quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Inovação: combinado não sai caro.

Se TI tem se tornado cada vez mais necessária para causar rupturas em modelos de negócios, então que fique claro entre os C-Levels o papel de cada um no processo de inovação

Pensar inovação nos dias de hoje é bastante complexo. O CIO que o diga. Enquanto há empresas que acreditam que inovar é mais um produto que um processo, noutras a cobrança por mais envolvimento da tecnologia para alcançar novos cenários e horizontes se torna um peso cada vez mais difícil de sustentar. Novamente, volta a figura do líder de TI, que se vê pressionado a participar dos negócios de forma mais efetiva, sendo bombardeado de expectativas das outras áreas da empresa. Um conselho para lidar com essa situação? O combinado não sai caro.

“Não existe inovação com business case aprovado, então é necessário deixar claro para as áreas de negócios que, por vezes, cria-se dez produtos e se aprova um, e inovar está baseado em errar diversas vezes até chegar ao ponto ideal”, afirma Agenor Leão, CIO da Natura, que recentemente ganhou uma cadeira no conselho de administração da companhia.

O C-Level tem por costume exigir gráficos de resultados ainda quando a ideia é embrionária, e é necessário um trabalho de educação cultural para que TI e negócios andem de mãos dadas em busca objetivo em comum, adverte Leão.

Falar em inovação esbarra em… orçamento. Como ser mais inovador e peça chave da transformação da empresa se não há aumento do budget? Ou, pior, se há redução nos investimentos? A grande sacada de fazer parte das áreas de negócios para o CIO é que o budget desses outros departamentos começa a ser dedicado também à tecnologia, e o papel do líder de TI é direcionar o investimento e não desembolsá-lo.

Se o marketing precisa de uma plataforma de colaboração, o líder de tecnologia se torna o intermediador do processo e não o ponto focal, o que indica liberdade para gerir e mostrar força no novo papel como parte da estratégia corporativa.

Elisabete Waller, sócia de consultoria da Ernst & Young, vai ainda mais longe e afirma que inovação necessita de um orçamento separado ao de tecnologia da informação, para, assim, ser uma responsabilidade da empresa e não de apenas duma área em específico. Da mesma forma, os investimentos em TI acabam por ser observados por toda a empresa, mas gerenciado pelo CIO devido ao conhecimento das plataformas e sistemas, diz.

O conteúdo acima foi extraído do “IT Mídia Debate: o Futuro da Carreira do CIO”, realizado em fevereiro pela InformationWeek em São Paulo, que reuniu líderes de tecnologia, analistas de mercado e CEOs. Todos os insights e pontos de vistas debatidos no dia estarão disponíveis na edição de março da InformationWeek Brasil.

Fonte: http://informationweek.itweb.com.br

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