sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Demanda por crédito para inovação atinge R$ 68 bilhões

A demanda por financiamentos para tecnologia e inovação é muito maior do que a Finep esperava para este ano: foram R$ 68 bilhões em demanda, contra uma oferta de R$ 32,9 bilhões anunciada em março.

Uma das razões para o aumento da demanda, no caso da própria Finep, é que o tempo necessário para a contratação do crédito para os projetos foi drasticamente encurtado. Em 2010, diz Glauco Arbix, presidente da Financiadora, chegava a 452 dias, e atualmente é de no máximo 30 - isso ajudou a elevar também o número de empresas que se cadastraram na Finep: foram 1.114 nesse período, mais do que o total cadastrado nos 46 anos de existência do órgão.

Arbix diz que não há uma resposta imediata para a demanda: “O Brasil não tem um sistema que ofereça investimentos em médio e longo prazos para pesquisa e desenvolvimento, e infelizmente é assim no mundo inteiro”. Bancos privados, por exemplo, não financiam iniciativas desse gênero, porque o risco é muito alto, diz ele.

Conseguir financiamento nem sempre é o principal problema em pesquisa, desenvolvimento e inovação, observa o professor do Departamento de Política Científica e Tecnológica do Instituto de Geociências da Unicamp, Ruy Quadros, que coordena o curso de “Especialização em Gestão Estratégica da Inovação Tecnológica”, cujo objetivo é capacitar profissionais já experientes a mobilizarem conhecimento e competências tecnológicas para criar novos produtos, processos, serviços e negócios. Os grandes problemas são justamente aqueles tratados no curso: “Os alunos precisam de uma visão integrada desde a gestão do projeto em nível micro, passando pela visão estratégica, planejamento de tecnologia, indo até a visão do sistema de P&D no Brasil”, explica o Quadros.

Fonte: http://www.anpei.org.br/ - (Com informações do Valor Econômico)

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