segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Berço de inovação e empreendedores!

Ary Plonski, da Anprotec: “É preciso ter uma ideia clara do que é inovação, que sempre requer mudança tecnológica, mercadológica e organizacional combinadas”

Em uma entrevista pela CRN BRASIL, Quase no final de uma conversa, o professor Ary Plonski cita a frase do matemático e astrônomo grego Arquimedes: “Dêem-me um alavanca e um ponto de apoio, que moverei o mundo”. A analogia é forte e tem vínculo intrínseco ao cenário de empreendedorismo e inovação no Brasil atual. O bate-papo com o presidente da Anprotec (Associação Nacional das Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores) estendeu-se por mais de uma hora em uma sala na faculdade de administração e economia da Universidade de São Paulo e percorreu temas que foram muito além de incubadoras e parques tecnológicos, como pode ser conferido a seguir.

CRN Brasil – Como está o cenário de incubadoras e parques tecnológicos no Brasil?

Ary Plonski – Vem evoluindo positivamente por quatro razões, sendo duas de natureza geral e duas de natureza específica. As gerais são a elevada taxa de empreendedorismo no País, sendo que a relação entre os que empreendem por oportunidade e necessidade evolui favoravelmente para o primeiro grupo. O segundo elemento de contexto positivo em termos gerais é o fato de que inovação entrou para a agenda nacional. A ideia contaminou, no sentido positivo da palavra, a sociedade brasileira. Essas são duas questões de fundo.

CRN Brasil – E com relação a questões específicas?


Plonski – Uma é que o próprio resultado dos movimentos anima outras pessoas. Quando você tem bons exemplos, mais gente vai querer fruir essa mesma oportunidade. Os resultados estimulam o avanço. O quarto elemento dessa composição é que o tema do empreendedorismo está cada vez mais presente, por exemplo, no ambiente acadêmico. Antes, isso era uma coisa distante e, agora, há incubadoras e cursos sobre o tema em faculdades.

CRN Brasil – O contexto nos parques tecnológicos segue a mesma lógica?

Plonski – Há outras variáveis específicas e aí elas são bastante diversas e variam de acordo com o tipo de parque. Se pegarmos como exemplo o Rio de Janeiro, uma das variáveis é a atratividade para instalação de centros de P&D de companhias internacionais, IBMs e GEs da vida, pela proximidade de instituições de ensino de excelência, como a (Universidade) Federal do RJ e, também, pela vizinhança com um centro de pesquisa da Petrobrás, que é uma gigantesca plataforma de interesse para quem atua na área de pesquisa. Mas isso é apenas um exemplo para dizer que cada parque em uma localidade terá um conjunto de motivadores específicos.

CRN Brasil – A proliferação dos parques tecnológicas parece um movimento recente por aqui.

Plonski – O modelo não, mas a proliferação deles, sim. Uma estatística do último censo que fizemos (dezembro de 2008) indica 74 iniciativas que se autodenominam parques tecnológicos em operação, implantação ou projeto. Do total, dois terços eram iniciativas de poucos anos antes do estudo.

CRN Brasil – O que desencadeou isso?

Plonski – Em primeiro lugar, o avanço da inovação. Além disso, há um esforço para avaliar a nova competitividade dos territórios. O que tornava as cidades, regiões e estados competitivos historicamente eram recursos naturais e coisas desse do tipo. Agora, é preciso compreender os novos fatores de competitividade. Os resultados dos que investiram antes em parques tecnológicos mostraram resultados muito bons. Mas deixa eu inverter a entrevista e te perguntar: qual a principal fonte de geração econômica e de impostos de Florianópolis?

CRN Brasil – Sem pensar muito e de uma forma bastante superficial eu diria que é o turismo, mas analisando o contexto de nossa conversa, vou arriscar que é software.

Plonski – 100% das pessoas falariam que é o turismo. Mas números da prefeitura a partir de 2007 diziam que a contribuição das empresas de software dentro de Florianópolis, estando no parque tecnológico ou graduadas nas duas incubadoras da cidade, representam o dobro do turismo. Esse é um exemplo da nova competitividade dos territórios. Não que o turismo não seja uma âncora importante, mas que há novos fatores e oportunidades. Você não despreza as fontes tradicionais, mas busca outras formas de alavancar negócios.

CRN Brasil – Nos anos 90 houve uma explosão no número de incubadoras no País.


Plonski – A partir de 1994, com o Plano Real. Até então, com uma inflação incontrolável, o horizonte de tempo era muito curto. Numa sexta-feira, pensava-se o que fazer com o dinheiro até, no máximo, a segunda-feira seguinte. Com certa estabilidade, era possível arriscar compromissos maiores e olhando mais para frente.

CRN Brasil – É impressão ou começam a aparecer algumas incubadoras de cunho privado no Brasil?

Plonski – Tem algumas, não muitas. Recentemente a Telefônica abriu uma incubadora em um projeto que se chama Wayra. Eles tão seguindo essa iniciativa em diversos países.

CRN Brasil – Que vantagem tem uma empresa do porte da Telefônica de lançar uma incubadora?

Plonski – Minha percepção é que eles querem três coisas: criar um ecossistema de negócios inovadores nos quais poderão ter ou não interesse em alguns projetos que serão desenvolvidos lá, ou algo que tenha relação com sua atividade dentro de um ecossistema vibrante no qual eles consigam alguma sinergia. A segunda razão, na minha interpretação, seria uma forma excelente de a empresa estar próxima a jovens talentos e a terceira, acho, é alguma coisa positiva para a imagem da companhia em segmentos importantes. É uma iniciativa nova e aposta.

CRN Brasil – Há uma tendência de incubadoras privadas?

Plonski – São poucos casos ainda. Houve uma tendência em que apareceram algumas aceleradoras de negócio e muitas não deram certo.

CRN Brasil – A Anprotec tem alguma cartilha para empresas que eventualmente queiram seguir o mesmo caminho?

Plonski – Acho que ainda não temos maturidade para fazer uma cartilha, mas creio que o nosso papel é abrir espaço para que esses casos sejam apresentados e divulgados. Esperamos acompanhar essas iniciativas e torcemos para que outras empresas se inspirem, principalmente aquelas que já possuem uma sensibilidade para o tema.

CRN Brasil – O que vem por aí quando o assunto é incubadoras e parques tecnológicos?

Plonski – Há muito pela frente e as coisas mudam. Acho que, no caso de parques, há um movimento que passou por três fases, começando com o pioneirismo de algumas iniciativas que já completam 15 ou 20 anos; há um segundo momento, que foi de proliferação e, agora, o que sugerimos é um período de sistematização, ou seja, embora cada parque seja único, existem questões e desafios comuns. A lógica que trabalhamos é a de parque de terceira geração, que só faz sentido se estiver inserido em uma plataforma ou estratégia de desenvolvimento nessa nova fonte de competitividade.

Em incubadoras, o que trabalhamos muito é um programa chamado CERNE (Centro de Referência para Novos Empreendimentos), que faz com que elas, sistematicamente, se voltem mais para fora. Seu papel não é apenas cuidar das empresas incubadas, mas ser um núcleo de apoio ao empreendedorismo e inovação na sua cidade e microrregião. A tendência é a atuação como núcleo de desenvolvimento regional, no sentido mais elástico do termo e voltado para fora. O programa se inspira bastante em modelo de fora do País.

CRN Brasil – Que inspiração é essa?

Plonski – Na Europa, por exemplo, tem um modelo mais bonito e que nos inspiramos bastante que é o implantado em Barcelona, chamado 22@, que consegue, ao mesmo tempo, estimular empreendedores na região desde temas mais gerais, até questões mais específicas, que é incubar algumas dessas ideias. Até porque, em uma incubadora você vai poder atender um número limitado de empresas. Então, como mudar a escala, se não posso colocar toda hora mil novos empreendimentos no processo? É preciso prestar outro tipo de serviços para a sociedade.

CRN Brasil – Na sua visão, como o Brasil se posiciona no cenário mundial de inovação?

Plonski – A pergunta que sempre se faz é: sabemos que o Brasil é um país criativo. Em geral, não se discute isso; mas, somos um país inovador? A questão tem a ver com o entendimento mais claro do que se tem de inovação, que é um termo muito confundido com outros, como por exemplo, invenção. Uma frase bastante comum é “o Brasil publica tantos artigos científicos etc, mas o número de patentes vai mal. Conclusão: o Brasil não inova”. Como professor, daria nota zero aos que pensam assim. Patente é de invenção e não inovação, que são coisas distintas. É preciso ter uma ideia clara do que é inovação, que sempre requer mudança tecnológica, mercadológica e organizacional combinadas.

A pergunta é: somos um país inovador? Temos algumas condições de inovação presentes, tais como criatividade, inventividade mesmo sem patente, etc. Existem outras condições em que, geralmente, somos um pouco mais limitados, como a capacidade de gerir mudança (tecnológica, mercadológica e organizacional) de forma integrada, que é o que faz a inovação acontecer. Isso significa não só ter um novo conhecimento, mas empacotá-lo, precificá-lo, fazer os registros e vendê-lo. Entender que se trata de um conceito que traz implementação novos produtos, serviços ou processos na sociedade. Em suma, em alguns componentes estamos bem e, em outros, não tão bem assim.

CRN Brasil – O empresariado brasileiro tem conseguido trabalhar onde está mal e potencializar o que faz de bom?

Plonski – Há muitas ações sendo feitas para que isso ocorra. Você ouve críticas de que o empresário brasileiro não é inovador. Pode ser. Mas, para que ele fique mais tempo no mercado, tem que ser um herói por passar pelas maluquices pelas quais o Brasil passou, de enfrentar uma inflação exorbitante e toda a dificuldade de ser um empresário honesto e trabalhar direito. Isso não é uma coisa trivial. Claro que gostaríamos que inovasse mais, mas, vamos trabalhar para criar uma nova geração de empresários que tenha a inovação no DNA. Precisamos capacitar em questões como gestão. Não é necessário mostrar porque inovação é importante. Preciso dar condições para que a ideia se transforme em negócios, isso sim. Nosso papel é um pouco isso, ajudar a criar uma nova geração de empreendedores, para que a meninada saia e, ao invés de pensar em ser funcionário público, crie o próprio negócio. Empregabilidade não é apenas você trabalhar em uma grande companhia, mas criar seu próprio negócio.

CRN Brasil – A pergunta para tirar zero: esse negócio de registro de patente, então, não reflete o quão inovador é o Brasil?

Plonski – São coisas diferentes. Trabalhamos com as empresas incubadas a questão da propriedade intelectual e isso, em certos segmentos, é muito importante, como o farmacêutico, por exemplo. Em outros, não é relevante.

CRN Brasil – Em TI é importante essa questão da patente
?

Plonski – É menos, lembrando que a velocidade de novidades nesse mercado é grande. Peguemos o ciclo de vida de um produto de TI e verá que dura pouco tempo. Há poucos produtos com mais de dez anos. Tem o Windows, mas é difícil lembrar de muitos exemplos. No Brasil, leva-se de 9 a 11 anos para se conseguir uma patente, mas mesmo que fosse possível em três anos, talvez não fosse o tempo hábil necessário. Há uma certa fetichização das patentes, porque é fácil de contar. Não quero dizer que a propriedade intelectual no Brasil é brilhante, mas há um certo exagero. A patente dá uma ideia, mas tá cheio de patentes por aí que não valem nada.

CRN Brasil – Muita gente critica o ambiente empreendedor nacional. Há motivos pra isso?

Plonski – Há uns casos onde o ecossistema traz alguns elementos de inovação dramaticamente mais favoráveis do que no Brasil. Um deles é o cenário de capital de risco (venture capital). E ele é menor aqui ainda por várias razões: não tem mercado de saída, mas há coisas sendo feitas que vão desde a criação de grupos de investidores anjo, para pegar o pessoal do começo até outras ações. A BM&FBovespa entrou como associada à Anprotec, por exemplo, porque procura seus novos clientes. Claro que não é agora que vai mudar, mas, daqui a pouco, talvez tenhamos uma nova Bematech, que foi um negócio que nasceu incubado. Queremos ajudar a criar novas Bematechs, para que elas entrem no mercado. Há um conjunto de fatores subjetivos também. Fazer crítica é um esporte nacional. Em geral – e uma coisa que me incomoda – é que a culpa é sempre do outro. A empresa diz que a universidade não quer nada; a universidade diz que a empresa não se interessa por inovação e os dois dizem que o governo é incompetente. Tem um pouco disso. A questão é – e trabalhamos para isso – para criar exemplos positivos.

CRN Brasil – Há, ainda, aquele velho chavão que diz que se o Bill Gates fosse brasileiro, a Microsoft seria uma empresa de garagem.

Plonski – Vamos partir da premissa de que esse argumento é correto. Como, apesar disso, a Bematech chegou onde está? Vamos olhar esse caso e ver como “apesar disso” esses exemplos podem ocorrer e trabalhar para diminuir as dificuldades, não para encontrar nas adversidades argumentos para não fazer nada.

CRN Brasil – Até que ponto o setor de TI e Telecom está conectado ao ambiente de incubadoras?

Plonski – Ainda, a principal categoria econômica das empresas graduadas é de tecnologia da informação. Há algumas razões para isso. Uma delas é porque TI é um coração de mãe… cabe muita coisa.

CRN Brasil – Deve mudar alguma coisa quando falamos em capital empreendedor (venture, seed e angel capital)?

Plonski – Quem olhar no conjunto verá que os interesses estão nos andares superiores, ou seja, no private equity. Mais abaixo, tem ocorrido iniciativas como a da Finep, estimulando a fazer esse tipo de ações para outros patamares de investimento. Isso vai aumentar. Por exemplo, neste momento, existem apresentações ao BNDES para criar um fundo de apoio a pequenas e médias empresas de tecnologias limpas. Lembrando o velho Arquimedes “me deem uma alavanca e um ponto de apoio, que moverei o mundo”. Não que tenhamos exclusividade nessa questão, mas diria que, para mover o Brasil no campo da inovação, é necessário alavancas, que são recursos, e pontos de apoio, que podem ser essas 420 incubadoras e parques tecnológicos.


Fonte: http://crn.itweb.com.br

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Como ganhar R$1 milhão na internet?

São Paulo - Passava das três horas da tarde de uma segunda-feira, 15 de agosto, em São Paulo. Perto da sempre movimentada Avenida Paulista, no subsolo de um grande hotel, 44 empreendedores foram organizados em quatro turmas. O destino deles, sozinhos ou com seus grupos, era uma das quatro mesas comandadas por um dos executivos de um grande fundo americano de investimentos, o Redpoint Ventures, que investiu em quatro empresas brasileiras nos últimos 12 meses.

Ao entrar na sala, com um misto de ansiedade e empolgação, os empreendedores eram destinados às quatro mesas para o início de uma sabatina de 15 minutos, em inglês, sempre encerrada pelo som de uma campainha e a entrada de outro grupo. Em seis rodadas, 22 equipes apresentaram suas ideias. Com uma dinâmica tão rápida, a mesa de comidinhas no canto da sala permaneceu intocada. De lá só saíram algumas garrafas de água mineral e uma latinha de guaraná, consumida com prazer por um dos americanos.

Quando a sabatina acabou, duas horas depois, Pueo Keffer, investidor que comandava o evento, correu para outra reunião. Era a pressa de não perder bons negócios no Brasil. Definitivamente, entramos no radar do Vale do Silício. Até pouco tempo atrás, cenas como essa seriam impensáveis no país, mas agora devem se tornar mais frequentes. No último ano, investidores estrangeiros, sobretudo americanos, têm visto nas startups brasileiras — e nas nem tão iniciantes assim — um grande potencial. O bom momento econômico do país ajuda a diminuir o risco do aporte estrangeiro de capital. E as startups começam uma corrida em busca de seu primeiro R$ 1 milhão.

“Nunca vi uma onda de interesse no Brasil como a atual”, afirma Bedy Yang, brasileira de origem chinesa que mora no Vale do Silício há três anos e fundou a Brazil Innovators, entidade que faz a ponte entre empreendedores nacionais e investidores estrangeiros. Foi Bedy quem coordenou a vinda de cerca de 50 investidores ao país em abril, no projeto Geeks on a Plane (Geeks no avião), que faz excursões a vários continentes em busca de oportunidades. O grupo passou por São Paulo e Rio de Janeiro e teve a chance de conversar com muitos empreendedores.

Mais do que uma bolha

As startups com modelos de negócios baseados em produtos e serviços comercializados pela internet são as que têm conseguido maior volume de investimentos internacionais. Segundo levantamento da consultoria Ernst & Young, empresas brasileiras receberam, no ano passado, 4,6 bilhões de dólares em investimentos dos tipos private equity e venture capital. Isso representa 70% do valor destinado à América Latina e o grupo da tecnologia só perdeu para o setor financeiro.

As razões para o otimismo em relação ao Brasil estão na ascensão da nova classe média, popularização da banda larga doméstica, crescimento do comércio eletrônico e ampliação do número de smartphones em uso. A expansão lenta da internet nos últimos anos atrasou o boom de negócios que dependem da rede, hoje os líderes absolutos em investimentos.

A crise econômica vivida por Estados Unidos e Europa também ajuda a despertar o interesse dos investidores por outras regiões. Se há três anos os holofotes estavam voltados para a China, agora eles foram direcionados para nós. E não são só os fundos americanos que apostam nas companhias brasileiras. “A Espanha passa por um momento difícil e isso faz o retorno do investimento no Brasil ser muito superior”, diz Carlos Martín, do IG Expansión, um fundo de venture capital e private equity espanhol que investiu no portal de viagens Viajanet, voltado às classes C e D, e no clube de compras BrandsClub. Outros dois projetos ainda não lançados também receberam dinheiro do fundo.

O risco desse interesse crescente e dos investimentos estrangeiros é o surgimento de uma bolha nacional na internet, com startups supervalorizadas artificialmente. Mas o momento agora é diferente daquele visto no início dos anos 2000, quando a bolha da web estourou. “Hoje os empreendedores têm mais acesso a capital. No tempo da bolha não havia investimento de risco”, diz Paulo Humberg, CEO do BrandsClub, e um dos pioneiros nos negócios pela internet no país. “As empresas que hoje recebem uma avaliação alta de seu potencial são negócios reais que geram faturamento e lucro significativos. Há uma diferença real entre o presente e os anos 2000”, diz Pueo Keffer, do fundo Redpoint Ventures.

Uma boa parte do dinheiro captado está sendo destinada à segunda geração de empreendedores da web, principalmente aos jovens de até 30 anos que não viveram a bolha das empresas pontocom. Na sua maioria, os investidores buscam projetos de internet, software e aplicações móveis, sobretudo apoiados em modelos que já fizeram sucesso em outros países.

Um exemplo são os sites de compras coletivas, como Peixe Urbano e ClickOn, réplicas tropicalizadas do americano Groupon, o pioneiro. Chamados com ironia de copycats (imitador, em português), esses projetos, quando bem gerenciados, têm modelos de negócios viáveis, com retorno no curto e médio prazos. “Com uma ideia que funcionou nos Estados Unidos e um talento razoável é fácil captar dinheiro”, afirma Martín, do IG Expansión.

Os empreendedores brasileiros já perceberam o bom momento e não estão perdendo tempo. Muitos têm testado na internet versões beta de uma série de protótipos. Assim, além de avaliar a viabilidade imediata de seus projetos, ainda conseguem ter algo para mostrar a investidores com um mínimo de resultado. “A internet tem um cenário muito fértil e você precisa de menos investimento inicial para começar um negócio. É mais trabalho e menos capital”, diz Paulo Veras, criador do Guidu, um portal de recomendações de entretenimento, e ex-CEO da Endeavor, ONG que apoia o empreendedorismo.

Não é difícil encontrar projetos brasileiros que receberam investimentos e estão fazendo sucesso como réplicas de modelos americanos. Veja o caso do Hotel Urbano. O projeto começou com um site de compras coletivas, mas seus idealizadores logo perceberam que o modelo caminhava para a saturação. Hoje existem mais de 1 200 sites desse tipo no país. Os irmãos José Eduardo, 28 anos, e João Ricardo Mendes, 30, resolveram apostar no turismo. O Hotel Urbano começou a operar oficialmente em janeiro deste ano e apenas 21 dias depois despertou a atenção do fundo Insight Venture Partners, que participou, entre outras empresas, de uma das rodadas de investimento no microblog Twitter.

Dois meses de negociações e o acordo foi fechado. O fundo ficou com um terço da empresa. O Hotel Urbano é um portal que trabalha com reservas em hotéis do mundo todo e a venda de passagens aéreas e rodoviárias. O site resolveu agora apostar no Facebook. “Nossa loja dentro do Facebook já responde por 4,3% do faturamento”, diz José Eduardo. A projeção de receita do Hotel Urbano para os primeiros 12 meses depois do negócio com o Insight Venture Partners, consolidado em abril, é de 100 milhões de reais. Até o fim do ano, o negócio também estará em operação na Argentina e deve chegar ao Chile, Peru e México no ano que vem. Além do Hotel Urbano, os irmãos Mendes tocam, desde 2007, o ApetreXo, um site de comércio eletrônico que deve fechar 2011 com a oferta de 10 mil produtos e faturamento de 40 milhões de reais. Para ter sua loja no Facebook, o Hotel Urbano usou a tecnologia de uma outra startup, a LikeStore. Aberta oficialmente em agosto, a empresa consegue viabilizar compras totalmente dentro da rede social e aproveita a influência dos amigos para estimular o consumo. O publicitário Gabriel Borges e outros quatro investidores usaram capital próprio para levantar os 2 milhões de reais necessários para começar a operação

Dois meses de negociações e o acordo foi fechado. O fundo ficou com um terço da empresa. O Hotel Urbano é um portal que trabalha com reservas em hotéis do mundo todo e a venda de passagens aéreas e rodoviárias. O site resolveu agora apostar no Facebook. “Nossa loja dentro do Facebook já responde por 4,3% do faturamento”, diz José Eduardo. A projeção de receita do Hotel Urbano para os primeiros 12 meses depois do negócio com o Insight Venture Partners, consolidado em abril, é de 100 milhões de reais. Até o fim do ano, o negócio também estará em operação na Argentina e deve chegar ao Chile, Peru e México no ano que vem. Além do Hotel Urbano, os irmãos Mendes tocam, desde 2007, o ApetreXo, um site de comércio eletrônico que deve fechar 2011 com a oferta de 10 mil produtos e faturamento de 40 milhões de reais. Para ter sua loja no Facebook, o Hotel Urbano usou a tecnologia de uma outra startup, a LikeStore. Aberta oficialmente em agosto, a empresa consegue viabilizar compras totalmente dentro da rede social e aproveita a influência dos amigos para estimular o consumo. O publicitário Gabriel Borges e outros quatro investidores usaram capital próprio para levantar os 2 milhões de reais necessários para começar a operação

A startup segue a linha da americana Payvment e enfrenta a concorrência de outra empresa nacional, a E Like, mas tem tudo para crescer. A boa sacada foi oferecer uma plataforma em que qualquer pessoa pode criar sua loja no Facebook sem gastar um tostão. A receita da LikeStore vem com a comissão sobre cada venda, que está hoje em 2% do valor pago pelo consumidor. Além disso, outros 5,9% mais uma taxa fixa de 0,39 real são destinados ao MoIP, serviço de pagamentos.

“O ticket médio das compras é de 120 reais e esperamos atingir 18 milhões de reais no primeiro ano de operação”, diz Gabriel Borges. Nos dois meses da fase beta, antes do lançamento oficial, a LikeStore criou cerca de 960 lojas, incluindo a de grandes marcas, como a do joalheiro carioca Antonio Bernardo.

O comércio eletrônico com base em rede social ganha cada vez mais relevância. O modelo da LikeStore, conhecido como Facebook Commerce (ou F-commerce), é uma tendência, pois alia compras a indicações de amigos presentes na rede social e já é visto em operações de marcas como Disney, Starbucks e Levi´s. “O Facebook estimula a criação de um ecossistema que permite novos negócios. No F-commerce, a empresa usa a estrutura do Facebook como moldura para realizar vendas no site”, diz Alexandre Hohagen, vice-presidente do Facebook para a América Latina. “A Amazon, por exemplo, pode avisar a um usuário do Facebook que o aniversário de um amigo está próximo e indicar presentes relacionados ao gosto pessoal dele.” Outro modelo que faz sucesso nas redes é o dos jogos sociais, como os criados pela americana Zynga. A carioca Gazeus Games investiu numa fórmula consagrada: levou para o Facebook jogos de cartas como tranca, truco e buraco. Agora está lançando um novo game, o Music City, em que o jogador gerencia a carreira musical de um artista virtual. A Gazeus surgiu da união de duas empresas, a Gazzag, que já foi rede social e hoje dedica-se a games sociais, e a Odysseus, que também fazia jogos e mantinha o site Jogatina.

Obteve investimento do fundo Mosaico, em 2010, e este ano planeja faturar 20 milhões de reais. “Nosso modelo de negócios está baseado na assinatura dos jogos e na venda de bens virtuais”, diz Guilherme Pereira e Oliveira, 41 anos, presidente da Gazeus. Um dos fundadores do site de namoro Par Perfeito, Oliveira está em sua terceira startup.

O que é melhor hoje? Copiar ou partir para uma ideia totalmente nova? Fundos nacionais, especialmente os públicos, destinam mais verba para ideias novas. “Muito do capital disponível no Brasil está nas mãos de investidores avessos a apostar na inovação não comprovada. Isso sinaliza uma direção errada aos empreendedores, que se preocupam menos com a inovação e mais com o dinheiro”, diz Yuri Gitahy, da Aceleradora, empresa que ajuda a acelerar projetos de startups.

Gitahy afirma que é importante que os empreendedores busquem o capital na hora certa, seja para um modelo adaptado ou para um totalmente inovador, que pode ser muito mais rentável. O estímulo financeiro a cópias pode gerar um certo comodismo.

Mas ainda há espaço para boas ideias. “Se chega a mim um projeto com escala global, sem paralelo nos Estados Unidos, tenho interesse em olhar e investir. O problema geralmente é como levar para o segundo estágio, para conseguir investimentos de venture capital”, diz Cassio Spina, da Anjos do Brasil, associação privada que aproxima empreendedores e investidores-anjo.

Mesmo com uma fórmula pronta, para fazer sucesso com um copycat não basta estar no mercado. “A réplica não é o único caminho, mas ele é muito viável. Implementar daqui um modelo de fora requer, sim, muita inovação”, diz Michael Nicklas, diretor do fundo Ideiasnet. “Qualquer negócio é formado por 90% de execução e 10% de inovação. Você não pega um modelo e executa direto em outro país. É precisa adaptá-lo.”

Não há dúvidas de que o atual grupo de novos empreendedores está mais maduro, mas isso não é garantia de sucesso. “Das mais de 2 200 empresas que estão ou já passaram pelo BizSpark, cerca de 30% morreram. O importante é que a empresa morre, mas o empreendedor, não. Ele deve buscar outros negócios”, diz Silvia Valadares, gerente de desenvolvimento da economia local de software da Microsoft. O programa BizSpark, da Microsoft, completará três anos em novembro e acompanha novas empresas, investindo indiretamente, com licenças de software e consultoria.

Os investidores destacam que os brasileiros ainda precisam ter mais visão de longo prazo e ímpeto gerencial. “Às vezes precisamos buscar empreendedores de fora para gerenciar negócios no Brasil”, afirma Martín, do fundo espanhol IG Expansión. Isso acontece porque o brasileiro ainda não está acostumado a sair da universidade com a convicção de abrir uma empresa. As primeiras opções costumam ser encontrar sempre um emprego público ou numa multinacional. “Nos Estados Unidos, a primeira coisa que os estudantes pensam é ter uma startup de sucesso. É preciso conviver com essa possibilidade na universidade”, diz Bedy Yang, da Brazil Innovators. O paulista André Nazareth sempre quis abrir uma empresa, mas não sabia quando seria o momento certo. Depois de uma temporada de um ano no Japão, voltou com uma ideia e a apresentou aos amigos Danilo Campos, Bruno Branta e Luciano Frezzatto, do curso de engenharia da computação da Unicamp. “Mostrei e já começamos a modificá-la. Não existe uma ideia espetacular que vai mudar o mundo. O que existe é uma ideia bem trabalhada”, diz Nazareth. Das conversas nasceu o MeuCarrinho, um comparador de preços de produtos vendidos em supermercados com uma versão para web e outra para smartphones.

O consumidor usa a câmera do celular para ler o código de barras do produto e, assim, comparar o preço com o praticado em outros supermercados. Ainda em versão protótipo, o projeto foi um dos quatro vencedores do desafio Sua Ideia Vale 1 milhão, lançado pelo site BuscaPé, que comprou 30% do projeto, por 300 mil reais. “Para nós o BuscaPé é mais do que um investidor. Há uma sinergia muito grande entre as empresas e eles têm o conhecimento de mercado de que precisamos”, afirma Nazareth.

Não são só os investidores que se interessam pelo Brasil. Empreendedores estrangeiros também estão de olho no país. É o caso dos argentinos Frank Martin e Franco Silvetti, ambos de 26 anos, fundadores do serviço Restorando, que divide suas operações entre Buenos Aires e São Paulo. Sucesso portenho, o site faz reservas online em restaurantes e licencia um software para os estabelecimentos organizarem as mesas. “Mais de 70% dos nossos recursos serão investidos no Brasil”, diz Martin. O Restorando cresce 300% ao mês e espera somar 1 600 restaurantes até o fim deste ano, metade em cada país.

No final de 2010, a startup dos argentinos recebeu um aporte de capital do fundo de investimento Atomico, criado por Niklas Zennström, um dos fundadores do serviço de telefonia Skype.

O Atomico investiu também no CinemaKi, portal de cinema criado em Buenos Aires que usa dados das redes sociais para indicar filmes. Ainda sem escritório no Brasil, o site já fechou parceria com o canal de cinema do iG. O negócio inclui um aplicativo para celular que localiza os cinemas mais próximos de onde estão os consumidores. No futuro, incluirá recomendações de amigos, para facilitar a escolha dos filmes. “Temos 1,3 milhão de visitas mensais, mas nosso objetivo é chegar a 10 milhões até o final de 2012”, diz o argentino Matías Garcia, um dos fundadores.

Já o Baby.com.br, portal criado por dois americanos, deve começar a operar até o fim do ano, com a venda de produtos para bebês e crianças de até três anos. A ideia não é nova e surgiu quando um dos sócios, Kimball Thomas, teve dificuldades para encontrar fraldas para seu filho durante férias no Rio de Janeiro. Formado na Harvard Business School, Thomas associou-se ao primo Davis Smith para abrir o negócio no Brasil.

Eles não divulgam o valor do capital que receberam, mas dizem que está entre os maiores que uma startup já teve no país. “O site terá tudo o que uma mãe precisa comprar enquanto o bebê dorme”, afirma Smith, pai de duas meninas. Ele resume em uma frase o sentimento que parece coletivo: “Acreditamos no Brasil”. Os investidores estrangeiros também, para alegria dos 44 empreendedores ouvidos em São Paulo pelo Redpoint Ventures. Agora eles aguardam ansiosos por uma resposta positiva do fundo.

Fonte: http://info.abril.com.br

domingo, 23 de outubro de 2011

Venture Capital é tema do próximo Debate FINEP.

A experiência da FINEP com investimentos de venture capital no apoio a empresas inovadoras no Brasil será o tema do próximo Debate FINEP, que acontece no dia 25 de outubro, às 10 horas, no Espaço Cultural FINEP. O debate contará com a presença de Álvaro Gonçalves, Diretor Executivo do Grupo Stratus e ex-Presidente da Associação Brasileira de Private Equity & Venture Capital – ABVCAP, e de Patrícia Freitas, Superintendente da Área de Investimento da FINEP. A abertura será feita pelo presidente da Financiadora, Glauco Arbix, e mediada pelo presidente da Associação Brasileira de Private Equity & Venture Capital – ABVCAP, Sidney Chameh.

O investimento de venture capital é amplamente reconhecido como um dos mais poderosos instrumentos de apoio às empresas inovadoras. Em muitos países, essa modalidade de investimento vem tendo papel fundamental na consolidação de setores intensivos em conhecimento, estimulando a criação e o crescimento de empresas que trazem ao mercado os resultados do trabalho de universidades e institutos de pesquisa. Apple, Google e a brasileira Lupatech são alguns exemplos de empresas que contaram com o apoio decisivo do venture capital em suas trajetórias de crescimento.

No venture capital, investidores – desde pessoas físicas até fundos de investimento formalmente constituídos – buscam adquirir participação societária em empresas que tenham perspectivas extraordinárias de crescimento e rentabilidade, agregando a essas empresas benefícios como uma maior profissionalização da gestão, estímulo a práticas de governança corporativa, abertura de canais estratégicos de comercialização e o compartilhamento de decisões estratégicas.

No Debate FINEP, Patrícia Freitas apresentará um panorama dos investimentos da FINEP em venture capital – desde seed capital até private equity –, abordando suas principais atividades e resultados até o momento, buscando contextualizar o apoio a fundos de venture capital como política central de investimento público e privado em empresas inovadoras.

Desde a criação do Inovar, iniciativa da FINEP voltada para essa área, já foram aprovados 26 fundos, dos quais 19 estão em operação, cinco em fase de captação e um completamente desinvestido em 2008. Ao todo, a FINEP, por intermédio dessas medidas, já efetuou investimentos em mais de 80 empresas inovadoras. O Inovar já comprometeu cerca de R$ 4 bilhões em fundos.

Álvaro Gonçalves apresentará a experiência do Fundo Stratus GC – aprovado através do 1o Chamada Inovar Fundos da FINEP – abordando seu processo de captação, a tese de investimento, o papel do gestor de fundos no crescimento das empresas investidas, os resultados do fundo e visão da Stratus sobre inovação como investimento viável e lucrativo.

Após o investimento em oito empresas inovadoras e já tendo feito seis desinvestimentos (venda das companhias), o Fundo Stratus GC I, no qual a FINEP aportou R$ 4,8 milhões por intermédio do Inovar Fundos, retornou até agora mais de R$ 10 milhões para a Financiadora. A previsão é de que o retorno final aumente quando o Fundo receber os saldos referentes às vendas já realizadas, e quando os desinvestimentos nas duas últimas empresas da carteira, Senior Solution e Neovia, acontecerem.

A série Debate FINEP foi criada com o objetivo de estabelecer um espaço aberto e permanente de discussão entre a Financiadora de Estudos e Projetos e a sociedade, para subsidiar a construção de ações de apoio à inovação de forma democrática, transparente e eficiente. Participam dos debates interlocutores internos e externos à FINEP, que contribuam para o acúmulo de conhecimento sobre políticas de fomento a C,T&I - Ciência, Tecnologia e Inovação.

Serviço

Debate FINEP - "A experiência da FINEP com investimentos de venture capital no apoio a empresas inovadoras"
Data: 25 de outubro de 2011
Horário: 10 horas ao meio-dia
Local: Espaço Cultural FINEP - Praia do Flamengo, 200, pilotis, Rio de Janeiro.
Entrada franca. Não é necessário realizar inscrição prévia.
Informações: debate@finep.gov.br


Fonte: http://www.finep.gov.br

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Criatec, fundo do BNDES para micro e pequenas empresas inovadoras, encerra em novembro período de investimento.

O Criatec, fundo para micro e pequenas empresas inovadoras desenvolvido pelo BNDES, encerra no próximo mês de novembro seu período de investimento. Até lá, todas as metas estabelecidas para os quatro primeiros anos terão sido alcançadas e, com isso, pelo menos 36 empresas nascentes de variados setores e regiões do País terão acessado o capital semente.

Em conformidade com o planejamento original, a partir do próximo mês terá início o ciclo de desinvestimento, com duração prevista até novembro de 2017. Nessa fase, a preocupação dos gestores do Criatec se deslocará da prospecção de empresas para a aceleração dos negócios.

O patrimônio comprometido do Fundo é de R$ 100 milhões, 80% subscritos pelo BNDES e 20% pelo BNB, sendo que, por estratégia de construção do portfólio, parcela desses recursos (R$ 20 milhões) foi reservada para a efetivação de novos aportes em empresas já investidas. Assim, além do aporte inicial de até R$ 1,5 milhão, as companhias que estiverem com desempenho acima da média poderão receber, na fase de aceleração, novos investimentos até o teto de R$ 3,5 milhões.

Capital semente – O Criatec é uma bem-sucedida iniciativa do BNDES envolvendo capital semente. A atuação do Banco nesse nicho é fundamental, tendo em vista a preferência dos investidores privados por fundos de menor risco, como os de venture capital e private equity.

Diversos fatores explicam o êxito da iniciativa em sua primeira etapa. A bem desenhada estrutura de governança é um deles. A administração foi entregue a um gestor nacional, o consórcio Antera-Inseed, que, por contrato, selecionou gestores regionais nos Estados de atuação do fundo: Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, Ceará e Pará.

Tais gestores foram selecionados nos próprios sistemas locais de inovação. A estratégia de construção do portfólio, por sua vez, seguiu diretrizes bastante claras no sentido de garantir a distribuição do investimento em termos regionais, setoriais e por estágio de crescimento das empresas.

Para atender a essa última exigência, as companhias foram classificadas em quatro categorias: prova de conceito (sem faturamento), decolagem (faturamento anual de até R$ 1,5 milhão), expansão (faturamento anual entre R$ 1,5 e R$ 4,5 milhões) e late seed (faturamento anual entre R$ 4,5 e 6 milhões).

Fonte: http://www.bndes.gov.br

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Empresas nascentes se apresentam no 11º Seed Forum FINEP!

Empreendedores inovadores têm a chance de ficar frente a frente com os maiores investidores de capital semente do país - tanto instituições, como pessoas físicas (anjos). Durante o 11º Seed Forum Finep (fórum de capital semente), 16 empresas fluminenses de base tecnológica terão a oportunidade de apresentar negócios promissores e fechar parcerias para obtenção de capital. O evento acontece dia 21 de outubro de 2011, na Bolsa do Rio, e as informações sobre as inscrições podem ser obtidas no telefone (21) 2555-0847 ou por intermédio do e-mail forum@finep.gov.br.

Desde 2000, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), via Inovar, já realizou 34 fóruns, tendo capacitado e apresentado para os investidores cerca de 300 empresas. Aproximadamente 20% desses empreendimentos foram investidos após os fóruns.

No dia 27 de setembro, um workshop apresentou para cerca de 50 investidores anjos os benefícios do Seed Forum e do investimento em negócios nascentes. O objetivo era fornecer um conjunto mínimo de conhecimentos e ferramentas necessárias para a prospecção, valoração, negociação e legalização de investimentos em startups inovadoras.

Esta nova ação faz parte agora do processo de elaboração dos fóruns. O papel da Finep é o de atrair os investidores anjos, um capital ainda pouco mobilizado, para investimentos em empresas nascentes que se diferenciam pela inovação.

Temas como estratégia de negociação, acompanhamento e governança de empresas, aspectos jurídicos de operações de investimento, além de apresentações de casos de sucesso, estiveram na pauta. Foram ouvidos diversos especialistas do mercado de venture capital.

INVESTIMENTO ANJO

Até pouco tempo desconhecido no Brasil, o conceito de investimento anjo vem conquistando espaço nos negócios realizados por aqui. Geralmente, está relacionado a profissionais com ampla experiência de mercado ou empreendedores que já venderam suas empresas e estão em busca de novas oportunidades de investimento.

Atuando sozinhos ou unidos a outros anjos nas chamadas associações ou redes de anjos, buscam participação em projetos com alto potencial de valorização e retorno, mas que, devido ao estágio de desenvolvimento das empresas, também apresentam riscos consideráveis.

Nos Estados Unidos, este tipo de investimento é muito comum e representa uma das principais fontes de financiamento para firmas nascentes inovadoras. Em 2010, os anjos norte-americanos aplicaram US$ 20 bilhões em cerca de 62 mil empresas inovadoras. A gigante Google, por exemplo, teve sua gênese condicionada à "bênção" de alguns anjos.

SELEÇÃO DO SEED FORUM


Para o Seed Forum, são selecionados empreendimentos em estágio pré-operacional ou operacional com faturamento de até R$ 16 milhões/ano. Após o período de inscrição, acontece a pré-seleção dos projetos, realizada por uma equipe especializada da Finep.

A partir daí, os empreendimentos pré-qualificados são convidados a se apresentarem à banca de seleção do evento, composta por analistas da Financiadora, consultores de mercado e investidores. Este time de especialistas define quais empreendimentos efetivamente participarão do Seed Forum.

Os selecionados, então, seguem para um período de dois meses de treinamento promovido pela Finep e seus parceiros, no qual são abordadas questões tecnológicas, mercadológicas e financeiras, além do aperfeiçoamento das apresentações aos investidores.

O 11º Seed Forum Finep será realizado em parceria com o Instituto Educacional BM&FBovespa, a Rede de Tecnologia e Inovação do Rio de Janeiro (Redetec), a Rede de Incubadoras, Parques Tecnológicos e Pólos do Rio de Janeiro (ReINC) e a Gávea Angels, com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) / Fundo Multilateral de Investimentos (Fumin).

Fonte: www.finep.gov.br

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Empreendedorismo e a inovação dos negócios!

Empreendedorismo é o motor da economia capitalista capaz de promover o desenvolvimento, através da “destruição criativa”, processo definido por Schumpeter como sendo o impulso que aciona e mantém a chama acesa do sistema capitalista, de uma forma constante, na criação de novos produtos, novos processos, novos mercados

Empreendedorismo é o motor da economia capitalista capaz de promover o desenvolvimento, através da "destruição criativa", processo definido por Schumpeter como sendo o impulso que aciona e mantém a chama acesa do sistema capitalista, de uma forma constante, na criação de novos produtos, novos processos, novos mercados. A inovação alcança o produto, a produção e a distribuição. Para Filion (1991), os indivíduos, além de inovadores, são pessoas criativas, e mantêm um alto nível de consciência do ambiente em que vivem para identificar e agarrar oportunidades de negócios lucrativos.

"O que você faz para inovar"? "De que jeito se inova"?

A inovação pode ocorrer de duas formas: a inovação incremental e a inovação radical. A primeira acontece, quando o empreendedor proporciona melhorias constantes naquilo que já existe, no seu produto, processo ou serviço. A Gillette, fabricante de aparelhos de barbear, fez a inovação incremental no momento em que fabricou Prestobarba de duas lâminas, depois lançou outro aparelho de duas lâminas móveis, e atualmente existe o aparelho de barbear de até cinco lâminas. É uma inovação incremental, pois foi realizada aos poucos, aperfeiçoando o que já existia. Quando a Gillette resolver criar um novo prestobarba, bem diferente, em vez de usar lâmina, começar a utilizar laser para barbear; um aparelho a laser. Assim, vai ocorrer a inovação radical, ou seja, você muda a lógica de seu produto ou do seu processo. Inovação também é mudar a forma de se realizar uma tarefa no trabalho ou identificar um novo mercado para a organização.

Eis os principais tipos mais comuns de inovação:


De produto: mudanças em bens e serviços que uma empresa oferece. Exemplo; o Ipod da Apple, comparado com outros tocadores portáteis de música, que inovou tanto na tecnologia utilizada , como também no design do produto;

De processo : mudanças na forma em que os produtos são criados e entregues. A venda de livros pela Internet é uma inovação de processo, com o pioneirismo nos anos 90 da Amazon;

De posicionamento: mudanças no contexto em que produtos ou serviços são introduzidos. Exemplo: o posicionamento das sandálias havaianas, que foi completamente mudado, saindo de um posicionamento inicial de produto popular, de baixo valor, para se posicionar como um produto mais ligado ao mundo da moda, com um preço mais elevado e maior valor agregado;

Organizacional:
a própria mudança em estrutura e procedimentos organizacionais, com a implantação de novas técnicas de gerenciamento. Como exemplo, podemos citar a implementação de sistemas de gerenciamento da cadeia de fornecimento ou de um SAC;

No modelo de negócios: a mudança no modelo de negócio adotado pela empresa para comercializar seu produto ou serviço; a criação de um modelo de negócios que elimina todos os intermediários entre o fabricante e os consumidores, como foi o caso da Dell Computadores que começou em 1984, a vender computadores, diretamente aos consumidores.

A inovação do Circo.

Na estratégia do oceano azul, da inovação de valor, os autores, W.Chan kim e Renée Mauborgne, procuram mostrar como uma empresa pode navegar no oceano azul, criando novos mercados e sendo possível tornar a concorrência irrelevante. As oportunidades no oceano azul estão aí para quem chegar primeiro. E aquele que se posicionar em primeiro lugar, ganha o jogo da competição.

O Cirque Du Soleil é uma referência citada no livro: A Estratégia do Oceano Azul, que fala de uma nova forma de entretenimento e de fazer um novo circo, bem diferente do circo tradicional. A empresa se afastou da lógica convencional dos circos e incorporou novos atributos, com várias produções, músicas e danças artísticas. No caso do Cirque Du Soleil, eliminaram-se os espetáculos com animais, os vários picadeiros e os astros famosos. O mais interessante é que o desconforto do público circense em relação à exploração de animais se tornara cada vez maior. Os animais também são dispendiosos para os circos.

O Cirque de Soleil foi criado em 1985, no Canadá, com uma estratégia de diferenciação, na medida em que procurou a inovação, em uma linha temática, por trás de cada show; o grupo de criadores passa semanas apenas desenvolvendo o tema, escolhendo um nome, e detalhando como esse tema estará refletido em cada componente do espetáculo. A parte mais importante do tema é a música original, que forma o ponto de partida para a escolha da iluminação, distribuição das performances e o aspecto visual. O Cirque de Soleil representa uma verdadeira mistura de manifestações artísticas. Há malabaristas, palhaços, trapezistas, mas todos os elementos se relacionam com o tema da apresentação, e não há animais, o que em épocas passadas, até os anos 80, era algo impensável para um circo.

Aplicando a matriz da inovação de valor - Eliminar. Reduzir. Elevar. Criar.


O Cirque Du Soleil navegou nas águas do oceano azul. A matriz da inovação de valor ajuda sua empresa para criar a inovação, respondendo as quatro perguntas-chave que questiona a lógica estratégica da competição e o modelo de negócios do setor.

Eliminar: consiste em saber: Quais atributos considerados indispensáveis pelo setor em que sua empresa atua devem ser eliminados? No Cirque Du Soleil, foram eliminados os espetáculos com animais, descontos para grupos, espetáculos com vários picadeiros e os astros circenses.

Reduzir: consiste em saber: Que atributos devem ser reduzidos bem abaixo dos padrões setoriais? No Cirque Du Soleil, foram reduzidos a vibração e perigo, além da diversão e humor.

Elevar: questiona: Quais atributos devem ser elevados bem acima dos padrões setoriais? Em vez de três picadeiros do circo tradicional, o Cirque Du Soleil criou o picadeiro único, o que reduziu custos e ainda incomodou menos os espectadores.

Criar: procura saber: Quais atributos, nunca oferecidos pelo setor onde sua empresa vai atuar, devem ser criados?

O Cirque Du Soleil criou temas novos, ambiente refinado, várias produções, além das músicas e danças artísticas. Veja que, nesta mudança de percepção, a empresa vai modificar os seus custos e deixar de imitar o concorrente, procurando corrigir as limitações que o setor impõe aos clientes e, ao mesmo tempo, que ajuda a descobrir produtos e serviços inovadores para os consumidores, criando novas demandas, e até mudando a estratégia de preços. O empreendedor, quando cria a estratégia do oceano azul, não segue o mercado; cria um novo mercado.

O grande sucesso da companhia, tanto artístico como financeiro, vem despertando o interesse de faculdades de administração de primeira linha, como a Harvard Business School e a Insead.

A magia do Cirque Du Soleil é o resultado da combinação da arte do espetáculo com o pragmatismo empresarial. "Somos , acima de tudo criadores de conteúdo", afirma Michael Bolingbroke, diretor geral de espetáculos. Esse conteúdo é comercializado em 11 espetáculos, alguns intinerantes e outros com sede permanente, assistidos por mais de 7 milhões de pessoas anualmente.

Fonte:http://www.administradores.com.br

domingo, 9 de outubro de 2011

FINEP realiza 2º Workshop técnico para investidores anjos

A FINEP realizou no dia 27/09, um Workshop em que apresentou para cerca de 50 investidores pessoas físicas, os chamados "anjos", os benefícios do Seed Forum e do investimento em negócios nascentes. O objetivo é fornecer um conjunto mínimo de conhecimentos e ferramentas necessárias para a prospecção, valoração, negociação e legalização de investimentos em empresas nascentes inovadoras. Esta nova ação do Inovar faz parte agora do processo de elaboração dos fóruns de capital semente (Seed Fórum). O papel da FINEP é atrair os investidores anjos, um capital que ainda não está mobilizado para investimentos em empresas que se diferenciam pela inovação.

O Seed Forum é um processo de seleção e capacitação empresarial que aproxima os empreendedores participantes a potenciais investidores. O próximo fórum vai ocorrer no dia 21/10, no Centro de Convenções da Bolsa do Rio. Desde 2000, a FINEP já realizou 34 fóruns, tendo capacitado e apresentado para os investidores cerca de 300 empresas. Aproximadamente 20% desses empreendimentos foram investidos após os fóruns.

"A ideia é que o Workshop sirva de estímulo e orientação para todos aqueles interessados em investir em empresas inovadoras emergentes, com alto potencial de crescimento e retorno", destacou Rochester Gomes, chefe do Departamento de Capital Semente da FINEP.

Durante o Workshop, especialistas debateram os principais aspectos e diferenciais relativos ao aporte financeiro e intelectual em negócios promissores. Temas como identificação de oportunidades e estratégias de negociação, avaliação econômica de empresas candidatas a recursos, acompanhamento e a governança de empreendimentos investidos, aspectos jurídicos envolvidos em operações de investimento e construção de portfólio estiveram em pauta.

Até pouco tempo desconhecido no Brasil, o conceito de investimento anjo vem conquistando espaço nos negócios realizados por aqui. Geralmente, está relacionado a profissionais com ampla experiência de mercado ou empreendedores que já venderam suas empresas e estão em busca de novas oportunidades de investimento.

Redes de anjos

Atuando sozinhos ou unidos a outros "anjos" nas chamadas associações ou redes de anjos, buscam participação em projetos com alto potencial de valorização e retorno, mas que devido ao estágio de desenvolvimento das empresas também apresentam riscos consideráveis.

Nos Estados Unidos, este tipo de investimento é muito comum e representa uma das principais fontes de financiamento para firmas nascentes inovadoras. De acordo com Cassio

Spina, da Anjos do Brasil, em 2010, os anjos norte-americanos aplicaram US$ 20 bilhões em cerca de 62 mil empresas inovadoras. A gigante Google, por exemplo, teve sua gênese condicionada à "bênção" de alguns anjos.

"O objetivo da Anjos do Brasil é incentivar a formação de grupos/redes regionais de anjos para alavancar este tipo de investimento no país. A ideia é que empreendedores de todos os estados tenham oportunidade de receber suporte", disse Spina em sua palestra.

Criada em 2002, o Gávea Angels é uma das organizações brasileiras já existentes formada pelos chamados angel investors. Para Antônio Botelho, um dos investidores do grupo, as vantagens da atuação coletiva residem na diversificação do portfólio de investimentos, diluição de riscos e também na troca de experiências entre os componentes. Hoje, são 23 associados.

"Quem quiser apenas dinheiro, melhor procurar um banco. Como dividimos lucros e perdas ao associarmos o nosso capital, a principal contribuição do grupo é a experiência que podemos trazer para o posicionamento estratégico e de negócio das empresas", afirmou Botelho.

Ele salientou que sobreviver ao funil para a obtenção de investimento do Gávea não é tarefa das mais simples. Os números comprovam: são cerca de 100 pedidos de investimento por semana, mas desde a criação do grupo foram realizados apenas seis aportes.

Internet: campo inesgotável

Com 10 anos de operação, a DGF Investimentos vai lançar o DGF Inova, Fundo Mútuo de Investimentos em Empresas Emergentes (Fmiee), que pretende levantar R$ 50 milhões. A bordo de oito anos de experência em gestão de fundos de venture capital no Vale do Silício (EUA), o executivo Patrick Arippol foi contratado para dirigir o novo fundo.

"O investidor precisa ter um foco específico. Não existe limitação em segmentos, mas é comum mirarmos em projetos nascentes ligados à área de TICs (tecnologias de informação e comunicação), Internet, mobile", contou ele em sua palestra sobre avaliação econômica das empresas.

Pierre Schurmann, da Bossa Nova Angels, fez coro com Arippol: "Nosso foco são startups tanto B2B (Business to Business , nome dado ao comércio associado a operações de compra e venda, de informações, de produtos e de serviços através da Internet) quanto consumer internet que tenham potencial de expandirem além do Brasil", explicou.

O carioca André Street conhece bem este leque de possibilidades da grande rede. Criou seu primeiro negócio, a PagaFácil, aos 15 anos, quando ainda estava no colégio. Aos 23, já tinha participações em quatro companhias, uma delas a Braspag, empresa de soluções de pagamento on-line vendida em maio pelo Grupo Silvio Santos para o Grupo Cielo.

Hoje, com 27, virou investidor reconhecido: é um dos sócios da Arpex Capital, grupo com forte histórico empreendedor que busca ajudar empresários a construir negócios de sucesso no Brasil e no exterior. "É fundamental entender do negócio em que vai investir e saber as intenções do empreendedor. Não existe construção de portfólio pautada por amizade", afirmou.

Consultor jurídico especializado em operações de investimento, o advogado Rodrigo Menezes, da DERRAIK SS, também ressaltou a importância de o investidor conhecer a fundo as intenções do empresário que busca capital. "Vocês devem se cercar de todas as documentações, mas o principal é investir apenas em quem se confia para evitar dor de cabeça mais à frente", finalizou.

O 2º Workshop Técnico para Anjos foi uma realização da FINEP, BM&FBOVESPA, Gávea Angels, Rede de Tecnologia e Inovação, Rede de Incubadoras, Pólos e Parques Tecnológicos do Rio de Janeiro (ReINC), com apoio do BID/FUMIN.

Fonte: http://www.venturecapital.gov.br

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Confira frases marcantes de Steve Jobs, fundador da Apple!

Famoso pela oratória, Jobs ajudou a definir rumos da tecnologia.
Confira as visões do empresário sobre a internet, o futuro, a vida e a morte.


O legado de Steve Jobs vai além da Apple, da Pixar e dos produtos que ele ajudou a desenvolver. Famoso pela oratória, pela capacidade de síntese de ideias e pelo carisma em suas apresentações, Jobs deixa ainda uma coleção de afirmações polêmicas, frases visionárias e pensamentos que ajudaram a definir os rumos da tecnologia nos últimos anos. O G1 selecionou algumas das frases de Jobs. Confira:

Sobre tecnologia

“Eu acho que [a tecnologia] fez o mundo ficar mais próximo e continuará fazendo isso. Existem desvantagens para tudo e consequências inevitáveis para tudo. A peça mais corrosiva da tecnologia que eu já vi se chama televisão, mas novamente, a televisão, no seu melhor, é magnífica.” – Revista Rolling Stone, dezembro de 2003

“Nascemos, vivemos por um momento breve e morremos. Tem sido assim há muito tempo. A tecnologia não está mudando muito este cenário” – Revista Wired, fevereiro de 1996

“Se você é um carpinteiro e está fazendo um belo armário de gavetas, você não vai usar um pedaço de compensado na parte de trás porque as pessoas não o enxergarão, pois ele estará virado para a parede. Você sabe que está lá e, então, usará um pedaço de madeira bonito ali. Para você dormir bem à noite, a qualidade deve ser levada até o fim”— Revista Playboy, 1987

“O único problema da Microsoft é que eles não têm estilo. Eles não têm estilo nenhum. E não falo isso nas pequenas coisas, falo em tudo, no sentido de que eles não pensam em ideias originais e de que eles não levam cultura para os seus produtos – Documentário ‘Triumph of the Nerds’, 1996

Sobre o futuro

“Eu sempre estarei ligado à Apple. Espero que durante toda a minha vida o meu fio se cruze com o fio da Apple, como uma tapeçaria. Posso ficar afastado por algum tempo, mas eu sempre vou voltar.” – Revista Playboy dos Estados Unidos, fevereiro de 1985

“A principal razão para a maioria das pessoas comprarem um computador para suas casas será para se conectar a uma rede nacional de comunicações. Estamos apenas nos primeiros estágios do que será uma grande revolução para a maioria das pessoas – tão revolucionária quanto o telefone.” – Revista Playboy (edição americana), fevereiro de 1985

“A indústria do computador desktop está morta. A inovação virtualmente acabou. A Microsoft domina cada uma destas inovações. Isso acabou. A Apple perdeu. O mercado do PC desktop entrou em uma fase negra e ficará nela pelos próximos 10 anos ou até o final desta década” – Revista Wired, fevereiro de 1996

“Se eu tivesse largado esta única disciplina na faculdade [caligrafia], o Mac não teria diversas fontes e espaços proporcionais entre elas. E já que o Windows copiou o Mac, seria provável que nenhum outro computador tivesse a mesma coisa”. – discurso durante formatura em Stanford, 2005

Sobre a Apple

"Nunca tivemos vergonha de roubar grandes ideias” – Documentário ‘Triumph of the Nerds’, 1996

“Se eu estivesse liderando a Apple, eu apostaria tudo pelo Macintosh e depois me ocuparia com um próximo grande lançamento. A guerra do PC acabou, a Microsoft venceu há muito tempo” – Revista Fortune, 1996

“Estes produtos são um lixo. Não há mais sexo neles” – BusinessWeek, 1997

“Ninguém tentou nos engolir desde que eu estou aqui. Acho que eles têm medo de qual seria o nosso sabor” – reunião com acionistas, 1998

“Cara, a gente patenteou ele” (apresentando o iPhone) – Macworld, 2007

“Fizemos os botões na tela ficarem tão bons que você vai querer clicar neles” [sobre o Mac OS X] – Revista Fortune, janeiro de 2000

“Entrará para a história como uma grande mudança na indústria musical. Isso é histórico. Eu não posso subestimar isso” [sobre a loja virtual iTunes Music Store] – Revista Fortune, maio de 2003

“A cura para a Apple não está no corte de preços. A cura para a Apple está em inovar o meio de sair deste problema” – Apple Confidential: The Real Story of Apple Computer, 1999

“Eu não percebi isso na época, mas ter sido demitido da Apple foi a melhor coisa que aconteceu comigo. (...) Foi um remédio com gosto horrível, mas acho que o paciente precisava dele”. – discurso durante entrega de diploma de Stanford, 2005

Sobre a vida

“Eu trocaria toda a minha tecnologia por uma tarde com Sócrates” –Newsweek, 2001

“Ser o homem mais rico do cemitério não me interessa. Ir para a cama à noite dizendo que fizemos algo maravilhoso, isso importa para mim”–The Wall Street Journal, 1993

“Você quer passar o resto de sua vida vendendo água com açúcar ou quer ter a chance de mudar o mundo?”– em entrevista a John Sculley para o livro “Odyssey: Pepsi to Apple”

“Às vezes a vida te bate com um tijolo na cabeça. Não perca a fé. Estou convencido de que a única coisa que me fez continuar foi que eu amava o que eu fazia. Você precisa encontrar o que você ama. E isso vale para o seu trabalho e para seus amores.Seu trabalho irá tomar uma grande parte da sua vida e o único meio de ficar satisfeito é fazer o que você acredita ser um grande trabalho. E o único meio de se fazer um grande trabalho é amando o que você faz. Caso você ainda não tenha encontrado [o que gosta de fazer], continue procurando. Não pare. Do mesmo modo como todos os problemas do coração, você saberá quando encontrar. E, como em qualquer relacionamento longo, só fica melhor e melhor ao longo dos anos. Por isso, continue procurando até encontrar, não pare" – discurso durante formatura em Stanford, 2005

“Você não pode conectar os pontos olhando para a frente; você só pode conectar os pontos olhando para trás. Assim, você precisa acreditar que os pontos irão se conectar de alguma maneira no futuro. Você precisa acreditar em alguma coisa – na sua coragem, no seu destino, na sua vida, no karma, em qualquer coisa. Este pensamento nunca me deixou na mão, e fez toda a diferença na minha vida.” – discurso durante formatura em Stanford, 2005

“Lembrar que eu estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que eu encontrei para me ajudar a fazer grandes escolhas na vida. Por que quase tudo – todas as expectativas externas, todo o orgulho, todo o medo de se envergonhar ou de errar – isto tudo cai diante da face da morte, restando apenas o que realmente é importante. Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira para eu saber evitar em pensar que tenho algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir o seu coração.” – discurso durante formatura em Stanford, 2005

“Isto foi o mais perto que cheguei da morte e espero que seja o mais perto que eu chegue nas próximas décadas. Tendo passado por isso, posso dizer agora com mais certeza do que quando a morte era apenas um conceito intelectual: nnguém quer morrer. Até mesmo as pessoas que querem ir para o céu não querem morrer para ir para lá. Ainda, a morte é um destino que todos nós compartilhamos. Ninguém conseguiu escapar dela. E assim é como deve ser porque a morte é talvez a melhor invenção da vida. É o agente que faz a vida mudar. É eliminar o velho para dar espaço para o novo. Neste momento, o novo são vocês, mas algum dia não tão longe, vocês gradualmente serão o velho e darão espaço para o novo. Desculpa eu ser tão dramático, mas é a verdade” – discurso durante formatura em Stanford, 2005

“Seu tempo é limitado. Por isso, não perca tempo em viver a vida de outra pessoa. Não se prenda pelo dogma, que nada mais é do que viver pelos resultados das ideias de outras pessoas” – discurso durante formatura em Stanford, 2005

“Tenha vontade, tenha juventude. Eu sempre desejei isso para mim. E agora, que vocês se formam para começar algo novo, eu desejo isso para vocês” – discurso durante formatura em Stanford, 2005

Fonte: http://g1.globo.com

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

10 maiores riscos e oportunidades para os negócios nos próximos dois anos .

Guerra por talentos aparece no topo das prioridades entre líderes brasileiros, seguido por temas como regulação, inovação tecnológica e corte de custos.

A gestão de talentos será o fator de maior relevância para as organizações brasileiras até 2013. A tendência foi apontada pelo estudo Turn Risks and Opportunities into Results – Exploring the Top 10 risks and Opportunities for Global Organizations, realizado pela Ernst & Young e que aponta os dez principais fatores de risco e oportunidades para os negócios. No ranking global, porém, o quesito aparece em terceiro lugar, com índice de impacto para 2013 de 6,2 – numa escala que vai de 1 (pouco impacto) a 10 (muito impacto). No Brasil, o índice é de 7,5.

E o Brasil não está sozinho nessa “guerra por talentos”. A busca por bons profissionais parece impactar a maioria dos setores pesquisados, além dos demais mercados emergentes, como China, Índia e África do Sul. A tendência é que a “fuga de cérebros” não se reverta no curto prazo, mostrando que mesmo a volta de talentos para seus países de origem, registrada por países como China e Índia, não foi suficiente para suprir a necessidade de trabalhadores nesses mercados que crescem em ritmo forte.

De acordo com o estudo, de forma global, a ausência de pessoas com a qualificação necessária é o item que mais contribui para reforçar os riscos relacionados à gestão de talentos nas organizações globais. “Isso se deve, em parte, a problemas históricos no sistema educacional, não privilegiando a formação técnica e qualificação profissional. Outros fatores que dificultam a gestão de pessoas são a falta de foco no gerenciamento de profissionais e a crescente competição global por talentos, especialmente em países emergentes ainda pouco afetados pela crise global”, explica José Carlos Pinto, sócio de consultoria da Ernst & Young Terco.

Outros fatores que também preocupam as organizações brasileiras, segundo as previsões para 2013, são: regulação e compliance (7,2); inovação tecnológica (7,1); corte de custos (6,8); pressão por preços (6,4); acesso ao crédito, que empata com intervenção do Estado na economia (5,9); risco de mercado (5,7); riscos relacionados à responsabilidade social empresarial (5,1); e, por fim, os riscos associados à economia(4,7).

Ranking global de riscos- Em primeiro lugar no ranking geral das dez maiores ameaças para os negócios está regulação e compliance (6,6), seguido pelo vice, corte de custos (6,3). “A busca por soluções para as recentes turbulências na economia mundial, tais como a crise da dívida na Europa e o fraco desempenho da economia nos Estados Unidos, pode alavancar ainda mais o temor em relação à regulação e à necessidade de corte de custos para minimizar o impacto da crise nos negócios”, afirma José Carlos Pinto.

Completando a lista, aparecem ainda: gestão de talentos (6,2), pressão por preços (6,0), inovação tecnológica (5,9), riscos de mercado (5,5), intervenção do Estado na economia (5,3), riscos ligados à responsabilidade social empresarial (4,9), lenta recuperação (ou “recessão”, com 4,6) e acesso ao crédito (4,3).

Entre os fatores que podem aumentar o risco de regulação e compliance, o estudo aponta pressões regulatórias – especialmente para setor bancário e o de biociências, nova legislação e pressão da opinião pública. Para minimizar os problemas com regulação e compliance, a pesquisa aponta investimentos em relacionamento com o governo e rápida implementação das novas exigências. “As empresas buscam ter o Governo como parceiro em novos investimentos, incluindo projetos de pesquisa e desenvolvimento”, explicou o sócio da Ernst & Young Terco.

Em segundo lugar na lista global, a pressão pelo corte de custos afetará, em 2013, principalmente o setor da administração pública. Nesse quesito, o Brasil acompanha Itália, países do Oriente Médio e Reino Unido, ao classificar o item como fator de alto impacto. Restrições legais à flexibilidade de corte de custos e pressões políticas aumentam os riscos, segundo a análise da Ernst & Young.

Ao comparar as duas listas (Brasil e global), notam-se algumas diferenças nas previsões para 2013. Além de gestão de talentos, a inovação tecnológica, que aparece em quinto lugar na lista global, é, para o Brasil, mais um ponto de preocupação, apresentando índice de 7,1 (terceiro lugar). “Os principais desencadeadores desse fator são ausência de uma cultura de inovação e investimentos insuficientes no setor”, comentou José Carlos Pinto.

O Brasil também difere do ranking mundial quando se trata de acesso ao crédito: enquanto a previsão geral para 2013 apresenta um índice de 4,3, o Brasil tem um índice bem maior, de 5,9. “Apesar de beneficiados por iniciativas recentes de estímulo, nossos principais agentes econômicos ainda se deparam com elevadas taxas (spread bancário) e burocracia para a obtenção de crédito, principalmente quando comparamos com o cenário de economias mais desenvolvidas. Ainda há espaço para crescimento dos níveis de crédito em relação ao PIB”, conclui.

As dez oportunidades-O estudo ainda traz itens destacados pelas companhias globais como as dez maiores oportunidades para os negócios. O Brasil, de uma forma geral, é fortemente impactado pela maioria dos quesitos.

Em primeiro lugar, foi citado pelo estudo da Ernst & Young a melhora na execução de estratégias dentro da empresa. Nesse ponto, a ação mais bem-sucedida é o fortalecimento da comunicação estratégica. Em segundo, aparecem investimento em processos, ferramentas e treinamento. Investimento em TI aparece no estudo em terceiro. Em ambos os casos, o principal desafio enfrentado por companhias globais é o orçamento insuficiente para atingir seus objetivos.

A lista das 10 maiores oportunidades segue ainda com inovações em produtos, serviços e operações (4º lugar) e crescimento da demanda em mercados emergentes (5º lugar). Neste caso, Brasil, Índia e China – exemplos de mercados emergentes com grande população – contribuem diretamente para as oportunidades encontradas pelas organizações globais. A lista contém ainda investimento em tecnologia limpa (6º), excelência na relação com investidores (7º), novos canais de marketing (8º), fusões e aquisições (9º) e parceria público-privada (10º).


Fonte: http://www.revistafator.com.br

domingo, 2 de outubro de 2011

FINEP lança nova campanha do programa Inova Brasil !

Com mais R$ 2 bilhões em caixa para financiamento de projetos inovadores até o final do ano, a FINEP lança, no dia 3 de outubro, uma nova campanha publicitária. Com a chamada “Inovação só sai do papel com investimento”, e o slogan "Projetos inovadores merecem crédito", o objetivo é divulgar o Programa FINEP Inova Brasil, que oferece crédito com taxas competitivas – de 4% a 8% ao ano - e até 120 meses para pagar.

Assinada pela Agência 3, a campanha conta com filme de 30 segundos para TV fechada; peça para mídias alternativas (aeroporto e elevador); anúncios de uma página em revistas segmentadas e de grande circulação; e banners nos principais portais de notícias do País. A campanha tem três versões de anúncio, uma ilustrando um avião, outra um motor e a terceira uma plataforma de petróleo.

Além de divulgar o FINEP Inova Brasil, o esforço de comunicação tem outros dois propósitos: incentivar o investimento público e privado em inovação como caminho para o desenvolvimento e estímulo à competitividade - inclusive em períodos de retração econômica - e mostrar que existem formas seguras e viáveis para empresas que desejam ver seus projetos saírem do papel.

Segundo o presidente da FINEP, Glauco Arbix, mais do que executar em tempo recorde o orçamento, o foco da análise dos projetos deve ser pesquisa, desenvolvimento e tecnologia, sem perder de vista o componente inovador. “O expressivo aumento de recursos para a inovação precisa estar colado com o crescimento do padrão de qualidade."

Mais recursos

Depois de aprovar 78 operações de crédito em menos de 90 dias, a FINEP obteve da presidenta Dilma, na ocasião do lançamento da política de Estado Brasil Maior, nova concessão de crédito no total de R$ 2 bilhões, proveniente do Programa de Sustentação do Investimento (PSI 3). Com isso, o orçamento total de 2011 da Financiadora sobe para cerca de R$ 8 bilhões, incluindo recursos não reembolsáveis do FNDCT, utilizados para apoio à pesquisa em universidades e instituições de ciência e tecnologia.

Fonte: http://www.finep.gov.br