sexta-feira, 7 de junho de 2013

Finep criará fundos para investir R$ 600 milhões em empresas inovadoras

A Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), órgão do governo federal de estímulo à inovação, vai destinar R$ 600 milhões até o final deste ano para apoiar empresas inovadoras.

O capital faz parte de cinco fundos de investimento criados em 2013, disse ontem Glauco Arbix, presidente da Finep, em evento da Anpei (Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras) realizado em Vitória (ES).

O primeiro fundo, de R$ 200 milhões, já foi captado. Outros quatro, cada um de R$ 100 milhões, devem ser levantados e oficializados até o final de 2013.

Os fundos serão controlados pela Finep, mas parte do capital virá de grupos de investidores estrangeiros, afirmou Arbix. Os programas serão administrados por uma gestora privada.

Segundo ele, o objetivo do dinheiro é ajudar empresas de diferentes tamanhos a investirem em inovação.

Os quatro fundos que ainda serão criados, de R$ 100 milhões cada, terão focos específicos: investimento em empresas de biotecnologia, de tecnologia da informação e comunicação, de novos materiais, além de criação e gestão de parques tecnológicos.

As companhias que receberem o capital também poderão participar de outros programas de financiamento à inovação do governo federal, como o Inova Empresa, lançado em março pela presidente Dilma Rousseff, afirmou o presidente da Finep.

O Inova Empresa prevê aplicar R$ 32,9 bilhões entre 2013 e 2014 em projetos de inovação. O programa inclui financiamentos com juros de 2,5% a 5% ao ano.

De acordo com o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (Mcti), Marco Antônio Raupp, a previsão é que metade do total previsto no programa seja destinado às companhias já neste ano.

"Estamos dentro do cronograma para isso", afirmou ontem, após palestra no evento.

CAPACITAÇÃO

Para a Anpei, entidade que representa companhias que investem em inovação no país, muitas empresas não estão preparadas para receber e utilizar o capital destinado à inovação.

"Há entraves burocráticos e limitações", disse Carlos Calmanovici, presidente da entidade.

Segundo ele, é necessário capacitar as companhias para gerir os processos de inovação, além de simplificar o processo de obtenção de recursos.

O ministro da Ciência e Tecnologia disse que um dos focos de sua gestão nos próximos será "suplantar a burocracia", principalmente na análise de projetos de financiamento.

Ainda neste ano, afirmou Raupp, o prazo para enquadramento (resposta inicial às propostas de financiamento) dos projetos submetidos ao Finep deve chegar a 30 dias.

Em 2011, o tempo médio para essa análise era de 420 dias. Caiu para 112 em 2013, segundo Glauco Arbix, da Finep.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ - By MARIANNA ARAGÃO

Nenhum comentário:

Postar um comentário