empresas européias, no entanto, estavam mais propensas a vender seus produtos inalterados em outros mercados, adaptando somente os rótulos, embalagens e/ou instruções.

“O objetivo geral entre os pesquisados é claramente obter o crescimento”, afirma Willy Kruh. “As estratégias que as empresas vão buscar dependem da maturidade de cada determinado mercado. Estamos vendo que a inovação de produtos apresenta o maior potencial como estratégia de crescimento nos mercados emergentes. Porém, o aspecto mais importante, como muitos dos nossos entrevistados destacaram, é que é sempre crítico determinar o grau de alinhamento da oportunidade com as competências centrais de uma empresa, e se há disposição de aguardar pelo retorno sobre o investimento", acrescenta.

A sustentabilidade continua ganhando cada vez mais atenção na pauta corporativa. Cerca de três quartos dos entrevistados citam a sustentabilidade como uma ferramenta para o posicionamento competitivo, inovação e reputação da marca. Além disso, mais da metade deles afirma que a sustentabilidade teve um impacto positivo nos seus custos operacionais e, cada vez mais, nas vendas e no valor de mercado.

Novas plataformas Este ano, mais de um terço dos pesquisados utilizará as tecnologias móveis para maximizar as vendas, superando tanto a Internet como o e-commerce. O gerenciamento de relacionamentos com clientes (CRM) ocupou a segunda posição entre as alternativas com maior probabilidade de afetar as vendas positivamente.

Em suas estratégias globais, mais de 82% dos brasileiros consideram que o uso das tecnologias digitais será fundamental para que suas empresas atinjam seus clientes, contra 72% da média global do estudo. “É interessante perceber que as empresas estão atentas à afinidade demonstrada pelos consumidores brasileiros em relação ao uso das tecnologias para adquirir produtos e serviços. Assim, as estratégias convergem para reforçar as iniciativas corporativas voltadas a atender essa nova realidade”, explica Carlos Pires.

“O cenário de crescimento para as empresas de consumo é bem divergente de caso a caso, e esse ano está se tornando um momento decisivo para elas”, indica Willy Kruh. “Aqueles que conseguirem equilibrar com sucesso o investimento em mercados desenvolvidos e emergentes, estiverem atentos e responderem rapidamente à contínua sensibilidade de preços entre consumidores, além de compreenderem a importância constante da qualidade e valor percebido do produto aliada à localização do serviço, deverão ver seus esforços recompensados”, conclui o executivo.

A pesquisa -A 2012 Consumer CFO Survey: Turning Global Risk into Opportunity tem como base os resultados de uma pesquisa realizada em dezembro de 2011 com 350 empresas mundialmente. A pesquisa concentrou-se em executivos financeiros sênior de empresas de varejo, alimentos, bebidas e bens de consumo. Mais de 40% dos pesquisados eram líderes da área financeira (CFOs). Quase todas as empresas na pesquisa possuem receitas globais superiores a US$ 500 milhões por ano e cerca de dois terços dos ouvidos representam companhias com receitas superiores a US$1 bilhão ao ano. Os participantes do estudo estavam lotados de maneira equilibrada nas principais regiões do mundo, incluindo América do Norte, América Latina, Ásia-Pacífico, Europa, Oriente Médio e África.

Perfil-A KPMG é uma rede global de firmas independentes que prestam serviços profissionais de Audit, Tax e Advisory presente em 152 países, com 145.000 profissionais atuando em firmas-membro em todo o mundo. As firmas-membro da rede KPMG são independentes entre si e afiliadas à KPMG International Cooperative ("KPMG International"), uma entidade suíça. Cada firma-membro é uma entidade legal independente e separada e descreve-se como tal.

No Brasil, a empresa tem aproximadamente 4 mil profissionais distribuídos em 21 cidades de 12 Estados e Distrito Federal.

Fonte: http://www.revistafator.com.br

Inovação é mais importante para TI do que corte de custos.

Gerentes de TI e CIOs precisam se concentrar menos na redução de custos quando da renovação de contratos e muito mais sobre a inovação. Você concorda?

Gerentes de TI e CIOs precisam se concentrar menos na redução de custos quando da renovação de contratos e muito mais sobre a inovação, opina a analista da Ovum, Evan Kirchheimer, em debate promovido recentemente pera operadora BT, do reino Unido. Dois líderes de TI contestam. Segundo eles, embora a inovação seja importante, a redução de custos ainda é uma prioridade nestes tempos austeros. E você, o que diz?

"O que acho mais frustrante como analista especializado em empresas de TI, é como os CIOs implacavelmente se concentram na redução de custos em cada ciclo de renovação de contrato. Isso sufoca a inovação", diz Kirchheimer. "As pessoas precisam colocar de lado os custos e pensar um pouco mais sobre a forma como a rede pode permitir-lhes fazer negócios de uma maneira nova", acrescentou.

"Não sei quando isso vai mudar, mas gostaria de plantar uma semente na cabeça de todo CIO e de todo diretor financeiro pedindo-lhes para parar de bater nos fornecedores. Vocês precisam mantê-los interessados. Esse deve ser o seu principal objetivo, se você é um CIO".

Kurt Frary, gerente de TIC da arquitetura em Norfolk County Council, discordava Kirchheimer e argumenta que no setor público é impossível evitar priorizar a redução de custos.

"Seria errado dizer que esta é uma opção. A qualquer momento olhamos para qualquer um dos nossos grandes contratos com o objetivo de obter reduções de custo significativas na hora da renovação ", disse Frary. Ele reconhece, no entanto, que, por vezes, investimentos em inovação podem reduzir os custos em toda a empresa. E acredita que o impulso recente do setor público em adotar serviços de nuvem pública é um exemplo disso.

"Embora tenhamos de guardar dinheiro ano após ano, às vezes você precisa gastar dinheiro em TI para cortar custos em algum outro lugar no negócio", disse Frary.

"Por exemplo, a tendência é adotar mais e mais serviços de nuvem pública, e para isso teremos que montar uma rede muito diferente. Podemos precisar de mais largura de banda e melhor desempenho na web", acrescentou. "Portanto, teremos que investir mais em infraestrutura, para reduzir os custos em outros lugares, movendo mais serviços para a nuvem". O Norfolk County Council revelou recentemente que está envolvido em uma das maiores implantações de Google Apps em termos de números de usuários (148 mil).

Mike Mann, diretor de estratégia de tecnologia e planejamento da Standard Life, concorda com Frary que os custos são uma prioridade, mas argumenta que há espaço para introduzir a inovação também.

"Você pode fazer as duas coisas. Pode entregar as facilidades que você precisa para redes inteligentes, mas também pode ter redução de custos significativas ao mesmo tempo. Não acho que as opções sejam mutuamente exclusivas", diz Mann.

A Standard Life revelou detalhes de um acordo de outsourcing de 30 milhões de Euros com a BT, que fará a gestão da infraestrutura de comunicação da empresa nos próximos cinco anos. Segundo Mann, o acordo assegurou para a Standard Life uma "reduçãosignificativa" dos custos. "Não me interpretem mal, há uma pressão para reduzir preços, mas acho que você pode fazer isso e ainda obter serviços inovadores", disse ele.

O acordo com a BT abrange a entrega de uma LAN e de uma WAN, bem como telefonia IP, contact centers, gestão de contratos, gestão de serviços e da transição da infraestrutura para a rede IP da BT Connect.


Fonte: http://cio.uol.com.br - Por Derek du Preez, Computerworld/UK

segunda-feira, 12 de março de 2012

Empresas de capital de risco do Vale do Silício criam subsidiária brasileira.

A Redpoint e a eVentures, empresas de capital de risco do Vale do Silício, na Califórnia, firmaram parceria para criar uma empresa brasileira para atuar no mesmo ramo. A Redpoint eVentures terá sede em São Paulo e o foco de investimentos será em projetos empreendedores de tecnologia locais. Juntas, as duas companhias gerenciam US$ 3 bilhões aplicados em startups estrangeiras, entre elas o site de compras coletivas Groupon e o serviço de vídeo sob demanda Netflix.

As principais áreas com possibilidade de receber investimentos são consumo, comércio eletrônico, serviços móveis, mídia e computação em nuvem, de acordo com as empresas. Segundo os investidores, a Redpoint eVentures já atua no Brasil indiretamente há três anos com aporte em três sites, Viajanet, Grupo Xango e Shoes4you. A presença física veio em razão da necessidade de adquirir conhecimento local. "Para sermos realmente eficientes na busca de oportunidades e no apoio a empresários, precisamos estar estabelecidos no local e não voando para lá e para cá a cada quinze dias - foco e acesso são fundamentais para o sucesso", afirmou o cofundador da Redpoint, Jeff Brody.

Fonte: http://www.tiinside.com.br

quinta-feira, 8 de março de 2012

76% das maiores empresas devem investir em inovação

Quase a totalidade das grandes empresas brasileiras pretende investir em inovação neste ano. O dado é de estudo exclusivo realizado pela consultoria francesa Global Approach Consulting (GAC) com as 30 maiores companhias do Brasil (ver relação abaixo). Aproximadamente, 76,4% das organizações vão utilizar recursos próprios ou de fundos setoriais para pesquisa e desenvolvimento de produtos e processos.

O levantamento também revela que 52% das empresas utilizam a Lei do Bem para processos de inovação. A Lei do Bem, de 2005, permite que empresas obtenham incentivos fiscais automáticos quando realizam pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação. Um projeto enquadrado pode ficar de 20% a 28% mais econômico, ou seja, a diferença entre a viabilidade ou a inviabilidade do empreendimento ou do produto. “Um número significativo de companhias brasileiras está apta a utilizar esse recurso no País, mas não o fazem principalmente por desconhecimento”, explica André Palma, diretor da GAC Brasil.

Cerca de 64,7% das gigantes fazem uso de recursos de fundos setoriais para financiar produtos inovadores ou processos de inovação. Dessas empresas, 29,4% possuem uma área própria dentro da companhia que se encarrega de obter recursos. Já 70,6% afirmaram que além de uma equipe própria, há consultores para atingir a meta.

Fonte: www.icnews.com.br

terça-feira, 6 de março de 2012

Oito das dez companhias mais inovadoras do Brasil estão no Estado de São Paulo

Levantamento da Investe São Paulo aponta que, das dez companhias mais inovadoras do País, oito estão no Estado de São Paulo

O ambiente de negócios no Estado de São Paulo é propício para o desenvolvimento de empresas inovadoras aponta levantamento realizado pela Investe São Paulo, com base no ranking da revista norte-americana Fast Company. Das dez companhias mais inovadoras do País, oito estão no Estado.

A empresa mais inovadora do Brasil está sediada no município de Piracicaba. A Bug Agentes Biológicos, especializada em produzir insetos para combater pragas em lavouras de cana-de-açúcar, milho, tomate e outras culturas, foi criada , a partir da iniciativa de dois engenheiros agrônomos, Danilo Scacalossi Pedrazzoli e Diogo Rodrigues Carvalho, na época, mestrandos na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP).

Entre 2005 e 2009, os sócios receberam R$ 1,2 milhão para o desenvolvimento de projetos dentro do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). “O Pipe é uma ferramenta de apoio do Governo do Estado para o financiamento do desenvolvimento de pesquisas em pequenas empresas. O objetivo é promover a inovação tecnológica, aumentar a competitividade dessas empresas e contribuir para a colocação de pesquisadores no mercado de trabalho”, explica o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Paulo Alexandre Barbosa.

Os recursos liberados pelo Pipe foram fundamentais para a Bug se firmar. Desde então, a empresa se transformou em uma das maiores produtoras brasileiras de insetos para controle biológico de pragas. “O caso de sucesso da Bug é um exemplo de que as empresas inovadoras encontram um ambiente fértil para se desenvolver no Estado de São Paulo”, afirma o diretor de Investimentos e Negócios da Investe SP, Hans Schaeffer.

Ele acredita que, além de linhas de financiamento específicas para a criação de novos negócios e produtos, outro fator determinante para que o Estado seja um grande polo de tecnologia e inovação é o fato das grandes universidades do País se localizarem no Estado. Schaeffer relata que a Investe SP tem recebido visitas de diversos investidores estrangeiros e brasileiros interessados em instalar centros de pesquisa no Estado.

Em 15 de fevereiro, foi inaugurado o Centro Alemão de Inovação e Ciência em São Paulo. O objetivo da instituição é catalisar a troca entre os dois países, envolvendo não só instituições de pesquisa, mas também pequenas e médias empresas.

Em janeiro deste ano, foi a vez da Microsoft inaugurar, também na capital paulista, o maior centro de tecnologia da América Latina. Com um investimento de US$ 10 milhões, a instituição estimulará a criação de empresas digitais no mercado de tecnologia brasileiro.

Mais empresas paulistas no ranking

A Boo-box, maior empresa de tecnologia para publicidade na internet da América Latina, com sede em São Paulo, ocupa a segunda colocação no ranking das empresas mais inovadoras do Brasil. Inserir publicidade em mídias sociais, fazendo a ponte entre o anunciante e os donos de comunidades, blogs e perfis em redes sociais é o principal serviço oferecido pela empresa, criada em 2007.

Em terceiro lugar, aparece a Stefanini IT Solution, empresa prestadora de serviços na área de tecnologia da informação, criada em 1987 em São Paulo. Hoje, a empresa está entre as mais internacionalizadas do País, presente em 28 países.

Na quinta colocação está a Embraer de São José dos Campos, quarta maior fabricante de aviões do mundo. A empresa criada em 1969 é exemplo de um dos polos de tecnologia do interior de São Paulo.

Tal como o polo de tecnologia de São José dos Campos (SP), que se desenvolveu ao redor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), destacam-se, no Estado, os polos de São Carlos e Campinas. Para estimular o desenvolvimento de mais polos, atrair investimentos e propiciar o surgimento de empresas intensivas em conhecimento ou de base tecnológica, o Governo do Estado de São Paulo criou, em 2003, o Sistema Paulista de Parques Tecnológicos (SPTec).

Hoje, em todo o Estado, existem 30 iniciativas para implantação de Parques Tecnológicos. Desse total, 11 estão em discussão e 19 já foram credenciados no SPTec. De 2003 a 2010, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (SDECT) repassou mais de R$ 53 milhões na realização de obras e estudos para a implantação desses parques. Em 2011, os cinco convênios firmados totalizaram mais de R$ 24,3 milhões.

Ainda entre as dez primeiras empresas mais inovadoras do Brasil no ranking da revista norte-americana Fast Company estão as paulistas: Predicta, empresa de marketing digital; F*Hits, blog coletivo de moda criado pela Alice Ferraz Comunicação; Apontador, site destinado à localização de serviços de propriedade da LBSLocal; e a Vostu, principal desenvolvedora de jogos para o Orkut, que tem escritório em São Paulo.

Ranking das dez companhias mais inovadoras do Brasil

Posição Empresa Cidade
1 Bug Agentes Biológicos Piracicaba
2 Boo-Box São Paulo
3 Grupo EBX Rio de Janeiro
4 Stefanini São Paulo
5 Embraer São José dos Campos
6 Petrobras Rio de Janeiro
7 Predicta São Paulo
8 F*Hits São Paulo
9 Apontador São Paulo
10 Vostu São Paulo
Fonte: Fast Company. Elaboração Investe São Paulo.


Fonte: http://www.investe.sp.gov.br

segunda-feira, 5 de março de 2012

Brasil é o país da tecnologia e da inovação

A Apex-Brasil apresentará oportunidades de investimentos e negócios no setor de tecnologia no Brasil durante a CeBIT 2012, considerada a maior e mais importante feira de tecnologia da informação e comunicação (TIC) do mundo, que será realizada de 6 a 10 de março na cidade de Hannover, na Alemanha. O Brasil é o país parceiro da CeBIT neste ano, e, com o apoio da Apex-Brasil, 77 empresas brasileiras participarão em seis estandes distribuídos pelos pavilhões temáticos da Feira.

O objetivo é consolidar a imagem do país como produtor de tecnologias avançadas e provedor de TIC com alcance global, gerando negócios para as empresas brasileiras, que divulgarão suas tecnologias e serviços sob a marca Brasil IT+. A iniciativa está sendo conduzida pela Associação para a Promoção da Excelência do Software Brasileiro (SOFTEX), em parceria com a Apex-Brasil.

A Apex-Brasil realizará ainda quatro seminários Invest in Brazil no pavilhão brasileiro, com a presença de investidores e formadores de opinião. Os temas abordados serão Smart Grids, Cloud Computing, Semicondutores e Inovação. Acompanhe aqui a programação: http://www.apexbrasil.com.br/emails/_investimentos/2012/ceBIT/02/index.htm

A delegação brasileira terá ainda a presença de 20 instituições e órgãos de governo, incluindo os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), das Relações Exteriores (MRE), das Comunicações (MiniCom), de Minas e Energia (MME), da Educação (MEC) e do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), além do BNDES.

Com o faturamento de US$ 171 bilhões registrados em 2010, o que representa 8% do PIB nacional, o Brasil é o 7º maior mercado interno de TIC do mundo, segundo dados do estudo encomendado pela Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) à consultoria IDC. Os investimentos realizados no setor, que vêm evoluindo em porte, abrangência e complexidade, bem como o bom momento vivido pela economia brasileira, posicionam o país como uma referência no cenário internacional.

Em entrevista à CDTV do portal Convergência Digital, Mauricio Borges, presidente da Apex-Brasil, diz que o Brasil oferece grandes oportunidades para investimentos em TICs. E que depois do trabalho de mostrar as potencialidades do Brasil feito pelo ex-presidente Lula e continuado agora pela presidenta Dilma, deixou de ser apenas a sede do Carnaval e do Futebol.

Fonte: http://convergenciadigital.uol.com.br

domingo, 4 de março de 2012

A inovação que vem do consumidor.

Pesquisa exclusiva mostra que as empresas dão um peso crescente à voz dos clientes na hora de investir em novos produtos.

O industrial americano Henry Ford, que popularizou o automóvel e criou a linha de montagem, não costumava ser nada polido ao discorrer sobre o que achava dos consumidores de seus produtos. “Se eu tivesse escutado o que eles queriam, teria inventado uma charrete a vapor e não o Ford T” era uma de suas respostas favoritas. “O consumidor pode escolher o Ford da cor que ele quiser, desde que seja preta” era outra de suas sentenças definitivas. Um século depois, o igualmente genial Steve Jobs conquistou fama ao lançar no mercado inovações para atender às necessidades que seus consumidores nem sequer remotamente suspeitavam que tinham. Durante muito tempo, o estilo criado por Ford e Jobs predominou dentro das empresas. Mas os tempos estão mudando.

Embora uma certa dose de distanciamento e autonomia seja saudável, as empresas estão valorizando cada vez mais as necessidades de seus consumidores na hora de decidir quais produtos terão prioridade em seus departamentos de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D), como mostra a pesquisa feita pela consultoria francesa Produto do Ano e divulgada com exclusividade pela DINHEIRO. Em outras palavras, ouvir a voz do cliente, mais do que nunca, está se tornando um dos ingredientes para o sucesso de um novo lançamento. Um exemplo dessa tendência vem da Nestlé. Depois de muitos anos de pesquisa, a multinacional suíça constatou que um quarto da população mundial tem intolerância à lactose, ou seja, não pode consumir leite.

Mais: desse total, 11% são crianças entre 7 e 14 anos. “Vimos aí um nicho de mercado, com a possibilidade de associar essa carência a uma marca de leite em pó tradicional como a Ninho, que tem mais de 40 anos de existência”, diz a gerente de marketing Carolina Sevciuc. Da constatação resultou, após um ano de trabalho, no desenvolvimento do leite em pó Ninho Baixa Lactose, com 90% a menos do glicídio em sua composição. “Isso evita que as crianças com intolerância à lactose deixem de consumir nutrientes presentes no leite, como o cálcio”, diz Carolina. Segundo ela, o produto vem batendo as metas de venda e já domina um mercado que cresce 10% ao ano. Ou seja, perceber que existe um nicho de consumidores não atendidos pode ser muito lucrativo.

Que o diga a americana P&G. A empresa investe US$ 2 bilhões em P&D e realiza pesquisas com 15 milhões de consumidores a cada ano. Um desses levantamentos apontou que uma das principais frustrações de suas consumidoras era a sujeira provocada por furos nas toalhinhas umedecidas de sua marca Pampers, utilizada na higiene de bebês. As reclamações geraram um ano de pesquisa até chegar a uma nova versão das toalhinhas, produzida com fibras superflexíveis mais resistentes, mais difíceis de rasgar e menos agressivas à pele do bebê. “Junto com o relançamento das toalhinhas Pampers, promovemos uma redução de 12% no preço”, diz Rodrigo Padila, gerente de produto da P&G. “Com isso, as vendas dobraram.” A inovação também pode servir para reposicionar uma marca, como a própria P&G fez com o lançamento do Duracell Instant USB Charger, uma espécie de bateria portátil dotada de entrada USB, que pode suprir tanto celulares quanto tablets e notebooks.

“O produto representa uma transformação. Vamos desvincular a imagem da Duracell das pilhas e reforçar a de energia portátil”, afirma o diretor de marketing Thiago Icassati. “Através da conexão com os consumidores percebemos a existência de uma demanda nesse segmento.” Demanda, diga-se, que não é baixa, formada principalmente pelos 200 milhões de celulares existentes no País, volume que promete continuar se expandindo com o crescimento da nova classe média emergente. De acordo com Icassati, o próximo passo será reforçar a presença no mercado varejista através da parceria com uma fabricante de telefones celulares, para dar visibilidade ao carregador. A ampliação do mercado interno teve um impacto na decisão da mineira Cera Ingleza em investir na pesquisa e desenvolvimento da cera Fórmula Max Nanotech, seu carro-chefe na linha de limpeza automotiva.

Afinal, o Brasil ocupa a quarta posição mundial em vendas de veículos e deve se tornar o terceiro mercado até o fim da década, ultrapassando o Japão. “Percebemos um potencial gigantesco com o aumento do acesso da classe C ao carro”, diz Roberto Soares, gerente de marketing da Ingleza. Assim, a empresa começou a desenvolver em conjunto com a Dow Química o novo produto, tomando como base a nanotecnologia. Os testes levaram três anos e envolveram desde o laboratório da companhia até os lava-rápidos da região metropolitana de Belo Horizonte. O resultado valeu a pena: a nanotecnologia promove a formação de uma camada resistente sobre a pintura do carro, evitando a aderência de sujeiras e manchas, além de protegê-la do sol, da chuva e maresia e de pequenos arranhões.

“A inovação é nossa chance de nos diferenciarmos em um mercado extremamente disputado”, diz Soares. Em média, a Ingleza cria 27 novos produtos por ano. A importância do papel do cliente na produção de inovação é destacada por Antonio Peres, CEO da consultoria Produto do Ano, que organiza a pesquisa. “O consumidor do Brasil é o mais aberto do mundo a experimentar novos produtos, dentro do universo de 30 países em que atuamos”, afirma Peres. No levantamento, 91% dos entrevistados disseram gostar de testar novidades, e 85% mostraram-se dispostos a pagar um pouco mais por um bem que os satisfaça. “Em média, o brasileiro paga até 10% mais caro por algo que ele identifique como inovador”, diz Valter Pieracciani, fundador da consultoria de gestão da inovação Pieracciani.

Os números mostram que, mais do que à tecnologia ou ao pouco tempo de mercado, o brasileiro associa inovação à qualidade ou a uma boa relação custo-benefício. Em relação à pesquisa de 2011, também cresceu a importância de itens como o benefício à saúde. Ao se analisar o estudo, chama atenção o predomínio das marcas importadas. Das dez primeiras colocadas na lista de preferência do público, há cinco da Colgate, quatro da P&G e uma da Nestlé (a Colgate foi procurada pela reportagem da DINHEIRO, mas preferiu não conceder entrevista sobre os seus produtos). Entre as oito principais categorias, essas três companhias venceram em sete. A andorinha brasileira foi justamente a Cera Ingleza, primeira no pódio do grupo Higiene no Lar.

Como é feita a pesquisa do produto do ano

Nascido na França há quase três décadas, o selo Produto do Ano chegou ao Brasil quatro anos atrás. A eleição é promovida pela consultoria de mesmo nome, que recebe o pagamento das empresas interessadas em participar. Elas podem inscrever quantos produtos quiserem em 65 categorias, agrupadas em oito grandes grupos que incluem produtos de beleza, higiene e limpeza da casa, vários tipos de alimentos, higiene para bebês e eletroeletrônicos. A escolha dos vencedores – que poderão exibir o selo – é feita pelos consumidores brasileiros. A empresa de pesquisa americana TNS, ligada ao grupo WPP, foi contratada e ouviu 5.004 pessoas, entre 18 e 64 anos, em sete Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia e Pernambuco. O estudo foi realizado através de questionários online entre dezembro de 2011 e janeiro deste ano.

Esse predomínio esmagador das marcas de fora não se dá por acaso, de acordo com Pieracciani. No Exterior, observa ele, uma empresa muito inovadora investe até 8% do seu faturamento em P&D. No Brasil, são poucas as que chegam a 2%. “É uma cultura que ainda temos de desenvolver, após décadas de reserva de mercado.” Segundo analistas, um dos problemas é que foi apenas em 2006 que o Brasil se tornou atrativo nessa área, com a aprovação de incentivos tributários para práticas inovadoras. E mesmo essa legislação – como a Lei do Bem, por exemplo – é combatida pelos órgãos de arrecadação. “Para o País isso é muito ruim. Nossos números mostram que a inovação gera quase 20 vezes mais retorno do que o incentivo tributário investido”, diz o fundador da Pieracciani. Além disso, também há diferenças na própria forma como os produtos se apresentam por aqui.

“No Brasil, a maioria das inovações está concentrada em higiene e beleza, quando em outros países está focada em produtos alimentares”, diz Peres. Pieracciani destaca ainda as grandes construtoras nacionais, como a Odebrecht e a Andrade Gutierrez. “Elas têm liderado o caminho da inovação no Brasil. Usam muita tecnologia e criatividade tanto nos materiais quanto nas técnicas de engenharia.” Outro fator apontado pelos especialistas para o baixo índice de inovação nas companhias brasileiras é o relativo pouco tempo do período democrático no País, comparado aos EUA e aos países ocidentais da Europa. “A inovação é uma cultura que necessita de livre pensamento. E isso implica uma liberdade política”, diz Peres. “Não é à toa que a China, por exemplo, inova pouquíssimo, na maior parte se limitando a cópias. Quanto mais livre for um país, mais inovador ele será.”

Fonte: http://www.istoedinheiro.com.br - Por Marcelo CABRAL

quinta-feira, 1 de março de 2012

Startup brasileira recebe US$ 2,9 milhões de fundo de investimento americano.

A Bebê Store, que controla quatro sites de comércio eletrônico voltados para gestantes, mães e o público infantil, recebeu US$ 2,9 milhões do fundo de investimento Atomico. O fundo é liderado por um dos nomes de destaque no mercado mundial de internet, Niklas Zennström, um dos fundadores do Skype.

Com o aporte, a Bebê Store ampliará as linhas de produtos do site. Hoje voltado para crianças de até 5 anos, o site passará a atender também as faixas etárias entre 5 e 12 anos. Além disso, a empresa agora começará a avaliar também a compra de outras lojas brasileiras do mercado offline e até mesmo a possibilidade de abertura de capital para consolidar seu plano de expansão.

A meta da Bebê Store é aumentar em 320% o número de pedidos online neste ano e alcançar a marca de mil encomendas diárias. No ano passado, o volume de pedidos ficou em 350, o que rendeu a empresa receita de R$ 12 milhões. A estimativa para este ano é elevar esta cifra para R$ 25 milhões e alcançar R$ 60 milhões no ano que vem.

Fonte: http://www.tiinside.com.br