domingo, 18 de novembro de 2012

Por que sua empresa deve investir em inovação?

Especialista conta que uma das vantagens de se investir em inovação é que o negócio ganha relevância no mercado em que atua.

Quais são as vantagens de se investir em inovação? Respondido por Lourenço Bustani, especialista em inovação

Para muita gente, o conservadorismo ainda prevalece como sinônimo de comodidade. Outros já veem a inovação como um caminho natural e necessário. A grande questão é não cair na armadilha da “inovação pela inovação”. É o que definimos como “inovação consciente”, uma inovação qualificada que tem como base ser melhor para a vida das pessoas. E as vantagens de levá-la adiante são muitas:

1. Garantir a sobrevivência de seu negócio É preciso se reinventar e se redescobrir sempre, caso contrário haverá um grande risco de você se tornar obsoleto e deixar de existir. Mais que isso, ao inovar e propor novas soluções capazes de repensar o próprio mundo em que vivemos, você estará mais perto de viver e deixar um legado.

2. Agregar relevância e significado Processos inovadores que olhem para o todo e considerem as reais necessidades das pessoas darão vida a produtos, serviços e causas de marca mais relevantes no mercado e na sociedade como um todo. Com isso, relações mais sólidas serão estabelecidas entre corporações e cidadãos. Para migrar para esse modelo, é preciso enxergar o quão destrutivo pode ser conceber uma inovação tendo como único tópico regente a métrica financeira.

3. Permitir relações de longo prazo É assustador pensar que quase 90% dos produtos que chegam ao mercado não se sustentam por mais de um ano. Através da inovação aberta, co-criada, é possível construir o novo junto daqueles que se beneficiarão da própria inovação. A vantagem? Antes de mais nada, resultados financeiros, que garantirão longevidade. Depois, a certeza de que sua atividade comercial faz parte de um círculo virtuoso cujos ganhos são divididos, distribuídos e compartilhados entre todos os agentes que interagem com o seu negócio.

Fonte: http://exame.abril.com.br - entrevista com Lourenço Bustani

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Previsões da Gartner: 2013, 2014 … 2017

A consultora avançou com a habitual lista de previsões abrangendo não só as principais tendências para o próximo ano, como para os anos seguintes. A crescente adopção de tablets e smartphones encabeça o conjunto.

A Gartner revelou as principais tendências tecnológicas para 2013, incluídas num cenário de projecções para os próximos cinco anos. Para o próximo ano a consultora coloca a crescente adopção de dispositivos móveis, tablets e smartophones, em ambiente empresarial, no topo da lista. Associada a esta tendência, a emergência de cada vez mais lojas de aplicações empresariais ganhará também protagonismo.

Depois da forte adopção das plataformas de mobilidade fornecidas pela Apple, iPhone e iPad, os sistemas Android também estão a invadir o mundo empresarial. Com o lançamento do Windows 8, o segmento ganha novo dinamismo. Para a Gartner, a chegada do novo sistema operativo “aquece” o ambiente concorrencial, a dopção em grande escala será evitada até pelo menos 2015.

1 – Invasão dos dispositivos de mobilidade

No próximo ano, os smartphones vão ultrapassar os PC como dispositivo mais comum de acesso à Internet em todo o mundo. Será que isso significa que aparelhos móveis vão substituir os PC? Sim e não, diz a Gartner.

Alguns departamentos de TI só precisam de suportar dispositivos móveis para profissionais específicos cujas funções exigem mobilidade. Os outros permanecerão com os tradicionais computadores. Mas, acrescenta o Gartner, a proliferação de dispositivos móveis nas empresas indica o fim do Windows como plataforma empresarial única.

“Até 2015, o fornecimento de tablets vão representar cerca de 50% dos portáteis fornecidos e o Windows provavelmente ficará em terceiro lugar na preferência das pessoas, atrás do Android e do iOs, da Apple”, considera David Cearley, analista da Gartner. “Como resultado, a participação da Microsoft nas plataformas dos clientes (PC, tablet, smartphone) provavelmente será reduzida para 60% e pode cair para 50%.”

2 – Mudança de aplicações nativas para aplicações Web baseadas em HTML5

A Gartner alerta que as aplicações nativas não vão desaparecer. E “oferecerão sempre a melhor experiência ao usuário e recursos mais sofisticados”. Mas a consultora prevê uma migração para aplicações baseadas em HTML, conforme estas ganharem mais capacidades.

3 – As clouds pessoais substituem a noção de computador pessoal

A cloud computing vai albergar todos os aspectos da vida de uma pessoa, diz a Gartner. Por ser um modelo tão abrangente e capaz de suportar recursos infinitos “nenhuma plataforma, tecnologia ou fabricante vai dominá-lo”, indica a consultora. Isso também significa que os departamentos de TI terão de suportar quase tudo.

4 – Internet das coisas ganha visibilidade

Quase tudo tende a ligar-se à Internet, incluindo câmeras, microfones, realidade aumentada, edifícios e sensores embutidos em todos os lugares. Em muitos casos, ela já se faz presente. A Internet das Coisas vai conduzir ao surgimento de novos produtos e serviços, como por exemplo a seguros baseados na utilização daquilo que está segurado, e mesmo a novas políticas fiscais. Também levantará novas questões: um robot ligado a um ERP deverá ser considerado um utilizador, para efeitos de licença?

5 – Plataformas corretoras de cloud computing

Com o crescimento da adopção de cloud computing, torna-se cada fez mais pertinente que os departamentos de TI criem plataformas corretoras de serviços baseados nesse modelo – as denominadas Cloud Services Brokerages. Servirão como ponto central para gerir o acesso a serviços externos.

6 – Big Data mais estratégico

Os projectos de Big Data estão a tornar-se mais económicos para as empresas, graças, em parte, à queda do preço de servidores e CPU. O Big Data será ainda mais estratégico, acredita a Gartner: ou seja os utilizadores vão incorporar cada vez mais a análise de Big Data nas suas actividades. Haverá menos projectos isolados.

7 – Análise preditiva de acções

A análise preditiva sobre acções é, em alguns aspectos, um subconjunto da sexta tendência (Big Data mais estratégico). O processamento de baixo custo está a tornar possíveis “as análises e as simulações sobre cada acção realizada numa empresa”. A maioria das análises hoje centra-se na análise histórica. E o próximo passo é prever o que pode acontecer.

8 – Computação “in-memory” A computação “in-memory”, diz a Gartner, pode ser transformacional. Ela permitirá que as actividades que demoram horas a serem executadas, levem minutos ou apenas segundos. Deverá tornar-se dominante no próximo ano ou dois: cada vez mais os utilizadores procuram fazer consultas em tempo real.

9 – Appliances virtuais ganham posição

Face à vantagens de segurança dos aparelhos físicos, a appliances virtuais não vão substituir as primeiras. Mas tendem a ganhar um lugar nas operações de TI.

10 – Lojas corporativas de aplicações

As lojas empresariais de aplicações vão transformar os departamentos de TI em gestores de mercado, proporcionando governação e até mesmo apoiando a “apptrepreneurs”, empreendedores de desenvolvimento ou sugestão de aplicações. Serão um repositório onde os utilizadores poderão encontrar tudo para melhorar o seu trabalho.

Em 2014

A contratação de recursos humanos para TI nos principais mercados ocidentais será dominada por empresas sedeadas na Ásia crescerá a dois dígitos apreciando crescimento de dois dígitos. Três dos cinco maiores fornecedores de smartphones será chinês, com a Huawei e a ZTE a aproveitarem a experiência alcançada no mercado chinês na venda de smartphones de baixo custo.

Directivas da União Europeia conduzirão a legislações para proteger empregos, reduzindo o offshoring em 20% até 2016.

Os dispositivos possuídos por empregados serão comprometidos por um malware numa proporção de mais do dobro daqueles cija propriedade é das organizações.

A consolidação do mercado deverá relegar para outro plano 20% dos 100 maiores prestadores de serviços de TI. Factores com a Cloud computing, Big Data, a mobilidade e as redes sociais, juntamente com incerteza na economia global, deverá acelerar a re-estruturação de uma mercado de quase um bilião de dólares no mercado de serviços de TI.

O investimento em software para relativo a pequenos dispositivos inteligentes de monitorização crescerá 25%.

Em 2015

A procura mundial de recursos humanos para Big Data deve atingir 4,4 milhões de empregos, mas apenas um terço das vagas serão preenchidas.

Perto de 90% das empresas deverão contornar a implantação do Windows 8 em grande escala.

40% das mil maiores organizações no mundo vão usar a “gamificação” como principal mecanismo para transformar as operações empresariais.

Em 2016

Os dispositivos electrónicos incorporados em sapatos, tatuagens e acessórios representarão uma indústria de dez mil milhões de dólares.

Em 2017

Cerca de 40% das informações de contactos deverão estar acessíveis no Facebook, devido a fugas associadas à crescente utilização de aplicações de colaboração em dispositivos móveis.

Fonte: Novembro de 2012 às 18:42:57 por computerworld - http://www.computerworld.com.pt

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Finep muda subvenção e lança edital de R$ 190 mi para inovação em pequenas empresas

Novos editais deverão contemplar setores como exploração do pré-sal, saúde e biotecnologia

A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) está modificando seus instrumentos de estímulo à inovação tecnológica por meio da subvenção econômica com o lançamento de editais setorizados. Uma das primeiras iniciativas da empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) nesses moldes é o Programa de Apoio à Inovação Tecnológica em Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Tecnova), lançado no final de setembro, que prevê a destinação de R$ 190 milhões para firmas com faturamento bruto anual de até R$ 3,6 milhões.

Esse montante faz parte de um total de R$ 1,2 bilhão anunciado na semana passada pelo ministro Marco Antonio Raupp (MCTI) para o fomento à inovação tecnológica de pequenas e médias empresas (PME) com liberação prevista até 2014, o que representa cerca de R$ 400 milhões por ano. O edital da Tecnova é o primeiro de uma série de programas de subvenção econômica divididos por setor, que serão lançados em 2013, contemplando outras cadeias produtivas, como, por exemplo, as de exploração da camada do pré-sal, de saúde, de biotecnologia e de defesa.

Foco em segmentos inovadores

Depois de cinco editais nacionais de subvenção econômica lançados entre 2006 e 2010, a Finep identificou a necessidade de mudança no formato desse instrumento — voltado à aplicação de recursos públicos não reembolsáveis diretamente em empresas inovadoras, compartilhando custos e riscos. "Percebemos que é mais importante agora alocar os recursos de subvenção de forma mais focada e estruturada em segmentos que precisam realmente desenvolver a inovação", afirmou Marcelo Camargo, chefe do Departamento de Operações de Subvenção da Finep, em entrevista a Inovação Unicamp. "Por meio dessa divisão setorial, temos a possibilidade de alocar os recursos de maneira mais eficiente e mais específica."

Com isso, outros programas de subvenção não devem ser reeditados, como Primeira Empresa Inovadora (Prime), Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas na Modalidade Subvenção a Micro e Pequenas Empresas (PAPPE Subvenção) e Programa de Subvenção à Pesquisa em Microempresas e Empresas de Pequeno Porte nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste (PAPPE Integração).

Gestão descentralizada

Outra novidade da agência é a opção pela descentralização da gestão do programa entre entidades locais. Para promover esse repasse de R$ 190 milhões do Tecnova, a Finep lançou uma carta convite com o objetivo de firmar parcerias nos Estados com instituições que promovam a escolha das empresas por meio de editais e façam a distribuição dos recursos. A ideia é descentralizar as ações e aumentar a capilaridade do programa de concessão de subvenção.

As empresas contempladas pelos parceiros estaduais terão até dois anos para executar os projetos de inovação tecnológica. O valor da subvenção às empresas, com recursos da Finep e mediante contrapartida das firmas, será entre R$ 120 mil e R$ 400 mil. A meta do programa é de contratar 800 empresas para o desenvolvimento de produtos ou processos inovadores. "Ao descentralizar, nós conseguimos ter um acesso a esse conjunto de empresas de forma mais eficiente, o que será feito pelas entidades locais. Acreditamos que esse número de empresas da meta é expressivo, comparando com o estoque que temos de cinco anos dos últimos editais da Finep", explicou Camargo.

Divisão por segmentos estratégicos

A alocação dos recursos do Tecnova deverá ser feita na proporção de 40% para projetos das áreas de petróleo e gás, energias alternativas e tecnologia da informação e comunicação (TIC), áreas prioritárias do Plano Brasil Maior e da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação do MCTI; e de 60% para outros cinco temas de interesse estratégico local, de acordo com a política de inovação de cada Estado.

Para auxiliar na capacitação e gestão das empresas, o edital prevê mais R$ 50 milhões em ação conjunta com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Até o início de novembro, a Finep estima já ter definido com o Sebrae quais produtos poderão ser oferecidos às empresas selecionadas que precisem de ajuda na gestão. Esse apoio deverá ser prestado em até 18 meses após a contratação das PME. A Financiadora também vai destinar uma verba adicional de R$ 19 milhões, proveniente da Ação Transversal do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), para estruturação, administração e consolidação dos agentes estaduais que coordenação os processos.

Balanço da subvenção

Os cinco editais nacionais de subvenção econômica lançados até 2010 atenderam 800 empresas de todos os portes, sendo 74% delas (aproximadamente 600 firmas) micro ou pequenas. Dos cerca de R$ 1,5 bilhão disponibilizado nesses cinco editais, 60% (quase R$ 1 bilhão) foram destinados às PME, de acordo com balanço da Finep. A maior parte desses projetos foi das áreas de serviços de tecnologia da informação e fabricação de produtos de informática, eletrônicos e ópticos.

Fonte: http://www.inovacao.unicamp.br - Por Guilherme Gorgulho - da FINEP - 22/10/2012

domingo, 28 de outubro de 2012

MCTI anuncia subvenção de R$ 70 mi para TICs

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) lança, nos próximos dias, edital de subvenção econômica de TICs no valor de R$ 70 milhões. Parte desses recursos será destinada ao desenvolvimento de soluções visando a segurança da internet.

O anúncio foi feito nesta quarta-feira (24) pelo coordenador-geral de Serviços e Programas de Computador, Rafael Moreira, durante o III Seminário de defesa Cibernética, promovido pelo Ministério da Defesa em Brasília. Segundo ele, o mercado de segurança na web, que em 2010 movimentou US$ 5 bilhões, chegará a US$ 80 bilhões em 2014.

Moreira disse também que o edital está em consonância com a estratégia de defesa nacional para as áreas de cibernética, espacial e nuclear. Por meio desse programa, já foi criado o Centro de Defesa cibernética (CDCiber) e produtos, como o desenvolvimento de um antivírus nacional, que começará a ser distribuído em janeiro de 2013 (versão 1.0); um simulador de defesa, que começará a ser usado no próximo mês; e um filtro de monitoramento da web, já testado com sucesso durante a Rio+20.

Todos os produtos estão sendo desenvolvidos por empresas nacionais, com cláusula que impede suas vendas para companhia estrangeiras. “É um mercado ainda incipiente e que precisa ser incentivado”, disse o ministro da Defesa, Celso Amorim.

Fonte: Escrito por Lúcia Berbert - Publicado em Quarta, 24 Outubro 2012 no www. telesintese.com.b

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Financiamento de R$ 1,2 bi para PME sai até dezembro, promete ministro

Recursos fazem parte do edital de subvenção econômica da Finep destinado a projetos de inovação em TI.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antonio Raupp, anunciou a retomada da Subvenção Econômica para micro, pequenas e médias empresas (PMEs) de tecnologia. Segundo ele, o orçamento total para o financiamento de inovação nessa modalidade é de 1,2 bilhão de reais, até 2014.

“Isso significa algo em torno de 400 milhões de reais por ano, só para as pequenas e médias empresas de tecnologia que serão beneficiadas”, explicou, acrescentando que os editais de lançamento do programa serão anunciados até o final deste ano já com orçamento aprovado.

O programa de subvenção econômica, desenvolvido pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) – agência vinculada ao MCTI –, estava desativado desde 2010.

“Estamos retomando o programa da Finep dentro dos mesmos padrões. O governo tem que financiar o risco para que as PME, através da subvenção econômica, possam desenvolver suas iniciativas inovadoras e colocar novos produtos no mercado”, disse Raupp.

“Com essa modalidade é mais fácil incluir as pequenas empresas. Como é um recurso para o desenvolvimento de produto, então precisa ser distribuído rigorosamente dentro dos critérios dos editais públicos”, comentou Raupp.

Inovação Durante a Exposição e Conferência de Inovação e Empreendedorismo de Base Tecnológica (Expocietec), realizada em São Paulo, Raupp enfatizou em sua palestra que a inclusão da inovação ao escopo do ministério é definitiva.

“Apesar de a ciência e a tecnologia serem atividades transversais de importância geral, recebiam um tratamento setorial. O Plano Brasil Maior inclui a inovação por entender que MCTI tem um papel dentro da política de desenvolvimento econômica do país”, comentou.

Raupp lembrou ainda que, embora o banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) seja o financiador tradicional dos grandes projetos de desenvolvimento industrial, a responsabilidade do financiamento da inovação, por suas necessidades, vem recaindo sobre o MCTI.

“Financiar a inovação tem características especiais que necessitam de estruturas diferenciadas. O BNDES nem sempre tem essa estrutura, por ser dedicado aos projetos de grande porte. Então, a Finep tem criado uma estrutura mais adaptada ao financiamento para micro, pequenas e médias empresas. Tem focado o financiamento desse tipo de projeto de inovação”, relatou.

O ministro reconheceu a importância das empresas geradas no ambiente tecnológico para o País. “São instituições com alunos e técnicos altamente qualificados e imbuídos do empreendedorismo”, concluiu.

Fonte: Da redação - http://computerworld.uol.com.br - *Com informações da agência MCTI

domingo, 21 de outubro de 2012

TI Maior: governo oficializa programa de apoio a empresas nascentes

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) publicou no dia 15 de outubro, no Diário Oficial da União, a portaria que institui programa de apoio a empresas iniciantes de produção de software e de serviços de tecnologia da informação, um dos pilares do programa TI Maior, lançado em 20 de agosto.

O programa, chamado de “Start-Up Brasil”, tem por objetivos “fortalecer os setores científico, tecnológico e econômico do País, (…) em especial o de software e serviços de tecnologias da informação”. De acordo com o texto oficial, o programa quer estimular “por meio do empreendedorismo, a ampliação da base tecnológica, a consolidação de ecossistemas digitais e o surgimento de um ambiente favorável a pesquisa, desenvolvimento e inovação”.

Dos R$ 550 milhões previstos para o TI Maior, cerca de R$ 40 milhões serão dedicados ao programa de start ups. A meta do governo é escolher quatro aceleradoras – cada uma delas com meta de “abrigar” de oito a 10 startups. O objetivo é acelerar 150 start ups até 2015, direcionadas para o chamado ‘ecossistema digital’, que envolve cadeias de valor consideradas estratégicas na economia – entre eles, petróleo e gás, aeroespacial, telecomunicações, mineração e agricultura, ou ainda educação e saúde, que podem apontar suas necessidades, muitos deles atualmente supridos predominantemente por fornecedores internacionais.

A portaria pode ser lida na íntegra no link http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=8&data=15/10/2012.

Fonte: http://www.anpei.org.br

sábado, 20 de outubro de 2012

"O problema do Brasil é sempre olhar o próprio quintal"

Professor titular de engenharia de software da Universidade Federal de Pernambuco, com doutorado em computação pela University of Kent at Canterbury, na Inglaterra, o paraibano Silvio Meira é um homem ligado no futuro.

Um pensador preocupado com as conexões entre economia, história, inovação e cultura. Foi com essa mentalidade que ele ajudou a fundar, no ano 2000, o Porto Digital, um polo tecnológico situado no centro antigo do Recife, que concentra cerca de 100 empresas de tecnologia. Sua atuação no Porto, cujo conselho preside, se dá também por meio do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (C.E.S.A.R.), um núcleo privado de inovação que desenvolve projetos para empresas como Samsung, Motorola e Siemens. Nesta entrevista, Meira aponta aquilo que, a seu ver, o País deveria fazer para ocupar um lugar de protagonista na economia internacional. “O Brasil é grande demais para viver só de commodities”, diz. “Uma boa visão é definir, como meta, nos próximos 25 anos, ser um dos cinco maiores produtores de software.”

DINHEIRO – O ciclo de vida dos produtos de tecnologia é muito curto. Essa dinâmica não faz a indústria investir milhões em uma série de recursos inúteis? SILVIO MEIRA – A alucinação coletiva pela novidade é parte da humanidade desde que nos entendemos por gente. A história das facas e das espadas, que tem milhares de anos, é uma coleção de invenções malucas. Num cenário de aplicação do conhecimento, sempre haverá o que se pode chamar de combinação de curiosidade com confiança humana. Curiosidade sobre o que fazer aliada à confiança de que é possível tornar aquilo realidade. Agora, pense num mundo em que posso mandar fabricar quase qualquer coisa, bastando para isso ter os meios, como temos hoje. Isso nunca aconteceu antes.

DINHEIRO – Como isso se aplica ao mercado de tecnologia? MEIRA – Especificamente, no que se refere às plataformas digitais, é preciso observar que elas são muito padronizadas. Se quisermos mandar produzir um tablet na China com três câmeras na frente e uma atrás, nós fazemos. E fazemos com a qualidade que desejarmos, pelo preço que quisermos. Então, a padronização dos componentes para baixo elevou a expectativa para cima, pois é possível fazer praticamente qualquer coisa em qualquer lugar. Essa dinâmica proporciona a criação, por exemplo, de uma câmera com a qual posso fazer um chat. Ou um aspirador robotizado que faz não sei o quê, um software no seu carro integrado às redes sociais, etc. É a criatividade.

DINHEIRO –Qual seria o futuro de invenções como essas? MEIRA – Há um processo de seleção. As que vão passar no crivo são aquelas que tiverem volume de aceitação e, consequentemente, de produção capaz de justificar a atividade industrial e comercial por trás delas. Todo o resto vira curiosidade.

DINHEIRO – Nesse contexto, pensar globalmente é fundamental. O Brasil avançou em seu processo de internacionalização, especialmente na área de tecnologia? MEIRA – O Brasil é grande demais para viver de commodity. Pense no caso do Chile. Há 15 anos , não se encontrava uma garrafa de vinho chileno na Europa. Hoje, você entra numa adega europeia chique e encontra produtos do Chile, alguns deles com preço de vinho europeu. Estão tentando fazer isso em Petrolina, em Pernambuco. Há garrafas que saem de lá pelo preço de R$ 80. Petrolina já descobriu que uma coisa é vender uva, outra é comercializar um produto sofisticado. Não há muito vinho brasileiro de R$ 80. E o que é isso? É agregação de valor, de percepção, marca e também de uma quantidade gigantesca de tecnologia no processo industrial. Mas com o objetivo de produzir com qualidade, porque não adianta me dizer que um produto é bom se ele não o for. E é muito mais difícil agregar tudo isso num computador, que não passa de uma lata.

DINHEIRO – O que vai diferenciar um computador é o software, não? MEIRA – Sim. Portanto, a única chance que o Brasil tem do ponto de vista competitivo para as próximas duas décadas – já que, no passado, não habilitamos as cadeias de valor de hardware para a competição de classe mundial – é avançar em dois aspectos. Primeiro: habilitar a cadeia de valor de hardware para daqui a 20 anos, tempo necessário para que os sistemas hoje estabelecidos fraquejem no Japão, China, Taiwan e em outros lugares. O Brasil precisa buscar negócios que tenham alcance global. Mas o que temos aqui? Todas as ações de política industrial feitas no País, nas últimas décadas, na área de hardware foram na direção de substituição de importações, mas esse negócio não funciona em certos mercados.

DINHEIRO – Qual é a próxima onda na qual o Brasil deve embarcar? MEIRA – A tecnologia do grafeno é uma delas, assim como novos tipos de energia e bateria. Ultravioleta extrema, para fazer litografia de circuitos, também. O problema é que não estamos apostando em nenhuma dessas coisas. E ficamos naquela história: como há um megarrombo na balança comercial, decidimos fazer umas fabriquetas de circuito integrado aqui, de baixa complexidade, para controle industrial. Mas fazer isso só para o mercado nacional provavelmente não é um bom negócio.

DINHEIRO – Por quê? MEIRA – Isso teria então de ser feito com subsídio pesado do governo ou com uma fábrica estatal, o que também não é uma boa alternativa. Não é sustentável no longo prazo, porque está provado que os negócios intensivos em hardware exigem, para dar certo no longo prazo, uma vertente de pesquisa e desenvolvimento turbinado com inovação e alto investimento privado de risco. O que vai ser exigido lá na frente é a capacidade de criar, empreender e investir. Enquanto isso, há algumas situações injustificáveis. Cria-se, por exemplo, um megamecanismo de incentivo para trazer a “fabricação da Apple” para o Brasil, com o preço do aparelho exatamente igual ao do importado. Ou seja, obtém-se subsídio público, pago por todos os contribuintes, para jogar na margem de lucro da Apple.

DINHEIRO – O sr. se refere ao projeto bilionário para a criação de novas fábricas da Foxconn no Brasil, não? MEIRA – É simplesmente uma falha estrutural do que são os investimentos nesses setores. O setor de hardware de alta sofisticação não é igual ao mercado de minério de ferro, de bauxita. Software é um mercado de conhecimento. É preciso criar certas commodities nessa área. E de que tipo? Educação de alta qualidade provida num número diverso o suficiente de lugares para haver uma quantidade de pessoas capazes de exprimir essa competência nos mercados internacionais. Só essa qualidade, porém, não funciona. A indústria de software, que é muito jovem, pois data do meio da década de 1970, só existe competentemente, salvo raríssimas exceções, quando o investimento empreendedor e a capacidade de tomada de risco são muito grandes. A única plataforma global de software que não é dos EUA é a SAP, da Alemanha. Não há outra, é um acaso ter havido isso lá. Isso só aconteceu porque um pessoal saiu da IBM alemã e pegou um vetor inteiro de competências da empresa, conseguindo assim se estruturar no mercado. Além de competência, contaram com o apoio de companhias alemãs espalhadas pelo mundo. Mas é a única plataforma. Todas as outras são americanas. E isso porque há toda uma cadeia de valor que passa pela formação de capital humano e sua conexão com o mercado, com os processos de investimentos e tomada de risco, fomento e forte subsídio governamental.

DINHEIRO – Pensar globalmente nunca foi uma característica brasileira. MEIRA – O maior problema do Brasil é justamente sempre olhar o próprio quintal. A solução é, obviamente, imitar o que os outros fazem – e muito bem –, que é perguntar: o que o mundo vai comprar? Em informática, tanto em hardware quanto em software e em serviços, esse pensamento é fundamental pelo seguinte: não há produtos locais de informática. Só os globais. À medida que o mundo se conecta com redes cada vez mais rápidas e de melhor qualidade, mais os produtos serão globais.

DINHEIRO – O que o Brasil deveria definir como prioridade para as próximas décadas, na área de tecnologia e inovação? MEIRA – Uma boa visão é definir como meta ser, nos próximos 25 anos, um dos cinco maiores fornecedores mundiais de software. Temos população, competência e mercado de partida para ter essa ambição. Pouco importa qual é o software, deixe as pessoas escolherem isso. Não há design governamental para software. Digo ainda mais: deveríamos ter, em dez anos, um, dois ou cinco provedores globais de software como serviço. O software está mudando completamente sua característica. Ele está se tornando um fluxo de dados e informações, que é bilhetado por uso. A eletricidade, por exemplo, é gerada aqui, mas não pode ser enviada para a Rússia, pois o custo de transmissão é muito alto. Já a “informaticidade”, que é a capacidade de transmitir, processar e controlar informação, pode ser feita no Recife e mandada para qualquer lugar do mundo.

DINHEIRO – Mas ainda há possibilidade de pleitear lugar de destaque no mercado de softwares, que já é dominado por titãs como Oracle, SAP e Amazon, entre outras? MEIRA – A história mostra que algumas das companhias que estão aí hoje podem estar vivendo o seu ocaso. Na prática, o Facebook tem cinco anos. Saiu do nada para ter um bilhão de usuários globais. O Facebook poderia ter sido feito em qualquer lugar do mundo, inclusive no Brasil. Antes, o próprio Orkut, o Twitter, a Amazon Web Services poderiam ter saído de qualquer país. Estamos falando de empresas que têm cerca de cinco anos. Os data centers da Apple, que provêm grande quantidade de conectividade global, são todos movidos a carvão mineral e óleo diesel. São os data center mais sujos do mundo. Temos a oportunidade no Brasil, com dezenas de gigawatts de energia eólica disponíveis, de conectar data centers brasileiros para prover informação e serviços de software para o mundo. Tudo isso montado em fazendas eólicas do interior do Nordeste. E o Brasil é um dos melhores lugares para fazer isso, inclusive porque podemos prover green bits, ou bites verdes. A matriz brasileira de energia elétrica é limpa em mais de 85%.

Fonte: Silvio Meira, fundador do Porto Digital, do Recife - Entrevista Por Clayton MELO - http://www.istoedinheiro.com.br

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

TI Maior: indústria de software receberá aporte de R$ 500 milhões.

Recursos serão repassados nos próximos três anos. Investimento faz parte do Programa Estratégico de Software e Serviços de Tecnologia da Informação, lançado pelo MCTI.

A indústria brasileira de software receberá um aporte de meio bilhão de reais nos próximos três anos do governo federal para aumentar a sua competitividade no mercado local e externo. O investimento faz parte do Programa Estratégico de Software e Serviços de Tecnologia da Informação (TI Maior), lançado na manhã desta segunda-feira (20/08), em São Paulo, pelo ministro da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antonio Raupp.

Esses recursos serão repassados por meio de editais públicos que começam a ser lançados a partir deste mês para incentivar a indústria de software. O capital vai financiar um ecossistema que está sendo criado pelo IT Maior para fomentar o setor, que abrange desde o desenvolvimento das soluções até a comercialização e exportação.

Entre os orgãos que vão liberar os recursos estão a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Resultado de mais de um ano de estudo juntamente com empresários do setor e entidades de classe, o IT Maior se baseia em um conjunto de ações para fortalecer esse segmento, que foi considerado pelo governo federal estratégico para a economia do Brasil.

Ao apresentar o programa para as lideranças do setor, o ministro Raupp, destacou que o software é uma tecnologia que está presente atualmente em quase todos os negócios, utilizado para processar diversas operações e criação de novos produtos.

“Sem software não há inovação”, destacou Raupp, mencionando que essa indústria movimentou 37 bilhões de reais em 2011 e que tem potencial para crescer. “Esse setor não pode ficar sem investimentos”, declarou o ministro, lembrando que as fabricantes de hardware e de semicondutores já haviam sido beneficiadas com programas de incentivos, mas que faltava algo específico para tornar esse segmento mais robusto.

“O programa não olha só para o desenvolvimento, mas para a oferta e demanda. Software é estratégico para o Brasil”, reforçou o ministro do MCTI, que espera que o IT Maior fomente a indústria brasileira e que os players locais consigam fazer frente aos produtos importados.

Pilares do IT Maior

Entre as ações previstas pelo IT Maior estão a consolidação de ecossistemas digitais; a certificação e a preferência nas compras governamentais para aplicativos com tecnologia naciona e a aceleração de empresas nascentes de base tecnológica com foco em software e serviços.

O novo programa vai incentivar também a instalação de centros de pesquisa globais e a capacitação de jovens para o mercado profissional.

O “TI Maior” é integrado à Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia & Inovação 2012-2015, que prevê a elaboração de um programa específico para estimular o desenvolvimento do setor de software e TI.

Também está articulado a outras políticas públicas do governo federal, como a Estratégia Nacional de Defesa (END), o Plano de Aceleração do Crescimento 2 (PAC2), o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e o Programa Brasil Mais Saúde.

Segundo o MCTI, a iniciativa está alinhada ainda com o Plano Brasil Maior, o Plano Agrícola e Pecuário (PAP), além dos Regimes Especiais, como o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), o Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Indústria de Semicondutores e Displays (PADIS) e TV Digital (PATVD).

Fonte: http://computerworld.uol.com.br - Por EDILEUZA SOARES

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Gartner prevê que o futuro da tecnologia está na relação entre mídias sociais, mobilidade, Cloud e informação.

Tema será discutido na Conferência Gartner Arquitetura de Aplicações, Desenvolvimento e Integração, que tem desconto especial de R$ 200 até o dia 10 de agosto

A relação entre as forças convergentes – mídias sociais, Cloud, mobilidade e informação – está moldando e transformando o comportamento dos usuários ao criar novas oportunidades de negócios. A conclusão é do Gartner, líder mundial em pesquisa e aconselhamento sobre tecnologia, que analisa as mudanças do panorama de TI ocasionadas por estas quatro tendências e recomenda às empresas direcioná-las em um plano estratégico de negócios. Outras previsões sobre o tema serão apresentadas na Conferência Gartner AADI (Conferência Arquitetura, Desenvolvimento e Integração de Aplicações), que acontece nos dias 14 e 15 de agosto, no Sheraton São Paulo WTC Hotel.

Segundo o Gartner, embora essas forças sejam inovadoras, juntas, estão revolucionando os negócios e a sociedade, rompendo modelos antigos e criando novos líderes. Há pouco tempo, a experiência de computação mais sofisticada das pessoas estava dentro do trabalho. Hoje, na maioria dos casos, ocorre exatamente o oposto. A tecnologia, disponibilizada por excelentes aparelhos, interfaces e aplicações com fácil aprendizagem, torna os usuários cada vez mais sofisticados. Com isso, as pessoas esperam ter acesso a funcionalidades semelhantes em todas as suas funções e fazem menos distinção entre trabalho e atividades fora dele.

"Na relação destas quatro forças, a informação é o contexto para entregar experiências sociais e móveis aprimoradas”, diz Jess Thompson, vice-presidente de pesquisas do Gartner e chairman da Conferência AADI. "Os dispositivos móveis são plataformas eficazes para relacionamentos sociais e para novas formas de trabalho, conectando as pessoas de maneiras novas e inesperadas. A nuvem permite a entrega de informações e funcionalidade aos usuários e sistemas. Essas forças estão interligadas para criar um ecossistema de computação moderna, orientado ao usuário", afirma.

As mídias sociais são um dos exemplos mais interessantes de como o uso de dispositivos pessoais no ambiente de trabalho impulsiona práticas empresariais de TI. Elas incluem compartilhamento de comentários, links e indicações aos amigos. Os fornecedores de bens de consumo têm sido rápidos em identificar a influência que as recomendações de compra de amigos têm sobre as pessoas.

As tecnologias sociais movimentam e dependem de outras três forças:

• Necessidade por mobilidade: acessar as redes sociais é uma das principais funções dos dispositivos móveis e as interações sociais têm muito mais valor quando acontecem onde quer que o usuário esteja • Dependem da nuvem para acesso e tamanho: as redes sociais se beneficiam de escala, algo que só é realmente praticado por meio da implantação da nuvem • Dependem de uma análise profunda: interações sociais fornecem uma fonte rica de informações sobre conexões, preferências e intenções. Na medida em que as redes sociais se tornam maiores, os usuários precisam de melhores ferramentas para gerenciar o crescente número de interações. Isto leva a necessidade por análises sociais mais profundas.

A mobilidade está influenciando a maior mudança na forma como as pessoas vivem. A adoção em massa dos aparelhos móveis força uma nova infraestrutura, que gera novos negócios e ameaça a situação atual.

Porém, a mobilidade não é um fenômeno isolado. As pessoas vão interagir com múltiplas telas, trabalhando em conjunto. Os dados de sensores vão melhorar a experiência do usuário, integrando os mundos virtual e físico. A informação obtida neste mundo terá mais valor e a relação será duradoura entre um usuário e um ecossistema baseado na nuvem.

Sem a computação em nuvem, as interações sociais não terão espaço para acontecer em escala, o acesso móvel não conseguiria conectar a uma grande variedade de dados, e a informação ainda estaria presa dentro de sistemas internos. O modelo de Cloud Computing é o que o Gartner chama de fenômeno de “classe mundial”, pois ele foca em resultados conectados globais e não, apenas, em tecnologias e resultados centrados em uma estratégia interna empresarial. No mundo atual, tudo está voltado à cultura do consumidor.

Os fornecedores independentes de softwares móveis, que usam serviços no Cloud, têm mais opções para acessar informações e processos. O crowdsourcing (modelo de produção que utiliza a inteligência e os conhecimentos coletivos espalhados pela Internet para resolver problemas, criar conteúdo e soluções ou desenvolver novas tecnologias), por exemplo, pode ser feito por meio de comunidades móveis, pois a nuvem permite que elas existam no mesmo espaço de trabalho, ao invés de estarem isoladas em ambientes empresariais ou em PCs.

A informação está em qualquer lugar. Durante anos, os tecnólogos discutiram a onipresença da informação, sem entender como obter vantagens dela. As mídias sociais, a mobilidade e a computação em nuvem fazem com que a informação esteja acessível, “compartilhável” e consumível por todos, em qualquer lugar, a qualquer momento. Saber capturar o poder da onipresença da informação e usar os menores subconjuntos aplicáveis a uma empresa, produto ou consumidores, em um ponto específico, será crítico para novas oportunidades e evitará riscos.

Desenvolver uma inovação, por meio da informação, permite às empresas responderem às mudanças ambientais dos consumidores, funcionários ou dos produtos na medida em que ocorrem. Isto significará um salto à frente da concorrência em termos de performance operacional ou de negócios. Uma empresa pode ter sucesso ou fracasso dependendo de como ela responde às tendências como mídias sociais, Cloud Computing e mobilidade.

Fonte: http://www.segs.com.br - por Joyce Camargo.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Subvenção econômica da Finep terá três modalidades e orçamento de R$1,2 bilhão.

Após dois anos de espera, os micro e pequenos empresários poderão voltar a solicitar créditos da subvenção econômica da Finep. O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, anunciou, nesta segunda-feira (23), os detalhes da principal linha de financiamento de projetos não-reembolsáveis. Entre as novidades, a criação de duas modalidades para descentralizar a aplicação de recursos e orçamento de R$ 1,2 bilhão para serem aplicados até 2014.

Em agosto, a Finep irá lançar o primeiro pacote de R$ 400 milhões. Além da tradicional chamada por edital, a financiadora irá disponibilizar verba para projetos já apoiados por outra linha de crédito da instituição. “Queremos premiar empresas que tiveram sucesso no processo de inovação e que estão em dia com o pagamentos dos créditos. Elas terão a oportunidade de acessar a subvenção com o mesmo projeto em áreas estratégicas”, explicou o ministro Marco Antonio Raupp em entrevista coletiva durante a 64a Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que acontece até sexta-feira (27), em São Luis (MA).

A modalidade é, de acordo com Raupp, uma junção da subvenção econômica com a oferta de créditos reembolsáveis. A outra opção será a oferta de recursos por meio de parcerias com as fundações de amparo à pesquisa (FAPs) e governos estaduais. A Finep irá repassar verbas para os parceiros que ficarão responsáveis pela organização e seleção dos projetos de acordo com a demanda regional.

“Essa medida permite termos mais capilaridade nos Estados. Muito importante para empresas do Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Eles [FAPs e governos estaduais] conhecem muito mais as demandas regionais que a Finep”, afirmou Raupp. “Atenderemos empresas que num processo nacional não iríamos detectar”, disse.

Apesar dos cortes no orçamento sofridos nos últimos dois anos, Raupp garantiu que haverá recursos para a subvenção econômica de 2013 e 2014. “Não tem perigo de haver redução nesses valores. A cada ano serão cerca de R$ 400 milhões”, ponderou.

O primeiro edital de subvenção econômica foi lançado em 2006. A oferta inicial foi de R$ 300 milhões, sendo financiados 145 projetos no valor total de R$ 272,5 milhões. No ano seguinte, foram financiados 174 projetos. Em 2008, um recorde: R$ 514,6 milhões investidos em 245 projetos. Nos anos de 2009 e 2010, foram aplicados, no total, R$ 768 milhões em 366 projetos.

Fonte: http://www.agenciacti.com.br - por Felipe Linhares

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Fundos dos EUA têm US$ 130 mi para startups do Brasil.

Redpoint Ventures e e.ventures criam "o maior fundo" para startups de tecnologia brasileiras, diz o jornal britânico Financial Times

Os fundos americanos Redpoint Ventures e e.ventures (conhecido anteriormente como BV Capital e um dos investidores no IPO do Groupon, em 2011) vão levantar 130 milhões de dólares para startups de tecnologia e internet no Brasil, diz o periódico britânico Financial Times. De acordo com o jornal, este não é apenas o "maior fundo" para as empresas do setor no país, mas também o primeiro investimento direto do Vale do Silício, atento ao crescimento do mercado brasileiro de consumo online.

Outro fundo dos Estados Unidos também manifestou interesse pelo Brasil, segundo o Financial Times. A Sequoia Capital, uma das maiores empresas de capital de risco, está para abrir um escritório brasileiro, disse uma pessoa familiar ao negócio, de acordo com o jornal. A companhia se recusou a comentar o caso.

Para o Financial Times, o interesse dos americanos em investir na China e no Brasil mostra uma "evolução do mercado". O jornal também cita que o aumento da classe média brasileira e o acesso à internet no país tornam o mercado atraente. Segundo Jeff Brody, sócio da Redpoint, em depoimento ao jornal, há muito envolvimento do Brasil com redes sociais, mas relativamente poucos sites em português.

No começo de 2012, a Redpoint e a e.ventures manifestaram interesse em investir em conjunto no Brasil. O plano das companhias era criar uma joint-venture para atuar no local. Para a publicação, a cena "rudimentar" das startups brasileiras no país, no entanto, não atrai investidores "famintos".

Fonte: http://exame.abril.com.br - por Pedro Zambarda

domingo, 22 de julho de 2012

Porto Digital divulga resultado preliminar do processo de incubação.

O Porto Digital divulgou o resultado do processo seletivo para a incubação dos novos empreendimentos na Cais do Porto. Segundo a instituição, ao todo, foram enviadas 37 propostas, das quais 18 foram classificadas.

De acordo com o Porto Digital, todas as propostas foram analisadas por uma comissão julgadora, que classificou as startups com média igual ou superior a três.

Confira a lista dos projetos selecionados:

Atestados.med.br,
Clean care,
Coc4you,
Freshbroker,
Gigamigos,
Socialplaces,
Software sob serviço web de diagnóstico,
Soluções simulação numérica,
Cicerone,
Goow (Widevis),
Economize,
Lixo sustentável,
EATIME,
Great content,
Locus,
Lokokupilo,
Paropar.

Fonte: http://www.diariodepernambuco.com.br

Conheçam os 18 projetos selecionados para o Geeks On Campus!

Após um mês de inscrições e 50 projetos recebidos, foram selecionados os 18 projetos que participarão do Geeks On Campus, dentro do espaço Campus MeetUp, em Recife.

Verifique na lista abaixo se a sua start-up está entre as selecionadas. Se estiver, fique ligado! Maiores informações serão passadas por e-mail.

Cheapig;
Goow (Widevis);
PocketStore;
Taxi na Mão;
Say2Me;
Beved;
Estou Jogando;
Eventick;
ProDeaf;
Ubee;
Kaipora Digital (Xilo Game);
GestorBox;
Icare Games;
BlueDental;
Favoritoz;
BRIAN;
WUP;
Outgo.

Sucesso a todos!

Fonte: http://geeksonbeer.com/projetos-geeks-on-campus/

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Gartner alerta para as implicações organizacionais devido ao aumento dos dispositivos móveis

Analistas discutirão o tema na próxima Conferência Arquitetura de Aplicações, Desenvolvimento e Integração, entre os dias 14 e 15 de agosto, em São Paulo

De acordo com o Gartner, líder mundial em pesquisa e aconselhamento sobre tecnologia, CIOs e líderes de TI devem estar atentos a três implicações chave da era “pós-PC”, pois cada vez mais os consumidores estão acessando aplicações e conteúdos via dispositivos móveis.

“O lançamento do iPhone, há cinco anos, marcou uma mudança em direção a um futuro dominado pelos dispositivos móveis”, afirma David Michell Smith, vice-presidente de pesquisas e membro do Gartner. “Com celulares e tablets como plataformas de entrega de aplicações e informações, não mais apenas simples ferramentas de comunicação. A era de executar programas somente em PCs desktops e notebooks está sendo substituída rapidamente por um novo ecossistema com mobilidade, equipamentos eletrônicos, computação corporativa, clientes fixos e também clientes móveis”, diz ele.

O Gartner identificou as implicações dessa mudança e alerta os líderes de TI e os profissionais de desenvolvimento de aplicações para estarem preparados para uma nova era de trabalho, onde os dispositivos móveis irão reinar. Para isso, analistas internacionais estarão no Brasil para discutir o tema na Conferência Gartner Arquitetura de Aplicações, Desenvolvimento e Integração, que acontece nos dias 14 e 15 de agosto, em São Paulo. As três implicações, segundo o Gartner são:

1 - As empresas de TI devem evoluir rapidamente suas aplicações e as interfaces para responder ao grande crescimento da demanda por novos canais B2B, B2E e B2C. “Esta mudança para computação em dispositivos móveis e as tendências atuais de consumo e BYOD (traga seu próprio dispositivo, em português) faz com que os líderes de TI e as equipes de desenvolvimento tenham que assumir uma abordagem multicanal para aplicações nos canais B2B, B2E e B2C. Infelizmente, ainda grande parte dos departamentos de TI e dos usuários finais ainda supõe que somente as aplicações em desktops são necessárias, mas isso vai mudar”, diz Smith. O Gartner recomenda: • Fazer uma avaliação mobile-only, mobile-first ou legada durante o desenvolvimento da aplicação; • Identificar a demanda específica de aplicações móveis de B2E, B2C e B2B para os próximos 18 meses; • Implantar um framework estruturado e ferramentas para futuras aplicações “context-aware”.

2 - Os desenvolvedores precisam se readaptar, pois as aplicações focadas em dispositivos móveis vão substituir o desenvolvimento para desktops. “O grande interesse e uso de dispositivos móveis no mercado corporativo e de consumo significam que as interfaces móveis estão definindo as expectativas de usabilidade, aparência e comportamento das futuras aplicações e sistemas”, diz o Gartner. “A vanguarda dessa mudança é a interface de toque e gestos, fundamental para os dispositivos móveis. Mas, além disso, os canais de áudio e vídeo estão sendo usados para expandir essa nova interface dos usuários. Os comandos de voz lideram buscas e ações das aplicações, enquanto que o emergente canal de vídeo está levando ao reconhecimento facial e gestos”, diz o analista Smith. O Gartner recomenda: • Acompanhar os avanços nas novas técnicas de interface de usuário (como toque, áudio, vídeo, gestos, busca, social e contexto) e criar um roadmap para o potencial de curto, médio e longo prazos; • Separar os grupos de interações em fatores onde as aplicações integrem a experiência em múltiplos dispositivos em arquiteturas de aplicação; • Construir aplicações com capacidades e interações simples e focadas, mas criar, também os links entre as aplicações para uma operação melhor coordenada.

3 - As organizações precisam realocar recursos, pois os projetos voltados para smartphones e tablets vão superar os projetos para PCs na razão de quatro para um até 2015. “Ao desenvolver interfaces para múltiplos tamanhos de tela e sistemas operacionais, são necessárias novas ferramentas para fazer as aplicações funcionarem corretamente em diferentes aparelhos. Não há uma maneira automática de fazer isso – são necessárias habilidades de engenharia para projetar os outputs certos”, diz Smith. O Gartner recomenda: • Fazer investimentos táticos em ferramentas de desenvolvimento de aplicações móveis; • Aprimorar testes (automatizados) e planos de suporte; • Usar o HTML5 como o menor denominador comum de modelo de interface do usuário entre dispositivos e fornecedores, embora não se deva esperar que o HTML resolva todas as necessidades.

O foco da Conferência Gartner Arquitetura de Aplicações, Desenvolvimento e Integração será na rápida evolução das tendências que têm implicações profundas para os executivos e líderes de aplicações. O crescimento da computação em nuvem, a explosão das aplicações móveis e o crescimento da arquitetura orientada a serviços estão entre as tendências que fazem com que os líderes de desenvolvimento de aplicações reexaminem suas estratégias. Os analistas do Gartner vão explorar essas tendências, identificar as oportunidades e os riscos enfrentados pelas organizações, além de sugerir planos práticos para os próximos cinco anos. A conferência acontecerá em São Paulo, nos dias 14 e 15 de agosto. Para mais informações, ligue para (11) 3074-9724 ou (11) 3073-0625, ou acesse o website do evento: http://www.gartner.com/br/aadi. Para inscrições, entre em contato com a CMF Eventos pelos telefones (11) 3074-9724 ou (11) 3073-0625.

Conferência Gartner Arquitetura de Aplicações, Desenvolvimento e Integração Data: 14 e 15 de agosto – Terça e quarta-feira, das 9h às 18h Local: Sheraton WTC Hotel – Avenida das Nações Unidas, 12.551 – (SP)

Sobre a Conferência Gartner Arquitetura de Aplicações, Desenvolvimento e Integração

O foco da Conferência Gartner Arquitetura de Aplicações, Desenvolvimento e Integração será na rápida evolução das tendências que têm implicações profundas para os executivos e líderes de aplicações. O crescimento da computação em nuvem, a explosão das aplicações móveis e o crescimento da arquitetura orientada a serviços estão entre as tendências que fazem com que os líderes de desenvolvimento de aplicações reexaminem suas estratégias. Os analistas do Gartner vão explorar essas tendências, identificar as oportunidades e os riscos enfrentados pelas organizações, além de sugerir planos práticos para os próximos cinco anos. Para obter mais informações sobre a Conferência Gartner Arquitetura de Aplicações, Desenvolvimento e Integração, acompanhe o Twitter do Gartner: http://twitter.com/GartnersummitBR, pela hashtag #GartnerAADI.

Sobre o Gartner

O Gartner é líder mundial no fornecimento de pesquisas e aconselhamento na área de tecnologia da informação. O instituto fornece as análises de TI necessárias para seus clientes fazerem as escolhas certas todos os dias. De CIOs e diretores de TI em corporações e agências governamentais a líderes em empresas de alta tecnologia e telecomunicações, passando por investidores deste mercado, o Gartner é parceiro indispensável para 60 mil clientes em 12 mil companhias diferentes. Fundado em 1979, o Gartner tem sede em Stamford, Connecticut, e possui 5.000 associados, sendo 1.280 analistas de pesquisa e consultores em 85 países. No Brasil, o Gartner está presente com três unidades: Gartner Research, que oferece pesquisas e aconselhamento para profissionais, fornecedores e investidores de TI; Executives Programs, grupo de CIOs alimentado pelo conteúdo Gartner com mais de 3 mil membros em todo o mundo; e Eventos, com conferências e simpósio anuais. Para obter mais informações, visite www.gartner.com.

Fonte:http://www.segs.com.br - Por JOYCE CAMARGO - NOTÍCIAS - INFO & TI

segunda-feira, 18 de junho de 2012

MCTI anuncia lançamento de edital do programa de subvenção.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, anunciou no encerramento da XII Conferência Anpei, nesta quarta-feira (13/06) em Joinville, que um novo edital do programa de subvenção econômica será lançado no segundo semestre deste ano. Ele também revelou que o Programa Nacional de Software, que visa apoiar as empresas do setor, deve ser lançado em agosto.

“Nosso propósito é que essa chamada da subvenção tenha valores superiores aos editais lançados anteriormente, ou seja, será superior a R$ 450 milhões”, contou. O ministro transmitiu sua mensagem por telefone aos presentes à XII Conferência Anpei, enquanto participava da Conferência Rio +20, no Rio de Janeiro.

No caso do Programa Nacional de Software, ele disse que o ministério fará algo inédito em termos de política pública: vai estimular as aceleradoras de startups no setor. O programa seria um piloto que deve ser estendido para outros setores da economia inovadora. Até agora, a atuação do MCTI em relação ao segmento se dá por meio do apoio às incubadoras de empresas de software. “Nosso objetivo é fazer com que tenhamos mais startups e que elas evoluam com maior rapidez”, completou.

Em sua participação na XII Conferência, Raupp parabenizou a Anpei pela realização da XII Conferência. “Cada Conferência Anpei que acontece no Brasil dá um passo à frente no sentido da consolidação da inovação como estratégia número um para o nosso desenvolvimento sustentado”, afirmou, dizendo ainda que percebe um amadurecimento coletivo no País em relação ao tema da inovação.

O ministro e destacou, ainda, pontos em comum na agenda da Anpei e do MCTI. “Considero esse um dado de extrema relevância, pois mostra que estamos todos remando na mesma direção e com os mesmos objetivos”, completou. Como exemplos, ele citou a mobilização pelo direcionamento de parte dos recursos obtidos na exploração do petróleo no pré-sal para ciência, tecnologia, inovação e educação, nas discussões sobre o aprimoramento do marco legal sobre acesso à biodiversidade, a formulação do novo Código Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação e o apoio às micro e pequenas empresas inovadoras.

Raupp terminou sua mensagem dizendo que o MCTI vai apoiar a Associação na publicação impressa do “Guia de Boas Práticas para Interação ICT Empresa”, lançado pela Anpei durante a XII Conferência e elaborado pelos participantes do Comitê Temático de Promoção da Interação ICT-Empresa da Anpei. Fonte: http://www.anpei.org.br

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Investimentos em inovação tecnológica podem render benefícios fiscais para as empresas

Empresas que investem em inovação tecnológica podem ter um retorno de até 20% do montante aplicado em benefícios fiscais conferidos pela Receita Federal. O problema é que a maioria das organizações não sabe disso. Este foi o foco de uma palestra realizada pelo advogado tributarista Glaucio Pellegrino Grottoli, do escritório Peixoto e Cury, de São Paulo, no auditório da Fundação Fritz Müller, em Blumenau, no dia 31 de maio. O evento, promovido pela Furb, reuniu cerca de 50 pessoase e contou com o apoio do Grupo Bianchini, Associação Empresarial (Acib) e Instituto Euvaldo Lodi (IEL/SC).

Prevista desde 2005, a Lei 11.196 tem como objetivo fomentar a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico no país. No entanto, ela só roi regulamentada através da Instrução Normativa RFB 1.187/2011, em agosto do último ano. A expectativa era atingir pelo menos 5 mil empresas, mas até hoje apenas 600 fizeram uso do benefício. “Temos observado o desconhecimento das empresas em relação ao assunto”, disse Grottoli.

A complexidade do tema pode ser um dos fatores que resultam na pouca efetividade da lei até agora. Isso porque empresas e Receita Federal, em alguns casos, têm visões diferentes do que pode ser considerado inovação tecnológica. A lei diz que todo novo produto ou processo de fabricação, ou agregação de uma nova funcionalidade a um produto ou processo, que gere melhorias na qualidade e produtividade e que resultem em ganhos de competitividade podem ser considerados inovação tecnológica. “O problema é que é difícil entender o conceito de melhoria incremental”, explicou Grottoli.

Um produto que recebe uma simples alteração estética, por exemplo, não é considerado um novo produto – e por isso não estaria apto a receber o benefício –, apesar de, dentro da empresa, ser classificado como um novo item e ser responsável pelo aumento das vendas, o que poderia se caracterizar como aumento de competitividade. “Normalmente esse produto tem que ter um valor agregado maior”, disse o advogado.

Dificuldades Alguns aspectos dificultam o acesso ao benefício. É muito comum que as empresas, em alguma das etapas da inovação, recorram a fornecedores ou prestadores de serviço terceirizados para dar sequência aos trabalhos de pesquisa e desenvolvimento, já que poucas organizações têm estrutura e know-how suficientes para conduzir todo o processo. A lei só concederá o benefício fiscal, no entanto, se estes terceiros forem microempresas ou empresas de pequeno porte.

Outro ponto polêmico é que a lei só se aplica a empresas que estão enquadradas no Lucro Real, deixando de fora as que optaram pelo Lucro Presumido ou pelo Simples. Já existe uma movimentação de empresários, principalmente de São Paulo, para pressionar o governo federal a ampliar o benefício, mas não há uma previsão de quando isso deve acontecer.

Importância dos investimentos Apesar da complexidade, os benefícios fiscais trazem retornos bastante positivos para as organizações. “A cada R$ 1 milhão gastos em inovação tecnológica, R$ 200 mil voltam”, destacou Grottoli. Isso reforça a importância das empresas em fortalecerem esse tipo de trabalho. “Quando mais forte for o setor de Pesquisa & Desenvolvimento de uma empresa, mais benefícios ela poderá ter”, comparou o advogado.

Sobre a legislação Entre outros incentivos, a Lei 11.196/2005 prevê a redução da base de cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para as empresas que investem em inovação tecnológica de seus produtos e processos produtivos, o que gera economia direta na hora de recolher esses tributos. Em 30 de agosto de 2011, a Receita Federal, por meio da Instrução Normativa nº 1.187/2011, apresentou o seu entendimento legal e regulamentou a utilização do benefício fiscal de Pesquisa e Desenvolvimento. Fonte: http://www.escritorioideal.com.br

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Fundo de investimento do Vale do Silício chega ao Brasil em julho

O Sequoia Capital, fundo de investimentos do Vale do Silício, renomado por ter investido US$ 25 milhões para criar o Google, deve abrir um escritório no Brasil com o propósito de aplicar em startups na América do Sul. Um dos investidores- parceiro, David Velez, foi nomeado para comandar a subsidiária brasileira a partir de julho. Segundo pessoas próximas ao assunto ouvidas pelo The New York Times, a filial “muito provavelmente” será em São Paulo. Velez foi contratado no ano passado para buscar oportunidades de investimentos, mais especificamente no mercado latino-americano. O executivo trabalhou no Morgan Stanley.

Em fase final de elaboração do planejamento, o Sequoia agora está em busca de um sócio da área de pesquisa. Segundo disseram as fontes ao jornal americano, o plano estratégico foi montado há dois anos, quando o parceiro Doug Leone esteve no Brasil pela primeira vez em busca de investimentos.

Embora o Sequoia Capital ainda não tenha aplicado recursos em nenhuma startup de tecnologia no Brasil, o país é um importante mercado para a empresa. Um indicador disso foi o investimento recente em duas empresas da região – na uruguaia Scanntech, no valor de US$ 10 milhões, que desenvolve soluções para conectar fornecedores e varejistas na área alimentícia, e no argentino Despegar, que no Brasil opera sob o nome de Decolar.com, no qual aplicou US$ 50,8 milhões.

Fonte: http://www.tiinside.com.br

quarta-feira, 23 de maio de 2012

BNDES seleciona gestor de fundo para inovação em TI

O Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) está recebendo propostas para a chamada pública que vai selecionar dois gestores de Fundos de Investimento em Participações para empresas com faturamento líquido anual de até 150 milhões de reais, com foco em inovação. A participação do BNDES poderá alcançar até 35% do capital comprometido de cada fundo.

Serão selecionados dois fundos de venture capital, sendo um deles voltado para o setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e outro de caráter transversal ou focado em um setor específico. Ambos devem ser propulsores de inovação.

Na chamada pública do fundo transversal, não poderá ser selecionado um fundo com foco exclusivo em TIC, uma vez que já haverá seleção para um específico neste setor.

Os gestores não poderão participar do processo de seleção dos dois fundos, devendo, portanto, indicar sua opção no momento do encaminhamento da carta consulta ao BNDES. As propostas deverão ser encaminhadas em versão impressa e eletrônica até o próximo dia 22 de junho.

O banco espera aplicar 1 bilhão de reais em fundos até 2014, alavancando investimentos totais de até 4 bilhões de reais. Atualmente, a BNDESPAR possui uma carteira de 29 fundos ativos — 14 de venture capital e 15 de private equity —, que somam um patrimônio comprometido de 8,67 bilhões de reais, dos quais 1,93 bilhão de reais foi comprometido pela BNDESPAR, evidenciando o efeito multiplicador de sua atuação.

Fonte: ComputerWorld

terça-feira, 22 de maio de 2012

Porto Digital terá primeira aceleradora de empreendimentos do Norte e Nordeste

O Porto Digital assinou nesta segunda (21), o convênio com o Governo do Estado para a criação da primeira aceleradora de empreendimentos inovadores das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Chamada de Armazém da Criatividade, o espaço funcionará em um primeiro momento no prédio do Porto, no Recife Antigo.

A solenidade contou com a presença do governador Eduardo Campos e o presidente do Porto Digital, Francisco Saboya. O Armazém da Criatividade quer fomentar o empreendimento inovador. O espaço terá estações de trabalho, salas de reunião e um mini auditório. As primeiras startups devem se instalar no local a partir do primeiro semestre do ano que vem.

As empresas contempladas com o programa contarão com recursos do programa “capital semente” de até R$ 40 mil para o início das suas operações. Haverá inicialmente um processo de seleção de propostas. Posteriormente, os aprovados passarão por um ciclo de aceleração de cinco meses que termina com um evento de apresentação das startups para potenciais investidores, como o Instituto de Talentos Brasil.

A ideia ganhou corpo a partir de discussões realizadas no Instituto Talento Brasil, que tem sede em São Paulo e é composto por empresários e economistas. O ITB encomendou um estudo para a consultoria global McKinsey, que mapeou as regiões com potencial de investimentos na área de TIC. O estudo apontou Campinas, em São Paulo, e o Porto Digital, no Recife, como duas regiões propícias para receber este tipo de aporte financeiro.

O financiamento será realizado pelo empresário Carlos Francisco Ribeiro Jereissati, CEO da Jereissati Participações e sócio da Oi. Assim que tomou conhecimento deste projeto em Pernambuco, o executivo, que também participa das discussões no ITB, assumiu o papel de financiador master, com a perspectiva de também tornar-se sócio de algumas empresas a serem aceleradas.

Fonte: http://blogs.ne10.uol.com.br - POSTADO POR PAULO FLORO

segunda-feira, 21 de maio de 2012

FINEP lança plano para fomentar inovação tecnológica no país.

Alavancagem da inovação Dando prosseguimento às iniciativas para sua consolidação como "banco da inovação", a FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos) lançou sua política operacional para o período 2012-2014.

Para alavancar a inovação da indústria brasileira, o banco vai procurar eleger projetos que contribuam de forma efetiva para os objetivos traçados nos programas do governo federal.

A nova política operacional vai buscar:
  • a reversão da vulnerabilidade externa nos segmentos intensivos em tecnologia;
  • o estímulo a atividades contínuas de pesquisa e desenvolvimento (P&D) nas empresas; a elevação da competitividade das empresas brasileiras;
  • o apoio à inserção de empresas inovadoras em mercados globais;
  • o incentivo à aplicação do capital privado em inovação;
  • e o desenvolvimento de competências tecnológicas para o estabelecimento e a consolidação de futuras lideranças.
Complexos inovadores

Com bases nessas diretrizes, foram definidas as seguintes áreas prioritárias para a atuação da Finep:
  • tecnologias da informação e comunicação;
  • defesa e aeroespacial;
  • petróleo e gás;
  • energias renováveis;
  • complexo da saúde;
  • e desenvolvimento social e tecnologias assistivas.
Na nova política, ganham ênfase os princípios do desenvolvimento sustentável, em suas três vertentes: desenvolvimento econômico, equidade social e proteção ambiental.

O plano está estruturado em linhas de ação, destinadas ao atendimento de demandas espontâneas das empresas, e programas, que contemplam objetivos específicos.

Foram estabelecidas três linhas de ação: Inovação Pioneira; Inovação Contínua; e Inovação e Competitividade. As taxas cobradas e a participação da Finep dependerão da natureza das atividades apoiadas, do enquadramento na linha de ação e da disponibilidade de recursos.

Conta Inova Brasil

A FINEP criou a Conta Inova Brasil, que abre um crédito para empresas que façam investimentos permanentes em inovação.

Se a estratégia dessas companhias atender a requisitos, tais como a inclusão de empresas de base tecnológica para atuar como fornecedores, aumento de qualificação de trabalhadores, contratação de pessoal, parceria com ICTs (Institutos de Ciência e Tecnologia) e internalização de processos de engenharia consultiva, o financiamento poderá ter aportes anuais extras de até 35% em relação ao pedido original. "Será uma espécie de cheque especial para a inovação, estimulando as estratégias corporativas que contemplem ações em Pesquisa e Desenvolvimento", explicou Glauco Arbix, presidente da instituição.

A FINEP também irá financiar em até 80% a construção de fábricas ligadas a atividades que dão continuidade à geração de novos conhecimentos (primeira unidade fabril).

"Também vamos apoiar a fusão e incorporação de empresas", afirmou, complementando que a FINEP quer direcionar seu foco para atividades que visam posicionamento competitivo no cenário internacional.

Os prazos de financiamento da FINEP passarão de até 10 para até 12 anos e o prazo de carência - antes de até três anos - saltou para até 54 meses, ou seja, o prazo de execução será de até 48 meses acrescido de seis meses (quatro anos e meio).

Fonte: Redação do Site Inovação Tecnológica - http://www.inovacaotecnologica.com.br

domingo, 20 de maio de 2012

Cultura e identidade são fundamentais em inovação colaborativa

Ambiente do País mais favorável à pesquisa abre possibilidade de ampliação de parcerias entre empresas e universidades

Embora mais comum no ambiente industrial – seja ele tecnológico, farmacêutico ou de qualquer outro setor -, as parcerias entre empresas e universidades foram e são um instrumento importante para evolução da pesquisa e inovação de um país. No Brasil, com o crescimento econômico e iniciativas governamentais que favorecem a pesquisa, a tendência é de aumento do investimento em P&D e, também, ampliação nas interações entre setor privado e academia.

A Ericsson, por exemplo, há algum tempo tem costurado parcerias com universidades brasileiras e seu diretor de inovação, Jesper Rhode, afirma que muitas das pesquisas produzidas por aqui foram aproveitadas em âmbito global. “Nossa ambição é que o País se torne plataforma produtiva e competitiva para servir América Latina e África nos próximos dez anos.” Por aqui, a fabricante conta com 375 pessoas no ecossistema de pesquisa e desenvolvimento e, no acumulado dos anos, investiu em torno de US$ 1 bilhão. “O custo para realizar pesquisa no Brasil já é competitivo em nível global. Projetos produzidos aqui contribuem para o nosso portfólio global.”

Entre os parceiros da Ericsson no Brasil estão a Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de Pernambuco, Universidade Federal do Ceará, CPqD e Fapesp. Eles pesquisam assuntos que vão desde redes pós-LTE, passando por computação em nuvem e aplicações de mobilidade e redes de distribuição de conteúdo. Mas ter sucesso nesse tipo de parceria é preciso muito mais que uma oferta financeira ou possibilidade de intercâmbio internacional. Como bem explica Sérgio Queiroz, coordenador adjunto de pesquisa para inovação na Fapesp, é preciso um entendimento das diferenças e da identidade do parceiro.

“São instituições com diferenças culturais. Na universidade, existe uma fonte de boas ideias e pessoal qualificado, cria e difunde conhecimento, mas missão fundamental é formar pessoas, já as empresas existem para gerar riqueza e lucro para os acionistas, cria e aplica conhecimento e lida com muito sigilo, segredo industrial e na universidade é tudo muito aberto”, detalha Queiroz.

Outro ponto essencial levantado por Queiroz é que não se pode substituir a pesquisa na universidade pela produzida internamente nas companhias. “Por mais que a onda de inovação aberta amplia o papel da pesquisa em colaboração, o que é muito bom, a pesquisa interna é essencial. Pegue a Petrobrás que é bem sucedida em busca de petróleo, vemos que ela obtém resultado porque faz as duas coisas, tem atividade interna consistente e em cooperação com praticamente todas as instituições de pesquisa importante no País e no exterior, talvez, seja a empresa que melhor construiu essa rede de pesquisa colaborativa no País.”

O especialista da Fapesp compartilhou alguns dados interessantes sobre o fomento à pesquisa no Brasil. Lembrou que, embora o ambiente esteja muito mais favorável que no passado, hoje o País aplica em torno de 1,1% do PIB em pesquisa e desenvolvimento. Em nações mais avançadas esse porcentual chega a 3%. Outra diferença em relação aos países ricos é que, por lá, a iniciativa privada chega a contribuir com 70% do financiamento; por aqui, é praticamente meio a meio.

Fonte: http://informationweek.itweb.com.br

terça-feira, 24 de abril de 2012

Pesquisa e Desenvolvimento são essenciais para inovar!

Avaliação é de Charles Edquist, acadêmico que participa do Seminário Internacional sobre Pequenos Negócios, em São Paulo

Investir em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) é apenas uma das ações importantes para o desenvolvimento de uma política de inovação nacional, afirmou o sueco Charles Edquist, Ph.D. em História Econômica, que participou na tarde desta quinta-feira (19) do Seminário Internacional sobre Pequenos Negócios, promovido pelo Sebrae, em São Paulo.

Charles Edquist destacou que também são necessárias ações relacionadas à criação de competências em processos, principalmente com investimentos em educação; formação de novos mercados; articulação de políticas públicas; formação de redes (networking) para o aprendizado coletivo; estímulo à criação de empresas e organizações inovadoras; financiamentos; serviços de consultoria e incubação tecnológica.

Para Edquist, a inovação no Brasil deve ser estimulada por meio de políticas públicas. "No processo político, os governantes devem colocar metas e serem seletivos em relação aos projetos que receberão investimentos, já que os recursos públicos são sempre limitados", disse.

O economista elogiou a política de investimentos dos Estados Unidos na área de inovação. "Eles investem muito no desenvolvimento de pesquisa e de novas tecnologias, especialmente na área militar. A qualidade dessas descobertas avança para outras áreas do mercado", finalizou.

Fonte: http://www.administradores.com.br - Por Beth Matias, Agência Sebrae

Cresce o número de profissionais que trabalham à distância no Brasil!

Com novas tecnologias, a empresa deixou de ser um lugar fechado. Estima-se que dez milhões de pessoas trabalhem à distância, pelo menos uma vez por semana, no país.

O que as pessoas chamam hoje de trabalho mudou muito e a transformação trazida pelas novas tecnologias é só parte da explicação do que já está sendo chamado de Trabalho 2.0.

Na empresa Cisco, ninguém sabe direito como responder onde ficam as salas dos departamentos. "Eu posso tá no meio do pessoal do RH, de marketing, engenharia, financeiro, não tem uma área", explica o diretor de contas da Cisco, João Paulo Melo.

Nenhum departamento tem sala própria. Ninguém tem a própria mesa. “Nós mesmos quando chegamos à empresa, se quiser ter um encontro com o financeiro, tem que escrever e perguntar onde você está”, diz a diretora de RH da Cisco, Rose Mary Morano.

O lugar rotativo tem a ver com o trabalho por projetos, quando uma empresa forma equipes temporárias. “As pessoas se unem conforme cada projeto, uma pessoa precisa dar uma ajuda esporádica em cada projeto, depois volta para onde ela estava”, explica a consultora em RH, Eliane Figueiredo.

Além disso, tem muita gente que passou a trabalhar de casa e só aparece na empresa de vez em quando. Então, para quê lugar fixo?

A consultora em venda e software, Lígia Donato, dá expediente em casa como consultora e como mãe. “Consigo produzir de casa com pequenas interferências”.

Apesar das "pequenas interferências", o trabalho em casa ou home office, vem dando resultado para muita gente. O funcionário não perde tempo no trânsito, trabalha mais tranquilo e rende mais.

“Nós estamos com esse modelo novo há seis anos e tivemos um aumento de 40% no volume de vendas novas e 70% na receita dessas vendas”, conta a diretora de RH, Edna Rodrigues Bedani.

Estima-se que, hoje, dez milhões de pessoas trabalhem à distância, pelo menos uma vez por semana, no Brasil. No mundo, já são 173 milhões de trabalhadores. Essa é uma "moda" recente, foi só a partir dos anos 2000 que o home office ganhou mais adeptos.

“Comparando com alguns países da Europa, o teletrabalho além de aumentar no Brasil, ele também é maior comparado com outros países na América Latina, nós somos líderes no exercício do teletrabalho”, fala o presidente da Sociedade Brasileira de Teletrabalho, Álvaro Mello.

Mas a receita nem sempre funciona. Na empresa Check Express, por exemplo, as vendas caíram até 30% quando os vendedores passaram a trabalhar à distância.

“Existe até uma provocação entre as pessoas de comparar os resultados, quem está na ponta do ranking quando está cada um na sua casa, essa perda da troca de informação, prejudica”, diz o gerente de novos negócios da Check Express, Alexandre Monteiro.

“O movimento de colocar as pessoas em home office durou dois anos e depois os outros dois nós trouxemos de volta”, fala o presidente da Check Express, José Mário Ribeiro.

“Os contras são a falta de convivência prejudica o trabalho em equipe. Tem algumas empresas que eu conheço que estão deixando de incentivar o home office e tem outras empresas que eu conheço que estão querendo tentar o home office”, diz a consultora em gestão de pessoas, Juliana Almeida Dutra.

Existem duas tendências paralelas e contrárias: trabalhar sozinho e conviver. Como conciliar as duas coisas? Esse paradoxo foi resolvido num novo lugar de trabalhar, o coworking.

No local, trabalho é algo que se faz separado, mas junto. O coworking, ou trabalho compartilhado, reúne gente de áreas e empresas diferentes. Cada um faz o seu, mas bate papo com quem está ao lado, toma um cafezinho.

O Brasil já tem dezenas desses espaços. Por enquanto, o coworking recebe muito profissional autônomo, mas parece que isso está mudando. “Tem diversas empresas ligando, fazendo cotação, pros seus funcionários virem trabalhar no local. Às vezes tirar os funcionários de home office para ter essa integração, visando maior produtividade”, diz a sócia da Ponto de Contato, Fernanda Trugilho.

O trabalho a distância vai cada vez mais longe. Hoje em dia, com notebooks, tablets, smartphones, internet sem fio pra todo lado, o local de trabalho é o mundo.

No boteco, happy hour ou hora extra? “Trabalho numa multinacional, tem a diferença do fuso horário, isso faz com que algumas coisas que estão acontecendo e você tem que estar ligado full time”, conta o engenheiro agrônomo, Eduardo da Costa Carvalho.

Entre a vida profissional e a pessoal, uma baita promiscuidade. “Minha esposa me deu uma regra: não tem espaço na nossa cama para três itens que sou eu, minha esposa e o meu laptop, ela falou: ‘olha, ou nós dois, ou você e o laptop vão pro sofá, porque os três aqui não cabem na cama”, conta o administrador de empresas Zack Henry.


Fonte: http://g1.globo.com/jornal-da-globo - Por Fábio Turci

sábado, 21 de abril de 2012

Cidades da Copa devem ter telefonia 4G até dezembro do ano que vem.

As operadoras que vencerem o leilão da faixa de frequência de 2,5 GHz, que será destinada à telefonia de quarta geração (4G), deverão oferecer o serviço a todas as cidades que serão sedes da Copa das Confederações até abril do ano que vem e para todas as sedes e subsedes da Copa do Mundo até dezembro de 2013. As regras para o leilão, que deve ser realizado no início de junho, foram aprovadas no dia 12 de Abril, pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Todas as capitais do país e os municípios com mais de 500 mil habitantes terão a tecnologia 4G até dezembro de 2014. As cidades com mais de 200 mil habitantes serão contempladas em dezembro de 2015 e as com mais de 100 mil habitantes, até dezembro de 2016. Os municípios que tem entre 30 e 100 mil habitantes serão atendidos até dezembro de 2017.

Nos pequenos municípios, as operadoras poderão utilizar a infraestrutura já existente para oferecer banda larga, mas ainda com a tecnologia de terceira geração (3G). “Estamos passando a mensagem de que investir vale a pena. Porque aqueles que já fizeram investimentos vão poder utilizar a sua infraestrutura”, disse o relator da proposta, conselheiro Marcelo Bechara.

A proposta do edital foi colocada em consulta pública em janeiro e recebeu 2011 contribuições. O relator propôs a divisão de uma das subfaixas que será licitada em dois blocos, o que, segundo ele, vai aumentar a competitividade da licitação.

As empresas que vencerem o leilão das faixas destinadas à telefonia 4G deverão usar pelo menos 60% dos equipamentos fabricados no país em suas redes entre 2012 e 2014. Nos dois anos seguintes, o percentual dos investimentos em aquisição de bens e produtos com tecnologia nacional passa para 65% e, entre 2017 e 2022, para 70%.

Na mesma licitação, também será oferecida a faixa de 450 mega-hertz (MHz), para a oferta de telefonia em áreas rurais. Até junho de 2014, as operadoras deverão atender a 30% da demanda, em dezembro a exigência passa para 60% e até dezembro de 2015, todas as áreas rurais devem ser atendidas. Além dos serviços de telefonia e internet para as residências, as operadoras também deverão oferecer internet nas escolas da área rural.

Pelas regras do edital, a Anatel vai leiloar primeiro as faixas para a zona rural e, se não houver interessados, elas serão atreladas ao leilão da faixa de 2,5 GHz. As operadoras que ganharem a licitação da telefonia de 4G deverão cumprir as metas para a telefonia rural. Com informações da Agência Brasil.

Fonte: http://www.tiinside.com.br

quarta-feira, 28 de março de 2012

Como gerar inovação nas empresas

Open innovation é um modelo que as companhias estão adotando, cada vez mais, em resposta a um mundo crescentemente globalizado e caracterizado pela partilha aberta de informações, com o objetivo de produzir conhecimento. Esse modelo se baseia na colaboração em rede da empresa, com fornecedores, clientes, universidades e até concorrentes. A partir desse conceito, a inovação, antes uma área limitada aos departamentos internos de Pesquisa e Desenvolvimento, como era a lógica vigente até as décadas de 70 a 90, passou a ser buscada além das fronteiras das organizações.

Acredito que a interação seja a chave para esse processo se tornar real e mais do que isso: ela é a fonte para a inovação. Por isso, as redes sociais representam hoje a melhor plataforma de interação para as empresas interessadas em inovação aberta. O desafio que se impõe, entretanto, é criar tecnologias que gerenciem a troca de informações realizadas nessa mídia.

Os sistemas de CRM (Customer Relationship Management) têm sido usados amplamente com esse fim. Eles permitem que a troca de informações entre os colaboradores da empresa e o público-alvo possa ficar armazenada e servir como fonte de consulta, “alimentando” o CRM com os dados levantados. O sistema permite ainda fazer a gestão e a monitoração da comunicação para que haja o mínimo possível de “ruídos”. Mas a inovação aberta permite saltos ainda maiores, utilizando a base das redes sociais para acelerar o desenvolvimento de novos produtos ou serviços.

O exemplo da montadora italiana Fiat, cujo modelo Fiat Mio foi construído com ideias enviadas por milhares de pessoas ao redor do globo, por meio do portal www.fiatmio.cc, ilustra bem o que quero dizer. O projeto economizou milhões de reais em pesquisas com o consumidor, para a concepção de um novo carro. Durante nove meses, a Fiat recolheu sugestões de mais de 13 mil pessoas. A partir das informações enviadas pelos internautas em 160 países, a equipe de desenvolvimento da Fiat criou um protótipo totalmente adaptado às expectativas dos clientes. O carro foi lançado no Salão do Automóvel de 2010, com audiência de 750 mil pessoas e repercussão na mídia nacional e internacional.

Outra iniciativa de sucesso é a InnoCentive (www.innocentive.com), empresa desenvolvida inicialmente como um centro incubador de inovação para a indústria farmacêutica Lilly. Sendo uma entidade independente desde 2005, valendo-se do modelo de rede, ela funciona como um intermediário entre as empresas que buscam soluções e uma cadeia global de mais de 160 mil especialistas e “solucionadores de problemas” em 175 países, por todo o mundo. Os solucionadores recebem prêmios em dinheiro quando resolvem o desafio.

Temos ainda o caso da cafeteria Starbucks, que mantém o site My Starbucks Idea para coletar insights dos clientes. Através do site, qualquer um pode sugerir ideias, votar e discutir com outros consumidores as melhores propostas. No seu primeiro ano, o My Starbucks Idea recebeu 75 mil sugestões, além de milhares de votos e comentários. Um dos consumidores sugeriu criar, por exemplo, um “gelo de café”, ao invés de água, para que a bebida não ficasse aguada quando o gelo derretesse. A companhia considerou a ideia e foi um sucesso.

São exemplos de grandes empresas, mas a inovação aberta é perfeita também para as pequenas e médias, porque seu custo é consideravelmente mais baixo, quando comparado aos métodos tradicionais. Em vez de depender apenas das ideias e habilidades da equipe, as empresas podem ter acesso gratuito a ideias inovadoras.

O que parece estar claro é que as melhores soluções nem sempre estão dentro da empresa e, além disso, o produto desenvolvido com os dados coletados num ambiente de criação coletiva com o cliente, tem mais chance de ser aceito no mercado, pois foi sugerido pelos próprios consumidores.

Antes de tudo, para uma empresa se candidatar ao posto de inovadora, atualmente, ela precisa possuir uma cultura de rede, caracterizada, entre outras coisas, pelo alto grau de conexão entre todos os níveis dentro da organização, comprometimento da liderança com a rede, a partir de iniciativas que acompanhem de perto a cultura corporativa, uso de aplicativos da Web 2.0 e projetos de sites no estilo wiki. Tais elementos possibilitam à empresa estar mais bem preparada para receber os estímulos externos e facilitam a tomada rápida de decisões sobre as ideias inovadoras enviadas pelo mercado.

Para que o objetivo de gerar inovação seja atingido, algo que precisa ficar estabelecido desde o início desse processo é que recursos internos e externos precisam trabalhar em conjunto e estarem alinhados com a estratégia geral da organização. O conceito de Open innovation tem muito a ver com se estabelecer uma ponte entre os recursos alocados dentro das empresas e fora delas, para fazer com que a inovação de fato aconteça.

Fonte: http://www.tiinside.com.br - Por Sanjay Agarwal é diretor geral da Valuenet

terça-feira, 27 de março de 2012

Rio+20: Finep apresentará empresas inovadoras.

"Empresas podem enviar projetos para o Venture Fórum Brasil Sustentável, que selecionará os melhores trabalhos"


A Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, está recebendo inscrições até o dia 5 de abril próximo para o Venture Fórum Brasil Sustentável. O evento será promovido no dia 15 de junho, no prédio da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, em paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.

O fórum objetiva apresentar projetos inovadoras em tecnologias verdes e em componentes sociais, econômicos e ambientais a potenciais investidores em empresas tecnológicas nascentes.

O analista da área de investimentos da Finep, Eduardo Lopes, coordenador do evento, disse que o trabalho de apoio ao empreendedorismo vem ocorrendo há cerca de dez anos, por meio de parceria da Finep com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).

O objetivo é “prospectar e selecionar empresas que sejam inovadoras e que, ao mesmo tempo, tenham potencial de rentabilidade extraordinária, porque esse tipo de empresa costuma interessar aos investidores do chamado venture capit [capital de risco]”, explicou.

Até 40 empresas serão aprovadas em uma primeira etapa para o fórum, mas apenas dez a 15 deverão ser selecionadas, disse Lopes. Durante um mês e meio, técnicos da Finep trabalharão, junto com essas empresas, os seus planos de negócios, propostas de valor, características de mercado, entre outras estratégias. “Ao final desse período, a gente reúne investidores da nossa rede de contatos e essas empresas então se apresentam, depois de terem trabalhado esse conteúdo com a Finep”.

Sustentabilidade

Em relação à Rio+20, o analista revelou que a Finep percebeu que muitos dos projetos inovadores estão relacionados à questão da sustentabilidade, como o uso de recursos naturais.

“A gente quer juntar, nesse evento, empresas com características de inovação, sustentabilidade e crescimento. Elas têm que ter ênfase em desenvolvimento de tecnologias verdes, ou ter esse destaque nos componentes da sustentabilidade, que são, além do econômico, o social e o ambiental”. Lopes Acrescentou que a meta da Finep é mostrar que sustentabilidade “pode dar dinheiro”.

No dia 15 de junho, os projetos vencedores serão apresentados aos potenciais investidores.

“A gente quer passar a mensagem de que inovação e sustentabilidade são atividades que têm grande potencial de retorno, de lucro”, reiterou. Desde 2001, a Finep ofereceu orientação estratégica a mais de 340 empresas inovadoras, das quais 20% receberam investimentos.

Fonte: http://www.band.com.br/