segunda-feira, 23 de maio de 2011

MCT: país deve dar prioridade máxima à gestão tecnológica da inovação .

A competividade do Brasil no mercado global depende de inovação na gestão tecnológica como diferencial e não somente investir em novos produtos de inovação, explicou o secretário de Tecnologia e Inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Ronaldo Mota em recente palestra sobre inovação promovida pelo Sebrae.

Este é o caminho para reduzir o hiato do páis nos rankings econômicos e de competitivdade, respectivamente sétimo e 28º no ranking de competitividade, Mota disse acreditar que o Brasil deverá galgar posições no ranking nos próximos anos. Por isso ele acredita que gerenciar a inovação é de suprema importância já que, como os Estados Unidos, o Brasil possui fortes potenciais criativos.

“A questão é fazer com que essa criatividade latente tenha um propósito, uma disciplina, para atendimento de demanda Aqui há uma dificuldade de acoplar esse desenvolvimento ao setor produtivo”.

Um exemplo claro onde esta competência se transformou em competitividade foi no setor de agribusiness.

“O Brasil vai ser responsável, nesta década, por 20% da produção mundial de alimentos e, ao longo da década de 2030, seremos responsáveis por 25% da produção mundial, porque conseguimos encontrar uma maneira hábil de transformar conhecimento em produção”, lembrou.

No entanto, lembrou Mota, é preciso também nova visão da educação, considerada o principal gargalo ao desenvolvimento sustentável do país.

“Hoje, no Brasil a criança vai pra escola, anota tudo o que a professora diz e volta pra casa com a mente em branco”, criticou. “Essa mentalidade de educação está presente da infância ao doutorado. Então, não formamos pessoas para inovar, que estimulem sua capacidade autoconstrutiva”.

Mota entende que o primeiro degrau para a “Revolução da Educação” é a acessibilidade.

“Antes da ministração dos cursos, os alunos devem ter amplo acesso ao conteúdo de todas as disciplinas, à bibliografia correspondente, mas também tomarem conhecimento de marcos mais avançados, mesmo que ministrados posteriormente”, propôs.

E aí, segundo o secretário, o país tem que lançar mão de todas a tecnologias possíveis, inclusive no ensino à distância, fazendo-o complementar ao estudo presencial.

Na avaliação do secretário do MCT, o Brasil terá que se inspirar na Escola de Humboldt, cujo método de aprendizado se baseia em estimular a capacidade de reflexão dos alunos.

“Entendo que o Sebrae poderá ajudar a implantar o conceito de uma escola humboldtiana em nosso país”, sugeriu.

"por Marcello Sigwalt — última modificação Apr 29, 2011 01:39 PM"

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