segunda-feira, 11 de março de 2013

Investimento em inovação terá R$ 30 bilhões.

As empresas dos setores de etanol, petróleo e gás, defesa, tecnologia da informação, energias renováveis e fabricantes de equipamentos médicos terão a partir do mês que vem quase R$ 30 bilhões em crédito subsidiado para investimentos em inovação. Esta é a principal medida de um amplo pacote que a presidente Dilma Rousseff deve anunciar na próxima quinta-feira.

Depois de quatro meses de sessões de "espancamento", o pacote está próximo de ser finalizado. Nesta semana, o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antônio Raupp, fechou os últimos detalhes com técnicos da Casa Civil, que remeteram as medidas para um último escrutínio de Dilma. O Estado antecipou, no início de fevereiro, as principais medidas.

O governo pretende usar pouco mais de R$ 3 bilhões, ou cerca de 10% do volume total, em empréstimos ao setor privado a fundo perdido. As demais operações serão feitas com taxas de juros de 4% ao ano.

Observatório. O dinheiro será oferecido por um balcão único, formado com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O governo vai acompanhar o uso desse crédito por meio de um "Observatório de Inovação", que será criado.

A linha especial do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), oferecida pelo BNDES desde 2009 e cujo prazo de validade é dezembro de 2013, deve ser novamente prorrogada pelo governo, no âmbito do pacote de apoio à inovação, para dezembro do ano que vem.

O governo também vai autorizar a criação de uma nova empresa pública, a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), que será uma Organização Social (OS) com um contrato de gestão com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. Ela terá capital inicial de R$ 300 milhões até 2014, afirmou Rafael Lucchesi, hoje presidente do Senai. O Estado apurou que Lucchesi deverá ser o diretor-presidente da Embrapii.

A Embrapii ficará responsável pela aproximação das pesquisas desenvolvidas em universidades e institutos federais das necessidades de inovação nas companhias. "Queremos ser ainda mais ágeis na inovação tecnológica", afirmou Lucchesi, que participou ontem do lançamento da P&D Brasil, nova associação de empresas do setor eletroeletrônico, em Brasília. O governo estuda também estender às empresas optantes do programa Simples Nacional os benefícios tributários previstos na Lei do Bem, que reduz impostos para empresas que apliquem em P&D e registrem patentes.

Fonte: http://www.estadao.com.br - 08 de março de 2013

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