domingo, 5 de fevereiro de 2012

Pesquisas apontam crescimento da demanda por inovação no Brasil

Investimentos por parte do governo começam a surgir e empresas já pensam em adotar novas posturas perante a concorrência nternacional

De acordo com a última edição da Pesquisa de Inovação Tecnológica (Pintec), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as empresas brasileiras têm investido mais no desenvolvimento de novas práticas inovadoras. A taxa de inovação – indicador que calcula a introdução de novos produtos e processos – foi de 38,6% entre 2006 e 2008, contra 33,4% registrados no levantamento de 2005.

O resultado é o maior obtido nas últimas três edições da pesquisa (2000, 2005, 2008). Porém, percebe-se que a palavra inovação ainda não é totalmente compreendida no meio empresarial. Algumas organizações não conseguem evoluir através de projetos realmente inovadores e ficam centradas somente na melhoria de equipamentos e máquinas, dando pouca importância a outras inovações, como as de produtos e serviços.

Muitos não entendem que a inovação compreende o desenvolvimento e adoção de novas técnicas, planejamentos e conceitos, entre outros fatores. Uma nova ideia, elaborada e concluída com sucesso, traz resultados econômicos positivos para as empresas ao mesmo tempo em que aumenta a competitividade entre elas. No Brasil, o investimento em torno da inovação cresce a cada ano, como demonstra o levantamento do IBGE.

José Henrique Diniz, coordenador da área de Inovação e Criatividade do IETEC, já percebeu inúmeras vezes, com base na sua expertise, a necessidade de as empresas inovarem. “O mercado é muito dinâmico. Nós, profissionais, precisamos estar sempre um passo à frente, antevendo as demandas e exigências do mercado e adequando-as à realidade das empresas. Inovação deve ser tratada como elemento chave da crescente competitividade empresarial. A partir de um plano de metas bem estabelecido, deve-se identificar os desejos da própria empresa e principalmente do mercado, a fim de evitar possíveis armadilhas. Muitos reconhecem a importância da inovação, porém nem todos praticam ou estão satisfeitos com sua gestão, justamente pela falta da total compreensão do tema”, analisa Diniz.

Visando estabelecer novas diretrizes para a política industrial brasileira, a atual presidente Dilma Rousseff criou em agosto desse ano o programa Plano Brasil Maior (PMB). Com o slogan “Inovar para competir. Competir para crescer”, o plano tem a intenção de mostrar que no atual cenário econômico, a palavra inovação tem se tornado cada vez mais essencial.

Além do programa criado pela presidente, outras ações têm sido feitas em prol da inovação no Brasil, com destaque para as Leis da Inovação e do Bem e para o Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e Inovação (PACTI), que estão revitalizando os conceitos de acordo com as novas diretrizes estabelecidas pelas necessidades do mercado.

Segundo José Henrique, mesmo com os novos incentivos por parte do governo, ainda há muito que fazer, principalmente nessa fase inicial. ”Antes de qualquer coisa, deve-se investir na capacitação dos profissionais, visando uma adequação dos mesmos aos ideais da atual gestão da inovação”, afirma.
Para implementar a inovação nos negócios, empresas e empreendedores devem não só reconhecer oportunidades, mas apropriar-se delas e organizá-las visando o mercado. A inovação requer uma estratégia empresarial e, por ser um processo, necessita de uma gestão bem definida.

Crescimento da procura por processos e profissionais inovadores

Antenados a essas necessidades, profissionais dos mais diferentes segmentos apostam no curso de pós-graduação em Gestão da Inovação em Empresas, para melhorar os resultados das organizações nas quais trabalham.
O retorno do investimento já pode ser percebido pelos alunos. É o caso do coordenador de Projetos da Nansen S/A Instrumentos de Precisão, Félix Ferreira Ribeiro. De acordo com ele, como a inovação tem ganhado cada vez mais espaço no mercado, o conhecimento adquirido no curso é fundamental, pois permite que o profissional enxergue a empresa sob uma nova ótica, buscando oportunidades e melhorias. “Não se trata de uma tarefa fácil. O processo completo de inovação, isto é, uma ideia transformada em resultado, demanda tempo e esforço. Mas, quando bem sucedido, os resultados são sempre os melhores possíveis”, analisa.

Fonte: http://www.simi.org.br/biblioteca/exibir/6299

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