sábado, 29 de março de 2014

25 termos que todo empreendedor precisa saber

Veja uma lista de termos importantes para donos de pequenas empresas e startups

Cada indústria tem sua lista de jargões. No mundo do empreendedorismo são vários os termos que você vai encontrar pela frente ao longo de sua jornada. Como empreendedor, é importante que você esteja familiarizado com eles. Conheça uma lista com 25 termos que todo empreendedor precisa saber:

1. Aceleradora É o nome 'moderno' para as incubadoras. Enquanto as incubadoras estão mais ligadas a universidades e a projetos governamentais, as aceleradoras são financiadas com capital privado e apoiam startups, empresas de alto potencial de crescimento. A aceleração pode incluir apoio financeiro, mas está baseada principalmente no suporte à criação e ao desenvolvimento do negócio, com sessões de coach e mentoring durante um período.

2. Break-even Em português, um 'ponto de equilíbrio'. É quando os custos da empresa são iguais às suas receitas. Como tudo que a empresa recebe paga somente as despesas, o lucro (ou resultado do período), acaba sendo 0, nesse caso.

3. Capital de giro São os recursos financeiros utilizados para cobrir os custos do dia a dia da empresa e para sustentá-la entre o pagamento de despesas e o recebimento da receita de clientes.

4. Captação de recursos Obter investimentos, o que pode ser feito por meio de empréstimos bancários, agências de fomento, fundos de investimentos ou investidores-anjos. Descubra como captar recursos no curso online da Endeavor de Acesso a Capital.

5. Co-working Espaço de trabalho compartilhado por diversas empresas, que passam a poder se relacionar e a trocar conhecimentos.

6. Crowdfunding Obtenção de capital através de financiamento coletivo, em geral de pessoas físicas interessadas na iniciativa. Existem plataformas on-line especializadas nisso.

7. Crowdsourcing Forma de conseguir serviços/ajuda de forma colaborativa para geração de conteúdos, solução de problemas, desenvolvimento de novas tecnologias, geração de fluxo de informação e afins.

8. Early stage São consideradas empresas em early stage (estágio inicial) as que possuem até três anos de existência.

9. Elevador pitch Apresentação da ideia do negócio em aproximadamente 30 segundos (o tempo que uma pessoa passaria no elevador).

10. Empreendedorismo corporativo ou Intraempreendedorismo Significa empreender dentro da organização na qual se trabalha. O intraempreendedor enxerga nos problemas do dia a dia oportunidades de crescimento para a empresa, sendo capaz de inovar sistêmica e constantemente. Descubra como implementar uma cultura intraempreendedora em sua empresa no curso online da Endeavor sobre Cultura.

11. Empreendedorismo social O empreendedor social cria negócios com fins lucrativos, mas que propõem soluções inovadoras para problemas sociais ou ambientais, como lixo, educação e saúde. Ele está focado em mobilizar pessoas e trabalhar por uma causa para realizar verdadeiras transformações na sociedade.

12. Escalabilidade Capacidade de replicar o produto/serviço com facilidade atendendo a um grande público ou abrangendo um grande mercado consumidor. Aprenda a escalar o seu negócio para se tornar um empreendedor de alto impacto no curso online da Endeavor sobre como Escalar e Inovar.

13. Incubadora As incubadoras têm um perfil mais adequado para quem precisa de tempo e muito conhecimento para estruturar seu negócio. Depende de subsídios governamentais e provavelmente vai precisar de uma quantidade relativamente grande de investimentos para acontecer.

14. Investidor-anjo Os angels são profissionais experientes que têm capital disponível para investir em novos empreendimentos. Em troca desse capital, esperam um percentual da empresa investida.

15. MEI Sigla para 'Micro Empreendedor Individual', é a pessoa que trabalha por conta própria e se legaliza como empresário.

16. Mergers and Acquisitions (M&A) Termo em inglês para 'Fusões e Aquisições' (abreviado M&A), é tanto um aspecto da estratégia corporativa e finanças corporativas quanto compra, venda, divisão e combinação de diferentes empresas.

17. Networking Ter ou estabelecer uma rede de contatos. 'Fazer networking', como é empregado, costuma ser uma ótima forma de ampliar a qualidade de seus relacionamentos e transformá-los em benefício mútuo no meio profissional.

18. PME É a sigla para pequenas e médias empresas. Uma pequena empresa possui de dez a 49 funcionários. Já uma empresa de médio porte possui entre 50 e 249 funcionários.

19. ROI Sigla da tradução de 'Retorno sobre Investimento', corresponde a um percentual da quantidade de dinheiro ganho em relação à quantidade de dinheiro investido.

20. Seed capital Capital 'semente', aquele capital que se capta quando o negócio está em sua fase inicial, para que ele possa dar seus primeiros passos no mercado.

21. Spin-off Criação de uma nova empresa de produtos ou serviços inovadores, criados inicialmente a partir de um projeto em uma 'empresa-mãe'. Geralmente, os empreendedores do novo negócio trabalharam antes no desenvolvimento desse projeto na empresa-mãe, que gerou o spin-off.

22. Stakeholders Stakeholders são todos os impactados pelo negócio, sejam eles sócios, acionistas, funcionários, clientes ou segmentos da sociedade.

23. Startups Uma empresa projetada desde o início para ser grande! Eric Ries, autor do livro 'Lean startup', define startup como 'um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócios repetível e escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza'. Descubra ferramentas para começar o seu negócio no curso online da Endeavor para Startups.

24. Validação Ter alguém validando sua ideia, ou seja, se tornando um cliente, usuário, ou estando engajado de qualquer forma ativa em seu negócio, é o sinal verde de que ele pode dar certo. Mas a validação é um exercício constante, um processo que exige flexibilidade, agilidade e resiliência para recomeçar diversas vezes e não desistir.

25. VC (Venture Capital) Traduzido como 'capital de risco', os VCs apoiam empresas de pequeno e médio porte já estabelecidas e com potencial de crescimento. Com duração média de 5 a 7 anos, os recursos investidos financiam as primeiras expansões, levando o negócio a novos patamares no mercado.

Fonte: http://exame.abril.com.br/

segunda-feira, 24 de março de 2014

Finep aumentará em 60% crédito para inovação

A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) deve aumentar em quase 60% a contratação de crédito voltado à inovação neste ano. A projeção da instituição pública é contratar R$ 10 bilhões em 2014, em comparação a R$ 6,3 bilhões no ano passado, afirmou ao jornal O Estado de s. Paulo o presidente da Finep, Glauco Arbix. Todo esse volume será contratado dentro da principal aposta do governo para agilizar os investimentos em inovação, o plano "Finep 30 dias".

Lançada há seis meses, a iniciativa prevê uma resposta final da instituição para as demandas das empresas em até 30 dias. Até agora, a Finep recebeu 246 projetos de investimentos das 1.846 empresas cadastradas, totalizando uma demanda de R$ 17,9 bilhões. Depois de seis meses, a financiadora aprovou 87 projetos, que, somados, atingem R$ 9,2 bilhões. Parte desses recursos já foi contratada e até liberada, mas a maior parcela está em fase de contratação. "O fato é que a resposta (se o projeto foi aprovado ou não) saiu em até 30 dias", disse Arbix, que comanda a Finep desde o início de 2011.

Ao todo, 102 projetos foram indeferidos. Os técnicos da área de crédito negaram a liberação do dinheiro principalmente por problemas de enquadramento (a falta de garantias adequadas, ou capacidade financeira da companhia que demandou o crédito). Além disso, Arbix afirmou que o crédito voltado para inovação é específico. "Temos condições muito vantajosas para as empresas, por isso a demanda é sempre muito grande, mas trabalhamos com inovação", disse. "Não é qualquer investimento que vamos financiar."

De acordo com Arbix, a demanda por recursos para financiar o investimento em inovação tem aumentado no País, mas ainda está distante dos parâmetros dos países ricos. "A ambição tecnológica das companhias brasileiras está aumentando, porque elas têm, gradativamente, rompido com o estilo tradicional, de país fechado e acostumado a produzir sem competitividade. Mas ainda não estamos no grau de ponta, isso leva tempo", afirmou o presidente da Finep.

Risco

Para fazer frente à demanda e, ao mesmo tempo, fomentar mais investimentos em inovação e ciência e tecnologia no País, a instituição espera concluir ainda neste primeiro semestre a extensão do "Finep 30 dias" também para convênios e subvenção, o que deve aumentar o escopo do programa.

Além disso, a Finep deve criar uma área de risco de crédito e financiamentos, concluindo o processo de transformação em instituição financeira. "Isso vai permitir a captação de recursos no mercado, o que aumentará a musculatura da Finep", disse Arbix. O processo também fará com que a Finep passe a ser fiscalizada pelo Banco Central (BC). Com isso, o foco passará a ficar sobre os recursos desembolsados pela instituição, e não no volume contratado.

Banco

"Esta é uma outra filosofia, que tratamos junto ao Banco Central. O financiamento à inovação é diferente, não pode ser analisado sob a ótica do desembolso, porque liberamos o dinheiro aos poucos, acompanhando as empresas com que fechamos contratos de crédito", afirma. "Uma instituição financeira normal simplesmente libera o dinheiro de uma vez."

Frente aos R$ 6,3 bilhões contratados em 2013, a Finep efetivamente desembolsou R$ 3 bilhões. No ano anterior, o desembolso fora de R$ 2,1 bilhões, e em 2011, no primeiro ano da gestão Dilma Rousseff, de R$ 1,7 bilhão. "Se cumprirmos a meta de contratar R$ 10 bilhões em crédito neste ano, vamos dobrar os desembolsos", prometeu Arbix, projetando uma liberação de recursos de R$ 6 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: http://atarde.uol.com.br - por João Villaverde | Agência Estado

sábado, 22 de março de 2014

Como as Venture Capitals e Start-ups brasileiras escolhem se ‘casarem’?

Os processos decisórios de investidores em busca de empresas de alto impacto e, dos sócios de startups em busca de investidores que possam potencializar seus negócios possuem princípios muitos similares. Na essência, o (bom) relacionamento entre ambos é o fator principal para escolha na formação de uma sociedade entre empreendedores e investidores, no ambiente institucional brasileiro.

Até aqui, para a maioria das pessoas envolvidas no ecossistema empreendedor, não há grandes surpresas. Também, se considerarmos o fato de que as partes pretendem iniciar uma sociedade, que tem como base um relacionamento de longo prazo, é salutar imaginar que se o “namoro” não vai bem, melhor não selar o relacionamento.

Talvez o que mais tenha chamado a minha atenção ao pesquisar sobre o assunto é a sistemática desenvolvida por ambos, investidores (Venture Capitals) e investidos (start-ups) ao longo do desenvolvimento dos seus deals. Na pesquisa que conduzi, ao longo do segundo semestre de 2013, entrevistei quatro gestores de VCs e nove sócios de start-ups, num total de nove ‘matchings’, ou seja, negócios que acabaram em ‘casamento’ entre as partes. Com a pesquisa, foi possível entender o processo decisório de ambos, investidores e investidos, ainda que estes últimos tenham um processo menos estruturado que os primeiros.

As VCs realizam análises em profundidade sobre: o mercado, o modelo de negócio, os riscos, e, principalmente, o perfil do empreendedor por trás do negócio. No Brasil, houve uma “tropicalização” deste processo, conforme mencionado por alguns dos gestores entrevistados. É possível perceber maior intensidade no desenvolvimento do relacionamento interpessoal e, posteriormente, do envolvimento com a gestão. Essa tropicalização é característica presente em outros países emergentes como: Rússia, China e Coréia do Sul. Parte da explicação está na falta de instituições que apoiem o desenvolvimento de um ambiente estável e favorável ao empreendedorismo. A sistemática de análise pode ser lida e entendida também para ser aplicada pelo investidor Anjo.

O empreendedor, por sua vez, se apoia na experiência do investidor. Assim, por parte do empreendedor de alto impacto brasileiro, há expectativas de intervenção maior no seu negócio. Ou seja, o empreendedor espera que o investidor tenha participação muito próxima à gestão, por meio do aporte intelectual, da criação de contatos estratégicos, troca de experiência em negócios e em alguma medida na administração. É o Smart money intensificado pelas dificuldades de se empreender no Brasil. Pode-se aplicar a mesma expectativa dos empreendedores quando em busca de capital Anjo, uma peça estratégica ao negócio.

Conclusão: entender como estabelecer um relacionamento construtivo e alinhar as expectativas deve estar na pauta principal de quem busca um investidor ou quem pretende investir num negócio de alto impacto no Brasil. Para mais detalhes acessem a minha pesquisa: “Investidor e Investido: o processo decisório no matching entre Venture Capitals e Start-ups no Brasil.

Fonte: http://www.anjosdobrasil.net/blog.html - por Marcos Barcellos