segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Participação do BNDES na economia bate recorde

A "interferência" do BNDES no financiamento aos investimentos de empresas e famílias no Brasil bateu recorde ao atingir a fatia de 19,7% no segundo trimestre deste ano. Em 2009, em plena ressaca da crise global, o banco chegou a deter 19,5% de participação. Sua fatia nesse segmento cresceu de 1% para 3,1% do PIB em uma década. O movimento, detectado pelo Centro de Estudos do Ibmec (Cemec), tem freado o mercado de capitais e inibido o avanço de fontes de financiamento privado, como debêntures e títulos corporativos de dívida, segundo especialistas. Há dez anos, o BNDES tinha uma fatia de apenas 7,4% nesses financiamentos, de acordo com o Cemec, centro bancado por Anbima, BNDES, Cetip, Fiesp e Fipecafi. No período, o mercado de capitais elevou sua fatia no PIB de 0,3% para 2,3%.

Embora reconheça a relevância do banco como fonte financiadora, parte do mercado vê um entrave no forte avanço dos desembolsos do banco nesse mercado.

"O BNDES compete com o mercado de capitais", resume o diretor comercial da Cetip, Carlos Ratto. O professor do Ibmec-Rio Jerson Carneiro concorda, mas ressalva: "O BNDES vem, recentemente, procurando contribuir para os mercados de capitais com fundos de investimento de longo prazo, lastreados em sua carteira".

Na avaliação do mercado de capitais, o governo federal desloca a poupança do setor privado para financiar seu déficit corrente e seus investimentos. "Essa circunstância é agravada pelo fato de a poupança privada ter caído ao seu menor nível desde 2000", mostra o estudo.

O BNDES diz que tem estimulado a abertura de capital das empresas nas quais a BNDESPar é acionista e fomentado o mercado secundário de debêntures por meio de um programa de R$ 10 bilhões para aquisição desse tipo de títulos. "A falta de financiamento privado de longo prazo não é fruto da atuação do BNDES, mas uma deficiência macroeconômica estrutural, que eleva os juros dos financiamentos em moeda nacional, algo que melhorou nos últimos dois anos, mas ainda não foi resolvido", disse o banco, em nota.

Queda. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), principal termômetro dos investimentos, continua muito baixa. Em queda desde 2010, o investimento privado recuou a 15,7% no segundo trimestre, ante 16,9% de 2011. "Isso se reflete num menor volume de recursos próprios e num maior endividamento das empresas sem que o investimento total reaja", avalia o Cemec. A contribuição do setor público, embora tenha crescido nos últimos anos, estabilizou-se em torno de 2,5%.

O Cemec avalia haver o chamado "crowding out", traduzido em um "esforço enorme" do setor público para aumentar os investimentos (PAC, desembolsos do BNDES, redução da taxa de juros, desoneração fiscal, etc.), mas descuidando da sua poupança para realizar investimentos. Para desenvolver o segmento e reduzir a "dependência" de sua fonte, o BNDES poderia estimular ida ao mercado via aquisição de debêntures no mercado primário e a oferta de títulos privados no segmento secundário. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: http://www.dgabc.com.br/Noticia/495370/participacao-do-bndes-na-economia-bate-recorde?referencia=ultimas-editoria

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Investimento em TI está no foco das pequenas empresas para inovar.

Estudo do Sebrae mostra que a tecnologia está entre as prioridades para inovação nos pequenos negócios, juntamente com projetos para otimizar produtividade e melhorar a qualidade de produtos e serviços

Os investimentos em tecnologia estão entre as principais iniciativas adotadas pelas pequenas empresas brasileiras para buscar a inovação em seus negócios, juntamente com projetos para otimizar a produtividade e aumentar a qualidade de produtos e serviços.

Segundo mapeamento realizado pelo Sebrae, dasações implantadas pelas companhias desse porte, cerca de 9% estão relacionadas com a tecnologia da informação, que aparece em terceiro lugar nos recursos aplicados em inovação. Aqui, estão incluídos os investimentos em hardware, software e telecomunicações.

Em primeiro e segundo lugar, respectivamente, seguem investimentos na produtividade e na qualidade. A pesquisa mostra que 14% dos projetos de inovação são destinados à melhoria de produtividade e processos, como diminuição de custos com a redução de desperdícios. Cerca de 10% do total englobam iniciativas concentradas na qualidade, como a adoção de indicadores para oferecer maior grau de confiança de produtos, serviços e processos.

Além disso, 8% envolvem ações em design, que permitem a concepção ou reformulação de ambientes, comunicação, produtos ou serviços. Com menor representatividade, investimentos em propriedade intelectual (3% das empresas) e sustentabilidade (2%) aparecem entre os projetos de inovação dos pequenos negócios.

O estudo analisou as iniciativas implementadas por 34 mil empreendimentos e verificou mais de 85 mil ações de inovação. Desse total, a maioria (54%) destina-se à criação de produtos, formas de fabricação ou de distribuição de bens e novos meios de prestação de serviços.

“Esse retrato é muito importante porque indica quais são os avanços e os maiores desafios em inovação nos pequenos negócios, o que vai subsidiar nossas estratégias daqui para frente”, avalia o presidente do Sebrae, Luiz Barretto.

O levantamento do Sebrae foi realizado juntamente com os Agentes Locais de Inovação (ALI), uma das principais frentes de atuação do Sebrae para incentivar a competitividade nos pequenos negócios por meio de soluções tecnológicas e inovadoras. As empresas que participam do programa reúnem mais de 820 mil funcionários, sendo 88% colaboradores diretos (CLT), 7% familiares e 5% terceirizados, sendo a idade média dos negócios de 11 anos.

Fonte: http://informationweek.itweb.com.br/

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Gartner aponta 11 tendências de TI que transformarão os negócios a partir de 2014

A convergência de tecnologias emergentes, como computação em nuvem, big data e impressão em 3D, se configura a grande oportunidade para transformação dos negócios das empresas no período de 2014 a 2018, segundo previsões do Gartner sobre tendências da indústria que constam do relatório "Top Industries Predicts 2014: The Pressure for Fundamental Transformation Continues to Accelerate".

O estudo apresenta 11 hipóteses de planejamento estratégico que os CIOs, executivos seniores de negócios e líderes de TI devem considerar em suas iniciativas, a partir do próximo ano. Segundo a consultoria, a maioria das indústrias está enfrentando grande pressão para uma transformação fundamental, incluindo a adoção da digitalização para sobreviverem e continuarem competitivas.

"A transformação continua a ser um fenômeno importante para todos os setores. Muitos enfrentarão grandes desafios em 2014 e nos anos seguintes, e não terão outra escolha a não ser mudar radicalmente seus modelos de negócio estabelecidos", afirma Val Sribar, vice-presidente do Gartner. O analista observa que os líderes e CIOs das empresas devem avaliar cuidadosamente as exigências estratégicas específicas de seus setores, incluindo as demandas dos consumidores e dos seus parceiros, a fim de mapear seus planos de transformação com base na disponibilidade de novas tecnologias, nas mudanças demográficas/comportamentais dos consumidores e nas condições do mercado.

Veja a seguir as principais previsões do Gartner para os próximos anos:

1- Em 2016, um baixo retorno sobre o patrimônio fará com que mais de 60% dos bancos em todo o mundo processem a maior parte de suas transações na nuvem.

2- Até o fim de 2017, pelo menos sete dos dez maiores varejistas multicanal utilizarão tecnologias de impressão em 3D para gerar pedidos de estoque personalizados.

3- Em 2017, mais de 60% das organizações governamentais com um CIO e um diretor digital eliminarão uma destas funções.

4- Em 2017, 40% dos serviços públicos com soluções de medição inteligente utilizarão analíticos de big data baseadas na nuvem para atender às necessidades associadas a ativos, commodities, clientes ou faturamento.

5- Até o fim de 2015, um retorno do investimento (ROI) inadequado levará as seguradoras a abandonarem 40% de seus apps móveis voltados a clientes.

6- A ordem sequencial completa do genoma vai estimular um novo mercado para os bancos de dados médicos, com a entrada no mercado superando 3% até 2016.

7- Até 2017, os gastos com educação online primária e secundária aumentarão 25%, ao passo que as restrições orçamentárias manterão os gastos em categorias educacionais tradicionais estagnados.

8- Em 2018, cerca de 20% do faturamento das 100 maiores empresas virão de inovações resultantes de novas experiências de valor entre setores.

9- Em 2018, a impressão 3D resultará na perda de, pelo menos, US$ 100 bilhões ao ano, em propriedade intelectual, globalmente.

10- Em 2017, 15% dos consumidores responderão às ofertas relacionadas ao contexto com base em seus perfis demográficos e de compra.

11- Em 2015, 80% das empresas da categoria Life Science serão pressionadas por elementos de big data, revelando um retorno de investimento pequeno para os investimentos em TI.

Fonte: http://convergecom.com.br/