sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Gartner diz que, agora, 'todas as empresas são empresas de tecnologia'

"A consultoria Gartner proclamou o nascimento da Economia Digital Industrial e, com ela, a ruptura definitiva do modelo tradicional de negócios."

A consultoria Gartner é conhecida por sua habilidade em identificar tendências de futuro e criar "buzzwords" (palavras da moda) para elas. Nesta semana, durante a realização do Gartner Symposium/IT Expo em Orlando, na Flórida, ela anunciou a nova tendência: o nascimento da era da Economia Industrial Digital (Digital Industrial Economy).

A nova definição para os próximos anos foi anunciada durante a abertura do evento feita pelo vice-presidente sênior do Gartner, Peter Sondergaard, para explicar a ideia de que todas as companhias, hoje, são empresas de tecnologia. Temos que nos preocupar com o poder do digital e a mudança fundamental que ele representa para os nossos negócios.

"Todo orçamento é um orçamento de TI. Toda companhia é uma companhia de TI. Todo líder de negócios está se tornando um líder digital. Toda empresa está se tornando uma empresa tecnológica. Estamos entrando na era da Economia Industrial Digital." Os profissionais de TI vão precisar prestar muita atenção a essa buzzword, porque suas ramificações são profundas e transformadoras em todos os aspectos.

A ideia de Sondergaard é que quando as tendências de mobilidade, social, big data e cloud desenvolvidas nos últimos anos forem utilizadas juntamente com sensores digitais presentes em todos os produtos que usamos, todos os prédios em que vivemos e trabalhamos e até mesmo nas roupas que vestimos, as empresas estarão imersas num mundo totalmente digital.

E isso é um fato que transcende as empresas de tecnologia e os departamentos de TI para tornar-se realidade para todas as empresas e todos os departamentos.

Por conta dessas forças, praticamente qualquer pessoa poderá criar uma ferramenta ou produto que poderá tornar-se disruptivo para um modelo de negócios. As empresas não podem simplesmente ficar sentadas e acreditar que o que quer que tenha funcionado no passado vai continuar a valer daqui para frente porque a velocidade da mudança é estonteante. E com ela a fronteira entre a TI corporativa e a TI de consumo deixa de existir.

Isso já começou com a chamada consumerização da TI. Na medida em que os usuários trazem seus dispositivos digitais e suas experiências pessoais para o ambiente de trabalho, eles exigem uma experiência corporativa semelhante à experiência pessoal. O resultado é uma linha cinzenta entre o que consideramos ferramentas corporativas e o que consideramos puramente consumidor.

"Digital é o negócio. E os negócios são digitais", afirma Sondergaard. Uma dinâmica similar à que já foi abordada pelo analista da Forrester, James McQuivey, em seu livro Digital Disruption, Unleashing the Next Wave of Innovation (Ruptura Digital, Liberando a Próxima Onda da Inovação). No livro, McQuivey argumenta que há toda uma nova geração de concorrentes que nasceram digitais e que fazem uso indiscriminado dos serviços de cloud encontrando formas de criar novos produtos rapidamente. Como diz McQuivey, qualquer companhia pode ser destruída pela concorrência digital.

Eles não se preocupam em fazer focus groups para criar um novo produto perfeito porque hoje os canais de mídia social fornecem toda a informação e feedback que necessitam da audiência e o modelo de interação rápida apoiado em tecnologias flexíveis de cloud os ajuda a responder rapidamente à demanda.

Ao fazer uma apresentação na conferência E2 em Boston, em junho passado, McQuivey usou o exemplo da escova de dentes. Como você reimaginaria uma escova de dentes num mundo digital? Bom, pra começar, colocaria sensores nela e coletaria dados sobre seus hábitos de escovação, os pontos que está deixando de cuidar, o tempo que gasta escovando etc. Esses dados poderiam ir direto para um repositório na nuvem ou você poderia compartilhá-los com seu dentista e ajudá-lo a cuidar melhor dos seus dentes. E esse é um exemplo pequeno e prosaico do que vem por aí.

E isso nos leva de volta à noção de Economia Industrial Digital que o Gartner está discutindo. Quando você imagina esses sensores em tudo que compramos e quando você pensa que mobilidade não tem a ver só com seu smartphone ou tablet, mas que pode ser encontrada em algum tipo de computação vestível que pode estar no nosso rosto ou nas nossas roupas, e você combina isso com os dados que estão sendo transmitidos no mundo pelos semáforos de trânsito e sistemas de aquecimento e máquinas de refrigerante - qualquer coisa e todas as coisas - você começa a ver como é inevitável que essas tendências tenham impacto em qualquer tipo de negócio, independente do que você venda ou faça.

Enquanto você pensa sobre isso - e você PRECISA pensar sobre isso porque o mundo está mudando na sua frente - considere esses números do Gartner:

- Em 2009 havia no máximo 2,5 bilhões de dispositivos conectados no mundo, combinando 1,6 bilhão de dispositivos e 900 milhões de sensores;

- Em 2020, o Gartner está prevendo que teremos 37,3 bilhões de dispositivos conectados, resultado da combinação de 7,3 bilhões de dispositivos e 30 bilhões de sensores;

Vamos combinar que é preciso olhar qualquer previsão de empresas de consultoria com uma boa dose de soro da verdade. Nesse caso, imaginando que só metade dos números do Gartner se realizem, ainda assim estamos falando de um número gigantesco de dispositivos conectados no mundo comunicando e compartilhando dados de formas que nem imaginamos ainda.

Sondergaard está correto em dizer que "nosso mundo pessoal e a Internet das Coisas estão colidindo e essa colisão vai ter um impacto profundo em como nós fazemos negócios". Essa mudança vai criar novas empresas e novas eficiências que vão agregar valor a todos os processos. Obviamente o Gartner tem um número aqui também: a empresa prevê que haverá um ganho líquido de US$ 1,9 trilhão como resultado da influência da Internet das Coisas na maneira de fazer negócios.

Se o Gartner está correto, estamos à beira de uma mudança gigante. Já começamos a ver os primeiros sinais dessa mudança na forma da ruptura digital, consumerização e BYOD, mas o que está vindo aí conforme crescemos cada vez mais digitais vai alterar para sempre o jeito de fazer negócios e você precisa pensar nisso hoje, porque 2020 não está tão longe assim.

Fonte: http://idgnow.uol.com.br/ - por Ron Miller, CITEWorld

Demanda por crédito para inovação atinge R$ 68 bilhões

A demanda por financiamentos para tecnologia e inovação é muito maior do que a Finep esperava para este ano: foram R$ 68 bilhões em demanda, contra uma oferta de R$ 32,9 bilhões anunciada em março.

Uma das razões para o aumento da demanda, no caso da própria Finep, é que o tempo necessário para a contratação do crédito para os projetos foi drasticamente encurtado. Em 2010, diz Glauco Arbix, presidente da Financiadora, chegava a 452 dias, e atualmente é de no máximo 30 - isso ajudou a elevar também o número de empresas que se cadastraram na Finep: foram 1.114 nesse período, mais do que o total cadastrado nos 46 anos de existência do órgão.

Arbix diz que não há uma resposta imediata para a demanda: “O Brasil não tem um sistema que ofereça investimentos em médio e longo prazos para pesquisa e desenvolvimento, e infelizmente é assim no mundo inteiro”. Bancos privados, por exemplo, não financiam iniciativas desse gênero, porque o risco é muito alto, diz ele.

Conseguir financiamento nem sempre é o principal problema em pesquisa, desenvolvimento e inovação, observa o professor do Departamento de Política Científica e Tecnológica do Instituto de Geociências da Unicamp, Ruy Quadros, que coordena o curso de “Especialização em Gestão Estratégica da Inovação Tecnológica”, cujo objetivo é capacitar profissionais já experientes a mobilizarem conhecimento e competências tecnológicas para criar novos produtos, processos, serviços e negócios. Os grandes problemas são justamente aqueles tratados no curso: “Os alunos precisam de uma visão integrada desde a gestão do projeto em nível micro, passando pela visão estratégica, planejamento de tecnologia, indo até a visão do sistema de P&D no Brasil”, explica o Quadros.

Fonte: http://www.anpei.org.br/ - (Com informações do Valor Econômico)

domingo, 8 de dezembro de 2013

MCTI, Finep e BNDES lançam Inova Sustentabilidade

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antonio Raupp, o presidente da Finep, Glauco Arbix, e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, lançaram no dia 29 de novembro, o Plano Inova Sustentabilidade, em reunião da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), realizada em São Paulo. O objetivo do Inova Sustentabilidade, também com participação do Ministério do Meio Ambiente, é incentivar a realização de investimentos na área ambiental, com a promoção de soluções inovadoras capazes de mitigar impactos das atividades produtivas sobre o meio ambiente. O edital está previsto para ser lançado ainda em dezembro.

O objetivo do Inova Sustentabilidade é incentivar a realização de investimentos ambientais, com a promoção de soluções inovadoras capazes de mitigar impactos das atividades produtivas sobre o meio ambiente.

Com dotação orçamentária de R$ 2 bilhões, divididos igualmente entre Finep e BNDES, para operações contratadas no período de 2014 a 2016, o Inova Sustentabilidade terá quatro principais linhas temáticas: produção sustentável; recuperação de biomas brasileiros e fomento às atividades produtivas sustentáveis de base florestal; saneamento ambiental; e monitoramento de desastres ambientais.

Os projetos (Planos de Negócios) das empresas brasileiras candidatas a financiamentos no âmbito do Inova Sustentabilidade serão submetidos ao processo de seleção pública conjunta. Os Planos de Negócios poderão ser apoiados pela combinação de linhas da Finep e do BNDES, que incluem Fundo Clima, Programa de Sustentação do Investimento (PSI), subvenção econômica para empresas e financiamento não reembolsável para pesquisas realizadas em Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs), dentre outros instrumentos de apoio. Quando cabíveis, os instrumentos de renda variável também serão utilizados.

A fim de possibilitar o desenvolvimento de soluções completas no âmbito das linhas temáticas do Inova Sustentabilidade, será estimulada a formação de parcerias entre empresas e entre empresas e Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs). Tais parcerias deverão contar com uma empresa-líder, que necessariamente deverá ser uma empresa independente ou pertencente a grupo econômico que possua receita operacional bruta igual ou superior a R$ 16 milhões e patrimônio líquido igual ou superior a R$ 4 milhões no último exercício.

O Inova Sustentabilidade poderá financiar Planos de Negócios acima de R$ 5 milhões, com prazo de execução de até 60 meses. A participação será de até 90%. A iniciativa faz parte do Plano Inova Empresa, que prevê R$ 32,9 bilhões em 2013 e 2014 para impulsionar a produtividade e a competitividade da economia brasileira por meio da inovação tecnológica.

Fonte: http://www.anpei.org.br/ - (Com informações da Finep)

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

BNDES lança Criatec II e amplia recursos para empresas inovadoras

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, assinou o termo de compromisso para o investimento do BNDES no Fundo Criatec II. Destinado a apoiar empresas nascentes voltadas para inovação, o fundo terá capital comprometido de R$ 186 milhões, que será aportado na participação acionária de 36 companhias. O lançamento do Criatec II é consequência do bom desempenho do Criatec I, que entrou em operação em 2007.

O Banco, por meio da BNDESPAR, investirá R$ 124 milhões no fundo. Os R$ 62 milhões restantes virão do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), que aportá R$ 30 milhões; do Banco de Desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul (Badesul), R$ 10 milhões; Banco de Brasília (BRB), R$ 10 milhões; Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), R$ 10 milhões. O Bozano Investimentos, gestor nacional do fundo, aplicará R$ 2 milhões.

Há ainda a possibilidade de aportes adicionais de outros potenciais quotistas, o que poderá elevar o patrimônio comprometido para cerca de R$ 200 milhões.

A participação dos quatro bancos de desenvolvimento no Criatec II visa atingir uma maior pulverização dos investimentos no país e incentivar a inovação em diferentes regiões. A capilaridade regional de quotistas busca criar um compromisso do fundo em investir nas suas respectivas áreas de atuação um montante igual ao capital comprometido por esses investidores. O Criatec I tinha como quotista, além do BNDES, apenas o BNB.

“Inovação é uma das prioridades do BNDES, assim como o trabalho de ampliar o acesso das pequenas empresas ao mercado de capitais. O Criatec II é um passo nessa direção e estamos fazendo isso com um arco de aliança com bancos de desenvolvimento muito expressivo”, disse Luciano Coutinho durante a assinatura de lançamento do fundo, que ocorreu o prédio do BNDES, no Rio de Janeiro.

O Criatec II tem duração prevista de 10 anos. Nos quatro primeiros, os gestores selecionarão e investirão em empresas inovadoras com faturamento líquido anual de até R$ 10 milhões, obtidos no ano imediatamente anterior à aprovação do investimento pelo Fundo.

O Bozano Investimentos será responsável pela escolha de seis gestores regionais, que terão como meta implementar boas práticas de administração e de governança corporativa nas empresas investidas, de modo que desenvolvam produtos e processos inovadores capazes de competir no mercado nacional e internacional. Os gestores regionais atuarão nos seguintes polos: Sul (Porto Alegre); Sudeste (SP, RJ e MG); Centro-Oeste (Brasília); e Nordeste (CE).

Os setores alvo do Criatec II são: Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC); Agronegócios, Nanotecnologia, Biotecnologia e Novos Materiais. Cada empresa poderá receber, no máximo, R$ 2,5 milhões no primeiro investimento, podendo ainda receber investimentos subsequentes de até R$ 3,5 milhões em outras rodadas de investimento. No entanto, o valor máximo por empresa investida não poderá exceder R$ 6 milhões.

A Triaxis será responsável, em conjunto com o Bozano, pela seleção, contratação, treinamento e supervisão dos gestores regionais, bem como, por assessorar o gestor nacional, ao longo de todo o período de operação do fundo, em todos os processos de investimento, monitoramento e desinvestimento, em conjunto com os gestores regionais.

Fonte: http://www.anpei.org.br/ - (Com informações do BNDES)

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Participação do BNDES na economia bate recorde

A "interferência" do BNDES no financiamento aos investimentos de empresas e famílias no Brasil bateu recorde ao atingir a fatia de 19,7% no segundo trimestre deste ano. Em 2009, em plena ressaca da crise global, o banco chegou a deter 19,5% de participação. Sua fatia nesse segmento cresceu de 1% para 3,1% do PIB em uma década. O movimento, detectado pelo Centro de Estudos do Ibmec (Cemec), tem freado o mercado de capitais e inibido o avanço de fontes de financiamento privado, como debêntures e títulos corporativos de dívida, segundo especialistas. Há dez anos, o BNDES tinha uma fatia de apenas 7,4% nesses financiamentos, de acordo com o Cemec, centro bancado por Anbima, BNDES, Cetip, Fiesp e Fipecafi. No período, o mercado de capitais elevou sua fatia no PIB de 0,3% para 2,3%.

Embora reconheça a relevância do banco como fonte financiadora, parte do mercado vê um entrave no forte avanço dos desembolsos do banco nesse mercado.

"O BNDES compete com o mercado de capitais", resume o diretor comercial da Cetip, Carlos Ratto. O professor do Ibmec-Rio Jerson Carneiro concorda, mas ressalva: "O BNDES vem, recentemente, procurando contribuir para os mercados de capitais com fundos de investimento de longo prazo, lastreados em sua carteira".

Na avaliação do mercado de capitais, o governo federal desloca a poupança do setor privado para financiar seu déficit corrente e seus investimentos. "Essa circunstância é agravada pelo fato de a poupança privada ter caído ao seu menor nível desde 2000", mostra o estudo.

O BNDES diz que tem estimulado a abertura de capital das empresas nas quais a BNDESPar é acionista e fomentado o mercado secundário de debêntures por meio de um programa de R$ 10 bilhões para aquisição desse tipo de títulos. "A falta de financiamento privado de longo prazo não é fruto da atuação do BNDES, mas uma deficiência macroeconômica estrutural, que eleva os juros dos financiamentos em moeda nacional, algo que melhorou nos últimos dois anos, mas ainda não foi resolvido", disse o banco, em nota.

Queda. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), principal termômetro dos investimentos, continua muito baixa. Em queda desde 2010, o investimento privado recuou a 15,7% no segundo trimestre, ante 16,9% de 2011. "Isso se reflete num menor volume de recursos próprios e num maior endividamento das empresas sem que o investimento total reaja", avalia o Cemec. A contribuição do setor público, embora tenha crescido nos últimos anos, estabilizou-se em torno de 2,5%.

O Cemec avalia haver o chamado "crowding out", traduzido em um "esforço enorme" do setor público para aumentar os investimentos (PAC, desembolsos do BNDES, redução da taxa de juros, desoneração fiscal, etc.), mas descuidando da sua poupança para realizar investimentos. Para desenvolver o segmento e reduzir a "dependência" de sua fonte, o BNDES poderia estimular ida ao mercado via aquisição de debêntures no mercado primário e a oferta de títulos privados no segmento secundário. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: http://www.dgabc.com.br/Noticia/495370/participacao-do-bndes-na-economia-bate-recorde?referencia=ultimas-editoria

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Investimento em TI está no foco das pequenas empresas para inovar.

Estudo do Sebrae mostra que a tecnologia está entre as prioridades para inovação nos pequenos negócios, juntamente com projetos para otimizar produtividade e melhorar a qualidade de produtos e serviços

Os investimentos em tecnologia estão entre as principais iniciativas adotadas pelas pequenas empresas brasileiras para buscar a inovação em seus negócios, juntamente com projetos para otimizar a produtividade e aumentar a qualidade de produtos e serviços.

Segundo mapeamento realizado pelo Sebrae, dasações implantadas pelas companhias desse porte, cerca de 9% estão relacionadas com a tecnologia da informação, que aparece em terceiro lugar nos recursos aplicados em inovação. Aqui, estão incluídos os investimentos em hardware, software e telecomunicações.

Em primeiro e segundo lugar, respectivamente, seguem investimentos na produtividade e na qualidade. A pesquisa mostra que 14% dos projetos de inovação são destinados à melhoria de produtividade e processos, como diminuição de custos com a redução de desperdícios. Cerca de 10% do total englobam iniciativas concentradas na qualidade, como a adoção de indicadores para oferecer maior grau de confiança de produtos, serviços e processos.

Além disso, 8% envolvem ações em design, que permitem a concepção ou reformulação de ambientes, comunicação, produtos ou serviços. Com menor representatividade, investimentos em propriedade intelectual (3% das empresas) e sustentabilidade (2%) aparecem entre os projetos de inovação dos pequenos negócios.

O estudo analisou as iniciativas implementadas por 34 mil empreendimentos e verificou mais de 85 mil ações de inovação. Desse total, a maioria (54%) destina-se à criação de produtos, formas de fabricação ou de distribuição de bens e novos meios de prestação de serviços.

“Esse retrato é muito importante porque indica quais são os avanços e os maiores desafios em inovação nos pequenos negócios, o que vai subsidiar nossas estratégias daqui para frente”, avalia o presidente do Sebrae, Luiz Barretto.

O levantamento do Sebrae foi realizado juntamente com os Agentes Locais de Inovação (ALI), uma das principais frentes de atuação do Sebrae para incentivar a competitividade nos pequenos negócios por meio de soluções tecnológicas e inovadoras. As empresas que participam do programa reúnem mais de 820 mil funcionários, sendo 88% colaboradores diretos (CLT), 7% familiares e 5% terceirizados, sendo a idade média dos negócios de 11 anos.

Fonte: http://informationweek.itweb.com.br/

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Gartner aponta 11 tendências de TI que transformarão os negócios a partir de 2014

A convergência de tecnologias emergentes, como computação em nuvem, big data e impressão em 3D, se configura a grande oportunidade para transformação dos negócios das empresas no período de 2014 a 2018, segundo previsões do Gartner sobre tendências da indústria que constam do relatório "Top Industries Predicts 2014: The Pressure for Fundamental Transformation Continues to Accelerate".

O estudo apresenta 11 hipóteses de planejamento estratégico que os CIOs, executivos seniores de negócios e líderes de TI devem considerar em suas iniciativas, a partir do próximo ano. Segundo a consultoria, a maioria das indústrias está enfrentando grande pressão para uma transformação fundamental, incluindo a adoção da digitalização para sobreviverem e continuarem competitivas.

"A transformação continua a ser um fenômeno importante para todos os setores. Muitos enfrentarão grandes desafios em 2014 e nos anos seguintes, e não terão outra escolha a não ser mudar radicalmente seus modelos de negócio estabelecidos", afirma Val Sribar, vice-presidente do Gartner. O analista observa que os líderes e CIOs das empresas devem avaliar cuidadosamente as exigências estratégicas específicas de seus setores, incluindo as demandas dos consumidores e dos seus parceiros, a fim de mapear seus planos de transformação com base na disponibilidade de novas tecnologias, nas mudanças demográficas/comportamentais dos consumidores e nas condições do mercado.

Veja a seguir as principais previsões do Gartner para os próximos anos:

1- Em 2016, um baixo retorno sobre o patrimônio fará com que mais de 60% dos bancos em todo o mundo processem a maior parte de suas transações na nuvem.

2- Até o fim de 2017, pelo menos sete dos dez maiores varejistas multicanal utilizarão tecnologias de impressão em 3D para gerar pedidos de estoque personalizados.

3- Em 2017, mais de 60% das organizações governamentais com um CIO e um diretor digital eliminarão uma destas funções.

4- Em 2017, 40% dos serviços públicos com soluções de medição inteligente utilizarão analíticos de big data baseadas na nuvem para atender às necessidades associadas a ativos, commodities, clientes ou faturamento.

5- Até o fim de 2015, um retorno do investimento (ROI) inadequado levará as seguradoras a abandonarem 40% de seus apps móveis voltados a clientes.

6- A ordem sequencial completa do genoma vai estimular um novo mercado para os bancos de dados médicos, com a entrada no mercado superando 3% até 2016.

7- Até 2017, os gastos com educação online primária e secundária aumentarão 25%, ao passo que as restrições orçamentárias manterão os gastos em categorias educacionais tradicionais estagnados.

8- Em 2018, cerca de 20% do faturamento das 100 maiores empresas virão de inovações resultantes de novas experiências de valor entre setores.

9- Em 2018, a impressão 3D resultará na perda de, pelo menos, US$ 100 bilhões ao ano, em propriedade intelectual, globalmente.

10- Em 2017, 15% dos consumidores responderão às ofertas relacionadas ao contexto com base em seus perfis demográficos e de compra.

11- Em 2015, 80% das empresas da categoria Life Science serão pressionadas por elementos de big data, revelando um retorno de investimento pequeno para os investimentos em TI.

Fonte: http://convergecom.com.br/

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Thomson Reuters apresenta estudo sobre capacidade de inovação no Brasil

O crescente reconhecimento por parte dos governos ao redor do mundo de que a inovação é a chave do crescimento econômico coloca o Brasil diante de uma realidade motivadora: o País se destaca no crescimento da produção de literatura científica entre os países com pesquisa bem estabelecidas como Japão, Reino Unido, Alemanha e EUA, e lidera o grupo da América Latina.

As constatações são do estudo “Investimentos em Inovação no Brasil e o impacto no desenvolvimento do País”, elaborado pela unidade de Intelectual Property & Science (IP&S) da Thomson Reuters, apresentado no dia 17 de setembro, em um evento realizado em parceria com o INPI e CNI.

Segundo o levantamento, desde 2009, os níveis de pedidos de patentes nacionais têm crescido 12% acima dos registrados em 2003. Entre 2003 e 2008, o número total de pedidos de patentes nacionais havia apresentado um crescimento substancial de 26% no período de 2003 a 2008, mas caiu de volta aos níveis anteriores em 2009, devido à recessão econômica global.

O estudo da Thomson Reuters mostrou que o Brasil ocupa atualmente a 64ª posição do GII (Global Innovation Index). Com uma população de 201,5 milhões e um PIB per capita R$ 12,038.5 (acima de R$11,845.8 em 2012), o Brasil ocupa o 67º lugar no índice de Input Sub-Index, 68º lugar em Output Sub-Index, e 69º lugar no índice geral de eficiência, mas também mostra os pontos fortes relativos em sofisticação empresarial (42º lugar), Infra-estrutura (51º lugar), e em conhecimento e tecnologia (67º lugar).

Demonstra, ainda, uma tendência evidente de crescimento voltada para as áreas de tecnologia de ponta, em termos de volume de invenções básicas publicadas no País. Computadores, produtos naturais, tecnologia automotiva e aparelhos domésticos figuram entre as principais categorias nas patentes depositadas entre 2003 e 2012.

Este perfil coloca as prioridades brasileiras num patamar diferenciados em relação às prioridades globais de inovação.

Produção científica – “Um indicador chave da qualidade da inovação que ocorre numa região é o nível de impacto e de resultados de investigação publicados na literatura científica. Invenções particularmente influentes são frequentemente citadas em revistas e jornais científicos como marcos importantes na marcha progressiva da inovação. Essas citações podem ser rastreadas através da realização de uma análise bibliográfica, que examina a penetração de uma inovação em particular no corpo de literatura científica”, explica Rob Willows, vice presidente global de Estudos em Propriedade Intelectual da unidade de negócios de IP&Science da Thomson Reuters, responsável pela apresentação do estudo.

Ele mostrou que os cientistas brasileiros publicaram 46.795 artigos científicos em revistas indexadas no Thomson Reuters Science Citation em 2012, tornando o País o 14º maior produtor de pesquisa científica do mundo – um salto de 10 posições em 20 anos. De acordo com o mais recente Relatório de Ciências da Unesco, publicado em 2010, mais de 90% dos artigos do Brasil foram gerados por universidades públicas.

De acordo com o levantamento, há um forte crescimento da produção científica do Brasil em relação aos últimos 25 anos. O Brasil tem apresentado taxas de crescimento que o posiciona à frente do grupo da América Latina e superior até mesmo a Alemanha, Reino Unido e EUA. As áreas tecnológicas que representam a maior parcela da produção científica brasileira são medicina clínica, ciência animal e vegetal, ciências agrárias, química e física.

“O Brasil é um país que desafia a categorização fácil. É, simultaneamente, um mercado emergente de hiper crescimento, um protetor dos direitos de propriedade intelectual e um um terreno fértil para a inovação. Juntos, esse espírito de crescimento novo, combinado com uma infra-estrutura legal sólida estão criando um mercado interessante para as empresas locais e multinacionais”, conclui Willows. E acrescenta: “Com o modesto crescimento no depósito de patentes e a mudança para uma inovação voltada para questões locais, podemos dizer que o Brasil está indo na direção certa”.

O estudo revelou, também, que 27% de todas as patentes no Brasil são de propriedade de universidades. Segundo Willows, este fenômeno, que também é visto na China, é o resultado direto das medidas tomadas pelo governo brasileiro para melhorar a cooperação entre as universidades e a indústria. Ele também é um reflexo dos tempos lentos de aprovação de patentes brasileiras.

Fonte: http://www.anpei.org.br/ - Com informações da Thomsom Reuters

Gartner - Previsões para TI setorial nos próximos anos

Gartner traça tendências específicas para diferentes segmentos da indústria

Depois de anunciar recentemente sua tradicional lista com as dez tendências estratégicas em TI para 2014, o Gartner agora vai um pouco além e divulga previsões sobre as tendências que irão balizar as decisões de CIOs e do mercado de TI nas diferentes indústrias a partir do ano que vem, nos próximos anos.

Para o vice-presidente e analista do Gartner, Kimberly Harris-Ferrante, a transformação é um fenômeno importante que impacta diretamente sobre as mais diversas verticais. “Muitas indústrias irão se deparar com grandes desafios em 2014 e nos próximos anos, e não terão outra escolha além de mudar seus modelos de negócios vigentes”.

Em relação ao ano passado, em que o executivo destaca a existência de um foco por parte dos decisores dessas indústrias na adoção de novas tecnologias para melhorar as operações de negócios influenciada pela convergência de tecnologias sociais, móveis, de nuvem e de informação, o cenário será um pouco diferente no futuro. “Hoje, ao contrário, os líderes estão mudando significativamente modelos de negócio e processos.”

Segundo ele, esse movimento acontece em parte pelos desafios relacionados com o empoderamento do consumidor e a comoditização do mercado, que têm se acentuado a cada ano e ainda apresentam dificuldades particulares para serem endereçadas por companhias tradicionais. Nesse contexto, a necessidade de digitalizar o negócio e centralizar o foco para o consumidor tornou-se crucial e requer novas abordagens sobre a entrega de informações, comunicações e transações.

Assim, a empresa de pesquisa destaca que CIOs e líderes de negócio devem avaliar os requerimentos estratégicos específicos de suas verticais, incluindo as demandas de consumo e parceiros, para mapear planejamentos com base no surgimento de novas tecnologias, mudanças demográficas/comportamentais de consumidores e condições de mercado.

Confira a seguir a lista das 12 tendências de TI específicas para diferentes segmentos da indústria:

- Até 2016, o baixo retorno sobre patrimônio irá conduzir mais de 60% dos bancos do mundo a processarem a maioria de suas transações na nuvem.

- Até o final de 2017, sete dos dez maiores varejistas multicanais do mundo utilizarão tecnologias de impressão 3D para gerar estoque de pedidos de consumidores.

- Em 2017, mais de 60% das organizações governamentais que possuem um CIO (chief information officer) e um CDO (chief digital officer) eliminarão uma dessas funções.

- Até 2017, 40% de produtos de utilities com soluções de medidores inteligentes vão usar análises big data para endereçar necessidades relacionadas a recursos, commodity, clientes e receita.

- O baixo retorno de investimento fará com que seguradoras abandonem 40% de aplicativos móveis para consumidores em 2015.

- A sequência genoma completa estimulará um novo mercado para bancos de dados médicos, cuja penetração no mercado ultrapassará 3% em 2016.

- Em 2016, cerca de 60% das seguradoras norte-americanas dominarão profundamente as taxas relacionadas a procedimento de preço e qualidade de fornecedores de serviços médicos adquiríveis.

- Até 2016, os gastos com educação primária e secundária online aumentarão 25% enquanto restrições orçamentárias manterão os gastos com a educação tradicional estagnados.

- Em 2018, aproximadamente 20% da receita dos maiores fabricantes de manufaturas virão de inovações resultantes de experiências cross-industry.

- Ainda em 2018, a impressão 3D resultará na perda de U$100 bilhões por ano na propriedade intelectual global.

- Até 2017, cerca de 15% dos consumidores responderão a mensagens de ofertas com base em suas informações demográficas individuais e em seu perfil de comprador.

- No ano de 2015, um total de 80% de organizações de ciências da saúde serão atingidas por elementos de big data, expondo um baixo ROI dos investimentos de TI.

Fonte: http://informationweek.itweb.com.br/

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Investir em inovação vira prioridade estratégica para empresas no Brasil

Uma pesquisa apresentada pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro revela que a maioria dos executivos brasileiros está convencida de que inovar é o mais importante para garantir o crescimento das empresas. O alto investimento em inovação se tornou uma prioridade estratégica para as empresas no Brasil.

A multinacional da área de infra-estrutura, que tem quatro polos pelo mundo, escolheu o Brasil para instalar a unidade da América Latina. A empresa gastou R$ 500 milhões para construir um moderno centro de pesquisa.

O alto investimento em inovação se tornou prioridade estratégica para as empresas no Brasil. Essa é a opinião de 95% dos executivos brasileiros entrevistados em uma pesquisa internacional apresentada na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro. Entre os profissionais ouvidos no estudo, 85% acreditam que é preciso avançar em produtos ou serviços; 74% apostam em desenvolver novos processos para aumentar a rentabilidade; e 71% apostam em criar produtos ou serviços mais sustentáveis.

As pequenas e médias empresas também podem se beneficiar da inovação. Esse é o caso da padaria que conseguiu melhorar o processo de produção. Antes, do lugar saiam mil pães por mês. Hoje, são produzidos cinco mil por dia. A ideia de oferecer três tipos de pães saiu do forno com o apoio da Firjan e do Senai. O dono da padaria estudou o projeto durante um ano.

“A inovação é que a gente desenvolveu uns pães resfriados e semiprontos. Então, ele tem uma durabilidade de 20 dias na geladeira sem adição de conservantes”, diz o empresário Eduardo Frach.

A executiva que coordenou o estudo sobre inovação afirma que essa cultura ainda esbarra na burocracia brasileira e na baixa qualidade da educação. “A gente tem o maior número de pessoas, de jovens na escola recebendo educação, mas a qualidade do ensino e a preparação desses novos líderes ainda está sendo vista pelos respondentes da pesquisa como um gargalo importante a ser endereçado. Você tem que ter uma regulação. Você tem que ter uma ordem, mas você precisa que isso aconteça de uma maneira mais fácil, mais rápida”, diz Adriana Machado, presidente da GE/Brasil.

Fonte: http://g1.globo.com/ - Sandra Passarinho

domingo, 28 de julho de 2013

UE dobra verba para parcerias público-privadas em pesquisa e inovação

A Comissão Europeia, órgão executivo da União Europeia, pretende dobrar a verba pública disponível para as chamadas Iniciativas Conjuntas de Tecnologia (JTIs, na sigla em inglês), parcerias de pesquisa e desenvolvimento firmadas com a iniciativa privada. Estabelecidas em 2007, as JTIs receberam € 3,12 bilhões (R$ 9,2 bilhões). Para o período 2014-2020, a previsão é de € 6,44 bilhões (R$ 19 bilhões).

Das cinco iniciativas criadas em 2007, três serão mantidas, e duas, fundidas num projeto único. Além disso, uma nova quinta iniciativa – para criar substitutos, sem origem fóssil, para os produtos petroquímicos usados na indústria – será estabelecida.

Os programas mantidos até 2020 são o Células de Combustível e Hidrogênio, para a pesquisa, desenvolvimento e demonstração da eficácia dessas tecnologias, que podem ser utilizadas para acumular energia e também para substituir os combustíveis fósseis em veículos, na Europa; o Céu Limpo, para a criação de tecnologias que tornem os aviões mais amigáveis para o meio ambiente, por meio da redução de ruído e das emissões de carbono; e a Iniciativa de Inovação Médica, com verba de € 2 bilhões.

Essa Iniciativa tem o objetivo de apoiar o processo de desenvolvimento de novas drogas, com a criação de redes de especialistas na academia e na indústria. A segunda fase desse programa terá metas específicas para a criação de novos medicamentos, como antibióticos.

Serão fundidos os programas Artemis e Eniac. Ambos lidavam com tecnologia eletrônica – o Eniac, especificamente, com nanoeletrônica – numa iniciativa única, a de Sistemas e Componentes Eletrônicos. O novo programa criado, para reduzir o uso de derivados de petróleo em processos industriais, será chamado de Indústrias Biobaseadas.

“As JTIs terão objetivos mais claros e ambiciosos, contribuindo diretamente para a competitividade e os objetivos de política pública da UE”, diz o relatório que apresenta as propostas para o período 2014-2020. A proposta ainda precisa ser aprovada pelo Parlamento Europeu e pelos países-membros da União.

Na documentação preparada para explicar o lançamento das Iniciativas, a Comissão Europeia diz esperar que as parcerias “estimulem investimento europeu em pesquisa, construam massa crítica ao unir esforços fragmentados e garantam uma administração eficaz e eficiente” dos programas.

“A Europa precisa investir mais e melhor em pesquisa e inovação”, afirma relatório publicado no início de julho, intitulado Parcerias Público-Privadas no Horizonte 2020: uma poderosa ferramenta para produzir inovação e crescimento na Europa. “Horizonte 2020” é o nome do programa europeu de investimento público em pesquisa científica.

O relatório prossegue: “Mais pesquisa e mais inovação são críticas para criar um crescimento econômico sustentável e empregos, além de reforçar a competitividade internacional da Europa”.

O trecho do trabalho sobre as JTIs afirma que o investimento público de € 3,12 bilhões foi correspondido por um aporte privado de € 4,66 bilhões, e que houve “progresso” e que já aparecem “sinais de impacto”. Mas a implementação, nos primeiros sete anos, também não ficou livre de problemas.

“Os relatórios e avaliações também apontaram algumas fraquezas”, diz o texto. “Essas dizem respeito, principalmente, à necessidade de um comprometimento mais forte dos parceiros da indústria, com métricas mais claras para esse comprometimento”. O trabalho também aponta a necessidade de “mais clareza” no estabelecimento das parcerias e na definição de objetivos, além de cobrar uma “maior abertura a novos participantes”. Também são mencionadas sugestões para reduzir a burocracia, principalmente na questão do financiamento.

Fonte: http://www.anpei.org.br/ - Com informações do Inovação Unicamp

domingo, 7 de julho de 2013

Startups ganham estímulo para carimbar passaporte

Prestes a completar 10 anos, a P3D, nascida na incubadora do Cietec, em São Paulo, é uma das poucas startups brasileiras verdadeiramente internacionalizadas. A empresa exporta seu software educacional 3D para 20 países, em 13 diferentes idiomas. Destinado ao ensino fundamental e médio, o aplicativo alia realidade virtual e tecnologia 3D nas áreas de ciências, geografia, biologia e química. Uma década depois de lançado, ele garante à empresa um faturamento em 2012 de R$ 16 milhões, dos quais pouco mais de R$ 2 milhões com exportação.

“As pessoas não entendiam bem como funcionava e a incubadora só nos aceitou porque um investidor anjo, intermediado pelo próprio Cietec, quis colocar R$ 1 milhão no negócio para que a ideia saísse do papel”, lembra o empreendedor Mervyn Lowe Neto.

Mais tarde, Lowe Neto resolveu bater à porta de investidores estrangeiros. “O aporte foi de R$ 1 milhão, com a obrigação de investir 50% do capital em exportações.” A empresa abriu um escritório na Espanha, ganhou vários prêmios internacionais e é apontada pelo mercado educacional como referência nesse tipo de conteúdo, usado por cerca de 5 mil escolas no exterior e mais de mil no Brasil.

Lowe Neto não esconde que exportar é caro, dá trabalho e o retorno é demorado. “O risco é grande, por isso, antes de ser seduzido pelo rótulo de empresa global, é preciso ter certeza de que o produto oferecido é realmente inovador e tem espaço no mercado desejado.”

Francisco Saboya, presidente do Porto Digital, incubadora de base tecnológica com sede em Recife, concorda com o empreendedor. “O Brasil é prisioneiro do tamanho do seu mercado e o empreendedor enfrenta um ambiente hostil para implantar um novo negócio e fazê-lo deslanchar”.

O resultado desse cenário fica claro, por exemplo, quando comparados os volumes de exportação de softwares da Índia e do Brasil. Enquanto a indústria indiana registra transações da ordem de US$ 60 bilhões, por aqui, entre aplicativos e serviços, os valores giram em torno de US$ 2 bilhões, embora as duas indústrias tenham dado os primeiros passos praticamente na mesma época.

O Porto Digital, que abriga as incubadoras Portomidia e Cais do Porto, se prepara para abrir sua primeira aceleradora de empresas, em janeiro de 2014, em parceria com a Jereissati Participações.

O foco das aceleradoras são as startups com alto de poder de escala em curto espaço de tempo, daí o investimento maior em empresas de tecnologia. E o grupo é maioria entre as 2000 empresas cadastradas na Associação Brasileira de Startups, das quais apenas 20% são internacionalizadas.

É com a disposição de ampliar esse percentual que o Programa Startup Brasil, promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, abrirá no segundo semestre um centro de negócios, no Vale do Silício, nos EUA. A iniciativa, que conta com a parceria da Apex, permitirá que as aceleradoras de todo o mundo, assim como outras startups, conheçam as empresas brasileiras, além de oferecer oportunidade de apoio e serviços como apresentar os empreendedores nacionais a investidores.

O programa quer ligar as startups nacionais às aceleradoras e investidores, e conta com um orçamento de R$ 40 milhões que serão usados para beneficiar 75 brasileiras e 25 estrangeiras que queiram realizar seus trabalhos no Brasil e precisem de capital.

Fonte: http://www.anpei.org.br/ - (Com informações do Valor Econômico)

terça-feira, 2 de julho de 2013

Tapete vermelho recepcionou convidados e vencedores do Spark Awards

A Microsoft Brasil e o Startup Farm, em Junho, reuniram a comunidade de empreendedores, investidores e relacionados para celebrar um mercado em crescimento – literalmente com tapete vermelho na entrada, e fotógrafos. No auditório da Microsoft, foram entregues troféus Spark Wards para vencedores de 13 categorias, selecionados por voto popular a partir de indicações. Também, 4 startups que já tinham participado de Demo Days (seja em evento, aceleradora ou edição do Farm) competiram por um troféu (e estas foram selecionadas por avaliadores, em 3 etapas).

Os vencedores levaram para casa um troféu (uma arvorezinha de metal) e uma série de abraços, sabendo que foram os mais votados pela comunidade brasileira.

O apresentador da noite foi Edson Mackeenzy (fundador do Videolog e ex-radialista), e os anfitriões foram Felipe Matos (Farm) e Silvia Valadares (Microsoft).

Vencedores do Spark Awards 2013

Melhor parceiro de comunicação e marketing: NR-7 Comunicação;

Melhor investidor anjo: Cássio Spina;

Melhor espaço de coworking: FIAP Singularity University;

Melhor cidade para empreender: São Paulo;

Melhor evento: Startup Weekend ;

Melhor universidade: UNIFEI, em Itajubá;

Melhor parceiro jurídico: Aloisio Lopes Advogados;

Melhor aceleradora: Wayra;

Melhor fundo de investimento: Rocket Internet;

Empreendedor do ano: Bel Pesce;

Startup do ano: GetNinjas;

Melhor startup latina: Easy Taxi(veja abaixo vídeos em que o co-fundador e CEO Tallis Gomes fala sobre sua nova fase de expansão, como segunda rodada de aporte; ao receber o prêmio, ele agradeceu ao seu CTO Vinicius Gracia e ao líder de mobile Marcio William);

Best of Demo Days: Wiki4Fit



Fonte: http://startups.ig.com.br/ - por Diego Remus - 25/06/2013

segunda-feira, 1 de julho de 2013

O caminho e os desafios para internacionalizar uma startup

Painel discute cenário nacional e como se preparar para conquistar o mundo

Os obstáculos que as empresas encontram no processo de internacionalização foram o tema de um painel realizado na Demo Brasil – a primeira edição latino-americana de um dos maiores encontros entre empreendedores e investidores do mundo. O debate, realizado em (26/6), reuniu Francisco Saboya, presidente do Porto Digital; Sérgio Risola, presidente do Cietec; Nicolas Shea, fundador do Startup Chile; Márcio Marques Brito, gestor de projetos de startups do Sebrae Nacional; Augusto Ferreira da Costa Neto, chefe de departamento de investimento em fundos da Finep; e Flavia Egypto, analista de investimentos da Apex.

Shea falou sobre o trabalho da Startup Chile, programa de aceleração criado pelo governo chileno que reúne empreendedores de todo o mundo. Para Shea, esse caráter globalizado é algo natural de qualquer startup e do próprio empreendedorismo. “O empreendedor de verdade não se move apenas por lucro ou sucesso. Ele quer mudar o mundo”, afirmou.

Os painelistas brasileiros concordaram que há um ambiente propício e algumas ferramentas e programas que auxiliam no processo de internacionalização de um negócio, de organizações como o próprio Sebrae, Apex e Finep. Saboya ressaltou, porém, que todas essas ações ainda não são suficientes para estimular a corrida para outros países. “A tributação e a burocracia excessivas ainda gastam a energia da startup logo no começo”, disse. Saboya lembrou que muitas dessas empresas ficam dependentes do tamanho e das possibilidades de crescimento no Brasil e se esquecem dos benefícios de ter um negócio globalizado.

O grupo resumiu algumas dicas que podem ajudar uma startup na hora de fazer as malas e se internacionalizar:

- A empresa precisa surgir globalizada. Sua identidade visual, seu público-alvo, seu produto ou serviço, tudo deve ser pensado tendo em vista não só o Brasil, mas todos os outros países que ela pretende alcançar futuramente;

- Use a internet a seu favor para procurar programas nacionais que estimulem e financiem esse processo, dando assessoria e conhecimento;

- A internet será sua aliada também para descobrir se o país de destino fornece algum tipo de subsídio, as legislações específicas e o que esperar culturalmente;

- Procure se preparar para cursos ou programas de aceleração internacionais que possam catapultar uma presença internacional;

- Formate pitches e apresentações para a busca de investidores também estrangeiros, que possam ajudar o processo com contatos e mentoria.

Fonte: http://revistapegn.globo.com/ - Por Rafael Farias Teixeira - 27/06/2013

terça-feira, 11 de junho de 2013

A importância dos incentivos fiscais na ampliação do investimento em P&D

Até o fim de 2014, o objetivo é que investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), entre setor público e privado, atinja 1,8% do PIB nacional², o que é, sem dúvida, um grande desafio

Entre 2000 e 2010, o Brasil manteve os investimentos em Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) praticamente estáveis em relação ao seu Produto Interno Bruto (PIB). A taxa ficou próxima a 1% durante a década. Se compararmos esse dado ao de outros países, como os membros da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), por exemplo, em que a média é de 2,3%¹, vemos que se trata de uma taxa de investimento baixa para a sétima economia do mundo. Com isso, o governo Dilma tem tratado com prioridade o tema e traçado metas arrojadas para o país nos próximos anos. Até o fim de 2014, o objetivo é que investimentos em pesquisa, entre setor público e privado, atinja 1,8% do PIB nacional², o que é, sem dúvida, um grande desafio.

Diante desse cenário, o governo federal lançou importantes iniciativas para ampliação dos investimentos em P&D no país nos últimos anos. Dentre as várias frentes que poderíamos destacar, vamos nos concentrar na importância dos incentivos fiscais como ferramenta de ampliação dos investimentos privados em pesquisa e desenvolvimento. Podemos ressaltar um dos principais, a Lei nº 11.196/05, conhecida como Lei do Bem, que incentiva o investimento em P&D nas empresas por meio de benefícios fiscais, ou seja, abatimentos no Imposto de Renda e na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.

Desde 2006, primeiro ano de vigência da lei, até 2011, o montante dos recursos investidos pelas empresas em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação atingiu R$ 38,8 bilhões³. A expectativa é a de que, nos próximos anos, os investimentos aumentem ainda mais em comparação aos anos anteriores, muito em função da entrada de novas empresas para aproveitamento dos incentivos fiscais.

A Lei do Bem beneficia empresas enquadradas no regime de Lucro Real. No Brasil, como se sabe, aquelas que possuem faturamento superior a R$ 48 milhões por ano são obrigadas a estar nesse regime fiscal (esse valor deverá subir para R$ 72 milhões⁴ a partir do ano que vem). Outras empresas com faturamento menor não são obrigadas, mas podem optar pelo Lucro Real caso seja vantajoso; no entanto, isso por si só já representa uma grande exclusão de negócios potenciais a explorar o benefício. Além dessa limitação natural, sabe-se que muitas empresas simplesmente não possuem conhecimento deste importante instrumento de incentivo fiscal, que dá benefícios àquelas que correm riscos para inovar.

Há a necessidade de aproveitar o momento oportuno em que o governo reconhece a importância do investimento em P&D para avaliar mudanças em Leis de Incentivo Econômico, principalmente na Lei do Bem, diretamente ligada ao incentivo à inovação. Um esforço no sentido de incluir outras empresas em regimes como o Lucro Presumido ou até as empresas no Simples Nacional, Créditd'impôt recherche, principal instrumento de incentivo fiscal à inovação), independentemente de seu tamanho. Além disso, há outras vantagens, como poder retroagir os investimentos realizados em anos anteriores. Isso não é possível na Lei do Bem. Comparada ao incentivo francês, a Lei do Bem é relativamente nova, tem apenas sete anos (na França o incentivo surgiu em 1983, portanto, é algo bastante consolidado e maduro).

Sem dúvida, a criação da Lei do Bem é um importante marco na questão de incentivo à inovação no país, bem como todos os recentes programas criados, como o Plano Brasil Maior, o Inova Empresa, Inova Energia, dentre outros apoiados por órgãos como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a FINEP – Agência Brasileira de Inovação. São iniciativas louváveis que merecem crédito. No entanto, é preciso aproveitar o bom momento brasileiro para evoluir nossos mecanismos de incentivo à inovação como uma forma de investir no futuro do país, seja com a maior competitividade, na geração de emprego e renda, e, em última análise, com a meta de ampliação dos investimentos em P&D no PIB brasileiro.

Fonte: http://www.administradores.com.br/ - By Daniel Dal’laqua dos Santos - Coordenador de Marketing na F. Iniciativas Brasil

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Finep criará fundos para investir R$ 600 milhões em empresas inovadoras

A Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), órgão do governo federal de estímulo à inovação, vai destinar R$ 600 milhões até o final deste ano para apoiar empresas inovadoras.

O capital faz parte de cinco fundos de investimento criados em 2013, disse ontem Glauco Arbix, presidente da Finep, em evento da Anpei (Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras) realizado em Vitória (ES).

O primeiro fundo, de R$ 200 milhões, já foi captado. Outros quatro, cada um de R$ 100 milhões, devem ser levantados e oficializados até o final de 2013.

Os fundos serão controlados pela Finep, mas parte do capital virá de grupos de investidores estrangeiros, afirmou Arbix. Os programas serão administrados por uma gestora privada.

Segundo ele, o objetivo do dinheiro é ajudar empresas de diferentes tamanhos a investirem em inovação.

Os quatro fundos que ainda serão criados, de R$ 100 milhões cada, terão focos específicos: investimento em empresas de biotecnologia, de tecnologia da informação e comunicação, de novos materiais, além de criação e gestão de parques tecnológicos.

As companhias que receberem o capital também poderão participar de outros programas de financiamento à inovação do governo federal, como o Inova Empresa, lançado em março pela presidente Dilma Rousseff, afirmou o presidente da Finep.

O Inova Empresa prevê aplicar R$ 32,9 bilhões entre 2013 e 2014 em projetos de inovação. O programa inclui financiamentos com juros de 2,5% a 5% ao ano.

De acordo com o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (Mcti), Marco Antônio Raupp, a previsão é que metade do total previsto no programa seja destinado às companhias já neste ano.

"Estamos dentro do cronograma para isso", afirmou ontem, após palestra no evento.

CAPACITAÇÃO

Para a Anpei, entidade que representa companhias que investem em inovação no país, muitas empresas não estão preparadas para receber e utilizar o capital destinado à inovação.

"Há entraves burocráticos e limitações", disse Carlos Calmanovici, presidente da entidade.

Segundo ele, é necessário capacitar as companhias para gerir os processos de inovação, além de simplificar o processo de obtenção de recursos.

O ministro da Ciência e Tecnologia disse que um dos focos de sua gestão nos próximos será "suplantar a burocracia", principalmente na análise de projetos de financiamento.

Ainda neste ano, afirmou Raupp, o prazo para enquadramento (resposta inicial às propostas de financiamento) dos projetos submetidos ao Finep deve chegar a 30 dias.

Em 2011, o tempo médio para essa análise era de 420 dias. Caiu para 112 em 2013, segundo Glauco Arbix, da Finep.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ - By MARIANNA ARAGÃO

Como aumentar investimento público e privado em inovação?

O segundo painel do fórum Estadão/FINEP buscou responder como é possível aumentar os investimentos tanto do governo, quanto de empresários, em inovação. Daniel Randon – Presidente da Fras-Le e Membro do Comitê Executivo das Empresas Randon, Pedro Luiz Passos –Co-presidente do Conselho de Administração da Natura, Alexandre Birman – Presidente da Arezzo e Wolney Betiol – Presidente do Conselho de Administração da Bematech foram unânimes ao afirmar que, para estimular a inovação, é necessário aumentar a competitividade. “A taxa de inovação por aqui ainda é baixa porque a competição é baixa”, destacou Pedro Luiz Passos, ressaltando que as discussões de governo e empresários precisam atuar para uma modificação desse panorama.

Para eles, as leis trabalhistas são extremamente importantes, mas atrapalham a competitividade do mercado brasileiro em alguns aspectos. “É mais barato hoje montar um centro de P&D nos Estados Unidos do que aqui”, disse Wolney Betiol, destacando que a Bematech surgiu durante a abertura de mercado, promovida pelo Governo Collor, nos anos 90.

“Quando todas as empresas tradicionais estavam balançando com a entrada da concorrência estrangeira... Foi aí que decolamos. Já começamos num ambiente que, para se desenvolver, precisávamos inovar e driblar a concorrência”, afirmou o dirigente da empresa do ramo tecnológico.

Tudo começou com um investimento anjo. Foram US$ 150 mil num primeiro momento. Em 1999, o BNDES virou acionista. Em 2007, já abria seu capital. Hoje, tem um faturamento de 5 a 10% em P&D. “Como sociedade, o Brasil precisa entender que, para apesentar um ambiente de inovação, precisamos ter estabilidade econômica. O governo é o indutor, mas as empresas é que têm de construir. Investimento em inovação é investimento de risco, e foi o que fizemos desde o começo: arriscar”. Por fim, provocou: "que tal um processo nos moldes do que se fez com Lei Rouanet para empresas que inovam?".

Pedro Passos contou que a Natura já nasceu inovadora em 1969 – “um nome como este era bastante à frente do tempo naquela época, aqui entre nós” – e que o foco em biodiversidade foi a forma que encontraram para enfrentarem as gigantes multinacionais que existiam na época. O investimento hoje em inovação da empresa representa 3% da receita líquida e 65% do faturamento vem de produtos lançados nos dois últimos anos.

“Apesar dos bons resultados, enfrentamos problemas. E um deles é o do marco regulatório. Os assuntos regulatórios do Brasil dão muito mais problemas do que deveriam”, disse, destacando ainda que “o Brasil poderia ser um polo importante como agência de propriedade intelectual”.

Já Alexandre Birman, da Arezzo, lembrou que a empresa de calçados nasceu num fundo de garagem e que, para crescer, a inovação foi componente fundamental. E deu a receita: a partir dos anos 90, trabalhamos no trinômio branding (exposição da marca), desenvolvimento de novos produtos e franquias. “Lidamos com um público feminino que compra por impulso, ou seja, que é estimulado a comprar num passeio qualquer pela rua. Sabemos dessa característica romântica do nosso cliente e focamos nele”.

Para ele, o consórcio design e conforto é o grande chamariz da Arezzo, que já tem lojas espalhadas por diversos países do globo. O empresário elogiou a atuação da FINEP na promoção da inovação e pela sua recém-lançada iniciativa de dar resposta aos pedidos de financiamento em trinta dias: “este é papel do governo, pavimentar o caminho da inovação, que é protagonizado pelo setor produtivo”.

A Arezzo tem crescimento médio de 36% desde 2007. “Somos uma empresa verticalizada com amplo foco em P&D”, frisou. Birman não deixou de destacar os problemas que enfrenta no caminho para crescer inovando: “No tocante às leis trabalhistas, falta de clareza na relação comercial entre fornecedores e clientes. Recentemente, fomos processados por um motivo que tinha a ver com um fornecedor nosso que fechou as portas, e não com a gente”, lamentou.

Daniel Randon contou que sua empresa, do segmento de transporte de cargas, conta com 13 mil colaboradores e que 20% de sua receita é proveniente do mercado externo, que também é seu histórico principal competidor. “O meu preço de produto quase não teve inflação nos últimos 10 anos. Mas o custo de energia e mão-de-obra cresceu. Sem falar nos custos de matéria-prima. Desse jeito, só inovando. Há um jogo desigual com países que não têm leis trabalhistas. As empresas precisam se reinventar”.

Randon disse ainda que “quando o orçamento aperta, sangra primeiramente o departamento de P&D, o que é um erro”. “A concordata em 88 foi dureza, mas nos fez melhorar. Investindo em P&D o resultado é arriscado, mas positivo”, finalizou.

Fonte: http://www.finep.gov.br/

quinta-feira, 6 de junho de 2013

XIII Conferência Anpei termina com propostas para o aperfeiçoamento do sistema nacional de inovação

A XIII Conferência Anpei que terminou no dia 5 de junho, em Vitória, no Espírito Santo, com a leitura da Carta de Vitória do Espírito Santo. O documento propõe medidas para o desenvolvimento econômico e inovação, o adensamento das cadeias produtivas, a modernização dos instrumentos de apoio à inovação e das agências de fomento e a para a área de propriedade intelectual.

Entre as propostas estão a criação de mecanismos e procedimentos que facilitem o acesso a recursos para inovação e promovam a inovação cooperada entre empresas, a permissão do uso dos incentivos fiscais da Lei do Bem pelas empresas que declaram seus impostos pelo regime de lucro presumido, e a alteração da lei que regula o uso e acesso da biodiversidade.

“A Carta não é apenas um exercício de reflexão. Estamos contribuindo, de fato, com a melhoria do sistema nacional de inovação, com sugestões concretas dadas por pessoas que trabalham com inovação”, destacou Carlos Calmanovici, presidente da Anpei. “É isso que move o sistema e, felizmente, temos pessoas abertas às sugestões, temos de aproveitar isso”, acrescentou. O documento será entregue ao ministro Raupp.

“Fizemos uma recapitulação das cartas das conferências anteriores e na Carta de Fortaleza está a sugestão que se converteu em realidade com o lançamento do Plano Inova Empresa”, exemplificou Calmanovici. Ele lembrou que o próprio ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, falou sobre o papel da Anpei e sua contribuição para o aperfeiçoamento do sistema logo na abertura do evento.

Além de destacar os principais elementos das discussões travadas durante os três dias de realização do evento, a carta traz uma série de proposições divididas em quatro eixos.

No eixo Desenvolvimento Econômico e Inovação, é apontada a necessidade de garantir condições favoráveis aos investimentos em geral, inclusive em inovação, por meio do estímulo ao acesso a capital humano altamente qualificado e a capital financeiro. No caso deste último, pedem-se medidas para dar mais agilidade e facilidade de acesso, especialmente para as micro e pequenas empresas (MPEs).

No eixo Adensamento das Cadeias Produtivas, o documento enfatiza que a liderança em setores só é conseguida por meio de programas consistentes e de longo prazo, com foco em ganhos de produtividade e novos produtos e serviços. O documento sugere que as políticas públicas criem ou incentivem programas de inovação envolvendo fornecedores e clientes; desenvolvam um ambiente que estimule a colaboração empresa-empresa nas cadeias produtivas; mantenham programas que promovam a constituição de consórcios de empresas para pesquisa pré-competitiva, no caso de empresas concorrentes, ou pesquisas cooperativas, no caso de empresas potencialmente parceiras, estimulando as redes de inovação e priorizando claramente as áreas estratégicas para o País; e ampliem os programas de apoio à internacionalização de empresas brasileiras.

O terceiro eixo trata de medidas para Modernização dos Instrumentos de Apoio à Inovação e das Agências de Fomento. Neste caso, critica o fato de a Lei do Bem exigir que a empresa tenha lucro para usufruir os incentivos fiscais à inovação, e afirma que o acesso ao recurso precisa ser condizente com a realidade empresarial, considerando os prazos envolvidos na liberação dos recursos, contrapartidas e garantias, especialmente para as PMEs. “É necessário ampliar o marco legal e dar maior velocidade às agências de fomento na implementação de programas, tanto para crédito como para a subvenção”, consta do documento.

Neste eixo são sugeridos: o desenvolvimento de incentivos para a cooperação empresa-empresa, independentemente de porte; a inclusão, como beneficiárias da Lei do Bem, das empresas que recolhem imposto de renda no regime de lucro presumido; a permissão para o deferimento dos dispêndios em pesquisa, desenvolvimento e inovação em anos subsequentes ao exercício dos gastos; a consideração de outros indicadores financeiros, além do lucro, para cálculo dos benefícios da Lei do Bem.

Por fim, o documento trata do eixo Gestão da Propriedade Intelectual (PI), assunto para o qual o Brasil deve garantir um ambiente de PI favorável e coerente no cenário internacional. A Carta propõe a redução o backlog do exame de patentes para prazo inferior a quatro anos; simplificação da tramitação dos contratos de transferência de tecnologia; e revisão do marco legal para acesso e uso do patrimônio genético da biodiversidade (MP 2.186/01).

Fonte: http://www.anpei.org.br/

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Governo Federal lança Plano Inova Saúde, com participação da FINEP em cerca de R$ 2 bi

Como parte do desafio pela inovação proposto pela Presidenta Dilma com o Plano Inova Empresa, o Governo Federal e a FINEP apresentaram na quinta-feira (11/04), durante a reunião do Comitê Executivo e Conselho de Competitividade do Complexo da Saúde, em São Paulo, o Plano Inova Saúde. São dois editais no valor total de cerca de R$ 2 bilhões, que integram diversos instrumentos de financiamento da FINEP (Agência Brasileira da Inovação), do Ministério da Saúde (MS), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "A área de saúde é uma das nossas prioridades, já que 30% de toda a inovação criada vem desse setor, além de ser uma obrigação social do país", disse Glauco Arbix, presidente da FINEP.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação - Marco Antonio Raupp -, concordou com Arbix: "o total de R$ 2 bilhões de recursos contidos nos dois editais que estamos anunciando está dentro de uma visão global de inovação dos R$ 32 bilhões do Plano Inova Empresa. Essa política do Governo contempla, por sua vez, todas as áreas estratégicas do Plano Brasil Maior. Até o final do ano, pretendemos lançar programas que cubram todos os setores estratégicos", destacou.

Um dos editais (Inova Saúde – Biofármacos, Farmoquímicos e Medicamentos) é destinado ao apoio às empresas brasileiras no desenvolvimento e domínio tecnológico das cadeias produtivas ligadas a três áreas temáticas: Linha 1: Biofármacos (Desenvolvimento de produtos com ação terapêutica obtidos por rota biotecnológica); Linha 2: Farmoquímicos (Desenvolvimento de insumos farmacêuticos ativos obtidos por síntese química); e Linha 3: Medicamentos (Desenvolvimento de tecnologia farmacêutica e processos industriais para fabricação de medicamentos); Linha 4: Tecnologias da Informação e Comunicação para Saúde.

Nesta chamada, atuarão em conjunto a FINEP e o MS, que disponibilizarão um total de R$ 1,3 bilhão. Os recursos virão de um conjunto de instrumentos de financiamento: pela FINEP, R$ 1,1 bilhão virá por meio dos programas Inova Brasil, Subvenção Econômica e Participação Acionária. Cada projeto receberá o total de até 90% do financiamento, sendo os restantes 10% originados das instituições qualificadas, como contrapartida obrigatória.

Equipamentos Médicos

O outro edital (Inova Saúde – Equipamentos Médicos) disponibilizará cerca de R$ 600 milhões para apoiar o desenvolvimento e a produção de equipamentos e dispositivos médicos no Brasil, numa ação conjunta da FINEP com BNDES e MS.

Serão apoiados projetos de inovação em quatro linhas temáticas: Linha 1: Diagnósticos in vitro e por imagem; Linha 2: Dispositivos implantáveis; Linha 3: Equipamentos eletromédicos e odontológicos; e Linha 4: Tecnologias da Informação e Comunicação para Saúde. A FINEP alocará R$ 275 milhões, com recursos do Inova Brasil, Subvenção Econômica e Instrumentos de renda variável.

Alexandre Padilha, ministro da Saúde, disse que "com essas medidas, vamos garantir o apoio a empresas que poderão investir na criação de produtos farmacêuticos de última fronteira, algo que irá elevar a ambicão tecnológica da área de saúde de maneira poderosa". Já Fernando Pimentel, ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, afirmou que "estamos no caminho certo. A combinação de esforços e de recursos marca um momento histórico e de uma eficiência que jamais foi experimentada no desenvolvimento de setores estratégicos no Brasil".

Padilha também anunciou diversas medidas do MS que vão garantir acesso a tratamentos de alto custo e ampliar o atendimento aos pacientes do SUS. Entram em vigor um total de 63 parcerias entre 15 laboratorios públicos e 35 privados para a produção nacional de 61 medicamentos. As medidas resultarão numa economia de cerca de R$ 2,5 bi anuais pra o MS.

Luciano Coutinho, presidente do BNDES, falou da importância do diálogo entre instituições de governo e o setor privado. "vamos acolher quaisquer sugestões que nos levem ao aprimoramento de nossas iniciativas", disse. Para Arbix, "é de imensa importância a parceria com o BNDES e com o MS: estamos construindo um País, não mistérios ou agências. É essa articulação e a combinação de esforços com o setor produtivo que vão incrementar o avanço tecnológico de ponta", finalizou.

Prazos

O edital do Programa Inova Saúde – Biofármacos, Farmoquímicos e Medicamentos terá várias fases em todo o processo de seleção. As cartas de manifestação de interesse devem ser enviadas até 5/6/2013. A divulgação do resultado da seleção dos planos de negócio, após recursos, está prevista para 20/12/2103.

Já o Programa Inova Saúde - Equipamentos Médicos receberá cartas de manifestação de interesse até 14/6/2013. A divulgação do resultado da seleção dos planos de negócio, após recursos, será em 8/11/2013.

Fonte: http://www.finep.gov.br - 11/04/2013

segunda-feira, 8 de abril de 2013

CIOs: inovem ou vão para casa!

Como os líderes de TI podem conseguir tempo em suas agendas para conduzir inovações, estando completamente presos a uma rotinas intensa de trabalho?

Hoje já é compreendida a ideia de que a saúde econômica de uma companhia e de uma nação é tão forte quanto sua capacidade de inovar. O que ainda não é muito bem compreendido é como estimular a inovação, embora exista uma carência de consultores, acadêmicos, políticos, executivos (e jornalistas) capazes de oferecer uma opinião bem formada ou semi-formada sobre o assunto.

O ponto de vista que está em tendência é o pessimismo. Em um nível macroeconômico, há uma escola de pensamento em expansão de que os dias mais inovadores dos Estados Unido estão no passado. O economista Robert J. Gordon está preocupado com uma força de trabalho envelhecida, educação insuficiente, regulamentações onerosas, aumento da dívida e outros “ventos contrários”, combinados com “o fato de que tantas invenções fundamentais já foram feiras”. O do PayPal Peter Thiel e o mestre de xadrez Garry Kasparov acreditam que os EUA ”descararam um século de ambição de que podiam fazer tudo construindo avanços rápidos na tecnologia, substituindo por por uma cautela mais satisfeita com melhorias incrementais.” O Prêmio Nobel Edmund S. Phelps critica que “a preocupação dos executivos com o próximo trimestre fiscal e com os banqueiros” impede o empréstimo de dinheiro para “projetos de novos produtos e métodos”, levando a um declínio na inovação diária, salvo algumas exceções (Silicon Valley, biotecnologia, energia limpa).

Mesmo os otimistas sobre o estado de inovação fornecem argumentos que são menos convincentes. Concluído através de seu recente estudo que “os condutores de inovação são mais fortes do que já foram em qualquer momento da história da humanidade”, o Boston Consulting Group afirma que sua pesquisa verificou que executivos de todo mundo planejam investir mais em pesquisa e desenvolvimento e prevê que um comprometimento renovado com a inovação – uma vez que o alto investimento e as boas intenções são as melhores maneiras de medir o sucesso do que a qualidade do que está sendo produzido. O escolha das 50 empresas mais inovadoras do mundo pela consultoria BCG, que foi direcionada para os players de mais destaque em apenas quatro indústrias, tem algumas falhas em sua análise.

O pessimismo quanto à inovação em um nível microeconômico ganha uma forma diferente. Nas minhas discussões com CIOs e executivos, me parece que o grande obstáculo é estrutural: como fazer com que companhias e organizações de TI possam conseguir um espaço para terem tempo e a responsabilidade formal de conduzir inovações que tragam lucro, sendo que os CIOs estão completamente presos a suas rotinas intensas de trabalho?

Essa pergunta é a premissa para uma conferência que a InformationWeek EUA irá conduzir no dia 8 de maio sobre o tema “Inove ou vá para casa: o ponto crítico dos CIOs em gerenciar crescimento, oportunidade e ideias transformadoras”. O evento que será realizado em conjunto com Interop em Las Vegas irá apresentar campeões de inovação do San Francisco Giants, Union Pacific, Allstate, ADP, General Electric, Intermountain Healthcare, Forrester Research e Sears.

O CIO do Giants, Bill Schlough, por exemplo, irá mostrar como ele e seu time aceleraram a inovação no campeonato World Series, trabalhando com operações de beisebol, venda de ingressos, marketing e outras áreas da empresa. O CIO da Union Pacific CIO Lynden Tennison discute sobre como os incentives financeiros estão promovendo a cultura da inovação em uma organização de TI com 1.400 pessoas. O VP executivo da Allstate Suren Gupta fala no evento sobre como a tecnologia de sua organização está atuando como uma seguradora de outras unidades de negócios para hospedar “blitz de inovação”, uma pequena maratona de dez dias que recebe inputs dos funcionários sobre problemas ou oportunidades de negócios específicos. O CTO da Intermountain Heathcare Frederick Holston e o diretor de inovação Todd Dunn debatem sobre como o Healthcare Trasnformation Lab está recebendo, subsidiando, desenvolvendo e entregando novos produtos e serviços.

Não há falta de espaço para inovação em organizações e escritórios nas companhias do ranking Fortune 1000. O que as melhores organizações parecem ter em comum: elas levam em conta a necessidade de suas empresas para conduzir a longo prazo, oportunidades de negócios sustentáveis, sem nunca perder de vista a necessidade de curto prazo para aumentar os lucros e valor para o acionista. Quando elas tratam a inovação como uma disciplina separada ou departamento, procuram ideias de diferentes partes interessadas – técnicos, vendedores, comerciantes, financiadores, promotores de negócios – e elas são muito cuidadosos para não construir projetos que não serão aceitos pelo resto da empresa. Alcançar o equilíbrio certo é uma grande parte do desafio da inovação.

Grupos formais de inovação, times que tendem a trabalhar melhor quando estão em funções rotativas entregando projetos com prazos delimitados racionalmente, esses serão alguns dos temas que o CIO da ADP Michael Campone vai debater com a InformationWeek EUA. Pense em termos de colaboradores criativos, em vez de as equipes da SWAT de elite, e resultados de seis a 12 meses ao invés de anos. Os melhores times de inovação não são donos da inovação tanto quanto ajudam a definir as prioridades, facilitar a colaboração e execução e gerir os riscos.

Keith J. Figlioli, VP senior de healthcare informatics da Premier Healthcare Alliance, afirma que sua organização inteira enxerga os negócios em partes: gerenciar e desenvolver o core, construir negócios adjacentes e inovar para futuras oportunidades. “Permitimos nossos times transitarem por essas três áreas”, comenta. “As equipes passaram a ter um tempo para focar e pensar como os negócios estão mudando e o que nós precisamos fazer para enfrentar isso.”

A resposta é que não há nenhuma visão única ou manual de boas práticas para impulsionar inovações. Mas podemos aprender muito com os executivos e seniors de TI que já se depararam com esse desafio, cometeram alguns erros e tiveram resultados significantes para mostrar graças a importantes esforços.

Fonte: http://informationweek.itweb.com.br/

segunda-feira, 25 de março de 2013

Governo vai selecionar 200 empresas para Start-Up Brasil.

São Paulo - O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, anunciou, no dia 21/03, a segunda fase do projeto Start-Up Brasil.

Durante o Congresso Global de Empreendedorismo (GEC 2013), no Rio de Janeiro, Raupp disse que 200 startups devem receber investimentos de até 200 mil reais em bolsas para pesquisa concedidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Além disso, as empresas devem receber investimento de uma das nove aceleradoras parceiras do programa, selecionadas na primeira fase. Com 36 milhões de reais disponíveis para os negócios mais promissores, as aceleradoras poderão ser escolhidas pelos próprios empreendedores.

Segundo o programa, o edital e as inscrições online estarão disponíveis a partir de 31 de março. O Ministério vai avaliar as empresas através do formato Plano de Negócios Canvas. Universidades, o CNPq e outras entidades relacionadas ao empreendedorismo ficarão encarregados de avaliar as empresas.

Equipe, projeto, escalabilidade e a solução proposta pela empresa estão entre os critérios de análise. Os empreendedores deverão ainda enviar um Curriculum Lattes para a comissão.

Segundo Raupp, o programa estará de olho especialmente em startups das áreas de energia, defesa, saúde, educação, mineração e desenvolvimento tecnológico.

Fonte: http://exame.abril.com.br - por Priscila Zuini

PLANO INOVA EMPRESA - INVESTIMENTO EM INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

O QUE É?

O Inova Empresa é um plano de investimento em inovação do Governo Federal que prevê a articulação de diferentes ministérios e a disponibilização de apoio financeiro por meio de crédito, subvenção econômica, investimento e do financiamento a instituições de pesquisa. Até 2014 serão aplicados mais de R$ 30 bilhões em inovação.

PARA QUEM?

Os recursos são destinados a empresas brasileiras de todos os portes que tenham projetos inovadores. O plano apoia setores considerados prioritários pelo Governo, como Saúde, Aeroespacial, Energia, Petróleo e Gás, Tecnologia Assistiva e Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). O pacote está diretamente alinhado com os esforços da FINEP – Agência Brasileira da Inovação na promoção do desenvolvimento nacional por meio do financiamento público a projetos de C,T&I.

QUANDO?

Já é possível se candidatar a uma parcela desses recursos, através dos programas e editais já divulgados. Para facilitar o acesso e desenvolver potencialidades locais, a FINEP dispõe de uma política operacional, que apresenta as formas de apoio disponíveis, e aposta na integração de diferentes instrumentos e na descentralização da aplicação financeira.

QUAIS SÃO OS INSTRUMENTOS?

INOVA BRASIL

Por meio do Inova Brasil, a FINEP oferece financiamento reembolsável, ou seja, empréstimos em condições altamente competitivas para o apoio às atividades inovadoras das empresas brasileiras. Os juros podem variar de 2,5 a 5% ao ano, com até 48 meses de carência e até 120 meses para pagar. A FINEP apoia variadas atividades relacionadas ao desenvolvimento tecnológico: desenvolvimento de novos produtos, processos e serviços; aprimoramento de produtos, processos e serviços; e produção e comercialização pioneiras.

INOVACRED

Através desse programa, a FINEP está selecionando agentes financeiros (Bancos de Desenvolvimento, Agências Estaduais de Fomento e Bancos Estaduais Comerciais com carteira de desenvolvimento), descentralizando a atividade de crédito. O primeiro agente credenciado é o BADESUL. Cada agente terá recursos disponibilizados no valor de até R$ 30 milhões para o financiamento de empresas com receita operacional bruta de até R$ 90 milhões. A meta é, em cinco anos, financiar quase duas mil empresas inovadoras.

TECNOVA

O TECNOVA, lançado em setembro de 2012, conta com R$ 190 milhões (recursos da subvenção econômica) para aplicação em micro e pequenas empresas. Ele vai possibilitar o desenvolvimento de novos produtos, serviços e processos que agreguem valor aos negócios e ampliem seus diferenciais competitivos. O Programa será operado por parceiros descentralizados em cada estado da Federação.

INOVA PETRO

Uma ação de integração de instrumentos e instituições já acontece no INOVA PETRO, programa que envolve recursos da FINEP (nas modalidades de crédito, subvenção econômica e cooperativo ICT-Empresa) e do BNDES, com apoio técnico da Petrobras. O primeiro edital do programa foi lançado em agosto de 2011. Após o encerramento de sua primeira etapa, foi recebida uma demanda de R$ 2,7 bilhões por meio de 37 cartas de manifestação de interesse.

TECNOLOGIA ASSISTIVA

Em novembro de 2012, a FINEP lançou uma chamada pública que vai financiar empresas brasileiras no desenvolvimento de produtos inovadores relacionados a esportes paralímpicos. A ideia é promover a inclusão social das pessoas com deficiência. Ao todo, serão destinados R$ 20 milhões em recursos não reembolsáveis da subvenção econômica.

SUBVENÇÃO

A FINEP irá apoiar com cerca de 150 milhões de reais em recursos não reembolsáveis projetos de empresas de qualquer porte nas áreas de Nanotecnologia, Biotecnologia, Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), Construção Sustentável e Saneamento Ambiental.

Fonte: http://www.finep.gov.br

segunda-feira, 11 de março de 2013

Investimento em inovação terá R$ 30 bilhões.

As empresas dos setores de etanol, petróleo e gás, defesa, tecnologia da informação, energias renováveis e fabricantes de equipamentos médicos terão a partir do mês que vem quase R$ 30 bilhões em crédito subsidiado para investimentos em inovação. Esta é a principal medida de um amplo pacote que a presidente Dilma Rousseff deve anunciar na próxima quinta-feira.

Depois de quatro meses de sessões de "espancamento", o pacote está próximo de ser finalizado. Nesta semana, o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antônio Raupp, fechou os últimos detalhes com técnicos da Casa Civil, que remeteram as medidas para um último escrutínio de Dilma. O Estado antecipou, no início de fevereiro, as principais medidas.

O governo pretende usar pouco mais de R$ 3 bilhões, ou cerca de 10% do volume total, em empréstimos ao setor privado a fundo perdido. As demais operações serão feitas com taxas de juros de 4% ao ano.

Observatório. O dinheiro será oferecido por um balcão único, formado com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O governo vai acompanhar o uso desse crédito por meio de um "Observatório de Inovação", que será criado.

A linha especial do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), oferecida pelo BNDES desde 2009 e cujo prazo de validade é dezembro de 2013, deve ser novamente prorrogada pelo governo, no âmbito do pacote de apoio à inovação, para dezembro do ano que vem.

O governo também vai autorizar a criação de uma nova empresa pública, a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), que será uma Organização Social (OS) com um contrato de gestão com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. Ela terá capital inicial de R$ 300 milhões até 2014, afirmou Rafael Lucchesi, hoje presidente do Senai. O Estado apurou que Lucchesi deverá ser o diretor-presidente da Embrapii.

A Embrapii ficará responsável pela aproximação das pesquisas desenvolvidas em universidades e institutos federais das necessidades de inovação nas companhias. "Queremos ser ainda mais ágeis na inovação tecnológica", afirmou Lucchesi, que participou ontem do lançamento da P&D Brasil, nova associação de empresas do setor eletroeletrônico, em Brasília. O governo estuda também estender às empresas optantes do programa Simples Nacional os benefícios tributários previstos na Lei do Bem, que reduz impostos para empresas que apliquem em P&D e registrem patentes.

Fonte: http://www.estadao.com.br - 08 de março de 2013

terça-feira, 5 de março de 2013

Divulgados resultado do Tecnova e primeiro credenciamento do Inovacred

A aposta da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) na descentralização de seus instrumentos de apoio à inovação acaba de ter duas novidades: a divulgação do resultado final, após avaliação de mérito, do Programa Tecnova, no qual foram selecionadas 21 Fundações de Apoio à Pesquisa (FAPs). E o anúncio do primeiro agente financeiro a ter seu credenciamento aprovado no programa Inovacred – o Badesul Desenvolvimento – Agência de Fomento/RS –, que contará com R$ 30 milhões para apoio à inovação de micro, pequenas e médias empresas no Rio Grande do Sul.

“Vamos descentralizar não só a subvenção, como também os empréstimos. Os parceiros estaduais irão conferir mais capilaridade à nossa atuação”, afirma Glauco Arbix, presidente da Finep. A iniciativa também trará mais agilidade aos processos, além de atender mais efetivamente as micro, pequenas e médias empresas.

Por meio do Inovacred, a Financiadora vai selecionar agentes financeiros (bancos de desenvolvimento, agências estaduais de fomento e bancos estaduais comerciais com carteira de desenvolvimento), deixando de concentrar sua atividade de crédito. Os valores de cada proposta poderão variar de R$ 150 mil a R$ 2 milhões, segundo Rodrigo Coelho, chefe do Departamento de Operações Descentralizadas Reembolsáveis da Finep.

Os agentes ficarão encarregados do recebimento, análise e enquadramento das propostas, liberação e acompanhamento dos projetos e recursos. Cada agente terá recursos disponibilizados no valor de até R$ 30 milhões para o financiamento de empresas com receita operacional bruta de até R$ 90 milhões. Em cinco anos, o programa espera financiar cerca de duas mil companhias e cadastrar 20 agentes financeiros. A expectativa é credenciar dez agentes durante 2013, que terão a remuneração de 3% ao ano. Aproximadamente R$ 200 milhões serão disponibilizados no período de 30 meses a partir da contratação de cada agente.

Lançado em setembro de 2012, o Tecnova conta com R$ 190 milhões em recursos da subvenção econômica para aplicação em micro e pequenas empresas (faturamento anual até R$ 3,6 milhões), visando ao desenvolvimento de novos produtos, serviços e processos que agreguem valor aos negócios e ampliem seus diferenciais competitivos.

Além dos recursos da Financiadora, o Sebrae participará de forma complementar com mais R$ 50 milhões, valor de utilização não obrigatória pelas empresas selecionadas, e que será voltado a atividades de gestão de negócio.

A Finep alocará também verba adicional que totaliza R$ 19 milhões – oriunda de Ação Transversal do FNDCT –, para estruturação, administração e consolidação dos agentes locais.

“A meta global é que cerca de 800 empresas sejam apoiadas em todo o território nacional. Elas receberão, cada uma, recursos Finep que variam de R$ 120 mil a R$ 400 mil que serão somados aos recursos de contrapartida dos estados”, explica Marcelo Nicolas Camargo, chefe do Departamento de Operações de Subvenção da Finep.

Fonte: http://www.anpei.org.br - com informações FINEP

segunda-feira, 4 de março de 2013

Inovação ganha crédito centralizado

A presidente Dilma Rousseff pretende lançar em março o programa de apoio a inovação que coordenará o financiamento ao setor privado por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Financiadora de Estudos e projetos (Finep). “Quero fazer com a inovação o mesmo que fizemos com o Bolsa Família”, disse Dilma, em reunião com os encarregados do programa, no dia 26 de fevereiro, referindo-se ao modelo centralizado de financiamento que será anunciado. O pacote de inovação será divido em seis editais, um para cada setor beneficiado: petróleo e gás, etanol, energias renováveis, defesa e aeroespacial, saúde, tecnologia da informação e comunicações. Estimado em R$ 27,5 bilhões, o programa poderá, conforme avaliação de um assessor da Presidência da República, ultrapassar os R$ 30 bilhões. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) está coordenando o plano, junto com a presidente.

A principal novidade, além do reforço de verbas, será a centralização da administração desses recursos, que permitirá aos beneficiários negociar em um só guichê a combinação de diferentes modalidades de financiamento - de verbas a fundo perdido para associações com instituições de pesquisa a participação acionária do BNDES e Finep em projetos relevantes. O modelo foi testado em dois programas-pilotos lançados em 2011, nos quais o BNDES e a Finep atuaram coordenados no financiamento de projetos associados a centros de pesquisa: o Inova-Petro, para o setor de petróleo, e o Paiss, o programa de incentivo à competitividade do setor sucroalcooleiro.

Os técnicos do governo apelidaram o programa de “porta única” de entrada no sistema de apoio e financiamento à inovação. Na prática, os interessados poderão reunir no mesmo plano de negócios as diversas modalidades de apoio oficial, como recursos não reembolsáveis (para centros de pesquisa associados a grandes empresas), subvenção econômica (para empresa menores ligadas a e desenvolvimento tecnológico), créditos do Programa de Sustentação do Investimento do BNDES e até, em alguns casos, a participação societária da Finep e do BNDES em projetos de empresas tecnológicas ou tecnologia.

O programa reunirá, além de pelo menos R$ 20 bilhões em recursos novos destinados ao BNDES e Finep, recursos já existentes, como os depósitos obrigatórios das concessionárias de energia e telecomunicações reunidos em fundos controlados pelas agências reguladoras para pesquisa e desenvolvimento, recursos para inovação incluídos no plano de safra gerido pelo Banco do Brasil, e o orçamento do Sebrae para inovação de micros e pequenas empresas.

A maior parte dos recursos novos virá do PSI, pelo qual o BNDES financia aquisição e máquinas e equipamentos. O PSI inclui os financiamentos da Finep destinados à inovação e tem validade até dezembro de 2013. O Congresso analisa a Medida Provisória 594, que amplia em R$ 85 bilhões o limite dos financiamentos do programa, cujo orçamento inicial é de R$ 227 bilhões. Cerca de R$ 3 bilhões serão recursos a fundo perdido para projetos empresariais em associação com universidades. Há, ainda, créditos subsidiados para outras etapas do desenvolvimento tecnológico de produtos e processos.

O cálculo final dos recursos que formarão o pacote de apoio a investimentos em inovação será concluído nos próximos dias, por ordem de Dilma, pelos ministros da Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp, e do Desenvolvimento, Fernando Pimentel. Eles participaram da reunião ontem com a presidente, em que foram apresentadas as propostas de apoio à inovação formuladas pelos técnicos dos dois ministérios.

Fonte: http://www.anpei.org.br - Com informações do Valor Econômico