domingo, 3 de julho de 2011

Brasil - Uma fonte de atração para Investidores "Anjos".

Os investimentos de “anjos” começam a ganhar destaque no Brasil. A modalidade, já bastante difundida nos países desenvolvidos, atrai pessoas que apresentam desenvoltura em gestão e acumulam experiência como executivos em grandes empresas ou em negócios próprios.

Com um perfil arrojado, a maior parte destes aplicadores está na faixa de 45 e 55 anos e têm uma renda anual média de R$ 250 mil. Os anjos costumam colocar em torno de 40% do capital necessário para a realização do negócio. Os investimentos variam entre R$ 15 mil e R$ 300 mil e quase sempre exigem participação ativa na gestão. E desde o ano passado aumentou o número de “anjos” que investem R$ 1 milhão ou mais em negócios nascentes.

O investidor individual ativo é aquele que aporta capital próprio em empresas nascentes, apostando no potencial de crescimento de valor demercado. Embasados nas experiências profissionais anteriores, os anjos tendem a se envolver nos negócios em que investem. Eles dão suporte na identificação, prospecção e desenvolvimento de seleção dos negócios imperdíveis e na formação de equipes. Além disso, trazem uma rede de relacionamentos construída em anos de atuação no setor.

Os “anjos” tomam suas próprias decisões. Dessa forma, influenciam o negócio e têm impacto sobre o resultado. "Este tipo de investimento é de risco e quem aposta nesta modalidade é uma pessoa sofisticada, de perfil peculiar. O aplicador traz na bagagem a experiência adquirida ao longo da vida profissional, o que tende a auxiliar positivamente as novas empresas”, diz José Antônio Pimenta Bueno , coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas do Instituto Gênesis da PUC-Rio.

“O ‘anjo’ é um investidor ativo, ou seja, não é aquele que fica observado as oscilações do mercado pelo monitor do computador. Ele tem a chance e a competência para intervir”, completa Pimenta Bueno.

Na opinião do analista, este tipo de negócio é interessante porque integra a experiência dos “anjos” com o arrojo dos jovens empreendedores. “Muitas vezes, estas novas empresas surgem muito competentes em áreas específicas, mas vêm com deficiências em outros segmentos e é aí que o ‘anjo’ pode fazer a diferença”, afirma.

No Brasil ainda não existe instituição responsável por fiscalizar todos os investidores “anjos”, mas os analistas afirmam que a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) contribui de forma eficaz para estimular o difundir esse conceito. De acordo com as estimativas dos especialistas, o Brasil tem 200 mil “anjos” investidores em potencial e que podem investir, anualmente, cerca de R$ 3 bilhões em empresas brasileiras.

Apostar na modalidade é apontado como boa alternativa para pessoas que
têm não apenas dinheiro, como também tempo disponível para cuidar do investimento. “O investidor não aplica apenas o dinheiro, ele aplica seus conhecimentos”, diz Ernesto Weber , diretor da Gávea Angels, que já contou com um “anjo” aplicando R$ 1 milhão em uma empresa nascente.

Nos Estados Unidos, onde a modalidade é bem difundida, investe-se, anualmente, cerca de US$ 50 bilhões. Lá eles são considerados como fonte criadora de novos negócios e são vistos como agentes da inovação, propulsores da economia e impulso para mover jovens. Vale lembrar que duas das empresas mais ricas do mundo nasceram com o auxílio de investidores “anjos”: Google e Microsoft.

Na Europa, os dados divulgados pelo Instituto Gênesis mostram o valor aplicado está estimado em 600 milhões de euros em 2006 e o porte médio do investimento gira em torno de 100 mil euros. De acordo o Instituto Empreender Endeavor, o Brasil é o oitavo país mais empreendedor do mundo, o que torna o País uma fonte de atração dos “anjos”.

Fonte: http://www.administradores.com.br

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