sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Levy assume Fazenda e coloca inovação como fundamental para crescimento

A equipe econômica do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff foi apresentada no Palácio do Planalto, em Brasília (DF). Joaquim Levy assume o Ministério da Fazenda, enquanto Nelson Barbosa será o responsável pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). Alexandre Tombini foi mantido na presidência do Banco Central.

O “fortalecimento da economia” foi uma expressão citada pelo menos seis vezes durante os breves pronunciamentos e curta coletiva do grupo. Para tanto, o fomento à inovação para retomada da competitividade foi posto como fundamental pelo novo titular da Fazenda. Segundo Joaquim Levy, a política econômica deve ser voltada para este aspecto.

“A concorrência, o empreendedorismo e a inovação são indispensáveis para o crescimento da economia. O Ministério da Fazenda vai fazer todo o possível para alavancar essas três variáveis fundamentais”, afirmou Levy.

Por sua vez, Nelson Barbosa aposta na austeridade e no trabalho em conjunto com outros ministérios, estados e municípios para equilibrar as contas do governo. Até porque a meta de superávit primário se mostra ousada diante das recentes controvérsias no Congresso Nacional em relação à alteração do cálculo do indicador. Para 2015, o número estimado é de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Nos dois anos seguintes, sobe para 2% do PIB. Outro ponto abordado foi a questão da produtividade nacional.

“Temos que trabalhar em conjunto para fortalecer a economia. Além disso, temos que aumentar a taxa de investimentos e de produtividade da economia de um modo mais rápido”, disse Barbosa.

Fonte: http://www.anpei.org.br/ - com dados da Agência Gestão CT&I

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Empreendedorismo: saiba como escolher o investidor certo.

Com tantas opções disponíveis no Brasil é difícil eleger qual é o ideal para o seu negócio. Especialista nessa área dá dicas de como identificar o parceiro para acelerar seu empreendimento.

Atualmente, muito se fala sobre investimento anjo, fundos de investimentos, empresas de participações, club deals/investiment club, entre outros diversos tipos de investimentos.

Com tantas opções disponíveis no Brasil é difícil escolher qual é a ideal para o seu negócio. Muito vai depender do estágio que sua empresa se encontra, mas algumas informações importantes devem ser apuradas na hora de identificar quem é o parceiro investidor certo para o seu negócio.

Confira o perfil de alguns dos principais tipos de investimentos que podem ajudar a alavancar a sua empresa:

Investidor-anjo

De modo geral, esse investidor aporta seus recursos no momento da validação do negócio ou no pós-validação. O estágio de validação é quando o empreendedor ainda não testou ou desenvolveu seu produto inovador e coloca os recursos para viabilizar que seja construído seu MVP (Produto Mínimo Viável) e teste-o no mercado.

O pós-validação é quando o empreendedor já desenvolveu seu produto e está começando a vender ou está disponível para iniciar as vendas em curto prazo. Os aportes variam de R$ 100 mil a R$ 500 mil.

Fundos de Investimentos

Fundos de Seed/Early Stage investem em empresas que já contam com uma tecnologia desenvolvida ou com um modelo de negócio validado. Está validação é mensurada, na maioria das vezes, pela venda – conhecida como validação por mercado. É importante destacar que no Brasil o conceito de Early Stage engloba empresas que possuem do faturamento zero a R$ 3,6 milhões.

Nessas situações, o fundo é mais flexível e pode aportar de R$ 1 milhão a R$ 6 milhões. Esse tipo de investimento é feito em partes (tranches), que são liberadas quando o empreendedor atinge metas pré-acordadas e estabelecidas em contrato.

Empresas de Participações

Há muitas empresas com esse perfil, mas ainda são poucas as que destinam seus recursos para startups. As empresas de participações assimilam-se mais aos Fundos Seed/Early Stage, e a grande diferença é que elas investem recursos próprios, enquanto os Fundos investem recursos dos cotistas. É possível identificar que as empresas de participações no Brasil – com foco em startups – aportam de R$ 500 mil a R$ 4 milhões.

Club Deals/Investment clubs

O termo tem origem norte-americana e pode ser traduzido como uma “vaquinha entre amigos”. Geralmente quem organiza um Club Deal é um investidor “líder”. Ele aciona sua rede de relacionamento com uma oportunidade específica – geralmente contatos de 1º e 2º graus, e um investidor valida e referencia o outro.

Quando o Club Deal é organizado pelo empreendedor, alguns investidores podem ter certas dúvidas. Muitos questionam: “vou ser sócio de mais quem? Quem mais ele está chamando para este investimento?”.

Se você possui um investidor interessado no seu negócio, mas o aporte financeiro está alto para ele arcar sozinho, sugira um modelo de Club Deal. Com certeza você terá bons resultados. Como varia de caso para caso, não existe um montante de investimento específico nesse tipo de negócio. Mas, normalmente, os aportes são superiores a R$ 500 mil – caso contrário, não justifica o esforço de captação.

Para fazer a escolha certa, as informações gerais aqui apresentadas vão contribuir na caminhada do empreendedor, em busca de um investidor. Mas é importante pesquisar bastante e testar todas as alternativas, antes de tomar uma decisão. E bons negócios!

Fonte: http://computerworld.com.br/ - por BRUNO GHIZONI

domingo, 24 de agosto de 2014

BNDES aprova financiamento de R$ 41,3 milhões para empresas TI

Seis empresas de Tecnologia da Informação dos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio receberão o aporte

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou R$ 41,3 milhões em financiamentos para seis empresas de tecnologia da informação dos Estados do Ceará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo.

As operações acontecem no âmbito do Programa BNDES para o Desenvolvimento da Indústria Nacional de Software e Serviços de Tecnologia da Informação (BNDES Prosoft). Ao todo, os projetos devem gerar mais de 5 mil empregos.

O maior desses financiamentos destina R$ 15,3 milhões à implantação de dois call centers da AeC Centro de Contatos S.A. em Mossoró (RN) e Juazeiro do Norte (CE). Esses recursos se somam a outros R$ 4,8 milhões do BNDES Finame, para aquisição de equipamentos via operações indiretas, totalizando R$ 20,1 milhões do Sistema BNDES, o que representa 46,3% do valor a ser investido no projeto.

Após a conclusão, prevista para este ano, o projeto deverá gerar 2.500 empregos em Mossoró e 2.400 em Juazeiro do Norte, com possibilidade de contratação de estudantes, funcionários sem experiência e pessoas da terceira idade. A empresa estima ainda que serão criados 200 empregos temporários durante a construção de cada uma das unidades.

Outros impactos sociais previstos são a ampliação da infraestrutura de transporte, segurança e iluminação pública, alívio na demanda da saúde pública, com a grande quantidade de trabalhadores que passa a dispor de plano de saúde, dinamização do comércio local e viabilização de acesso dos empregados a cursos superiores.

Segurança da informação

Para a Arcon Informática, de Niterói (RJ), o BNDES aprovou R$ 9,3 milhões, o equivalente a 90% do valor a ser aplicado no projeto de desenvolvimento, fabricação e comercialização de um equipamento contendo hardware e software embarcado para segurança da informação, além da criação de uma base de dados para proteção contra ameaças locais.

A operação contempla investimentos em pesquisa e desenvolvimento, certificações, materiais, máquinas e equipamentos, marketing e comercialização e treinamento. A empresa estima que contratará 48 trabalhadores até o fim de 2016, aumentando seu quadro funcional de 89 para 137 empregados.

Expansão

Com R$ 7,6 milhões do BNDES Prosoft, a Magna Sistemas Consultoria, de São Paulo, fará investimentos em infraestrutura, estruturação de processos e serviços, gestão empresarial, capacitação, treinamento, marketing e comercialização. Os recursos representam 90% do valor a ser investido no projeto, que visa à expansão da empresa, gerando 262 novos empregos até o fim do ano que vem.

Educação

Para a Infnet Educação Ltda., do Rio, o BNDES aprovou financiamento de R$ 5 milhões para investimentos em infraestrutura, treinamento, pesquisa e desenvolvimento, marketing e comercialização.

Os recursos correspondem a 78,9% do valor a ser aplicado no projeto, que visa à implantação de uma nova unidade no Centro da capital fluminense, implementação de um modelo de educação à distância e criação de uma rede de centros educacionais especializados franqueados. Até a conclusão, em 2015, devem ser criados 76 novos postos de trabalho diretos.

DRS

Para a Kenta Informática Ltda., de Porto Alegre (RS), foram aprovados R$ 2,5 milhões. O valor representa 83% dos investimentos em P&D e marketing e comercialização previstos no projeto, que deverá gerar 12 novos empregos até fevereiro de 2016.

O objetivo principal é desenvolver novas funcionalidades na plataforma DRS da empresa, tais como gravação simultânea de mais de uma câmera, alta definição, videoconferência, mobilidade, reconhecimento de face e de voz e geração de texto a partir do áudio.

Software

Com apoio de R$ 1,6 milhão, a Sobit Tecnologia da Informação Ltda., de Jundiaí (SP), investirá em estudos e projetos, marketing e comercialização, equipamentos nacionais e pesquisa e desenvolvimento.

O financiamento corresponde a 87% dos investimentos no projeto, que visa construir uma biblioteca de layouts e aprimorar o software MyGeraArq. A empresa prevê contratar 13 novos funcionários.

Fonte: http://www.brasil.gov.br/ por: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Programa Nacional de Plataformas do Conhecimento

O Programa Nacional de Plataformas do Conhecimento tem como objetivo promover o desenvolvimento de setores que podem transformar o Brasil em uma potência mundial de produção e aproximar o País da fronteira do conhecimento. Uma das metas do programa é criar, em 10 anos, 20 plataformas do conhecimento em áreas como agricultura, saúde, energia, aeronáutica, tecnologia da informação e comunicação, naval e equipamentos, dentre outras.

“Todas as plataformas precisam combinar a participação de grupos de excelência em pesquisa e de uma ou mais empresas ou consórcios de empresas, que os representantes da MEI aqui sabem bem que, se não houver um empreendedor para levar ao mercado uma nova tecnologia ou um novo processo produtivo, eles só ficarão na ideia”, analisou a presidenta durante solenidade no Palácio do Planalto.

A proposta prevê aumentar os investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) para 2% até 2020, a fim de reduzir a distância de países como China, Coreia e Estados Unidos, que nos últimos anos alavancaram os dispêndios nessa área para o desenvolvimento de suas economias.

No escopo do programa também estão previstas medidas como atrair profissionais altamente qualificados do exterior para atuarem em subprogramas e dotar as plataformas de regime especial de compra e contratação de pessoas. De acordo com o presidente da Finep, Glauco Arbix, “a ideia é lançar editais públicos para dar conta da demanda de interesse nacional.

Toda nossa preocupação é preparar as bases para a gente dar um salto na CT&I no Brasil. O pressuposto disso é que nós não podemos fazer mais do mesmo. Com isso, acredito que o país se coloca no mesmo patamar dos principais países no mundo hoje, informou Dilma. Segue o link da publicação do Decreto pela Presidenta do Brasil - http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Decreto/D8269.htm

O programa terá como macro objetivos:

- Associar inteligência, de modo a impulsionar a geração de conhecimento, por meio de instituições e pesquisadores com capacidade de liderar grandes projetos em interação com a CT&I desenvolvidas dentro e fora do País;

- Atrair profissionais altamente qualificados do exterior, brasileiros ou estrangeiros, por meio de um Subprograma que seja capaz de oferecer condições especiais para sua instalação e atuação no médio e longo prazo no Brasil.

- Dotar um conjunto de instituições pré-existentes e/ou construir novas unidades de uma infraestrutura de pesquisa de classe mundial, preferencialmente multiusuários, em diferentes domínios científicos e tecnológicos, que receberão suporte a partir de projetos com duração de 10 anos.

- Viabilizar e apoiar o trabalho em rede com ancoragem institucional nas várias Plataformas a serem selecionadas. Circunscrever e dotar essas Plataformas de um regime especial de Compra e Contratação de pessoas, diferenciado, ágil e baseado em compromissos e objetivos claramente fixados e sistematicamente avaliados.

- Envolver e facilitar o acesso à pesquisa de ponta para toda uma geração de novos talentos preparados pelo esforço desenvolvido ao longo dos últimos anos.

- As áreas e oportunidades estratégicas serão Agricultura, Saúde, Energia, Aeronáutica, Manufatura Avançada, TICs, Oceano e Amazônia. A expectativa de lançamento do Programa e edital é em junho próximo, bem como o lançamento do edital.

O projeto será executado com apoio de instituições governamentais, como Finep, BNDES, e ministérios.

Fonte: Com informações da http://www.finep.gov.br/ - http://www.prp.unicamp.br/

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Start-Up Brasil encerrará 2014 com metas cumpridas

Lançado em novembro de 2012, o programa Start-Up Brasil chegará ao final deste ano tendo cumprido todas as metas inicialmente previstas. Até abril, somente a primeira turma selecionada pelo edital aberto em 2013 acumula os seguintes resultados: 73% das startups operam com produtos funcionais (no início do processo de aceleração esse percentual era de 41%); 53% das startups já estão faturando; houve um aumento nas equipes de 33%; nove prêmios nacionais e internacionais recebidos; e R$ 1,3 milhão de investimentos externos captados entre setembro de 2013 e janeiro de 2014.

“Estamos criando um sistema robusto e competitivo de base tecnológica: das 150 startups previstas até 2014, estamos com 100 apoiadas e desenvolvendo projetos”, informa o secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Virgilio Almeida. “Já aplicamos R$ 20 milhões nessas companhias inovadoras. Até o fim deste ano cumpriremos as metas iniciais previstas”.

Os dados integram o balanço apresentado nesta terça-feira (27), em São Paulo, por Virgilio, pelo diretor de Software e Serviços de TI do MCTI, Rafael Moreira, e por representantes do Start-Up Brasil. Parte do programa TI Maior, o Start-Up Brasil visa apoiar empresas nascentes de base tecnológica com foco em empresas de software e serviços em uma rede de investidores em parceria com grandes companhias nacionais e internacionais.

O secretário também ressaltou a diversidade de atuação das startups. Empresas de 15 setores contam com recursos do programa, sobretudo nas áreas de varejo (14,41%), educação (9,32%) e finanças (8,47%). “Do total de projetos, pelo menos 85% contavam com um protótipo de seu produto ou serviço em desenvolvimento no momento da seleção”, diz Virgilio.

Segundo Rafael Moreira, a abrangência territorial das propostas é outro ponto de destaque do programa. “Empreendedores de todo o país apresentaram iniciativas, entre a primeira e a segunda turmas. Atualmente, estamos apoiando empresas de 15 estados e nas cinco regiões brasileiras”.

Empresas estrangeiras também vislumbraram boas oportunidades de desenvolver seus projetos a partir do Start-Up Brasil. Ideias de 37 países foram remetidas para avaliação da comissão do programa, e 10 países tiveram iniciativas selecionadas.

Casos de sucesso – A Love Mondays, de São Paulo, é uma das startups apoiadas pelo programa. Com a ideia de auxiliar profissionais a adquirirem referências de onde pretendem trabalhar, a Love Mondays criou uma ferramenta em que qualquer pessoa pode, anonimamente ou não, opinar sobre as oportunidades profissionais em uma empresa.

“O Start-Up Brasil foi muito importante para validar nosso modelo de negócios, definir estratégias de crescimento e marketing, além do acesso a mentores e investidores”, avalia a CEO da startup, Luciana Caletti. “O recurso recebido do CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico] permitiu contratar profissionais para desenvolver a plataforma e ajudar a crescer o negócio”.

Outra startup selecionada pelo programa em 2013 é a Intoo, que desenvolveu uma ferramenta para facilitar o acesso a crédito para micro e pequenas empresas: qualquer uma pode solicitar capital de giro e antecipação de recebíveis com as menores taxas de juro - com base no perfil do cliente, é possível analisar qual instituição bancária oferece taxas mais atraentes.

“O Start-Up Brasil tem um pacote de relacionamento muito interessante. Quando precisamos acessar pessoas da iniciativa privada para oferecer nosso serviço, chegamos a essas pessoas por meio de contatos das aceleradoras ou do próprio programa”, pontua o CEO da Intoo, Arthur Farache. “O projeto também nos auxilia a construir uma reputação, por termos participado de um projeto com a chancela do governo federal, por meio do MCTI”.

Fonte: http://www.anpei.org.br/ ´- MCTI

terça-feira, 10 de junho de 2014

Brasil conta com demanda em inovação em crescimento, diz presidente da Finep

"O Brasil está começando a compreender que inovação é a chave não só para sobreviver, mas também para aumentar a competitividade”

A demanda por inovação cresceu, assim como a concessão de crédito. Mas ainda é pouco para o Brasil. Foi o que afirmou na quarta-feira (4) o presidente da Finep/MCTI, Glauco Arbix, no Fórum Inovação, Infraestrutura e Produtividade, realizado pelo jornal O Estado de S. Paulo em parceria com a financiadora, na capital paulista.

“Nos últimos anos nosso investimento em inovação multiplicou por sete, chegando a R$ 6,4 bilhões, e nossa meta é chegar a R$ 15 bilhões este ano. Mas a nossa engenharia ainda carece de um impulso maior”, destacou Arbix. Segundo ele, “o Brasil está começando a compreender que inovação é a chave não só para sobreviver, mas também para aumentar a competitividade e conquistar mercados dentro e fora do País.”

O secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), João De Negri, lembrou que “iniciativas como o Finep 30 Dias foram fundamentais para o avanço que tivemos nos últimos anos, mas precisamos ir além.”

“Aprendemos a trabalhar com demanda e precisaremos trabalhar com encomendas tecnológicas. Precisamos dar esse salto e não temos muito tempo”, opinou De Negri. “Talvez tenhamos até que rever a qualidade da ciência que desenvolvemos no País. Vamos ter que aprender a fazer algumas coisas que não sabemos fazer e que não temos instituições preparadas para fazer.”

Nessa linha, o presidente da Finep ressaltou alguns números do Plano Inova Empresa, lançado em março de 2013 pelo governo federal. Com 12 programas, o Inova Empresa teve dotação de R$ 32,9 bilhões e chegou a uma demanda agregada de R$ 93,4 bilhões. Arbix também pontuou que a produtividade está estagnada no Brasil desde os anos 80 e que, de lá para cá, apenas dois setores responderam ao desafio da produtividade: a agricultura e a área de serviços, em especial a de serviços financeiros: ”Eles inovam, são mais ágeis.”

Outro ponto levantado por Arbix foi a necessidade de o país aumentar o investimento em tecnologia. No primeiro painel do fórum, com foco em infraestrutura e inovação, foram discutidos temas como startups, carga tributária, incentivo, educação e desenvolvimento. O diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Finep, Rodrigo Fonseca, foi o mediador. Fonte: http://www.brasil.gov.br/ por Portal Brasil e Ministério de Ciência e Tecnologia

terça-feira, 3 de junho de 2014

BNDES atualiza perspectivas de investimento para energia elétrica

Revisão aponta para aumento de R$16 bilhões no período de 2014 a 2017

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) atualizou os estudos de perspectivas de investimento na economia brasileira considerando o período de 2014-2017. No setor de energia elétrica, houve uma adição de R$16 bilhões em relação às previsões divulgadas em outubro de 2013, totalizando agora R$191,7 bilhões de novos investimentos nos próximos três anos.

Além de energia, as maiores revisões foram em petróleo e gás, com aumento de R$30 bilhões de investimentos em relação ao apurado anteriormente, e total previsto de R$ 488 bilhões; e papel e celulose, com incremento de R$7 bilhões (total de R$26 bilhões).

Considerando todos os setores da economia, os investimentos somam R$4,07 trilhões no período 2014-2017. O valor supera os R$ 3,98 trilhões apurados no levantamento anterior, divulgado em outubro de 2013, para esse mesmo período. O mapeamento abrange projetos e planos estratégicos das empresas, não restrito apenas àqueles apoiados pelo banco.,

Na atual revisão, foram incorporados investimentos em mobilidade urbana, que se somam, assim, aos projetos de saneamento, já acompanhados pelo Banco, e que fazem parte do setor de infraestrutura social.

"Com a inclusão do segmento de mobilidade urbana, é possível vislumbrar as perspectivas de uma área de grande importância para o desenvolvimento econômico e social do País. As perspectivas de investimento para o setor são de R$ 89 bilhões, com alta de 83% na comparação com os R$49 bilhões efetivamente realizados no quadriênio anterior (2009/2012)", destaca o BNDES, em nota divulgada nesta quinta-feira (22/5).

Crescimento real – O cenário é de crescimento real de 28% nos investimentos em 2014-2017 (taxa anualizada de 5,1%) em relação ao período 2009-2012, quando foram investidos R$ 3,17 trilhões.

Do total de R$4,07 trilhões mapeados para 2014-2017, a indústria responde por R$1,15 trilhão em perspectiva de investimento, o que significa aumento acumulado de 31% (alta de 5,5% ao ano), devido sobretudo ao setor de óleo e gás. O setor aeronáutico, com projeções de investimentos de R$14 bilhões no período, também se destaca em nível de crescimento, com projetos nas áreas de defesa e comercial.

A infraestrutura responde por R$575 bilhões, com incremento de 35%, puxado sobretudo por dois setores ligados à logística: portos e ferrovias. Entre os investimentos mapeados, estão aqueles feitos por meio de concessões e parcerias público-privadas, contemplados pelo Programa de Investimento em Logística (PIL).

Energia Elétrica – A perspectiva de investimento para o setor elétrico brasileiro em 2014-17 é de R$191,7 bilhões, sendo a maior parte em geração hidrelétrica, com R$ 54,5 bilhões. Os complexos eólicos são o segundo destaque em porte de investimentos, com R$43 bilhões. Transmissão de energia elétrica vem em terceiro, com estimativas de investimentos de R$37,6 bilhões.

Ferrovias – No setor ferroviário, a perspectiva de investimento é de R$57 bilhões em 2014-2017, com destaque para: expansão da malha, prevista no PIL; investimentos diretos da Valec; projetos de modernização e aumento de capacidade da via permanente; e ampliação da frota de material rodante. O PIL prevê investimento em 12 trechos, parte em projetos novos (greenfield), parte em modernização da rede existente (brownfield).

Mobilidade urbana – A perspectiva para o investimento em mobilidade urbana para o período de 2014-2017 é de R$53 bilhões, com taxa média anual de crescimento de 30%. Desse total, 58% serão destinados a projetos de metrô, 16% para monotrilho, 13% para Bus Rapid Transit (BRTs), 7% para trem e 6% para Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs).

Segundo o BNDES, esse bloco de investimentos é sustentado pela retomada da capacidade de investimento dos Estados, explicada, em parte, pelas recentes rodadas de descontigenciamento realizada pelo Governo Federal e pela aplicação de recursos federais em projetos de mobilidade urbana por meio do PAC Mobilidade – Grandes e Médias Cidades. Outro elemento importante é a ampliação dos investimentos privados no setor, por meio de PPPs.

Fonte: http://www.jornaldaenergia.com.br/

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Crédito da Finep para inovação deve subir para R$ 10 bilhões este ano

O valor é quase o dobro em relação a 2013, quando foram disponibilizados R$ 6,3 bilhões, diz o presidente da Finep, Glauco Arbix O volume de crédito concedido pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, para empresas inovadoras no país aumentou de R$ 1,1 bilhão, em 2001, para R$ 6,3 bilhões, no ano passado. Segundo o presidente da Finep, Glauco Arbix, os financiamentos deverão alcançar R$ 10 bilhões neste ano, quase dobrando em relação a 2013.

A estimativa se baseia no desempenho do Programa Inova Empresa, lançado há um ano pela presidenta Dilma Rousseff, com orçamento de R$ 32,9 bilhões, dos quais R$ 25 bilhões vêm de recursos da Finep e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“Nós conseguimos uma demanda agregada, que está em processamento atualmente, com algumas operações já contratadas, de R$ 93,2 bilhões em projetos de tecnologia. É um volume de recursos muito forte que mostra a vontade trabalhar e entrar nas atividades de desenvolvimento tecnológico e de inovação”, diz Arbix.

A Finep lançou 12 programas vinculados ao Inova Empresa para áreas consideradas prioritárias pelo governo, como saúde, petróleo, energia, etanol, telecomunicações, em que o Brasil tem carência de tecnologia. Para Arbix, o déficit de investimentos na área ocorre pelo desequilíbrio na balança comercial, que obriga o país a importar tecnologia ou produtos de natureza tecnológica. “O Brasil tem também a preocupação de dominar e consolidar tecnologias internamente”, lembra.

Do total da demanda agregada de R$ 93 bilhões para o Inova Empresa, o presidente da Finep admitiu que deve ser feito um recorte entre 30% e 35% por causa da desistência de projetos pelas empresas ou por problemas de documentação. Mesmo assim, ele estima que, se a Finep e o BNDES contratarem 10% desses projetos a cada ano pelos próximos dois anos, isso significará algo em torno de R$ 30 bilhões de contratação, valor suficiente para duplicar o investimento privado empresarial em tecnologia e inovação.

O orçamento do Programa Inova Empresa engloba também recursos do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae), da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), além de R$ 3,5 bilhões em recursos não reembolsáveis para subvenção econômica (subsídios) ou para apoio a parcerias entre universidades e centros de pesquisas e empresas.

Na avaliação de Arbix, a expressiva demanda do programa significa que as empresas brasileiras já descobriram que o caminho para o desenvolvimento é o da tecnologia e da inovação: “É uma situação impensável um volume de demanda desse porte. É difícil imaginar isso há seis ou sete anos”. Ele, no entanto, reconheceu que existem desafios. “A economia brasileira não é inovadora. As empresas brasileiras, em geral, investem pouco em inovação se comparadas aos países mais avançados, e mesmo a países emergentes que competem conosco”, diz.

Apesar do baixo volume relativo de investimentos do tipo, o presidente da Finep destaca que está crescendo de forma acelerada o número de empresas que estão procurando meios para investir em inovação e tecnologia. “A demanda continua crescendo apesar das dificuldades na economia. Está havendo uma reviravolta na definição de estratégias das empresas brasileiras. Elas estão incorporando inovação às suas estratégias competitivas de crescimento e de ampliação de mercado, seja doméstico ou internacional”.

A demanda para o Inova Empresa envolve 2,7 mil empresas e 223 institutos e centros de pesquisa públicos e privados. Segundo Arbix, o intercâmbio entre as empresas e a universidade e empresa está sendo ampliado. Ele também cita a descentralização do crédito visando a atingir as micro, pequenas e médias empresas, por meio de bancos estaduais e fundações de amparo à ciência e tecnologia.

Uma terceira dimensão que contribui para o sucesso do programa, salientou Arbix, foi a redução do impacto da burocracia com redução de custos e de prazos e mais agilidade para análise dos projetos. Na Finep, o prazo de análise caiu de mais de 400 dias para 30 dias, graças à informatização total dos processos.

Fonte: http://www.itforum365.com.br/ - por Agência Brasil

sábado, 29 de março de 2014

25 termos que todo empreendedor precisa saber

Veja uma lista de termos importantes para donos de pequenas empresas e startups

Cada indústria tem sua lista de jargões. No mundo do empreendedorismo são vários os termos que você vai encontrar pela frente ao longo de sua jornada. Como empreendedor, é importante que você esteja familiarizado com eles. Conheça uma lista com 25 termos que todo empreendedor precisa saber:

1. Aceleradora É o nome 'moderno' para as incubadoras. Enquanto as incubadoras estão mais ligadas a universidades e a projetos governamentais, as aceleradoras são financiadas com capital privado e apoiam startups, empresas de alto potencial de crescimento. A aceleração pode incluir apoio financeiro, mas está baseada principalmente no suporte à criação e ao desenvolvimento do negócio, com sessões de coach e mentoring durante um período.

2. Break-even Em português, um 'ponto de equilíbrio'. É quando os custos da empresa são iguais às suas receitas. Como tudo que a empresa recebe paga somente as despesas, o lucro (ou resultado do período), acaba sendo 0, nesse caso.

3. Capital de giro São os recursos financeiros utilizados para cobrir os custos do dia a dia da empresa e para sustentá-la entre o pagamento de despesas e o recebimento da receita de clientes.

4. Captação de recursos Obter investimentos, o que pode ser feito por meio de empréstimos bancários, agências de fomento, fundos de investimentos ou investidores-anjos. Descubra como captar recursos no curso online da Endeavor de Acesso a Capital.

5. Co-working Espaço de trabalho compartilhado por diversas empresas, que passam a poder se relacionar e a trocar conhecimentos.

6. Crowdfunding Obtenção de capital através de financiamento coletivo, em geral de pessoas físicas interessadas na iniciativa. Existem plataformas on-line especializadas nisso.

7. Crowdsourcing Forma de conseguir serviços/ajuda de forma colaborativa para geração de conteúdos, solução de problemas, desenvolvimento de novas tecnologias, geração de fluxo de informação e afins.

8. Early stage São consideradas empresas em early stage (estágio inicial) as que possuem até três anos de existência.

9. Elevador pitch Apresentação da ideia do negócio em aproximadamente 30 segundos (o tempo que uma pessoa passaria no elevador).

10. Empreendedorismo corporativo ou Intraempreendedorismo Significa empreender dentro da organização na qual se trabalha. O intraempreendedor enxerga nos problemas do dia a dia oportunidades de crescimento para a empresa, sendo capaz de inovar sistêmica e constantemente. Descubra como implementar uma cultura intraempreendedora em sua empresa no curso online da Endeavor sobre Cultura.

11. Empreendedorismo social O empreendedor social cria negócios com fins lucrativos, mas que propõem soluções inovadoras para problemas sociais ou ambientais, como lixo, educação e saúde. Ele está focado em mobilizar pessoas e trabalhar por uma causa para realizar verdadeiras transformações na sociedade.

12. Escalabilidade Capacidade de replicar o produto/serviço com facilidade atendendo a um grande público ou abrangendo um grande mercado consumidor. Aprenda a escalar o seu negócio para se tornar um empreendedor de alto impacto no curso online da Endeavor sobre como Escalar e Inovar.

13. Incubadora As incubadoras têm um perfil mais adequado para quem precisa de tempo e muito conhecimento para estruturar seu negócio. Depende de subsídios governamentais e provavelmente vai precisar de uma quantidade relativamente grande de investimentos para acontecer.

14. Investidor-anjo Os angels são profissionais experientes que têm capital disponível para investir em novos empreendimentos. Em troca desse capital, esperam um percentual da empresa investida.

15. MEI Sigla para 'Micro Empreendedor Individual', é a pessoa que trabalha por conta própria e se legaliza como empresário.

16. Mergers and Acquisitions (M&A) Termo em inglês para 'Fusões e Aquisições' (abreviado M&A), é tanto um aspecto da estratégia corporativa e finanças corporativas quanto compra, venda, divisão e combinação de diferentes empresas.

17. Networking Ter ou estabelecer uma rede de contatos. 'Fazer networking', como é empregado, costuma ser uma ótima forma de ampliar a qualidade de seus relacionamentos e transformá-los em benefício mútuo no meio profissional.

18. PME É a sigla para pequenas e médias empresas. Uma pequena empresa possui de dez a 49 funcionários. Já uma empresa de médio porte possui entre 50 e 249 funcionários.

19. ROI Sigla da tradução de 'Retorno sobre Investimento', corresponde a um percentual da quantidade de dinheiro ganho em relação à quantidade de dinheiro investido.

20. Seed capital Capital 'semente', aquele capital que se capta quando o negócio está em sua fase inicial, para que ele possa dar seus primeiros passos no mercado.

21. Spin-off Criação de uma nova empresa de produtos ou serviços inovadores, criados inicialmente a partir de um projeto em uma 'empresa-mãe'. Geralmente, os empreendedores do novo negócio trabalharam antes no desenvolvimento desse projeto na empresa-mãe, que gerou o spin-off.

22. Stakeholders Stakeholders são todos os impactados pelo negócio, sejam eles sócios, acionistas, funcionários, clientes ou segmentos da sociedade.

23. Startups Uma empresa projetada desde o início para ser grande! Eric Ries, autor do livro 'Lean startup', define startup como 'um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócios repetível e escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza'. Descubra ferramentas para começar o seu negócio no curso online da Endeavor para Startups.

24. Validação Ter alguém validando sua ideia, ou seja, se tornando um cliente, usuário, ou estando engajado de qualquer forma ativa em seu negócio, é o sinal verde de que ele pode dar certo. Mas a validação é um exercício constante, um processo que exige flexibilidade, agilidade e resiliência para recomeçar diversas vezes e não desistir.

25. VC (Venture Capital) Traduzido como 'capital de risco', os VCs apoiam empresas de pequeno e médio porte já estabelecidas e com potencial de crescimento. Com duração média de 5 a 7 anos, os recursos investidos financiam as primeiras expansões, levando o negócio a novos patamares no mercado.

Fonte: http://exame.abril.com.br/

segunda-feira, 24 de março de 2014

Finep aumentará em 60% crédito para inovação

A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) deve aumentar em quase 60% a contratação de crédito voltado à inovação neste ano. A projeção da instituição pública é contratar R$ 10 bilhões em 2014, em comparação a R$ 6,3 bilhões no ano passado, afirmou ao jornal O Estado de s. Paulo o presidente da Finep, Glauco Arbix. Todo esse volume será contratado dentro da principal aposta do governo para agilizar os investimentos em inovação, o plano "Finep 30 dias".

Lançada há seis meses, a iniciativa prevê uma resposta final da instituição para as demandas das empresas em até 30 dias. Até agora, a Finep recebeu 246 projetos de investimentos das 1.846 empresas cadastradas, totalizando uma demanda de R$ 17,9 bilhões. Depois de seis meses, a financiadora aprovou 87 projetos, que, somados, atingem R$ 9,2 bilhões. Parte desses recursos já foi contratada e até liberada, mas a maior parcela está em fase de contratação. "O fato é que a resposta (se o projeto foi aprovado ou não) saiu em até 30 dias", disse Arbix, que comanda a Finep desde o início de 2011.

Ao todo, 102 projetos foram indeferidos. Os técnicos da área de crédito negaram a liberação do dinheiro principalmente por problemas de enquadramento (a falta de garantias adequadas, ou capacidade financeira da companhia que demandou o crédito). Além disso, Arbix afirmou que o crédito voltado para inovação é específico. "Temos condições muito vantajosas para as empresas, por isso a demanda é sempre muito grande, mas trabalhamos com inovação", disse. "Não é qualquer investimento que vamos financiar."

De acordo com Arbix, a demanda por recursos para financiar o investimento em inovação tem aumentado no País, mas ainda está distante dos parâmetros dos países ricos. "A ambição tecnológica das companhias brasileiras está aumentando, porque elas têm, gradativamente, rompido com o estilo tradicional, de país fechado e acostumado a produzir sem competitividade. Mas ainda não estamos no grau de ponta, isso leva tempo", afirmou o presidente da Finep.

Risco

Para fazer frente à demanda e, ao mesmo tempo, fomentar mais investimentos em inovação e ciência e tecnologia no País, a instituição espera concluir ainda neste primeiro semestre a extensão do "Finep 30 dias" também para convênios e subvenção, o que deve aumentar o escopo do programa.

Além disso, a Finep deve criar uma área de risco de crédito e financiamentos, concluindo o processo de transformação em instituição financeira. "Isso vai permitir a captação de recursos no mercado, o que aumentará a musculatura da Finep", disse Arbix. O processo também fará com que a Finep passe a ser fiscalizada pelo Banco Central (BC). Com isso, o foco passará a ficar sobre os recursos desembolsados pela instituição, e não no volume contratado.

Banco

"Esta é uma outra filosofia, que tratamos junto ao Banco Central. O financiamento à inovação é diferente, não pode ser analisado sob a ótica do desembolso, porque liberamos o dinheiro aos poucos, acompanhando as empresas com que fechamos contratos de crédito", afirma. "Uma instituição financeira normal simplesmente libera o dinheiro de uma vez."

Frente aos R$ 6,3 bilhões contratados em 2013, a Finep efetivamente desembolsou R$ 3 bilhões. No ano anterior, o desembolso fora de R$ 2,1 bilhões, e em 2011, no primeiro ano da gestão Dilma Rousseff, de R$ 1,7 bilhão. "Se cumprirmos a meta de contratar R$ 10 bilhões em crédito neste ano, vamos dobrar os desembolsos", prometeu Arbix, projetando uma liberação de recursos de R$ 6 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: http://atarde.uol.com.br - por João Villaverde | Agência Estado

sábado, 22 de março de 2014

Como as Venture Capitals e Start-ups brasileiras escolhem se ‘casarem’?

Os processos decisórios de investidores em busca de empresas de alto impacto e, dos sócios de startups em busca de investidores que possam potencializar seus negócios possuem princípios muitos similares. Na essência, o (bom) relacionamento entre ambos é o fator principal para escolha na formação de uma sociedade entre empreendedores e investidores, no ambiente institucional brasileiro.

Até aqui, para a maioria das pessoas envolvidas no ecossistema empreendedor, não há grandes surpresas. Também, se considerarmos o fato de que as partes pretendem iniciar uma sociedade, que tem como base um relacionamento de longo prazo, é salutar imaginar que se o “namoro” não vai bem, melhor não selar o relacionamento.

Talvez o que mais tenha chamado a minha atenção ao pesquisar sobre o assunto é a sistemática desenvolvida por ambos, investidores (Venture Capitals) e investidos (start-ups) ao longo do desenvolvimento dos seus deals. Na pesquisa que conduzi, ao longo do segundo semestre de 2013, entrevistei quatro gestores de VCs e nove sócios de start-ups, num total de nove ‘matchings’, ou seja, negócios que acabaram em ‘casamento’ entre as partes. Com a pesquisa, foi possível entender o processo decisório de ambos, investidores e investidos, ainda que estes últimos tenham um processo menos estruturado que os primeiros.

As VCs realizam análises em profundidade sobre: o mercado, o modelo de negócio, os riscos, e, principalmente, o perfil do empreendedor por trás do negócio. No Brasil, houve uma “tropicalização” deste processo, conforme mencionado por alguns dos gestores entrevistados. É possível perceber maior intensidade no desenvolvimento do relacionamento interpessoal e, posteriormente, do envolvimento com a gestão. Essa tropicalização é característica presente em outros países emergentes como: Rússia, China e Coréia do Sul. Parte da explicação está na falta de instituições que apoiem o desenvolvimento de um ambiente estável e favorável ao empreendedorismo. A sistemática de análise pode ser lida e entendida também para ser aplicada pelo investidor Anjo.

O empreendedor, por sua vez, se apoia na experiência do investidor. Assim, por parte do empreendedor de alto impacto brasileiro, há expectativas de intervenção maior no seu negócio. Ou seja, o empreendedor espera que o investidor tenha participação muito próxima à gestão, por meio do aporte intelectual, da criação de contatos estratégicos, troca de experiência em negócios e em alguma medida na administração. É o Smart money intensificado pelas dificuldades de se empreender no Brasil. Pode-se aplicar a mesma expectativa dos empreendedores quando em busca de capital Anjo, uma peça estratégica ao negócio.

Conclusão: entender como estabelecer um relacionamento construtivo e alinhar as expectativas deve estar na pauta principal de quem busca um investidor ou quem pretende investir num negócio de alto impacto no Brasil. Para mais detalhes acessem a minha pesquisa: “Investidor e Investido: o processo decisório no matching entre Venture Capitals e Start-ups no Brasil.

Fonte: http://www.anjosdobrasil.net/blog.html - por Marcos Barcellos

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Saiba onde buscar recursos financeiros para alavancar o seu negócio

Todo empreendedor de alto impacto tem o sonho de tirar uma ideia ou projeto do papel e transformá-lo em algo grande. Mas, onde conseguir os recursos necessários para chegar lá? Quais são as fontes de capital mais adequadas para o meu negócio? Existem basicamente 5 opções para captação de recursos: Capital próprio; Capital de amigos e familiares; Linhas de crédito bancário; Linhas de fomento e subvenção governamental; e capital de risco. A escolha por uma ou por outra forma depende em qual estágio de vida sua empresa está.

Conheça a OFICINA DA INOVAÇÃO e saiba Qual o melhor tipo de investimento para minha empresa? O que é crédito? Como usá-lo de maneira sustentável?

Capital próprio: Também chamado de booststrapping, é geralmente a primeira fonte de capital utilizada pelos empreendedores. Apesar de vantajoso, por não haver custos de financiamento e nem perda de autonomia para tomada de decisões, esse tipo de capital tem suas desvantagens, como a limitação das perspectivas de expansão e o crescimento do empreendimento que, nesse caso, fica baseado no reinvestimento de parte dos lucros.

Capital de familiares e amigos: Também conhecido como 3F, do inglês friends, family and fools, tem baixo custo e é muito baseado na confiança. É uma forma de empréstimo mais fácil ou rápida de ser adquirida, mas é preciso muito cuidado para não estragar relações pessoais. O Co-fundador do Submarino.com e investidor do fundo General Atlantic, Martin Escobari conta neste artigo por que o dinheiro da “mamãe” pode ser o tipo mais caro que existe.

Linhas de crédito bancário: Além de as despesas com juros serem dedutíveis para fins de imposto de renda, financiar um negócio com linhas de crédito é uma das formas mais seguras, pois não há perda de participação acionária. Em contrapartida, as desvantagens são a exigência de garantias patrimoniais, as taxas de juros elevadas e o aumento do risco da empresa, o que pode ser um obstáculo para conseguir novos empréstimos.

Linhas de fomento e subvenção: Os órgãos e agências de fomento são instituições públicas que tem como missão apoiar financeiramente a pesquisas e soluções em ciência, saúde, tecnologia e inovação. Cabe ao empreendedor à iniciativa de pesquisar novas linhas, entender o seu funcionamento, desenvolver os projetos, submetê-los à aprovação e, uma vez aprovados, empenhar-se no cronograma e na prestação de contas. Como relata Rafael Duton, co-fundador da Movile e da 21212, muitos acham que não existe dinheiro disponível porque não acompanham os editais. “Tem que investir um tempo de pesquisa nos portais que agregam essas informações, identificar aqueles que têm aderência entre a sua proposta e o que o edital está buscando”, recomenda.

Capital de risco: Investidores aportam capital em empresas esperando ganhar participação nos lucros e que o valor da empresa seja cada vez maior. A dinâmica é de risco e recompensa e, naturalmente, eles esperam um retorno maior do que os bancos comerciais. Existem vários tipos de investimento de risco, como investidores anjo, venture capital e private equity, e cada um tem uma forma diferente de contribuir para o sucesso do negócio e negociar suas contrapartidas. A escolha pelo melhor investidor normalmente depende de fatores como estágio de maturidade da empresa, relacionamento pessoal entre investidor e empreendedor, histórico de execução do empreendedor e sua equipe, modelo de negócio, e se esse tipo de capital faz sentido no momento. Saiba como escolher qual tipo de investimento é melhor para sua empresa. Entre em contato conosco pelo e-mail oficinadainovacao@ncti.com.br

Fonte: adaptado e com base em http://br.financas.yahoo.com/

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Empréstimos do BNDES sobem 22% em 2013 e atingem R$ 190,4 bi.

Indústria ficou com 30% do total liberado, e a infraestrutura com 33%. Maior expansão relativa ocorreu no setor agropecuário, com alta de 64%.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou nesta terça-feira que seus empréstimos em 2013 totalizaram R$ 190,4 bilhões, alta de 22% sobre 2012 ( R$ 156 bilhões).

Segundo o banco, no entanto, apesar de o valor total ter sido mais alto, as aprovações de empréstimos em 2013 caíram 8%, para R$ 239,6 bilhões. Já as consultas e os enquadramentos no ano passado tiveram recuo de 11% e de 7%, respectivamente.

O BNDES explicou, em comunicado, que a queda nas aprovações, consultas e enquadramentos em 2013 é "explicada pela alta base de comparação e também sinaliza cenário de maior moderação nos desembolsos do banco em 2014".

A maior expansão relativa ocorreu no setor agropecuário (alta de 64%), com total de R$ 18,6 bilhões, "refletindo o forte volume de investimentos no campo, devido à safra recorde em 2013", informou o BNDES. Para o setor de comércio e serviços, o banco liberou R$ 51,5 bilhões, com alta de 17%.

"Todos os setores apoiados pelo Banco tiveram crescimento nas liberações. A indústria respondeu por 30% do total liberado (R$ 58 bilhões) e a infraestrutura por 33% (R$ 62,2 bilhões). Isso representou aumentos de 22% e 18%, respectivamente, nos desembolsos desses setores na comparação com o ano anterior", informou a instituição.

Para as micro, pequenas e médias empresas, foi desembolsada a cifra recorde de R$ 63,5 bilhões, equivalente a 33% das liberações totais de 2013.

Nova política operacional

O BNDES anunciou que fez uma revisão de sua política operacional "para alinhá-la às tendências do investimento no país, à maturidade da indústria financeira nacional e à necessidade de atender às empresas com mais eficiência e qualidade".

São três os blocos prioritários: infraestrutura (logística, energética, mobilidade urbana e saneamento), competitividade (inovação, serviços técnicos e tecnológicos; exportação de serviços de engenharia e bens de capital; setores intensivos em engenharia e conhecimento; economia criativa), e inclusão produtiva e sustentabilidade:

"Essas prioridades contam com os menores custos financeiros, os maiores prazos e os maiores percentuais de participação do Banco nos financiamentos", explica o BNDES.

A nova política operacional abre também espaço para as empresas captarem recursos complementares nos mercados. As novas regras com taxas, prazos e níveis de participação podem ser conferidas no site do BNDES.

Fonte: http://g1.globo.com/economia - Por G1, em São Paulo

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Questões fiscais atrapalham avanço do investimento-anjo

O número de investidores-anjo no Brasil ainda é pequeno, mas está em crescimento. São 6.450 pessoas físicas, segundo o último levantamento feito pela rede Anjos do Brasil, organização sem fins lucrativos que busca fomentar o segmento no país. Esse número cresceu 2,3% de junho de 2012 a julho do ano passado. Em 2011, o total de investidores era de 5.300, 18% menor.

Contudo, enquanto a fatia de pessoas aumentou pouco percentualmente, o volume desse tipo de investimento teve uma elevação de 25% no mesmo período, totalizando R$ 619 milhões investidos em startups, ante R$ 495 milhões em 2012. "O cenário é bastante positivo, mas o Brasil está muito aquém de mercados maduros, como países da Europa", analisa Cássio Spina, sócio-fundador da Anjos do Brasil.

Na visão de Junior Bornelli, vice-presidente de negócios e relacionamento do Angels Club, o setor de educação está entre os cinco que mais crescem no país para startups. "Uma dessas áreas é o agronegócio. Muitos apostam em tecnologia para aplicar na agricultura", diz. Outras que ganham destaque para investimento de capital semente são biotecnologia e saúde, com a criação de aplicativos para smartphones e softwares.

Um dos entraves que prejudica o avanço do investimento-anjo no país é a questão fiscal. "Estão acontecendo conversas com o governo sobre o assunto. A gente está tentando mostrar a importância do estímulo ao investimento-anjo", afirma. "Nos Estados Unidos, dá para compensar o prejuízo com lucros em exercícios posteriores", exemplifica Augusto Ferraz, presidente da Polaris Investimentos. A ideia é sensibilizar o governo brasileiro em relação a essa proteção tributária ao aplicador. "Os tribunais passam por cima disso. O investidor não é CEO da empresa em que investe e não pode ser cobrado por dívidas", afirma Spina.

A chamada "despersonalização" da pessoa jurídica é outro aspecto colocado em pauta em conversas com o governo. "Mesmo se eu faço investimento como pessoa física, o juiz tende a buscar [em situações adversas] o patrimônio do anjo, mesmo ele não tendo participado como gestor", diz Ferraz.

Magnus Arantes, presidente do HBS Alumni Angels of Brazil, acredita que o problema não seja a questão fiscal. "A minha visão é um pouco diferente da dos outros anjos. Nós precisávamos ter um ambiente que facilitasse o desenvolvimento de empresas. Quando isso acontece, o que fazemos acaba sendo facilitado também", explica. Esse avanço, diz, passa por simplificação tributária e normas trabalhistas mais atualizadas, não 'centenárias'. "Isso porque nós apostamos em empresas que trabalham na economia real", reforça.

Os anjos podem atuar juntos, em um clube ou uma associação sem fins lucrativos, individualmente ou por meio de fundos de investimento em participações (FIPs). Os investidores recebem o capital quando ocorre o desinvestimento (venda) da empresa. Segundo a Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP), isso pode acontecer de cinco a dez anos após o início do fundo. Para investidores mais abastados, alguns gestores de patrimônio também incluem esse tipo de aplicação como sugestão de diversificação de portfólio. "No nosso caso, temos capital próprio e não fazemos captação de terceiros. São quatro analistas para avaliar projetos que hoje chegam a quase 500", conta Augusto Ferraz, presidente da Polaris Investimentos.

Fonte: http://www.anpei.org.br/ - (Com informações do Valor Econômico)

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Compra da Nest pelo Google é acolhedor para os financiadores

Acordo de US$ 3,2 bilhões está contribuindo para aumentar a confiança entre as empresas de capital de risco

San Francisco - A Nest Labs não está somente ajudando os donos de propriedades a manterem um ambiente aconchegante. A aquisição da fabricante de termostatos digitais pelo Google por US$ 3,2 bilhões também está deixando as companhias de capital de risco muito confortáveis.

A Kleiner Perkins Caufield Byers, uma das primeiras financiadoras da companhia cofundada pelo ex-executivo da Apple Tony Fadell, investiu US$ 20 milhões na Nest desde 2010 e terá um retorno de cerca de US$ 400 milhões, disse uma fonte do setor.

A Shasta Ventures, outra das primeiras financiadoras da Nest, aumentará seu investimento inicial mais de 15 vezes, disse outra fonte, que solicitou o anonimato porque os ganhos não são públicos. O ramo de empreendimentos do Google também tinha investido na Nest.

O acordo está contribuindo para aumentar a confiança entre as empresas de capital de risco, que com frequência apostam em companhias antes que estas tenham receita ou até mesmo um produto e dependem de grandes acordos para compensar o dinheiro perdido na vasta maioria de startups que fracassam.

Os capitalistas de risco também colheram grandes ganhos em 2013. Pelo menos 10 empresas geraram mais de US$ 1 bilhão cada em retornos de aberturas de capitais e aquisições, segundo documentos e dados compilados pela Bloomberg.

ªÉ um retorno muito significativo para o fundo”, disse Rob Coneybeer, diretor de gestão da Shasta Ventures, que dirigiu o investimento na Nest. Ele não quis dar detalhes específicos.

O ganho com o investimento na Nest é um dos maiores na história da Shasta Ventures. A companhia também lucrou com a aquisição da Mint pela Intuit em 2009 e com a compra da Zenprise pela Citrix System.

A Kleiner Perkins não disponibilizou nenhum dos seus sócios para fazer comentários. Scott Rubin, porta-voz do Google, não quis comentar.

A aquisição da Nest, por um valor de quase o dobro do pago pelo Google pelo YouTube em 2006, também fornece a maior recompensa para o próprio ramo de capital de risco do fornecedor de buscas. O Google Ventures, que investiu na Nest e opera como uma companhia independente dentro do Google, conservará os retornos, disse uma fonte do setor.

O Google Ventures encaminhou as questões para a Nest, que não quis comentar sobre os detalhes do financiamento.

Para a Kleiner Perkins, o acordo chega depois que a empresa de empreendimentos não conseguiu fazer parte dos investimentos iniciais em companhias de Internet como a Facebook e a Twitter.

Outro grande vencedor com a aquisição é Fadell, que não quis dizer de que proporção da companhia ele é dono.

“Eu queria me focar na diferenciação para os nossos clientes e concretizar a visão antes”, disse Fadell. “Eu não queria me focar no desenvolvimento de infraestrutura, que não é diferenciar-se, pois permite aos concorrentes chegarem e começarem a estar no nosso pé. Quero me focar naquilo que fazemos melhor”.

Fonte:http://exame.abril.com.br/